Intervenções Urbanas apresentam empreendedores à comunidade, em Águas Claras
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Quem passou pela Praça das Gaivotas, em Águas Claras, na tarde deste sábado (7), deparou-se com jovens grafitando painéis, pessoas explicando como eletrônicos velhos e abandonados ainda têm valor e artesãos mostrando como funciona a economia solidária, além de apresentações musicais e food trucks. As ações fizeram parte da primeira edição do projeto Intervenções Urbanas. Iniciativa da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Social e Direitos Humanos (fusão das antigas Secretarias do Trabalho e do Empreendedorismo; de Política para Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos; e de Desenvolvimento Humano e Social), o projeto visa valorizar pequenos e microempreendedores aumentando a proximidade entre eles e a comunidade.
Uma das opções que mais atraíram público foi a oficina Grafite para Iniciantes. “É um local para liberar a imaginação e fazer o que a mente mandar”, disse o artista urbano André Luiz Oneal, que ganha a vida produzindo peças de arte pela cidade. Crianças e adolescentes aprenderam que desenhar com spray é bem diferente de pichar.
Os mais experientes aprofundaram o conhecimento na oficina Cidade de Águas Claras — Urbano e Cerrado. “Nesse momento, os grafiteiros retratam as paisagens da região de um jeito diferente, dando mais cores e movimento.”
Metarreciclagem
Em outro local do evento, na Estação de Metarreciclagem, as pessoas acompanhavam como computadores e utensílios eletroeletrônicos velhos eram transformados em ferramentas atuais de trabalho, como impressora 3D.
Coordenador-executivo da organização não governamental Programando o Futuro — responsável por mostrar a reciclagem de produtos tecnológicos —, Vilmar Simion, de 36 anos, afirma que projetos como o Intervenções Urbanas são fundamentais para a troca de ideias. “Hoje nós fazemos os primeiros contatos aqui, que se transformarão em bons negócios durante os próximos dias”, acredita.
Economia solidária
Integrante da Associação Arte de Amigos do Novo Gama, a aposentada Madilza Vitória, de 60 anos, explica que o grupo trabalha com economia solidária, que valoriza o papel de todos ao produzir, vender, comprar e trocar produtos. “Precisa apenas uma de nós saber onde será o próximo evento para compartilhar com todas e montarmos uma grande exposição.” Madilza reforça a importância de eventos como esse: “é possível faturar até R$ 2,8 mil por mês apenas com exposições durante os fins de semana”.
Para as próximas edições, pessoas ou grupos podem procurar a Subsecretaria de Microcrédito e Empreendedorismo pelo telefone 3255-3806, de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas. De acordo com o secretário-adjunto do Trabalho, Thiago Jarjour, qualquer iniciativa criativa ou inovadora será muito bem-vinda. Segundo ele, o objetivo é passar em várias regiões do Distrito Federal bimestral ou trimestralmente. “Em algumas semanas divulgaremos onde serão as seguintes.”
Ádamo Araujo, da Agência Brasília
Atualizado em 08/11/2015 – 12:56.
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