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Método mais barato

Escola de Ceilândia usa reservatórios para reaproveitar água da chuva

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Um passo à frente na questão da crise hídrica em Brasília, o Centro Educacional 7 de Ceilândia conta com uma vantagem em tempos de racionamento. A unidade de ensino está municiada por um sistema que capta água da chuva e a armazena em três reservatórios — cada um com capacidade de 20 mil litros.

A medida foi iniciada ainda em 2015, quando um ex-aluno propôs o projeto, e concluída em setembro passado. Para viabilizar a proposta de reaproveitamento da água, a escola firmou parceria com os estudantes do curso de engenharia civil da Universidade Católica de Brasília.

Os custos de material somaram cerca de R$ 9 mil para todo o sistema e foram arcados por recursos do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF) que a direção da escola recebe.

Os universitários participaram com toda a concepção do projeto e mão de obra. Houve ainda outros gastos, por exemplo, com serviços mais especializados que não podiam ser feitos pelo grupo e o frete do material.

Assim, a escola conseguiu se antecipar e apostar na proposta dos universitários. “Sempre trabalhei com os alunos fatores que podem causar problemas sérios em relação à água, como ocupação territorial desordenada”, explica o professor de geografia e coordenador no Centro Educacional 7 de Ceilândia, Gerson Luiz Gontijo.

Os estudantes de engenharia civil tiveram a ideia quando despontou a crise hídrica em São Paulo e começaram a trabalhar com o tema na faculdade. “Ainda não imaginávamos que chegaria tão em breve aqui no DF”, conta Luís Felippe Santana, que se formou engenheiro civil com o projeto como trabalho de conclusão do curso.

Reservatórios construídos com método mais barato

Calhas foram instaladas no telhado de um dos blocos da escola. Elas levam a água que escorre da cobertura para os reservatórios. Antes de chegar aos tanques de armazenamento, o líquido passa por um encanamento com gotejamento.

Esse sistema descarta a contribuição das primeiras chuvas, que no contato com o telhado leva mais sujeira. Para equilibrar o nível dos três reservatórios, eles são interligados por uma mangueira subterrânea. A água é recuperada por torneira individual em cada tanque.

A técnica utilizada para a construção dos reservatórios foi o ferrocimento, um método alternativo e mais econômico. Primeiro é feita uma armação de ferro no formato de gaiola. Depois, ela é preenchida com o cimento.

Da junção dos dois materiais vem o nome da técnica. “Pesquisamos no mercado os métodos disponíveis. Esse foi escolhido por ser mais fácil e não precisar de mão de obra tão especializada”, pontua Luís Felippe.

Para a diretora da escola, Simone Rebouças, além da economia de água, o fator principal é conhecimento gerado pelo projeto. “O investimento é mais do que físico, é pedagógico. Fizemos questão de construir os reservatórios no pátio da escola para que os alunos vivenciem, tenham curiosidade. Isso aumentou a conscientização”, destaca.

A água coletada é usada para irrigar a horta e para limpeza do local, que tem 76 mil metros quadrados e recebe mais de 2 mil alunos. O projeto conta ainda com o acompanhamento de docentes do curso de engenharia civil da universidade.

Uma das orientadoras é a engenheira ambiental Tatyane Rodrigues, que ressalta o envolvimento da escola pública no processo: “A participação deles foi primordial para a parceria. Voluntariamente, os alunos do colégio também ajudaram com a mão de obra. Foi algo coletivo.”

A ideia do grupo é que a medida sirva de exemplo para outras unidades de ensino e até mesmo para pais de alunos. “É mais barato do que comprar uma caixa d’água, ainda mais agora com o mercado saturado. Calculamos que cada sistema, com calhas e reservatório, sai ao custo aproximado de R$ 3 mil. Uma caixa desse tamanho [20 mil litros] chega a R$ 7 mil”, compara Luís Felippe.

Como em residências a necessidade de armazenamento é de menos litros, lembra ele, os gastos seriam ainda menores. Por ora, os reservatórios da escola não têm filtros. Por isso, a água não é usada para outros fins, como higienização de produtos ou consumo.

Outros universitários, no entanto, seguirão com o projeto, agora em outra fase: a de análise da qualidade da água, para avaliar como será possível dar outros destinos ao líquido armazenado.

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Salários de até R$ 6 mil

Semana começa com 717 oportunidades de emprego no Distrito Federal

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Vagas de emprego DF
Foto/Imagem: Freepik

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem 717 vagas de emprego nesta segunda-feira (5). Há oportunidades para quem tem ou não experiência, em diferentes áreas e com salários de até R$ 6 mil.

O posto que oferece a maior remuneração é o de Diretor de Finanças, para trabalhar em Taguatinga Norte. Há uma vaga para pessoas com ensino superior completo para o cargo de Analista Contábil.

Já o cargo com maior número de vagas abertas é o de Ajudante de Obras, no Itapoã. São 110 oportunidades para candidatos que tenham o ensino fundamental completo. Não é preciso ter experiência. O salário é de R$ 1.518, mais benefícios.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Formalizando a união

Abertas as inscrições para a 2ª edição do Casamento Comunitário 2025

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Casamento Comunitário 2025
Foto/Imagem: Jhonatan Vieira/Sejus-DF

Promovido pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), o Casamento Comunitário 2025 chega à sua 2ª edição com data marcada: 29 de junho. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas em vários equipamentos públicos do DF e também durante as edições do GDF + Perto do Cidadão. Ao longo do ano, estão previstas mais três edições do programa, com expectativa de beneficiar cerca de 400 casais em situação de vulnerabilidade — oferecendo a oportunidade de oficializar a união de forma gratuita, digna e inesquecível.

Na primeira edição do Casamento Comunitário 2025, realizada no início do ano, 101 casais disseram “sim” ao amor. Com mais três celebrações previstas — em 29 de junho, 31 de agosto e 7 de dezembro — o programa deve alcançar mais 300 casais até o fim do ano. Desde sua criação pelo Decreto nº 41.971/2021, o Casamento Comunitário já realizou o sonho de mais de 541 casais em 11 edições.

Para Anailton dos Santos, 28, e Tamiris Rodrigues, 35, que participaram da edição anterior, a iniciativa foi transformadora. “A cerimônia foi linda e mudou nossas vidas. Desde então, só conquistamos coisas boas”, contou Anailton. Tamiris reforça: “O casamento fortaleceu nossa relação. Sem o programa, não seria possível. Um casamento assim custaria pelo menos R$ 10 mil”.

O programa vai além da cerimônia: todas as taxas cartoriais são totalmente cobertas, e os noivos recebem gratuitamente vestidos, ternos, maquiagem profissional e até transporte até o local do evento.

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou a importância de oficializar a união: “Embora a união estável seja reconhecida legalmente, o casamento proporciona benefícios exclusivos em determinados processos jurídicos. Além de oferecer gratuidade, nosso objetivo é tornar esse momento inesquecível para as famílias participantes”, afirmou.

Como participar

Entre os requisitos, é necessário ter idade mínima de 18 anos e atender às condições legais para o casamento, conforme o Código Civil (art. 1.521). Para se inscrever, os interessados devem comparecer a um dos locais definidos, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30, munidos da documentação exigida. A entrega de documentos por terceiros não será permitida.

Locais de inscrição

* Praça dos Direitos da Ceilândia: QNN 13, Ceilândia Norte;
* Agência Na Hora: Setor Cultural Norte;
* Praça dos Direitos do Itapoã: Quadra 203, Del Lago II;
* Estação Cidadania do Recanto das Emas: Quadra 113, Lote 9;
* Edições do GDF + Perto do Cidadão: sextas-feiras, das 9h às 16h, e sábados, das 9h às 12h.

Documentação Necessária

Todos os casais devem apresentar:

* Comprovante de residência no Distrito Federal;
* Documentos pessoais: original e cópia do RG ou CNH, CPF e certidão de nascimento;
* Formulário de inscrição preenchido.

Documentos adicionais

* Divorciados: cópia do formal de partilha, contendo petição inicial, sentença e trânsito em julgado.
* Viúvos: cópia da certidão de óbito, certidão de casamento e formal de partilha com petição inicial, sentença e trânsito em julgado.

Declaração de Hipossuficiência

Todos os participantes devem entregar uma cópia da declaração de hipossuficiência de renda, conforme o modelo disponível no Anexo I do Edital.

Regras para testemunhas

As testemunhas também precisam apresentar:

* RG e CPF;
* Certidão de casamento (se casadas);
* Certidão de casamento com averbação de divórcio (se divorciadas).

Atenção: as testemunhas que comparecerem ao cartório não podem ser as mesmas que estarão presentes no dia da cerimônia.

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