Projeto Pequenos Reparos
Microempreendedores têm prioridade para fazer reparos em colégios públicos

Pintor há quase duas décadas, pela primeira vez Rogério Pereira de Souza, de 50 anos, foi contratado para exercer o ofício em uma escola. Um dos primeiros credenciados para o projeto Pequenos Reparos, o microempreendedor integra uma lista de 210 pessoas cadastradas para prestar serviços em unidades públicas de ensino de São Sebastião.
Lançado em 2016 pela Secretaria de Economia, Desenvolvimento, Inovação, Ciência e Tecnologia para valorizar o pequeno empreendedor, o programa começou em outubro deste ano, depois de cumprir exigências técnicas determinadas pela Justiça.
O novo edital foi publicado noDiário Oficial do Distrito Federal de 26 de setembro. O texto prevê a contratação, sem fim empregatício, de bombeiro hidráulico, chaveiro, eletricista, jardineiro, pedreiro, pintor, serralheiro, técnico de eletrodomésticos e técnico em informática.
“É um estímulo para quem quer empreender sair da informalidade, além de melhorar a arrecadação e a inclusão da comunidade no dia a dia das escolas públicas”, define o subsecretário de Relação com o Setor Produtivo, Márcio Faria Júnior. Em São Sebastião, há 26 colégios da rede pública, entre eles, 5 rurais.
Como participar do projeto Pequenos Reparos
Para participar, é preciso ser um microempreendedor individual (MEI). Depois de entregar os documentos necessários, os candidatos são credenciados e inscritos em um banco de dados específico de prestadores de serviço para escolas de São Sebastião, onde ocorre o projeto-piloto.
A expectativa é que neste mês as outras 30 regiões administrativas do DF também sejam contempladas.
Até agora, três escolas já receberam reparos. Rogério, por exemplo, pintou a Escola Classe Cachoeirinha, no núcleo rural de São Sebastião. “É uma oportunidade muito boa, espero que mais regiões tenham”, disse o morador de Samambaia.
Também passaram por pequenas intervenções de outros dois profissionais a Escola Classe 303 e o Centro de Ensino Fundamental Miguel Arcanjo.
“O trabalho foi bem feito, nós gostamos muito”, avalia o diretor da escola rural, Ildemar Serrano. Ao terminar o serviço, os microempreendedores recebem uma nota pelo trabalho. Se ela for igual a 80 pontos ou maior, o credenciado volta para o fim do rodízio e poderá ser contratado de novo.
Caso a nota seja menor que 80, ele será indicado para participar de capacitação técnica gratuita, prestada pela secretaria em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Após concluir o curso, se estiver apto, retorna ao fim da fila.
Preços dos serviços são predefinidos em edital
Cada escola deve apresentar sua demanda. Em seguida, recebe as três primeiras opções de cadastrados da modalidade que solicitou. Os candidatos, a partir do dia em que foram contatados, têm o prazo de um dia para mandar o orçamento.
Como o edital já contém o valor que deve ser pago pela hora de serviço de cada profissional — que varia de R$ 93 a pouco mais de R$ 200 —, o colégio deve avaliar quem tem capacidade de executar o trabalho em menos tempo.
Para chegar a esses valores, a Secretaria de Economia fez pesquisa de preço e contou com a parceria da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).
Todos os reparos têm, a partir do dia em que são entregues, garantia de 6 meses, e cada escola pode investir até R$ 8 mil por ano nos reparos dentro do projeto. A verba, segundo a secretaria, é do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf).
Para o subsecretário, as unidades escolares ganham com um serviço prestado em menos tempo e com mais segurança jurídica. “Quando iniciamos o contato com a Secretaria de Educação, percebemos que muitas escolas faziam o mesmo serviço a preços bem diferentes. Isso, com o projeto, acaba.”
Quem quiser participar do projeto ainda pode se cadastrar, pessoalmente, na Secretaria de Economia, Desenvolvimento, Inovação, Ciência e Tecnologia (Setor Bancário Norte, Bloco K), de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas.
Os interessados têm de informar endereço e telefone do local onde mantém sede ou representação em Brasília e dias e horários de funcionamento. Além disso, é preciso levar documentos como requerimento para credenciamento — conforme modelo previsto em edital —, certidões e declarações de habilitação e comprovante de constituição de MEI.
O credenciado deve ter todo o maquinário, ferramentas e equipamentos de segurança para o serviço, de acordo com as normas técnicas e de segurança do Ministério do Trabalho. Também é preciso estar identificado com crachá.
Cadastro de microempreendedores para o projeto Pequenos Reparos – De segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas, na Secretaria de Economia, Desenvolvimento, Inovação, Ciência e Tecnologia (Setor Bancário Norte, Bloco K).

Até 9 de junho
Inscrições abertas para o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Na edição comemorativa de 60 anos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emílio Salles Gomes, a mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país volta a ser realizada em setembro, com formato ampliado: serão nove dias de programação, com a inclusão de um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília.
O anúncio das novidades para o 58º Festival de Brasília foi feito nesta terça-feira (6), durante coletiva de imprensa no hall do Cine Brasília, ocasião que também marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens nacionais para a seleção oficial do evento. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do Festival até 9 de junho.
A edição de 60 anos celebra a resiliência do festival, que se mantém como referência nacional, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e presidente do evento, Claudio Abrantes. “Nem a ditadura nem a pandemia conseguiram parar o Festival”, destacou, ao lembrar que as edições de 1972, 1973 e 1974 não foram realizadas por conta do regime militar.
Uma das principais mudanças nesta edição é o retorno ao mês de setembro. “É o período em que o Festival sempre aconteceu, com ipês floridos e sem chuvas. Do ponto de vista técnico, temos certeza de que o evento retoma o protagonismo que nunca deveria ter perdido entre os grandes festivais do país”, afirmou Abrantes.
Para Sara Rocha, coordenadora-geral do Festival, essa retomada só foi possível graças ao edital trianual que garantiu orçamento para as edições de 2024, 2025 e 2026: “O retorno a setembro é fundamental para o posicionamento estratégico do Festival no calendário nacional, e foi viabilizado pelo trabalho continuado ao longo desses três anos”.
Neste ano, o evento terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana. Com isso, haverá mais exibições, oficinas e atividades culturais em diversas regiões do Distrito Federal, além das sessões no Cine Brasília.
Desde o ano passado, o Banco de Brasília (BRB) é o patrocinador master do Festival, o que também possibilitou a ampliação de formato e estrutura. “Foi o maior investimento já feito pelo banco no Festival, com foco na valorização das produções cinematográficas”, afirmou o gerente de patrocínios do BRB, João Eduardo Silveira.
Mostra Brasília
A Mostra Brasília também será ampliada, com mais dias de competição, maior número de filmes e aumento no valor dos prêmios. Serão exibidos dez curtas e cinco longas no decorrer de cinco dias. O valor total dos prêmios passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil. O edital específico será lançado ainda nesta semana, mas as inscrições já estão abertas no site oficial do Festival.
Além das exibições e mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília contará com a sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com a presença de players nacionais e internacionais do setor audiovisual. Também será realizada, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional do Audiovisual – fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, com participação do público.
A programação completa do Festival será divulgada em 20 de agosto.
Cine Brasília
A estrutura do Cine Brasília será novamente ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates. O anexo previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, que deve consolidar essa expansão de forma permanente, está em fase de viabilização. O edital para a construção será lançado nas próximas semanas.
“Essa área externa já é muito utilizada, mas agora é hora de consolidar esse espaço com salas menores de cinema e uma cinemateca que abrigue acervos de grandes nomes do cinema brasiliense, como o homenageado da sala, Vladimir Carvalho”, reforçou Claudio Abrantes. Ele também anunciou o lançamento de licitação para aquisição de um projetor 4K para o Cine Brasília.
Mostra 60 Anos do Festival
Como parte das comemorações pelos 60 anos do Festival, o Cine Brasília realiza, desta terça (6) até domingo (11), sempre às 18h, a mostra especial 1 Filme por Década, com entrada franca.
A seleção reúne seis filmes emblemáticos premiados com o Troféu Candango de Melhor Filme. Veja abaixo.
- Todas as Mulheres do Mundo(1966), de Domingos de Oliveira
- Nunca Fomos tão Felizes (1984), de Murilo Salles
- Que Bom te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat
- Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis
- É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert
- Temporada (2018), de André Novais de Oliveira
Transporte público
Mulheres com medida protetiva no DF terão acesso ao Passe Livre

Mulheres com medida protetiva e em situação de acolhimento terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal. O anúncio foi feito pelo governador Ibaneis Rocha durante a inauguração do Centro de Referência da Mulher Brasileira, no Recanto das Emas. A medida tem como objetivo facilitar o acesso delas aos serviços da Secretaria da Mulher e a esses centros, especialmente em momentos de vulnerabilidade.
“Determinei que todas as mulheres cadastradas com medidas protetivas, que precisarem do acolhimento da Secretaria da Mulher e das casas da Mulher Brasileira, terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal”, afirmou o governador. “É uma forma de garantir que essas mulheres possam acessar os serviços em um momento que pode ser de reconstrução de suas vidas.”
Além do Passe Livre, a iniciativa prevê o fortalecimento da articulação entre os serviços oferecidos, ampliando a proteção e a autonomia de quem está em situação de violência.
Ibaneis também destacou o papel da bancada federal na viabilização de recursos para obras de acolhimento às mulheres. Segundo ele, parte das verbas para as novas unidades veio de emendas parlamentares, complementadas por orçamento do próprio Governo do Distrito Federal (GDF).
“Não deixamos nenhuma obra parar. Quando os recursos federais não foram suficientes, colocamos dinheiro do nosso orçamento, porque sabemos da importância desses espaços de acolhimento e encaminhamento para as mulheres”, disse o governador, ao agradecer o apoio de senadores e deputados. “O ideal é termos uma Casa da Mulher Brasileira em cada uma das 35 regiões administrativas do DF. Lugares como Sol Nascente e Ceilândia ainda sofrem com altos índices de violência. Precisamos estar mais próximos dessas mulheres”, defendeu Ibaneis.
O modelo atual das casas, segundo o governador, segue um conceito mais descentralizado e acessível. “A proposta é que as unidades estejam próximas de onde as mulheres vivem, para que o acolhimento ocorra no momento em que elas mais precisam, com acesso a psicólogas, orientação jurídica, benefícios como o aluguel social e encaminhamento para o mercado de trabalho.”
Segundo a vice-governadora Celina Leão, a medida é essencial para que os direitos das mulheres possam ser exercidos de forma plena. “Essa determinação do governador Ibaneis é fundamental para garantir que as mulheres possam acessar serviços públicos que são essenciais, especialmente, em momentos de dor e vulnerabilidade. É mais um passo que damos para proteger as nossas mulheres, que precisam contar com o apoio do poder público para saírem de situações de violência”, afirmou Celina.
“Trata-se de uma medida do governador Ibaneis Rocha de grande importância para o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica, garantindo a elas o acesso ao transporte público coletivo em todas as linhas de ônibus e metrô do DF, de forma que possam se deslocar mais facilmente para acessar os serviços públicos de saúde, segurança e assistência que precisarem buscar”, afirma o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves.
De acordo com a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, a medida vai garantir o acesso continuado aos tratamentos ofertados pelas unidades do Distrito Federal: “O atendimento psicossocial oferecido nas nossas unidades não acontece em um dia, ele tem uma sequência ao longo das semanas. Muitas mulheres falavam que não tinham dinheiro para pagar a passagem para dar andamento, porque o tratamento é de no mínimo 12 encontros, então era uma demanda que a gente estava identificando que prejudicava nos atendimentos. Elas começavam participando e depois acabavam abandonando por essa questão. Essa nova medida vem para solucionar esse problema”.
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