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Regularização

Começa corrida para desatar o nó dos condomínios no Distrito Federal

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Brasília é conhecida não só por ser a capital do Brasil, mas, por ser uma das cidades mais populosas, mais bem planejadas, mais rapidamente construídas e por possuir a maior extensão de área tombada como patrimônio histórico da humanidade.

A menina dos olhos do presidente Juscelino Kubitschek começou a ser com o traçado do urbanista Lúcio Costa e os desenhos arquitetônicos de Oscar Niemeyer. O sonho, por fim, tornou-se realidade com a inauguração no dia 21 de abril de 1960.

No entanto, ao longo dos anos, e em especial das duas últimas décadas, a ideia de planejamento foi engolida pelo crescimento desordenado da capital, com o consequente surgimento de inúmeras cidades satélites. Depois, vieram os condomínios. De um lado, esperança de teto para uns; de outro, martírio para os governantes.

A verdade é que terras que emanam leite e mel, como profetizado no sonho de Dom Bosco, se tornaram alvo da especulação imobiliária e de grileiros, com venda ilegal de terrenos. São áreas de propriedade do poder público ou de particulares, embora muitas vezes ocupadas mediante documentos falsos.

Um grande desafio – A regularização dessas áreas e o controle e fiscalização para que novas invasões não surjam tornaram-se grandes desafios para o Governo de Brasília. É mais uma preocupação para quem já tem como uma de suas marcas derrubadas traumáticas de casas habitadas.

De acordo a União dos Condomínios Horizontais, de cada quatro moradores do Distrito Federal, ao menos um vive em condomínios irregulares. Com quase 20 anos de grilagem, já são mais de 900 mil pessoas que habitam os mais de 600 condomínios. São moradores que aguardam regularização e segurança jurídica há anos, uma promessa antiga que se repete governo após governo.

Colocar fim ao caos urbano que vem deslanchando particularmente nas cidades satélites não é uma tarefa fácil. E no âmbito do governo, admite-se que os gargalos da regularização se multiplicam a cada nova tentativa de legalizar as moradias.

Mesmo esbarrando em todos os tipos de obstáculos, como as questões ambientais que sempre emperram o processo, há pouco mais de oito anos o Governo e o Ministério Público assinaram um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta 02/07), que autorizou o GDF a fazer a venda direta dos imóveis, oferecendo parâmetros para uma regularização mais rápida e eficiente.

Contudo, a briga pela posse da terra ainda é um problema que vem se agravando a cada dia. Como se isso não bastasse, a quantidade de moradores que se negam a pagar novamente pelos lotes em que habitam é crescente. Já os que concordam com o pagamento, a infinidade de tópicos aos quais precisam se adequar é imensa.

Especialistas que atuam nessa área acreditam, inclusive, que a raiz do problema está na complexidade da questão fundiária, porque muitas vezes a comunidade não sabe nem quem é o dono da terra. Com isso, segue o impasse na regularização.

Desfazendo o nó – No ano passado, população brasiliense presenciou o que ficou conhecido, por moradores de áreas irregulares, como um “show de horrores” da Agência de Fiscalização do Distrito Federal, quando dezenas de casas, em variados pontos do Distrito Federal, foram derrubadas sem qualquer notificação.

Naquela oportunidade, condomínios praticamente montados, estruturados e finalizados, caíram por terra sob o comando de Bruna Pinheiro, presidente da Agefis, que foi duramente criticada pela sociedade civil organizada e por parlamentares.

Mas enquanto a regularização não sai, os moradores desses condomínios horizontais podem dormir sem ter sob suas cabeças a ameaça de um trator derrubando seu teto sem aviso prévio.

Isso graças a projeto da deputada distrital Telma Rufino (sem partido), posteriormente transformado em lei, que põe um fim às derrubadas sem notificação. Agora, as famílias deverão ser notificadas antes de terem suas casas derrubadas. Além disso, também terão a chance de se defender na justiça.

Telma Rufino, que preside a Comissão de Assuntos Fundiários da Câmara Legislativa, esclarece, porém, que não estão autorizadas novas construções. A lei cerca os grileiros, alvo de uma fiscalização direta. Já os condôminos que vivem em áreas em processo de regularização terão direito ao contraditório.

“As pessoas vivem com medo constante das derrubadas. Têm receio de serem surpreendidas sem um comunicado prévio. Temos que assegurar a elas o direito de defesa”, explica a deputada.

Telma Rufino considera que “melhor do que derrubar é regularizar e fiscalizar”. A distrital vê na regularização, além da segurança jurídica dos moradores, uma forma de proporcionar receita extra aos cofres públicos, a partir da cobrança de impostos como o IPTU e o ITBI.

– Desde que assumi meu mandato tenho trabalhado para tirar do papel os projetos de regularização de terras. Um levantamento indica que mais de 1 milhão de pessoas mormo em áreas irregulares. Não podemos permitir que mais quatro anos se passem sem que o impasse se resolva, revela.

Agora mesmo, segundo Telma Rufino, foi criado um grupo de trabalho para dar celeridade ao processo de regularização do Setor Habitacional Arniqueira, considerado o mais adiantado pela Terracap. É preciso, diz, “que nos debrucemos sobre áreas problemáticas, e irmos desenrolando esse nó até que tudo esteja regularizado”.

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Salários de até R$ 6 mil

Semana começa com 717 oportunidades de emprego no Distrito Federal

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Ao Vivo de Brasília
Vagas de emprego DF
Foto/Imagem: Freepik

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem 717 vagas de emprego nesta segunda-feira (5). Há oportunidades para quem tem ou não experiência, em diferentes áreas e com salários de até R$ 6 mil.

O posto que oferece a maior remuneração é o de Diretor de Finanças, para trabalhar em Taguatinga Norte. Há uma vaga para pessoas com ensino superior completo para o cargo de Analista Contábil.

Já o cargo com maior número de vagas abertas é o de Ajudante de Obras, no Itapoã. São 110 oportunidades para candidatos que tenham o ensino fundamental completo. Não é preciso ter experiência. O salário é de R$ 1.518, mais benefícios.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Formalizando a união

Abertas as inscrições para a 2ª edição do Casamento Comunitário 2025

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Casamento Comunitário 2025
Foto/Imagem: Jhonatan Vieira/Sejus-DF

Promovido pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), o Casamento Comunitário 2025 chega à sua 2ª edição com data marcada: 29 de junho. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas em vários equipamentos públicos do DF e também durante as edições do GDF + Perto do Cidadão. Ao longo do ano, estão previstas mais três edições do programa, com expectativa de beneficiar cerca de 400 casais em situação de vulnerabilidade — oferecendo a oportunidade de oficializar a união de forma gratuita, digna e inesquecível.

Na primeira edição do Casamento Comunitário 2025, realizada no início do ano, 101 casais disseram “sim” ao amor. Com mais três celebrações previstas — em 29 de junho, 31 de agosto e 7 de dezembro — o programa deve alcançar mais 300 casais até o fim do ano. Desde sua criação pelo Decreto nº 41.971/2021, o Casamento Comunitário já realizou o sonho de mais de 541 casais em 11 edições.

Para Anailton dos Santos, 28, e Tamiris Rodrigues, 35, que participaram da edição anterior, a iniciativa foi transformadora. “A cerimônia foi linda e mudou nossas vidas. Desde então, só conquistamos coisas boas”, contou Anailton. Tamiris reforça: “O casamento fortaleceu nossa relação. Sem o programa, não seria possível. Um casamento assim custaria pelo menos R$ 10 mil”.

O programa vai além da cerimônia: todas as taxas cartoriais são totalmente cobertas, e os noivos recebem gratuitamente vestidos, ternos, maquiagem profissional e até transporte até o local do evento.

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou a importância de oficializar a união: “Embora a união estável seja reconhecida legalmente, o casamento proporciona benefícios exclusivos em determinados processos jurídicos. Além de oferecer gratuidade, nosso objetivo é tornar esse momento inesquecível para as famílias participantes”, afirmou.

Como participar

Entre os requisitos, é necessário ter idade mínima de 18 anos e atender às condições legais para o casamento, conforme o Código Civil (art. 1.521). Para se inscrever, os interessados devem comparecer a um dos locais definidos, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30, munidos da documentação exigida. A entrega de documentos por terceiros não será permitida.

Locais de inscrição

* Praça dos Direitos da Ceilândia: QNN 13, Ceilândia Norte;
* Agência Na Hora: Setor Cultural Norte;
* Praça dos Direitos do Itapoã: Quadra 203, Del Lago II;
* Estação Cidadania do Recanto das Emas: Quadra 113, Lote 9;
* Edições do GDF + Perto do Cidadão: sextas-feiras, das 9h às 16h, e sábados, das 9h às 12h.

Documentação Necessária

Todos os casais devem apresentar:

* Comprovante de residência no Distrito Federal;
* Documentos pessoais: original e cópia do RG ou CNH, CPF e certidão de nascimento;
* Formulário de inscrição preenchido.

Documentos adicionais

* Divorciados: cópia do formal de partilha, contendo petição inicial, sentença e trânsito em julgado.
* Viúvos: cópia da certidão de óbito, certidão de casamento e formal de partilha com petição inicial, sentença e trânsito em julgado.

Declaração de Hipossuficiência

Todos os participantes devem entregar uma cópia da declaração de hipossuficiência de renda, conforme o modelo disponível no Anexo I do Edital.

Regras para testemunhas

As testemunhas também precisam apresentar:

* RG e CPF;
* Certidão de casamento (se casadas);
* Certidão de casamento com averbação de divórcio (se divorciadas).

Atenção: as testemunhas que comparecerem ao cartório não podem ser as mesmas que estarão presentes no dia da cerimônia.

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