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Programa habitacional

Polícia Civil desarticula quadrilha que fraudava lista da Codhab

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A Polícia Civil cumpre, nesta quinta-feira (23), 19 mandados de prisão preventiva, 14 de condução coercitiva e 25 de busca e apreensão em nove regiões administrativas para desarticular organização criminosa que fraudava programa habitacional do governo de Brasília. As investigações, feitas pela Coordenação de Repressão a Crimes contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf), duraram cerca de um ano. Segundo a polícia, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab) ajudou a corporação desde o início com a desarticulação do esquema.

Os mandados abrangem quatro associações de moradores inscritas na Codhab. Entre os presos estão diretores das entidades e servidores públicos. As ações policiais de hoje ocorreram em Ceilândia, no Guará, em Planaltina, no Plano Piloto, no Riacho Fundo, no Recanto das Emas, em Santa Maria, em Sobradinho e em Taguatinga.

Como a organização fraudava programas habitacionais
De acordo com a Polícia Civil, a suposta organização criminosa cobrava de R$ 2 mil a R$ 15 mil para subir o nome das pessoas na fila da Codhab. A publicidade era feita boca a boca. Além disso, facilitava-se o acesso para quem não tinha todos os papéis, por meio da fabricação de documentação falsificada.

“Os valores podem não ser muito altos, mas devemos lembrar que os programas habitacionais são gratuitos e voltados para pessoas com poucas condições financeiras, prejudicadas por esse esquema”, disse o delegado-chefe da Corf, Jeferson Lisboa, durante entrevista coletiva. “Houve ajuda da Codhab para a polícia. Foi por meio de informações da companhia e de denúncias anônimas que iniciamos as investigações”, ressaltou.

Ainda de acordo com o delegado, algo que facilitou a ação da polícia foi a constatação de pessoas com padrão de vida acima da renda declarada. No pátio do Departamento de Polícia Especializada, na sede da corporação, ao lado do Parque da Cidade, estavam quatro carros apreendidos durante a operação Lote Fácil. A polícia não informou se há ligação com a operação Clã, deflagrada pela Polícia Federal, que investigou irregularidades em programa habitacional durante o governo passado.

Quais foram os crimes cometidos
Todos os envolvidos responderão por organização criminosa. Estelionato, uso de documento falso e lavagem de dinheiro são outros delitos cometidos, de acordo com a Polícia Civil. Por enquanto, as famílias que compraram os lotes são tratadas como vítimas.

Codhab promove recadastramento para evitar fraudes
Enquanto a polícia desarticula a quadrilha, a Codhab promove recadastramento. A medida, feita para evitar fraudes no sistema da companhia, foi uma orientação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios para proteger a população de baixa renda e para combater organizações ilegais.

Em um primeiro momento, de 18 de abril a 23 de maio, as entidades passaram por etapa on-line para prestar informações. De 23 de maio a 17 de junho, representantes de associações e cooperativas compareceram à companhia para comprovar os dados declarados, a fim de conseguir registro para participação nos programas habitacionais. Agora, o procedimento está em fase de recurso das inabilitadas.

De acordo com a Lei nº 3.877, de 26 de junho de 2006, 40% das moradias de cada área destinada à habitação de interesse social são destinadas a pessoas cadastradas em cooperativas e associações habitacionais. Outros 40%, a candidatos do cadastro geral de inscritos individuais; e 20%, reservados a pessoas com deficiência, idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Quem tem direito a ser beneficiado pelo Morar Bem
Podem participar do Morar Bem, programa habitacional do governo de Brasília, pessoas maiores de idade ou emancipadas residentes no Distrito Federal há pelo menos cinco anos e que não sejam donos de imóveis no DF e tenham renda familiar de até 12 salários mínimos. A inscrição deve ser feita pelo telefone 156, opção 1, dígito 3, para agendar atendimento. O número de inscrição é informado aos beneficiados pela Caixa Econômica Federal.

É necessário apresentar certidão de nascimento (ou casamento, quando for o caso), certidão de nascimento dos filhos e demais dependentes declarados, carteira de identidade, CPF, comprovante de renda e carteira de trabalho, comprovante de residência no DF dos últimos cinco anos (um para cada ano), certidões negativas de todos os cartórios de registros de imóveis do DF e comprovante de pagamento de taxa de abertura do processo.

Os documentos que podem comprovar moradia (e tempo de moradia) no DF são a declaração de instituição bancária com movimentação de conta-corrente, documento escolar do candidato ou dos filhos — emitido pela instituição de ensino —, pagamento de condomínio, comprovantes de pagamento de água, luz ou telefone e de compras a prazo com autenticação mecânica no carnê.

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Salários de até R$ 6 mil

Semana começa com 717 oportunidades de emprego no Distrito Federal

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Vagas de emprego DF
Foto/Imagem: Freepik

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem 717 vagas de emprego nesta segunda-feira (5). Há oportunidades para quem tem ou não experiência, em diferentes áreas e com salários de até R$ 6 mil.

O posto que oferece a maior remuneração é o de Diretor de Finanças, para trabalhar em Taguatinga Norte. Há uma vaga para pessoas com ensino superior completo para o cargo de Analista Contábil.

Já o cargo com maior número de vagas abertas é o de Ajudante de Obras, no Itapoã. São 110 oportunidades para candidatos que tenham o ensino fundamental completo. Não é preciso ter experiência. O salário é de R$ 1.518, mais benefícios.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Formalizando a união

Abertas as inscrições para a 2ª edição do Casamento Comunitário 2025

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Casamento Comunitário 2025
Foto/Imagem: Jhonatan Vieira/Sejus-DF

Promovido pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), o Casamento Comunitário 2025 chega à sua 2ª edição com data marcada: 29 de junho. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas em vários equipamentos públicos do DF e também durante as edições do GDF + Perto do Cidadão. Ao longo do ano, estão previstas mais três edições do programa, com expectativa de beneficiar cerca de 400 casais em situação de vulnerabilidade — oferecendo a oportunidade de oficializar a união de forma gratuita, digna e inesquecível.

Na primeira edição do Casamento Comunitário 2025, realizada no início do ano, 101 casais disseram “sim” ao amor. Com mais três celebrações previstas — em 29 de junho, 31 de agosto e 7 de dezembro — o programa deve alcançar mais 300 casais até o fim do ano. Desde sua criação pelo Decreto nº 41.971/2021, o Casamento Comunitário já realizou o sonho de mais de 541 casais em 11 edições.

Para Anailton dos Santos, 28, e Tamiris Rodrigues, 35, que participaram da edição anterior, a iniciativa foi transformadora. “A cerimônia foi linda e mudou nossas vidas. Desde então, só conquistamos coisas boas”, contou Anailton. Tamiris reforça: “O casamento fortaleceu nossa relação. Sem o programa, não seria possível. Um casamento assim custaria pelo menos R$ 10 mil”.

O programa vai além da cerimônia: todas as taxas cartoriais são totalmente cobertas, e os noivos recebem gratuitamente vestidos, ternos, maquiagem profissional e até transporte até o local do evento.

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou a importância de oficializar a união: “Embora a união estável seja reconhecida legalmente, o casamento proporciona benefícios exclusivos em determinados processos jurídicos. Além de oferecer gratuidade, nosso objetivo é tornar esse momento inesquecível para as famílias participantes”, afirmou.

Como participar

Entre os requisitos, é necessário ter idade mínima de 18 anos e atender às condições legais para o casamento, conforme o Código Civil (art. 1.521). Para se inscrever, os interessados devem comparecer a um dos locais definidos, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30, munidos da documentação exigida. A entrega de documentos por terceiros não será permitida.

Locais de inscrição

* Praça dos Direitos da Ceilândia: QNN 13, Ceilândia Norte;
* Agência Na Hora: Setor Cultural Norte;
* Praça dos Direitos do Itapoã: Quadra 203, Del Lago II;
* Estação Cidadania do Recanto das Emas: Quadra 113, Lote 9;
* Edições do GDF + Perto do Cidadão: sextas-feiras, das 9h às 16h, e sábados, das 9h às 12h.

Documentação Necessária

Todos os casais devem apresentar:

* Comprovante de residência no Distrito Federal;
* Documentos pessoais: original e cópia do RG ou CNH, CPF e certidão de nascimento;
* Formulário de inscrição preenchido.

Documentos adicionais

* Divorciados: cópia do formal de partilha, contendo petição inicial, sentença e trânsito em julgado.
* Viúvos: cópia da certidão de óbito, certidão de casamento e formal de partilha com petição inicial, sentença e trânsito em julgado.

Declaração de Hipossuficiência

Todos os participantes devem entregar uma cópia da declaração de hipossuficiência de renda, conforme o modelo disponível no Anexo I do Edital.

Regras para testemunhas

As testemunhas também precisam apresentar:

* RG e CPF;
* Certidão de casamento (se casadas);
* Certidão de casamento com averbação de divórcio (se divorciadas).

Atenção: as testemunhas que comparecerem ao cartório não podem ser as mesmas que estarão presentes no dia da cerimônia.

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