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Thales Maia

Especialista no assunto tira dúvidas mais comuns sobre cirurgia bariátrica

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Foto/Imagem: Dr. Thales Maia/Divulgação


Há muitas dúvidas em torno da cirurgia bariátrica, tanto sobre o pré-operatório, quanto sobre o pós-operatório. Entre os questionamentos mais comuns estão qual o objetivo da cirurgia, o peso mínimo para a indicação de cirurgia, como deve ser a alimentação, e até se há necessidade de cirurgia plástica após bariátrica. O especialista no assunto, Dr. Thales Maia, do Centro Médico São Miguel (706 Sul), esclareceu essas dúvidas. Confira:

Qual o peso mínimo para a realização da cirurgia?

Segundo Thales, as indicações quanto ao peso são recomendadas pelas Organização Mundial da Saúde (OMS), e levam em conta um índice de massa corpórea (IMC), que é o peso dividido pela altura ao quadrado (peso sobre altura x altura). “Dessa forma, não há um peso mínimo para a cirurgia, e sim um valor adequado para cada paciente dependendo de sua altura e peso”, explica.

Para a realização do procedimento, o paciente deve ter IMC acima de 35 Kg/m² com doenças associadas, que são mais de 30, como apneia do sono, hipertensão arterial, diabetes, aumento de gorduras fígado, colesterol elevado no sangue, problemas articulares etc.

A cirurgia também é indicada para pacientes com IMC maior que 40 Kg/m² que não tenham obtido sucesso na perda de peso após dois anos de tratamento clínico. Um exemplo: uma pessoa com peso de 95 kg e altura de 1,53m possui IMC acima de 40. Já uma outra pessoa com peso de 105 kg e altura de 1,70m tem IMC de 36. “Dessa forma, é preciso avaliar cada caso, para saber se o paciente tem indicação cirúrgica”, afirma.

A bariátrica pode reduzir o risco de morte por doenças cardiovasculares?

Segundo o especialista, cerca de 75% do colesterol do organismo é endógeno, ou seja, produzido pelo corpo, e 25% é obtido pela alimentação. “Em casos de obesidade avançada e presença de dislipidemia (altos níveis de colesterol e triglicerídeos), a cirurgia bariátrica pode ser indicada, ajudando tanto a emagrecer quanto a controlar o risco de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares advindas dessa condição”, explica.

Pacientes que realizaram o procedimento podem consumir bebida alcoólica?

Pacientes recém operados devem evitar consumo de bebidas alcoólicas por, no mínimo, seis meses. Thales explica que o alto índice calórico das bebidas prejudicam o estômago e intestino, além da redução da absorção dos nutrientes. “Após a cirurgia bariátrica, o sistema digestivo é readaptado e deve ser cuidadosamente reeducado”, alerta.

Cirurgia bariátrica é considerada estética?

A Cirurgia Bariátrica não pode ser considerada como um procedimento estético, afirma o especialista. O foco principal, segundo ele, é o controle da obesidade e doenças associadas a ela. Em paralelo, os pacientes melhoram bastante a relação com sua imagem, corpo e autoestima, gerando qualidade de vida. “A cirurgia bariátrica é considerada uma cirurgia metabólica, onde auxilia no controle da diabetes, alterações de colesterol e hipertensão. É um tratamento cirúrgico para uma doença grave: a obesidade”, esclarece.

A cirurgia plástica é necessária após a bariátrica?

Não necessariamente, explica Thales. “A necessidade pode variar de paciente para paciente, e a indicação sempre deve vir da equipe multidisciplinar que está acompanhando o caso médico”.

Mas, o médico explica que quando a perda de peso é muito grande, a cirurgia plástica reparadora pode ser indicada para a retirada do excesso de pele. “O ideal é que se aguarde, pelo menos, um ano depois da realização da cirurgia bariátrica para iniciar as cirurgias plásticas reparadoras, sempre consultando o seu médico antes de tomar a decisão”, finaliza.

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Entre janeiro e junho

Sazonalidade das doenças respiratórias alerta para cuidados com as crianças

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Ao Vivo de Brasília
doenças respiratórias
Foto/Imagem: Freepik

A sazonalidade das doenças respiratórias normalmente ocorre no Brasil entre janeiro e junho, acometendo, principalmente, crianças, idosos e pessoas com a imunidade mais baixa. A bronquiolite viral aguda (BVA) é a principal preocupação da área pediátrica, pois atinge crianças de até dois anos e é responsável pela maioria das internações deste período.

A bronquiolite viral aguda é uma infecção viral que acomete a parte mais delicada do pulmão dos bebês, os bronquíolos. Essas estruturas do organismo são a continuidade dos brônquios, que distribuem o ar para dentro dos pulmões.

O infectologista pediátrico do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Pedro Ribeiro Bianchini, lembra que é possível ter uma variação nos vírus circulantes, mas os principais são o vírus sincicial respiratório (VSR), o coronavírus SARS-CoV-2, rinovírus e metapneumovírus, além do vírus da influenza.

Sintomas

“Esses vírus têm uma distinção clínica muito difícil, pois apresentam sintomas semelhantes, e só é possível identificá-los com a realização de exames específicos, mas a condução clínica é semelhante, e em sua maioria sintomática, com medicação para febre e limpeza nasal”, orienta o médico. “A necessidade de outras medicações e até de internação e outros procedimentos, eventualmente necessários, é determinada apenas pelo pediatra, durante a avaliação clínica.”

Tratando-se de doença causada por vírus respiratórios, o quadro começa com um resfriado, obstrução nasal, coriza clara, tosse, febre, recusa nas mamadas e irritabilidade de intensidade variável.  Em um ou dois dias, esses sintomas evoluem para tosse mais intensa, dificuldade para respirar, respiração rápida e sibilância (chiado/chio de peito). Por vezes, pode haver sinais e sintomas mais graves, como sonolência, gemência, cianose (arroxeamento dos lábios e extremidades) e pausas respiratórias.

A orientação é que a família fique atenta aos sinais, principalmente nos bebês; e, em caso de evolução dos sintomas, busque imediatamente atendimento médico. “A criança pequena tem o seu sistema imunológico ainda em processo de amadurecimento, o que torna essa faixa etária, principalmente as crianças abaixo de 6 anos, mais predispostas ao adoecimento”, ressalta Bianchini.

Volta às aulas

O fato de a transmissão dos vírus respiratórios ser facilitada pela aglomeração de pessoas faz com que o retorno às aulas seja um momento de maior proliferação de doenças respiratórias, pois as crianças se juntam em um mesmo ambiente.

“As principais medidas para diminuir a chance de adoecimento incluem a atualização do cartão vacinal, e ressalto também a importância das vacinas contra covid-19 e coqueluche”, afirma o infectologista pediátrico. O profissional recomenda manter o hábito de fazer a higienização nasal diária e incentivar a criança a lavar as mãos com frequência, além de proporcionar uma alimentação equilibrada, sono saudável e fazer um acompanhamento regular com o pediatra.

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WhatsApp

GDF envia mensagens para incentivar vacinação contra o HPV

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Ao Vivo de Brasília
Vacina Papilomavírus Humano (HPV)
Foto/Imagem: Freepik

O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Saúde (SES-DF), em parceria com a Secretaria de Economia (SEEC-DF), iniciou, neste mês, o envio de mensagens pelo aplicativo WhatsApp para lembrar pais e responsáveis sobre a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV). O intuito é aumentar a proteção entre meninos e meninas de 9 a 14 anos, principal público.

O índice de cobertura vacinal de HPV no DF ainda não atingiu a meta de 90%, estipulada pelo Ministério da Saúde, principalmente ao observar o público masculino. O último levantamento da SES-DF indica que, em 2024, o percentual estava em 81,5% entre meninas e em 62,9% entre meninos. A meta é aumentar esses números e garantir que mais jovens fiquem protegidos.

A SES-DF lembra aos usuários que as mensagens enviadas não pedem informações pessoais, sigilosas ou restritas. No texto, será perguntado se o portador do número é responsável pelo jovem. Em caso positivo, a próxima pergunta aparece querendo saber se há uma previsão de levar a criança para vacinar.

“Trata-se de um serviço gratuito. Isso quer dizer que não há qualquer pedido de pagamento ou taxa. O foco das mensagens é unicamente lembrar, conscientizar e incentivar os responsáveis sobre a vacinação da criança ou do adolescente”, alerta a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.

Na capital federal, a dose está disponível para jovens entre 9 e 14 anos, em mais de cem pontos de vacinação espalhados pelas regiões de saúde. A lista de locais pode ser conferida neste link.

Cobertura

A escolha por priorizar a dose contra o HPV é fundamentada em dados históricos de cobertura vacinal. A expectativa é atingir toda a população adolescente do DF considerada como público-alvo. O imunizante é uma medida preventiva, pois auxilia na redução de incidência de cânceres relacionados ao vírus.

“O HPV é o sexto imunobiológico considerado pela campanha de mensagens que o GDF implementou – uma abordagem alinhada às recomendações do Ministério da Saúde, que tem investido em canais digitais para disseminar informações sobre imunização e saúde pública”, explica a gerente de Qualidade na Atenção Primária da SES-DF, Lídia Glasielle de Oliveira Silva.

Sobre a doença

O papilomavírus humano infecta tanto a pele quanto a mucosa oral, genital e anal. Apesar de muitos casos serem assintomáticos, o HPV pode apresentar verrugas ou lesões. Estas, por sua vez, são capazes de evoluírem para um câncer, como o de colo do útero, vulva, vagina, ânus, pênis e orofaringe (parte da garganta que fica atrás da boca).

Embora a principal forma de transmissão ocorra por via sexual, com penetração desprotegida, ela também é possível por contato direto entre os órgãos genitais, sem penetração. Os sintomas podem incluir verrugas genitais, lesões precursoras de câncer, infecções respiratórias, coceira ou irritação, e dor associada às verrugas.

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