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Dia Mundial de Combate ao Câncer

Tecnologia preserva saúde cardiovascular durante o tratamento oncológico

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Foto/Imagem: Freepik


Nesta quinta-feira, 4 de fevereiro, é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer. A data tem como objetivo conscientizar a população no que diz respeito ao diagnóstico precoce para fins de tratamento da doença. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelam que o Brasil deverá registrar 625 mil novos casos para cada ano do triênio 2020/2022. Na estimativa do Instituto estão incluídos todos os tipos da doença, até mesmo os casos de câncer de pele, com exceção do melanoma.



O câncer é a segunda causa de morte no Brasil, sendo superado apenas pelas doenças cardiorrespiratórias. Sendo tão prevalentes, a coexistência de câncer e doenças cardiovasculares em um mesmo paciente é cada vez mais comum em todo o mundo. Por este motivo, a cardio-oncologia ganha cada vez mais destaque e relevância no meio científico. Atualmente, oncologistas e cardiologistas trabalham em conjunto para oferecer as melhores possibilidades de tratamento aos pacientes.

O cardiologista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Thiago Siqueira, explica que alguns medicamentos e terapias utilizadas no tratamento contra os tumores podem ter efeitos adversos e causar insuficiência cardíaca, arritmias, hipertensão arterial e até mesmo outros problemas. Por isso a necessidade de atenção especial no período do tratamento.

“O coração é um dos órgãos que mais sofre com o tratamento do câncer. A radioterapia e, em especial, alguns tipos de quimioterapia são destinados a atingir o tecido tumoral mas, em muitos casos, podem danificar, também, os tecidos saudáveis. Quando essas lesões acontecem no músculo cardíaco, no pericárdio (membrana que envolve o coração) ou nos vasos sanguíneos, as complicações podem ser bastante graves”, pontua.

Ainda de acordo com o especialista, os grupos mais suscetíveis para apresentarem algum problema cardíaco durante o tratamento do câncer são as crianças, os idosos, e indivíduos que já tenham feito algum tratamento cardíaco, como colocação de ponte de safena, marca-passo e, ainda, pessoas que já apresentam previamente insuficiência cardíaca ou aqueles indivíduos com algum tipo de miocardiopatia, que são as doenças do músculo cardíaco. Apesar das afirmações, todas comprovadas em estudos científicos, o profissional destaca que o paciente oncológico jamais deve se negar a realizar o tratamento para a doença, mas sim, realizar também exames para verificar a saúde do coração.

“A tecnologia e os avanços da medicina permitem que pacientes com tumores tenham disponíveis tratamentos que diminuam os efeitos colaterais, entre elas, a agressão ao coração. Em contato com os oncologistas responsáveis, a cardiologia monitora todas as taxas e, se necessário, solicita a troca de algum medicamento que possa ser substituído”, detalha Thiago Siqueira.

Atualizado em 04/02/2021 – 07:39.

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