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Morador do DF usa 84 litros de água a mais por dia do que o recomendado pela OMS

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O morador do Distrito Federal (DF) precisaria reduzir o consumo médio de água em 34 litros diários para atingir um patamar de uso sustentável. Atualmente, cada habitante do DF consome, em média, 184 litros diários, de acordo com a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb).

O cidadão contribuiria com o meio ambiente e com a disponibilidade do recurso para gerações futuras se consumisse 150 litros diários, segundo parâmetros da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do DF (Adasa). A média recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é ainda menor. Para assegurar as necessidades básicas e minimizar os problemas de saúde, o órgão estipula uma média diária de 100 litros por habitante.

“O uso racional da água pelo cidadão é importante em todo momento, quando está chovendo, na época seca, na época que antecede a seca. O uso racional hoje deve estar incorporado na nossa vida”, explica o diretor da Adasa, Diógenes Mortari.

O DF está entre as regiões que mais consomem água no país. Em 2011, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (Snis) do Ministério das Cidades, o consumo médio chegava a 187 litros de água diários por habitante, média ultrapassada apenas pelo Rio de Janeiro (237,8), pelo Espírito Santo (192) e pelo Amapá (187,5). Desde então, o DF registrou uma redução, mas, segundo a Caesb, a taxa mantém-se praticamente constante.

Para especialistas, a população precisa se conscientizar da necessidade de economizar água, principalmente, os grandes produtores rurais – de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a agricultura é responsável por 70% do consumo de água doce no mundo.

“O papel do homem é fundamental, a gente tem que fazer uma gestão muito séria da demanda, tem que aproveitar períodos como esse para melhorar nosso uso racional da água, seja nas áreas urbanas seja nas agrícolas, pensando nos grandes usuários. É importante que isso seja feito”, ressalta o pesquisador da área de hidrologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Cerrados, Jorge Werneck.

O pesquisador destaca ainda que o país passa por mudanças no regime de chuva e economizar pode ajudar a manter uma reserva para o consumo.

“É preciso ter um processo geral de conscientização de todo cidadão. Uma conscientização de que a água não é infinita. Muita gente pensa que a água é infinita e não é. Para se ter ideia, ao jogar um palito de picolé no chão ou qualquer tipo de resíduo, você pode estar contribuindo para a poluição do corpo hídrico [quando levado pela chuva]”, diz o coordenador do curso de engenharia ambiental e sanitária da Universidade Católica de Brasília, Marcelo Gonçalves Resende.

A orientação da Adasa é que os consumidores observem o gasto mensal na conta de água. A medida estará em metros cúbicos. Para saber quantos litros são consumidos, basta multiplicar por mil. Depois, é preciso dividir esse valor pelos dias do mês (consumo diário) e, em seguida, dividir pelo número de pessoas que moram na mesma casa (consumo diário por pessoa).

“Se se gasta 10 metros cúbicos, significa 10 mil litros naquele mês. Dividido por 31 ou 30 dias, têm-se o que é consumido por dia. Dividindo pelos habitantes da residência, chega-se a uma média do que é consumido diariamente. Um consumo considerado consciente, racional é da ordem de 150 litros por habitante por dia”, explica Diógenes Mortari.

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Falta de luz

Neoenergia: fornecimento no DF é o melhor entre capitais brasileiras

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Neoenergia Brasília
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A média de tempo em que o consumidor do Distrito Federal ficou sem energia reduziu em 43% nos últimos quatro anos, período em que a distribuição de energia da capital federal foi concedida à Neoenergia. O levantamento, realizado a partir de dados publicados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), mostra que a redução do indicador conhecido como DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) posicionou o DF como a capital que possui o restabelecimento de energia mais rápido do país.

Em 2024, quem mora no Brasil passou em média 10,24h sem energia por ano. No DF, o brasiliense ficou em média 5,04h sem energia por ano, ou seja, metade da média brasileira e o 4° melhor tempo do Brasil. Isso significa que o consumidor da capital teve energia sem interrupção por 99,94% das horas do ano. Essa posição coloca o DF como a única capital do país entre as 5 regiões que possuem o fornecimento de energia mais rápido do Brasil. Os outros locais mais bem colocados estão situados no interior de São Paulo.

Antes da concessão, em 2021, o DF ocupava a 13ª posição, entre as 29 empresas de distribuição de energia do setor no Brasil, que possuem mais de 400 mil clientes. Em 2024, a posição da capital federal passou a ser a 4ª. Essa melhoria significativa está ligada aos investimentos em tecnologia, modernização, expansão de redes e geração de novos empregos promovidos pela Neoenergia, empresa responsável pela distribuição de energia no DF.

Desde que assumiu a concessão da CEB Distribuição (CEB-D), a Neoenergia investiu mais de R$ 1 bilhão em quatro anos e anunciou que aportará mais 1,3 bilhão até 2029. Esse valor investido em quatro anos representa o equivalente a 15 anos de aportes feitos pela CEB anteriormente. Além dos investimentos robustos, destaca-se o modelo de gestão adotado pelo grupo. Importante destacar que a CEB Ipes ainda é a responsável pela iluminação pública de todo o DF.

“Possuir um dos melhores níveis de qualidade do país é um sinal de que os investimentos realizados pela Neoenergia estão trazendo os resultados esperados e nos dá a confiança de que estamos contribuindo para o desenvolvimento da nossa capital”, explica Antonio Queiroz, diretor Técnico da Neoenergia Brasília.

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Auxílio mensal de R$ 150

Novos beneficiários do DF Social têm até 26/03 para abrir conta no BRB

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A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) selecionou 2.264 novas famílias beneficiárias do programa DF Social para abrirem a conta no Banco de Brasília (BRB) e terem acesso ao auxílio mensal de R$ 150. Para garantir o recebimento do próximo pagamento, é necessário que o cidadão tenha a conta social (não se trata de uma conta bancária comum) aberta até as 18h do dia 26 deste mês.

Quem que não fizer o procedimento no prazo estabelecido terá que aguardar nova rodada de contemplação. ‌A abertura da conta social deve ser efetuada pelo aplicativo BRB Mobile.

“Para saber se foi contemplado, o cidadão deve fazer a consulta no site do programa e confirmar se está entre os beneficiários”, orienta a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra.

“Não é preciso se cadastrar ou solicitar inclusão no Cras [Centro de Referência de Assistência Social] para fazer parte do DF Social; é preciso ter o Cadastro Único”, prossegue a gestora. “Os contemplados são selecionados automaticamente por esses cadastros e de acordo com critérios do programa.”

No site GDF Social, o cidadão deve acessar o “Consulta DF Social”, informar CPF e data de nascimento do responsável familiar, conforme declarado no Cadastro Único. Após esse procedimento, aparece mensagem na tela informando se a pessoa se encontra ou não na lista de contemplados.

A concessão do benefício do DF Social ocorre mediante disponibilidade orçamentária.

As famílias que deixam de atender aos critérios saem da lista para dar lugar a novos contemplados. Mensalmente, 70 mil famílias em vulnerabilidade social no DF são beneficiadas pela iniciativa do Governo do Distrito Federal (GDF).

O DF Social é o programa de transferência de renda do GDF que concede o valor de R$ 150 mensais a famílias de baixa renda residentes no DF. Têm direito ao benefício os grupos com renda per capita de até meio salário mínimo inscritos no Cadastro Único.

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