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Museu Nacional recebe exposição Contraponto com acervo de Sérgio Carvalho

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O Museu Nacional da República recebe a exposição Contraponto com acervo de Sérgio Carvalho de 17 de novembro a 25 de fevereiro de 2018, na Galeria 2. Composta por obras dos artistas Antônio Obá, Berna Reale, Bruno Vilela, Camila Soato, César Meneghetti, Daniel Murgel, Delson Uchôa, Elder Rocha, Emmanuel Nassar, Fábio Baroli, Fábio Magalhães, Flávia Junqueira, Flávio Cerqueira, Floriano Romano, Gil Vicente, Gisele Camargo, Grupo EmpreZa, Hildebrando de Castro, James Kudo, João Angelini, José rufino, Laura Gorski, Lucia Koch, Manoel Veiga, Marcelo Silveira, Milton Marques, Nelson Leirner, Renato Valle, Rochelle Costi, Rodrigo Braga, Sofia Borges, Thais Helt e Tony Camargo.

Com curadoria da historiadora Tereza de Arruda, a mostra Contraponto foi concebida para o Museu Nacional da República, com obras da Coleção Sérgio Carvalho. Este acervo é composto por mais de mais de 1.900 obras de 164 artistas brasileiros, tendo como ponto de partida não somente a obra de arte em si, mas, sobretudo, seus autores.

Este processo se iniciou no final da década de 90 em Brasília. A partir daí, a atuação e a pesquisa de Sérgio se expandiram pelo território nacional, dando origem a um dos acervos mais significativos de artes plásticas no País. O acervo é configurado a partir de um processo introspectivo desenvolvido com cada um dos artistas. As visitas aos ateliers e exposições, reforçadas por conversas intensas e informais, desencadeiam uma relação única formada por respeito, compreensão, engajamento e cumplicidade.

A aquisição da obra de arte não é o final de um processo, porém o início de um intenso diálogo, em ordem progressiva, de Sérgio com os artistas, suas obras entre si e, por fim, dos artistas entre si. Aliás, o seu aprofundamento no universo artístico ocorre por conexões desencadeadas pelos próprios artistas.

O colecionismo em âmbito privado não basta para Sérgio. Seu desejo é dar visibilidade aos artistas e tornar público, de modo definitivo, o seu acervo.

Neste contexto, a partir de 2014, foram realizadas cinco exposições em instituições públicas: Duplo Olhar, com curadoria de Denise Mattar, no Paço das Artes – USP, em São Paulo (2014); Vértice, mostra itinerante com curadoria de Marília Panitz, Marisa Mokarzel e Polyanna Morgana, realizada no Museu Nacional dos Correios, em Brasília, e nos Centros Culturais dos Correios do Rio de Janeiro e de São Paulo (2015/2016); e Cantata, com curadoria de Denise Mattar, no Centro Cultural Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte (2016).

A mostra Contraponto apresenta um recorte da Coleção Sérgio Carvalho priorizando seus contrapontos, diante de sua diversidade e subjetividade.

Desde o início da coleção, houve a preocupação na aquisição de um conjunto significativo de obras de um mesmo artista, a conduzir o expectador à transformação na produção de cada artífice. Isto é uma prova do diálogo, cumplicidade e relacionamento progressivo e consequente com os criadores em seu percurso. Em face dessa particularidade e à necessidade em atender à demanda da produção das artes plásticas — certo que raramente um artista, de carreira consolidada ou em consolidação, tem a oportunidade de apresentar uma mostra individual em um museu, a curadoria optou por trazer ao público uma coletiva de individuais.

O resultado evidenciará diversos contrapontos que se complementam, enfatizando a pluralidade de técnicas e de linguagens, além da democracia estética: na história da arte contemporânea, nunca houve barreiras tão flexíveis, como na atualidade, propiciando atuações interdisciplinares, compondo-se, a mostra, de pinturas, fotografias, esculturas, vídeos, instalações, desenhos e performances. Em suas obras, os artistas relatam ora questões pessoais de seu microcosmo, temáticas que os norteiam em seu cotidiano, ora questões globais. O censo crítico e irônico se faz presente com muita sutileza nas obras dos artistas participantes – Antônio Obá, Berna Reale, Bruno Vilela, Camila Soato, César Meneghetti, Daniel Murgel, Delson Uchôa, Elder Rocha, Emmanuel Nassar, Fábio Baroli, Fábio Magalhães, Flávia Junqueira, Flávio Cerqueira, Floriano Romano, Gil Vicente, Gisele Camargo, Grupo EmpreZa, Hildebrando de Castro, James Kudo, João Angelini, José rufino, Laura Gorski, Lucia Koch, Manoel Veiga, Marcelo Silveira, Milton Marques, Nelson Leirner, Renato Valle, Rochelle Costi, Rodrigo Braga, Sofia Borges, Thais Helt e Tony Camargo.

Sobre a curadora

Tereza de Arruda é historiadora de arte e curadora independente. Vive e trabalha entre São Paulo e Berlim desde 1989 onde se formou em História da Arte pela Universidade Livre de Berlim. Nascida em São Paulo.

Colabora com instituições e museus internacionais e realizou as seguintes curadorias nos últimos dois anos:

2017: Contraponto – Acervo Sérgio Carvalho, Museu Nacional da República Brasília; Katharina Sieverding na Fototeca de Cuba e Klaus Mettig na Casa Guayasamin no Mês da Fotografia Havana/Cuba; Fan Bo Emerging from Shadow, eMOCA Shenzhen/ China; China como Pais Homenageado, Bienal Internacional de Curitiba; Chiharu Shiota Unter der Haut/Under the Skin, Kunsthalle Rostock; Sigmar Polke die Editionen, me Collectors Room Berlin; Arnaldo de Mello West-Berlin 1987-90, Sé São Paulo; Cesar Meneghetti O Percurso Ausente, MUBA São Paulo; Jin Lie What is Past is still Present, MOCA – Museum of Contemporary Art Chengdu.

Sobre o colecionador

Um dos maiores colecionadores de arte contemporânea de Brasília, o advogado Sérgio Carvalho, começou sua coleção de arte contemporânea em 2003, quando conheceu Nazareno, José Rufino, Eduardo Frota e Valéria Pena-Costa, que o apresentaram a outros artistas. Encantado com o universo poético de cada um deles, Carvalho resolveu vender as gravuras de Oswaldo Goeldi que possuía para comprar fotografias de Lucia Koch.

Hoje – 14 anos após iniciar sua coleção – Sérgio Carvalho reúne obras de alguns dos mais importantes artistas contemporâneos brasileiros, entre os quais Regina Silveira, Nelson Leirner, Iran do Espírito Santo, Efrain Almeida, Emmanuel Nassar, Hildebrando de Castro, Rubens Mano, Berna Reale, Jonathas de Andrade, Sofia Borges e Rodrigo Braga entre outros. Sua coleção demonstra que o colecionismo pode ser instigado pelo amor à arte e pela possibilidade do registro de um período das artes visuais de determinado tempo, não pela equivocada ideia de aquisição de commodities.

“Depois que me interesso por uma obra, procuro conhecer quem a fez. Raras as obras que eu não conheço, pessoalmente, o autor. Interessa o contato com o artista e o seu particular universo – real e poético. Esse modo de agir me fez, em verdade, colecionar amigos” – diz Sérgio. “Procuro adquirir um acervo significativo de cada um dos artistas que integram a coleção, algo entre dez e vinte obras. Gostaria de ter uma exposição individual de cada um” – resume.

Exposição Contraponto do acervo de Sérgio Carvalho

Local: Galeria 2 do Museu Nacional da República
Abertura: 16 de novembro de 2017, às 19h
Visitação de 17 de novembro a 25 de fevereiro de 2018
(terça-feira a domingo, das 9h às 18h)
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Até 9 de junho

Inscrições abertas para o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

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Ao Vivo de Brasília
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2025
Foto/Imagem: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Na edição comemorativa de 60 anos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emílio Salles Gomes, a mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país volta a ser realizada em setembro, com formato ampliado: serão nove dias de programação, com a inclusão de um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília.

O anúncio das novidades para o 58º Festival de Brasília foi feito nesta terça-feira (6), durante coletiva de imprensa no hall do Cine Brasília, ocasião que também marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens nacionais para a seleção oficial do evento. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do Festival até 9 de junho.

A edição de 60 anos celebra a resiliência do festival, que se mantém como referência nacional, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e presidente do evento, Claudio Abrantes. “Nem a ditadura nem a pandemia conseguiram parar o Festival”, destacou, ao lembrar que as edições de 1972, 1973 e 1974 não foram realizadas por conta do regime militar.

Uma das principais mudanças nesta edição é o retorno ao mês de setembro. “É o período em que o Festival sempre aconteceu, com ipês floridos e sem chuvas. Do ponto de vista técnico, temos certeza de que o evento retoma o protagonismo que nunca deveria ter perdido entre os grandes festivais do país”, afirmou Abrantes.

Para Sara Rocha, coordenadora-geral do Festival, essa retomada só foi possível graças ao edital trianual que garantiu orçamento para as edições de 2024, 2025 e 2026: “O retorno a setembro é fundamental para o posicionamento estratégico do Festival no calendário nacional, e foi viabilizado pelo trabalho continuado ao longo desses três anos”.

Neste ano, o evento terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana. Com isso, haverá mais exibições, oficinas e atividades culturais em diversas regiões do Distrito Federal, além das sessões no Cine Brasília.

Desde o ano passado, o Banco de Brasília (BRB) é o patrocinador master do Festival, o que também possibilitou a ampliação de formato e estrutura. “Foi o maior investimento já feito pelo banco no Festival, com foco na valorização das produções cinematográficas”, afirmou o gerente de patrocínios do BRB, João Eduardo Silveira.

Mostra Brasília

A Mostra Brasília também será ampliada, com mais dias de competição, maior número de filmes e aumento no valor dos prêmios. Serão exibidos dez curtas e cinco longas no decorrer de cinco dias. O valor total dos prêmios passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil. O edital específico será lançado ainda nesta semana, mas as inscrições já estão abertas no site oficial do Festival.

Além das exibições e mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília contará com a sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com a presença de players nacionais e internacionais do setor audiovisual. Também será realizada, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional do Audiovisual – fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, com participação do público.

A programação completa do Festival será divulgada em 20 de agosto.

Cine Brasília

A estrutura do Cine Brasília será novamente ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates. O anexo previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, que deve consolidar essa expansão de forma permanente, está em fase de viabilização. O edital para a construção será lançado nas próximas semanas.

“Essa área externa já é muito utilizada, mas agora é hora de consolidar esse espaço com salas menores de cinema e uma cinemateca que abrigue acervos de grandes nomes do cinema brasiliense, como o homenageado da sala, Vladimir Carvalho”, reforçou Claudio Abrantes. Ele também anunciou o lançamento de licitação para aquisição de um projetor 4K para o Cine Brasília.

Mostra 60 Anos do Festival

Como parte das comemorações pelos 60 anos do Festival, o Cine Brasília realiza, desta terça (6) até domingo (11), sempre às 18h, a mostra especial 1 Filme por Década, com entrada franca.

A seleção reúne seis filmes emblemáticos premiados com o Troféu Candango de Melhor Filme. Veja abaixo.

  • Todas as Mulheres do Mundo(1966), de Domingos de Oliveira
  • Nunca Fomos tão Felizes (1984), de Murilo Salles
  • Que Bom te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat
  • Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis
  • É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert
  • Temporada (2018), de André Novais de Oliveira
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Transporte público

Mulheres com medida protetiva no DF terão acesso ao Passe Livre

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Ao Vivo de Brasília
Passe Livre mulher medida protetiva DF
Foto/Imagem: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Mulheres com medida protetiva e em situação de acolhimento terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal. O anúncio foi feito pelo governador Ibaneis Rocha durante a inauguração do Centro de Referência da Mulher Brasileira, no Recanto das Emas. A medida tem como objetivo facilitar o acesso delas aos serviços da Secretaria da Mulher e a esses centros, especialmente em momentos de vulnerabilidade.

“Determinei que todas as mulheres cadastradas com medidas protetivas, que precisarem do acolhimento da Secretaria da Mulher e das casas da Mulher Brasileira, terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal”, afirmou o governador. “É uma forma de garantir que essas mulheres possam acessar os serviços em um momento que pode ser de reconstrução de suas vidas.”

Além do Passe Livre, a iniciativa prevê o fortalecimento da articulação entre os serviços oferecidos, ampliando a proteção e a autonomia de quem está em situação de violência.

Ibaneis também destacou o papel da bancada federal na viabilização de recursos para obras de acolhimento às mulheres. Segundo ele, parte das verbas para as novas unidades veio de emendas parlamentares, complementadas por orçamento do próprio Governo do Distrito Federal (GDF).

“Não deixamos nenhuma obra parar. Quando os recursos federais não foram suficientes, colocamos dinheiro do nosso orçamento, porque sabemos da importância desses espaços de acolhimento e encaminhamento para as mulheres”, disse o governador, ao agradecer o apoio de senadores e deputados. “O ideal é termos uma Casa da Mulher Brasileira em cada uma das 35 regiões administrativas do DF. Lugares como Sol Nascente e Ceilândia ainda sofrem com altos índices de violência. Precisamos estar mais próximos dessas mulheres”, defendeu Ibaneis.

O modelo atual das casas, segundo o governador, segue um conceito mais descentralizado e acessível. “A proposta é que as unidades estejam próximas de onde as mulheres vivem, para que o acolhimento ocorra no momento em que elas mais precisam, com acesso a psicólogas, orientação jurídica, benefícios como o aluguel social e encaminhamento para o mercado de trabalho.”

Segundo a vice-governadora Celina Leão, a medida é essencial para que os direitos das mulheres possam ser exercidos de forma plena. “Essa determinação do governador Ibaneis é fundamental para garantir que as mulheres possam acessar serviços públicos que são essenciais, especialmente, em momentos de dor e vulnerabilidade. É mais um passo que damos para proteger as nossas mulheres, que precisam contar com o apoio do poder público para saírem de situações de violência”, afirmou Celina.

“Trata-se de uma medida do governador Ibaneis Rocha de grande importância para o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica, garantindo a elas o acesso ao transporte público coletivo em todas as linhas de ônibus e metrô do DF, de forma que possam se deslocar mais facilmente para acessar os serviços públicos de saúde, segurança e assistência que precisarem buscar”, afirma o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves.

De acordo com a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, a medida vai garantir o acesso continuado aos tratamentos ofertados pelas unidades do Distrito Federal: “O atendimento psicossocial oferecido nas nossas unidades não acontece em um dia, ele tem uma sequência ao longo das semanas. Muitas mulheres falavam que não tinham dinheiro para pagar a passagem para dar andamento, porque o tratamento é de no mínimo 12 encontros, então era uma demanda que a gente estava identificando que prejudicava nos atendimentos. Elas começavam participando e depois acabavam abandonando por essa questão. Essa nova medida vem para solucionar esse problema”.

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