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22 mil m² de área

Aterro Sanitário de Brasília recebe nova manta de impermeabilização

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Gabriela Moll

Avançam as intervenções no Aterro Sanitário de Brasília, ao lado da Rodovia DF-080. Nesta semana, foi instalada a manta de impermeabilização da segunda célula de aterramento da primeira etapa, com 22 mil metros quadrados (m²) de área.

A preparação do espaço será fundamental para que sejam depositadas toneladas de resíduos não recicláveis que serão encaminhados para lá após o fechamento do aterro controlado do Jóquei, conhecido como lixão da Estrutural, previsto para 20 de janeiro de 2018.

Dividida em quatro partes, a primeira etapa abrange 110 mil m² no total. A primeira célula está em operação desde a inauguração do local, em janeiro. De acordo com o Serviço de Limpeza Urbana do DF (SLU), até 25 de outubro, o aterro recebeu 214 mil toneladas de resíduos. A média diária é de 800 toneladas.

As obras na segunda fase começaram paralelamente à operação da primeira célula, porque é importante que o preparo ocorra antes que o período chuvoso se intensifique, de forma a evitar acúmulo de água e, consequentemente, de chorume.

“É essencial que isso seja feito durante a seca para proteger a camada de 1,5 metro de solo argiloso compactado abaixo”, explica a engenheira ambiental responsável pelo aterro, Francisca Dutra, servidora do SLU.

Fundamental para evitar a contaminação do lençol freático e proteger o solo, a manta de impermeabilização é feita de polietileno de alta densidade, de 2 milímetros de espessura.

Na área em operação, foram erguidos 5 metros de camadas, e outros 5 estão sendo postos, o que os técnicos chamam de platôs. A capacidade final de cada etapa é de 45 metros de altura, que devem ser preenchidos de forma alternada durante a vida útil do aterro, de 13 anos.

“Depois que a primeira célula chegar a 20 metros, começamos a operação de depósito dos rejeitos na segunda, e assim sucessivamente”, detalha a engenheira do SLU.

Como é preciso avaliar o fluxo do volume de resíduos que chegarão ao local após o fechamento do lixão, ainda não é possível precisar quando serão iniciadas as preparações das células três e quatro.

Como funciona o Aterro Sanitário de Brasília

Projetado para comportar 8,13 milhões de toneladas de lixo, o Aterro Sanitário de Brasília tem área total de 760 mil m², dos quais 320 mil são destinados a receber os rejeitos.

Quando as carretas chegam ao local, apenas motorista e veículo são autorizados a seguir. Duas balanças rodoviárias ficam instaladas perto da entrada para pesar os caminhões que chegam e saem.

Diferentemente do aterro controlado do Jóquei, na Estrutural, a disposição do lixo no Aterro Sanitário de Brasília é precedida por uma série de cuidados, que começa com drenos de captação de águas subterrâneas para evitar que a pressão no solo provoque rupturas na estrutura.

Por cima dele, é posto 1,5 metro de solo compactado e, em seguida, vem a manta de impermeabilidade. Acima da manta há uma outra cobertura de 50 centímetros, que a protege de estragos, já que os caminhões que transportam rejeitos passam por cima do material (veja arte).

Ao ser colocado no solo, o rejeito será espalhado e compactado com terra diariamente. A disposição do material ocorrerá de maneira a criar, com o tempo, camadas de diversas alturas em forma de trapézio.

Isso permitirá a estabilidade do aterro e o acesso para abertura de novas frentes de serviço. Na medida em que os taludes forem formados, a estrutura receberá grama para sustentação.

Concomitantemente à colocação de rejeito no solo, são elevados dois tipos de drenos: um de captação de água pluvial e outro de chorume (líquido produzido pela decomposição da matéria orgânica dos rejeitos) e gás.

A água pluvial captada no aterro é enviada a dois reservatórios destinados a esse fim e vai para o Rio Melchior.

Já o chorume segue para outro reservatório apropriado, de onde segue para a Estação de Tratamento de Esgoto Melchior, da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), vizinha do aterro.

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Até 9 de junho

Inscrições abertas para o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

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Ao Vivo de Brasília
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2025
Foto/Imagem: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Na edição comemorativa de 60 anos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emílio Salles Gomes, a mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país volta a ser realizada em setembro, com formato ampliado: serão nove dias de programação, com a inclusão de um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília.

O anúncio das novidades para o 58º Festival de Brasília foi feito nesta terça-feira (6), durante coletiva de imprensa no hall do Cine Brasília, ocasião que também marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens nacionais para a seleção oficial do evento. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do Festival até 9 de junho.

A edição de 60 anos celebra a resiliência do festival, que se mantém como referência nacional, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e presidente do evento, Claudio Abrantes. “Nem a ditadura nem a pandemia conseguiram parar o Festival”, destacou, ao lembrar que as edições de 1972, 1973 e 1974 não foram realizadas por conta do regime militar.

Uma das principais mudanças nesta edição é o retorno ao mês de setembro. “É o período em que o Festival sempre aconteceu, com ipês floridos e sem chuvas. Do ponto de vista técnico, temos certeza de que o evento retoma o protagonismo que nunca deveria ter perdido entre os grandes festivais do país”, afirmou Abrantes.

Para Sara Rocha, coordenadora-geral do Festival, essa retomada só foi possível graças ao edital trianual que garantiu orçamento para as edições de 2024, 2025 e 2026: “O retorno a setembro é fundamental para o posicionamento estratégico do Festival no calendário nacional, e foi viabilizado pelo trabalho continuado ao longo desses três anos”.

Neste ano, o evento terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana. Com isso, haverá mais exibições, oficinas e atividades culturais em diversas regiões do Distrito Federal, além das sessões no Cine Brasília.

Desde o ano passado, o Banco de Brasília (BRB) é o patrocinador master do Festival, o que também possibilitou a ampliação de formato e estrutura. “Foi o maior investimento já feito pelo banco no Festival, com foco na valorização das produções cinematográficas”, afirmou o gerente de patrocínios do BRB, João Eduardo Silveira.

Mostra Brasília

A Mostra Brasília também será ampliada, com mais dias de competição, maior número de filmes e aumento no valor dos prêmios. Serão exibidos dez curtas e cinco longas no decorrer de cinco dias. O valor total dos prêmios passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil. O edital específico será lançado ainda nesta semana, mas as inscrições já estão abertas no site oficial do Festival.

Além das exibições e mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília contará com a sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com a presença de players nacionais e internacionais do setor audiovisual. Também será realizada, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional do Audiovisual – fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, com participação do público.

A programação completa do Festival será divulgada em 20 de agosto.

Cine Brasília

A estrutura do Cine Brasília será novamente ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates. O anexo previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, que deve consolidar essa expansão de forma permanente, está em fase de viabilização. O edital para a construção será lançado nas próximas semanas.

“Essa área externa já é muito utilizada, mas agora é hora de consolidar esse espaço com salas menores de cinema e uma cinemateca que abrigue acervos de grandes nomes do cinema brasiliense, como o homenageado da sala, Vladimir Carvalho”, reforçou Claudio Abrantes. Ele também anunciou o lançamento de licitação para aquisição de um projetor 4K para o Cine Brasília.

Mostra 60 Anos do Festival

Como parte das comemorações pelos 60 anos do Festival, o Cine Brasília realiza, desta terça (6) até domingo (11), sempre às 18h, a mostra especial 1 Filme por Década, com entrada franca.

A seleção reúne seis filmes emblemáticos premiados com o Troféu Candango de Melhor Filme. Veja abaixo.

  • Todas as Mulheres do Mundo(1966), de Domingos de Oliveira
  • Nunca Fomos tão Felizes (1984), de Murilo Salles
  • Que Bom te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat
  • Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis
  • É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert
  • Temporada (2018), de André Novais de Oliveira
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Transporte público

Mulheres com medida protetiva no DF terão acesso ao Passe Livre

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Ao Vivo de Brasília
Passe Livre mulher medida protetiva DF
Foto/Imagem: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Mulheres com medida protetiva e em situação de acolhimento terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal. O anúncio foi feito pelo governador Ibaneis Rocha durante a inauguração do Centro de Referência da Mulher Brasileira, no Recanto das Emas. A medida tem como objetivo facilitar o acesso delas aos serviços da Secretaria da Mulher e a esses centros, especialmente em momentos de vulnerabilidade.

“Determinei que todas as mulheres cadastradas com medidas protetivas, que precisarem do acolhimento da Secretaria da Mulher e das casas da Mulher Brasileira, terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal”, afirmou o governador. “É uma forma de garantir que essas mulheres possam acessar os serviços em um momento que pode ser de reconstrução de suas vidas.”

Além do Passe Livre, a iniciativa prevê o fortalecimento da articulação entre os serviços oferecidos, ampliando a proteção e a autonomia de quem está em situação de violência.

Ibaneis também destacou o papel da bancada federal na viabilização de recursos para obras de acolhimento às mulheres. Segundo ele, parte das verbas para as novas unidades veio de emendas parlamentares, complementadas por orçamento do próprio Governo do Distrito Federal (GDF).

“Não deixamos nenhuma obra parar. Quando os recursos federais não foram suficientes, colocamos dinheiro do nosso orçamento, porque sabemos da importância desses espaços de acolhimento e encaminhamento para as mulheres”, disse o governador, ao agradecer o apoio de senadores e deputados. “O ideal é termos uma Casa da Mulher Brasileira em cada uma das 35 regiões administrativas do DF. Lugares como Sol Nascente e Ceilândia ainda sofrem com altos índices de violência. Precisamos estar mais próximos dessas mulheres”, defendeu Ibaneis.

O modelo atual das casas, segundo o governador, segue um conceito mais descentralizado e acessível. “A proposta é que as unidades estejam próximas de onde as mulheres vivem, para que o acolhimento ocorra no momento em que elas mais precisam, com acesso a psicólogas, orientação jurídica, benefícios como o aluguel social e encaminhamento para o mercado de trabalho.”

Segundo a vice-governadora Celina Leão, a medida é essencial para que os direitos das mulheres possam ser exercidos de forma plena. “Essa determinação do governador Ibaneis é fundamental para garantir que as mulheres possam acessar serviços públicos que são essenciais, especialmente, em momentos de dor e vulnerabilidade. É mais um passo que damos para proteger as nossas mulheres, que precisam contar com o apoio do poder público para saírem de situações de violência”, afirmou Celina.

“Trata-se de uma medida do governador Ibaneis Rocha de grande importância para o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica, garantindo a elas o acesso ao transporte público coletivo em todas as linhas de ônibus e metrô do DF, de forma que possam se deslocar mais facilmente para acessar os serviços públicos de saúde, segurança e assistência que precisarem buscar”, afirma o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves.

De acordo com a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, a medida vai garantir o acesso continuado aos tratamentos ofertados pelas unidades do Distrito Federal: “O atendimento psicossocial oferecido nas nossas unidades não acontece em um dia, ele tem uma sequência ao longo das semanas. Muitas mulheres falavam que não tinham dinheiro para pagar a passagem para dar andamento, porque o tratamento é de no mínimo 12 encontros, então era uma demanda que a gente estava identificando que prejudicava nos atendimentos. Elas começavam participando e depois acabavam abandonando por essa questão. Essa nova medida vem para solucionar esse problema”.

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