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Ônibus caro

Está chegando a hora da verdade sobre o aumento das tarifas

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Josiel Ferreira

O anúncio na terça, 10, pela Secretaria de Mobilidade do Governo de Brasília, da realização de uma auditoria para ver a quantas anda a situação do transporte coletivo de Brasília (e não apenas as tarifas exorbitantes cobradas do usuário) está sendo visto por diferentes segmentos da sociedade como manobra do Palácio do Buriti para, a curtíssimo prazo, justificar a postura de usurário adotada contra a população.

Dos cofres públicos sairão 4 milhões 800 mil reais direto para a conta da Fundação Getúlio Vargas, que vai embolsar o dinheiro sem concorrência. No meio político, teme-se que a conclusão a que chegar a FGV seja seja frontalmente o avesso das sugestões apontadas pela CPI dos Transportes realizada no ano passado pela Câmara Legislativa.

O secretário de Mobilidade, Fábio Damasceno, justifica a auditoria. Haverá, diz ele, uma operação pente-fino para apontar supostos vícios ou imprecisões não apenas nos contratos de concessão de linhas, como também, e principalmente, no sistema de transporte coletivo.

Que há algo de errado, ninguém duvida. Muitas suspeitas são levantadas. E o povo, à mercê de poderes não necessariamente emanados de poderosos insuspeitos, fica aguardando para ver para que lado a corda vai arrebentar. “Não vamos permitir que o povo seja crucificado”, diz o deputado Raimundo Ribeiro (PPS). “Faremos um Raio X. Vai valer o que disser a FGV”, responde Damasceno.

Auditoria – Entre outros pontos, os auditores da FGV vão avaliar o fluxo de caixa das empresas, número de passageiros e o sistema de bilhetagem automática. A ideia é checar os dados das empresas e avaliar a precisão das informações disponíveis atualmente.

Sobre a contratação direta da FGV, o secretário sustenta que a lei de licitações permite que seja contratada com inexigibilidade de licitação fundações ‘com notório saber’. No caso em questão, garante, o papel da Fundação será diferente. “É um contrato bastante especializado, voltado para o sistema de transporte. Ou seja, vai ser um estudo mais aprofundado, de especialização. Tem pesquisa de campo, de sistema, de planilha. A gente vai fazer algo que vai ajudar a fazer futuras auditorias do governo em seguida.”

Ainda segundo Damasceno, “todos os contratos vão passar por uma consultoria independente de avaliação do andamento dos contratos, desde sua origem. Desde a prestação do serviço, dos investimentos, do cálculo da tarifa, do preço dos insumos, desde a licitação, desde a proposta”, disse. “É um raio X contratual para se definir o andamento do contrato daqui para a frente.”

Ele admite que se as empresas se sentirem eventualmente prejudicadas, poderão recorrer das supostas mudanças indicadas. Por fim, diz o secretário de Mobilidade, caso sejam efetivadas, as medidas não implicarão gastos adicionais para o governo. “Ali você vai apurar se o governo deve ou se as empresas devem e ali você repactua todo aquele contrato ao longo dos anos que faltam de licitação.”

Embromação – O deputado Raimundo Ribeiro alfineta o Palácio do Buriti nesse imbróglio sobre o aumento das tarifas. Nada justifica esse aumento, sustenta o 3º Secretário da Câmara Legislativa. “O serviço de auditoria se faz necessário, isso foi apontado em nosso relatório da CPI dos transportes. Porém, infelizmente o governo, além de estar fazendo do modo errado – contratando sem licitação – ainda está fazendo tardiamente”, atacou.

– É necessário também sabermos quais são as condições dessa contratação e em quanto tempo o governo espera ter um diagnóstico feito pela Fundação Getúlio Vargas. Conheço a seriedade da FGV, porém, eu tenho a impressão que o governo na verdade, está jogando com o tempo para não adotar as providências que são necessárias e que foram apontadas na CPI, salientou.

Raimundo Ribeiro lembrou que quando do encerramento da CPI, foi entregue um relatório ao governo com cópias para Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, para a Polícia Civil e para o Tribunal de Contas. Contudo, afirma, “o governo nada fez; simplesmente desconsiderou um relatório que trazia um diagnóstico perfeito da situação do sistema de transporte público, implantado com esses contratos fraudulentos. Agora, porque o governo não adotou as providências que deveriam ter sido adotadas e que constavam do relatório, não sei o motivo. Só quem pode explicar isso – se é que existem explicações – é o próprio governador Rodrigo Rollemberg”, desabafou.

Na avaliação do deputado, Rollemberg errou ao desconsiderar as sugestões da CPI. “Isso se comprova quando, na calada da noite, ele reajusta o valor das tarifas. Se ele tivesse adotado as providências que recomendamos, hoje certamente nós não estaríamos revoltados com essa ação do governo. Pelo contrário, nós estaríamos festejando a redução do valor das passagens.Todas as medidas de economia necessárias que foram apontadas no relatório da CPI, mostravam claramente os vaz

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Salários de até R$ 6 mil

Semana começa com 717 oportunidades de emprego no Distrito Federal

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Ao Vivo de Brasília
Vagas de emprego DF
Foto/Imagem: Freepik

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem 717 vagas de emprego nesta segunda-feira (5). Há oportunidades para quem tem ou não experiência, em diferentes áreas e com salários de até R$ 6 mil.

O posto que oferece a maior remuneração é o de Diretor de Finanças, para trabalhar em Taguatinga Norte. Há uma vaga para pessoas com ensino superior completo para o cargo de Analista Contábil.

Já o cargo com maior número de vagas abertas é o de Ajudante de Obras, no Itapoã. São 110 oportunidades para candidatos que tenham o ensino fundamental completo. Não é preciso ter experiência. O salário é de R$ 1.518, mais benefícios.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Formalizando a união

Abertas as inscrições para a 2ª edição do Casamento Comunitário 2025

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Ao Vivo de Brasília
Casamento Comunitário 2025
Foto/Imagem: Jhonatan Vieira/Sejus-DF

Promovido pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), o Casamento Comunitário 2025 chega à sua 2ª edição com data marcada: 29 de junho. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas em vários equipamentos públicos do DF e também durante as edições do GDF + Perto do Cidadão. Ao longo do ano, estão previstas mais três edições do programa, com expectativa de beneficiar cerca de 400 casais em situação de vulnerabilidade — oferecendo a oportunidade de oficializar a união de forma gratuita, digna e inesquecível.

Na primeira edição do Casamento Comunitário 2025, realizada no início do ano, 101 casais disseram “sim” ao amor. Com mais três celebrações previstas — em 29 de junho, 31 de agosto e 7 de dezembro — o programa deve alcançar mais 300 casais até o fim do ano. Desde sua criação pelo Decreto nº 41.971/2021, o Casamento Comunitário já realizou o sonho de mais de 541 casais em 11 edições.

Para Anailton dos Santos, 28, e Tamiris Rodrigues, 35, que participaram da edição anterior, a iniciativa foi transformadora. “A cerimônia foi linda e mudou nossas vidas. Desde então, só conquistamos coisas boas”, contou Anailton. Tamiris reforça: “O casamento fortaleceu nossa relação. Sem o programa, não seria possível. Um casamento assim custaria pelo menos R$ 10 mil”.

O programa vai além da cerimônia: todas as taxas cartoriais são totalmente cobertas, e os noivos recebem gratuitamente vestidos, ternos, maquiagem profissional e até transporte até o local do evento.

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou a importância de oficializar a união: “Embora a união estável seja reconhecida legalmente, o casamento proporciona benefícios exclusivos em determinados processos jurídicos. Além de oferecer gratuidade, nosso objetivo é tornar esse momento inesquecível para as famílias participantes”, afirmou.

Como participar

Entre os requisitos, é necessário ter idade mínima de 18 anos e atender às condições legais para o casamento, conforme o Código Civil (art. 1.521). Para se inscrever, os interessados devem comparecer a um dos locais definidos, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30, munidos da documentação exigida. A entrega de documentos por terceiros não será permitida.

Locais de inscrição

* Praça dos Direitos da Ceilândia: QNN 13, Ceilândia Norte;
* Agência Na Hora: Setor Cultural Norte;
* Praça dos Direitos do Itapoã: Quadra 203, Del Lago II;
* Estação Cidadania do Recanto das Emas: Quadra 113, Lote 9;
* Edições do GDF + Perto do Cidadão: sextas-feiras, das 9h às 16h, e sábados, das 9h às 12h.

Documentação Necessária

Todos os casais devem apresentar:

* Comprovante de residência no Distrito Federal;
* Documentos pessoais: original e cópia do RG ou CNH, CPF e certidão de nascimento;
* Formulário de inscrição preenchido.

Documentos adicionais

* Divorciados: cópia do formal de partilha, contendo petição inicial, sentença e trânsito em julgado.
* Viúvos: cópia da certidão de óbito, certidão de casamento e formal de partilha com petição inicial, sentença e trânsito em julgado.

Declaração de Hipossuficiência

Todos os participantes devem entregar uma cópia da declaração de hipossuficiência de renda, conforme o modelo disponível no Anexo I do Edital.

Regras para testemunhas

As testemunhas também precisam apresentar:

* RG e CPF;
* Certidão de casamento (se casadas);
* Certidão de casamento com averbação de divórcio (se divorciadas).

Atenção: as testemunhas que comparecerem ao cartório não podem ser as mesmas que estarão presentes no dia da cerimônia.

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