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Pró-Vítima

Programa de ajuda a vítimas de violência fez 2.157 atendimentos em 2016

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As profundas cicatrizes espalhadas pelo corpo fazem marejar os olhos de Danielle Cristina Kalkmann. As marcas nos braços, nas costas e nas pernas inevitavelmente a levam para 6 de junho de 2015. No dia, a servidora pública de 29 anos jantava com o marido em um restaurante da 306 Norte, quando um motorista bêbado perdeu o controle do carro e invadiu o estabelecimento em alta velocidade. Danielle ficou esmagada na parte de baixo do veículo, sofreu diversas queimaduras e fraturou o quadril.

Abalada emocionalmente e com uma filha recém-nascida em casa, ela sabia que precisava de ajuda psicológica para superar o trauma. “Sentia raiva, revolta e queria encontrar o homem que provocou tudo isso”, conta. Um telefonema após o acidente foi determinante. Do outro lado da linha, uma psicóloga da Subsecretaria de Proteção às Vítimas de Violência (Pró-Vítima), da Secretaria de Justiça e Cidadania, oferecia ajuda. Danielle relutou no início, mas aceitou conhecer aquele programa do governo de Brasília sobre o qual até então ela nunca tinha ouvido falar.

Na primeira sessão terapêutica, Danielle percebeu que o Pró-Vítima seria uma arma eficaz para recolocar sua vida emocional nos trilhos. Após quatro meses de acompanhamento no posto da 114 Sul, na estação do metrô, ela resume os resultados. “Não teria conseguido um tratamento tão eficaz em outro lugar. Eles resgataram minha autoestima, me ajudaram a lidar com a revolta e me convenceram de que não adianta alimentar ódio pelo culpado. Hoje, só quero que ele pague pelo que fez”, explica a servidora pública, que move uma ação judicial contra o motorista.

O relato de Danielle em relação aos efeitos positivos do Pró-Vítima é semelhante ao de diversas outras pessoas que recorreram ao programa. De 1º de janeiro a 16 de dezembro de 2016, foram 2.157 atendimentos, média de quase sete por dia. Criado em 2009, o Pró-Vítima surgiu para levar apoio a pessoas abaladas psicologicamente após sofrerem algum tipo de trauma.

Além de ajudar no reequilíbrio emocional do acolhido, a iniciativa mostrou-se eficiente em minimizar o impacto sobre outros serviços públicos ou privados. O atendimento a uma vítima de violência doméstica no Pró-Vítima reduz a probabilidade de ela ter de ser encaminhada às unidades de saúde por problemas decorrentes de depressão, por exemplo. Abdicar da carreira profissional e da vida social é outro comportamento relativamente comum de quem está sob intenso sofrimento. Os psicólogos atuam no sentido de convencer sobre a importância de preservar o emprego e as relações com gente próxima para superar o trauma.

Há três formas de ingresso: por encaminhamento de instituições como Ministério Público, conselho tutelar, centro de referência de assistência social, entre outros; por informações coletadas em boletins de ocorrências da Polícia Civil; ou por procura voluntária da vítima ou de parente. Cada pessoa recebe atendimento individual com psicólogo pelo menos uma vez por semana. São 12 sessões, mas, dependendo da gravidade do caso, o número pode ser aumentado.

Apoio no campo jurídico

Além do auxílio psicológico, há o apoio jurídico. Muitas vítimas de crimes não sabem a quem recorrer na hora de resolver problemas relacionados a pensão, guarda dos filhos e divórcio. Advogados orientam-nas sobre todos os procedimentos e, se necessário, acionam a Defensoria Pública do DF.

Segundo a subsecretária do Pró-Vítima, Camila Campos Cabral, o resultado do serviço é extremamente positivo, o que reforça a importância do programa como ferramenta na redução de danos na vida de uma pessoa. “Conseguimos ver a evolução de famílias até então totalmente desestruturadas, presenciamos o empoderamento de mulheres que sofreram violência e o reequilíbrio de crianças ou adolescentes vítimas de abuso”, comenta.

Núcleos do Pró-Vítima

Sede: Estação da antiga Rodoferroviária
Telefones: (61) 2104-1934 e 2104-1967

Ceilândia: QNN 5/7, Área Especial C
Telefones: (61) 2196-2704 e 2196-2706

Guará: QELC, Alpendre dos Jovens, Lucio Costa
Telefones: (61) 2104-0280 e 2104-0282

Paranoá: Quadra 5, Conjunto 3, Área Especial D, Parque de Obras
Telefones: (61) 2191-8781, 2191-8783 e 2191-8784

Plano Piloto: Estação 114 Sul do metrô
Telefones: (61) 2104-1191 e 2104-1195

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Salários de até R$ 6 mil

Semana começa com 717 oportunidades de emprego no Distrito Federal

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Ao Vivo de Brasília
Vagas de emprego DF
Foto/Imagem: Freepik

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem 717 vagas de emprego nesta segunda-feira (5). Há oportunidades para quem tem ou não experiência, em diferentes áreas e com salários de até R$ 6 mil.

O posto que oferece a maior remuneração é o de Diretor de Finanças, para trabalhar em Taguatinga Norte. Há uma vaga para pessoas com ensino superior completo para o cargo de Analista Contábil.

Já o cargo com maior número de vagas abertas é o de Ajudante de Obras, no Itapoã. São 110 oportunidades para candidatos que tenham o ensino fundamental completo. Não é preciso ter experiência. O salário é de R$ 1.518, mais benefícios.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Formalizando a união

Abertas as inscrições para a 2ª edição do Casamento Comunitário 2025

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Ao Vivo de Brasília
Casamento Comunitário 2025
Foto/Imagem: Jhonatan Vieira/Sejus-DF

Promovido pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), o Casamento Comunitário 2025 chega à sua 2ª edição com data marcada: 29 de junho. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas em vários equipamentos públicos do DF e também durante as edições do GDF + Perto do Cidadão. Ao longo do ano, estão previstas mais três edições do programa, com expectativa de beneficiar cerca de 400 casais em situação de vulnerabilidade — oferecendo a oportunidade de oficializar a união de forma gratuita, digna e inesquecível.

Na primeira edição do Casamento Comunitário 2025, realizada no início do ano, 101 casais disseram “sim” ao amor. Com mais três celebrações previstas — em 29 de junho, 31 de agosto e 7 de dezembro — o programa deve alcançar mais 300 casais até o fim do ano. Desde sua criação pelo Decreto nº 41.971/2021, o Casamento Comunitário já realizou o sonho de mais de 541 casais em 11 edições.

Para Anailton dos Santos, 28, e Tamiris Rodrigues, 35, que participaram da edição anterior, a iniciativa foi transformadora. “A cerimônia foi linda e mudou nossas vidas. Desde então, só conquistamos coisas boas”, contou Anailton. Tamiris reforça: “O casamento fortaleceu nossa relação. Sem o programa, não seria possível. Um casamento assim custaria pelo menos R$ 10 mil”.

O programa vai além da cerimônia: todas as taxas cartoriais são totalmente cobertas, e os noivos recebem gratuitamente vestidos, ternos, maquiagem profissional e até transporte até o local do evento.

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou a importância de oficializar a união: “Embora a união estável seja reconhecida legalmente, o casamento proporciona benefícios exclusivos em determinados processos jurídicos. Além de oferecer gratuidade, nosso objetivo é tornar esse momento inesquecível para as famílias participantes”, afirmou.

Como participar

Entre os requisitos, é necessário ter idade mínima de 18 anos e atender às condições legais para o casamento, conforme o Código Civil (art. 1.521). Para se inscrever, os interessados devem comparecer a um dos locais definidos, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30, munidos da documentação exigida. A entrega de documentos por terceiros não será permitida.

Locais de inscrição

* Praça dos Direitos da Ceilândia: QNN 13, Ceilândia Norte;
* Agência Na Hora: Setor Cultural Norte;
* Praça dos Direitos do Itapoã: Quadra 203, Del Lago II;
* Estação Cidadania do Recanto das Emas: Quadra 113, Lote 9;
* Edições do GDF + Perto do Cidadão: sextas-feiras, das 9h às 16h, e sábados, das 9h às 12h.

Documentação Necessária

Todos os casais devem apresentar:

* Comprovante de residência no Distrito Federal;
* Documentos pessoais: original e cópia do RG ou CNH, CPF e certidão de nascimento;
* Formulário de inscrição preenchido.

Documentos adicionais

* Divorciados: cópia do formal de partilha, contendo petição inicial, sentença e trânsito em julgado.
* Viúvos: cópia da certidão de óbito, certidão de casamento e formal de partilha com petição inicial, sentença e trânsito em julgado.

Declaração de Hipossuficiência

Todos os participantes devem entregar uma cópia da declaração de hipossuficiência de renda, conforme o modelo disponível no Anexo I do Edital.

Regras para testemunhas

As testemunhas também precisam apresentar:

* RG e CPF;
* Certidão de casamento (se casadas);
* Certidão de casamento com averbação de divórcio (se divorciadas).

Atenção: as testemunhas que comparecerem ao cartório não podem ser as mesmas que estarão presentes no dia da cerimônia.

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