Dia Mundial Sem Tabaco
Tabagismo mata cerca de 8 milhões de pessoas por ano em todo o mundo

Celebrado em 31 de maio, o Dia Mundial Sem Tabaco foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. Na data, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e demais Estados se reúnem e executam campanhas de alerta para toda a população.
De acordo com a OMS, 8 milhões de pessoas morrem anualmente pelo tabagismo; destas, 1,2 milhão são vítimas de fumo passivo. O uso de tabaco é associado a diversos tipos de câncer, além de causar problemas pulmonares e ser também um dos maiores inimigos para a saúde do coração.
Conforme pontua o cardiologista hemodinamicista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Evandro Osterne, as consequências e ações negativas do tabaco na saúde são de conhecimento público. Contudo, na parte cardiovascular, o uso da substância pode diminuir a produção do óxido nítrico, que é uma substância protetora tanto para os vasos sanguíneos quanto para o coração.
“A substância encontrada nos derivados do tabaco, age diretamente no aumento da contração dos vasos sanguíneos, o que acelera a frequência cardíaca e aumenta a pressão arterial. É importante ressaltar que alguns efeitos do fumo no organismo são irreversíveis. Quem faz uso do cigarro, por exemplo, pode vir a ter além das doenças pulmonares, as cardiovasculares como o Infarto Agudo do Miocárdio; Acidente Vascular Cerebral (AVC); Arritmias Cardíacas, entre outras”, explica.
Tratamento Multidisciplinar
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o tabagismo deve ser considerado uma pandemia, ou seja, uma epidemia generalizada, e como tal precisa ser combatida. Contudo, o cardiologista Evandro Osterne lembra que parar de fumar sozinho não é tarefa fácil porque o cigarro causa tanto a dependência química quanto a psicológica. Nesse sentido, estudos apontam que a abordagem multidisciplinar com os pacientes que buscam abandonar o vício é o método mais eficiente. O profissional defende a prática e diz que é fundamental o apoio diversificado em todo o tratamento.
“O fator psicológico tem grande peso na resolução do problema. Neste sentido e tendo em vista o momento atual, o coronavírus adicionou com certeza bastante dificuldade ao equilíbrio emocional das pessoas, fator fundamental para a decisão de parar de fumar e manutenção desta atitude pois a solidão pesa bastante no isolamento social, quase sempre necessário”, lembra o cardiologista.
Por este motivo, o acolhimento familiar e o atendimento multidisciplinar, seja ele presencial ou não, adquirem importância fundamental. Para a psicóloga, também do corpo clínico do ICTCor, Marianna Cruz, o tratamento multidisciplinar segue uma estratégia que visa atender de forma simultânea, ou seja, o paciente segue as orientações de cada profissional para atender às diversas demandas em todos os aspectos do ser humano.
Nesse tipo de tratamento é muito comum, e necessário, que o paciente seja acompanhado por diversos profissionais, de diversas especialidades, para o próprio paciente criar uma rede de apoio social para seu tratamento. A psicóloga esclarece que além da importância do acolhimento dessas pessoas que buscam ajuda, o desenvolver do tratamento depende também da sua abertura para receber o que cada abordagem tem a agregar no tratamento contra o tabagismo, e principalmente, o paciente precisa se responsabilizar por todo o processo.
“Todas as áreas possuem sua contribuição, e podem trazer diversos benefícios, contudo, o mais importante em todo esse processo é o sentido que o paciente dá para esse desafio que ele estabelece para ele mesmo”, pontua a profissional.
Marianna alerta que é preciso ter cautela para não fazer julgamentos e generalizar aspectos subjetivos do ser humano, no entanto, todo momento de grandes mudanças e desafios exigem uma demanda emocional de conexão pessoal e administração das emoções. Para a psicóloga, o isolamento social se reflete de formas diferentes nas pessoas. Há quem aproveite o momento para focar no autocuidado, seja com exercícios físicos, atenção à alimentação, estudos, cuidado com a espiritualidade e investimento na saúde emocional, enquanto outras pessoas focam em momentos de lazer e relaxamento, muitas vezes acompanhados por hábitos nocivos, com o objetivo de esquecer os problemas e preocupações. De acordo com Marianna Cruz, o mais importante é estar atento e consciente com os reais objetivos de vida para que as escolhas sejam coerentes.
“Cultivar hábitos de autocuidado, em diversos aspectos do ser humano, é essencial nesse processo, inclusive de fortalecimento emocional. Contudo, a pessoa precisa compreender que ter uma ajuda profissional pode vir a ser necessária, principalmente em casos em que a pessoa não consegue ter esta autogestão sozinha. É fundamental que as pessoas também busquem e invistam em seu desenvolvimento pessoal, o que engloba a satisfação em seus relacionamentos interpessoais, autoconhecimento, autoestima, e a melhoria da administração das suas emoções. Por isso, principalmente neste momento em que vivemos de pandemia, a psicoterapia é extremamente indicada”, destaca.

Autocuidado
Mês da mulher destaca a importância da radiologia para a saúde delas

O mês de março é um período que incentiva e promove a saúde das mulheres, reforçando o compromisso com o autocuidado na prevenção e diagnóstico de doenças mais comuns entre o sexo feminino. Apesar dos cuidados diários, algumas doenças, como o câncer de mama ou de ovário, não são visíveis a olho nu. E podem se desenvolver silenciosamente, sem sintomas perceptíveis nos estágios iniciais. É nesse momento que as técnicas radiológicas se tornam grandes aliadas, possibilitando diagnósticos precoces e tratamentos eficazes.
A professora Kezia Balena, coordenadora do Curso de Tecnologia em Radiologia da Estácio de Brasília, compartilha sua visão como mulher e profissional sobre a importância dos exames de imagem para a saúde feminina ao longo da vida: “Como mulher, sei que nosso corpo passa por diversas transformações ao longo dos anos, e os exames de imagem são aliados importantes em cada fase desse processo. Na fase adulta, quando muitas de nós estamos construindo carreiras e, talvez, uma família, os exames de imagem tornam-se ainda mais essenciais. A mamografia, por exemplo, passa a ser parte da nossa rotina de cuidados a partir dos 40 anos, ou antes, dependendo da nossa história familiar. Durante a gravidez, as ultrassonografias nos permitem acompanhar o desenvolvimento do bebê e garantir que tudo esteja correndo bem.”
“Na menopausa, os exames de imagem continuam fundamentais, ajudando a monitorar a saúde óssea por meio da densitometria, além de manter a vigilância contra o câncer de mama e outros problemas que podem surgir nesta fase. Em todas essas etapas, os exames de imagem nos proporcionam tranquilidade quando está tudo bem e a chance de agir rapidamente quando algo não está”, explica.
Segundo dados do Ministério da Saúde, são registrados mais de 73 mil novos casos anuais de câncer de mama e mais de 17 mil novos casos de câncer do colo do útero. Diante desse cenário, o Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia alerta que, para um diagnóstico precoce e correto, além do monitoramento das doenças, a qualificação e capacitação dos profissionais das técnicas radiológicas se tornam indispensáveis.
A professora também destaca exames essenciais que as mulheres devem realizar para manter a saúde em dia: “A mamografia é um dos mais importantes, sendo o principal método para a detecção precoce do câncer de mama, capaz de identificar lesões pequenas, antes mesmo de serem percebidas no autoexame. O ultrassom das mamas complementa a mamografia e é especialmente útil para mulheres jovens com mamas densas, onde a mamografia pode apresentar limitações. Juntos, esses exames formam uma rede de proteção, permitindo que cuidemos da nossa saúde de forma abrangente. A ultrassonografia transvaginal é outro exame essencial, pois permite visualizar detalhadamente o útero, os ovários e as estruturas adjacentes, ajudando a diagnosticar condições como miomas, cistos ovarianos, endometriose e até mesmo cânceres ginecológicos em estágio inicial.”
Papilomavírus humano
Câncer do colo do útero atinge 15 em cada 100 mulheres no Brasil

O câncer do colo do útero está entre os quatro mais incidentes no mundo, acometendo cerca de 15 a cada 100 mulheres no Brasil. Apesar do número alarmante, ele é um dos cânceres mais preveníveis, pois se desenvolve majoritariamente a partir do papilomavírus humano (HPV), transmitido, principalmente, por meio das relações sexuais.
Para que as futuras gerações atuem preventivamente e vivam livres dessa neoplasia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a liderar iniciativas que eliminem a doença globalmente até 2030. Sabe-se que, a cada 10 pessoas sexualmente ativas, oito delas já tiveram contato com o HPV, entretanto, apenas duas ou três vão persistir com o vírus e podem evoluir com alguma alteração.
“Atualmente, há dois tipos de vacinas disponíveis no país: a HPV4 e a HPV9, que previnem quatro e nove subtipos de vírus, respectivamente. A HPV9 passa a ser recomendada pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) como preferencial por aumentar a proteção contra as doenças associadas ao vírus. Ela é efetiva na redução de casos de cânceres do colo do útero, vulva, vagina, ânus, pênis, orofaringe e de verrugas genitais em ambos os gêneros, de 9 a 45 anos”, afirma a Dra. Michelle Samora, oncologista do Hcor.
Entretanto, a maioria dos casos de câncer do colo do útero é encontrada em populações com baixa situação socioeconômica, de acordo com a OMS. Por consequência, as pessoas têm falta de acesso às vacinas anti-HPV e serviços de saúde e tratamentos específicos.
“Enquanto a recomendação da OMS é que 90% da população de até 15 anos seja imunizada, aqui no Brasil registramos 75,81% nas meninas e 52,16% nos meninos. É necessário que existam mais ações de conscientização sobre a vacina, pois ela não instiga que as pessoas comecem a vida sexual mais cedo, mas ajuda a proteger quando decidirem iniciá-la.”
A Dra. Michelle reforça ainda que o diagnóstico precoce faz toda a diferença. Algumas lesões precursoras do câncer do colo do útero ou mesmo tumores iniciais, que não apresentam sintomas, são detectadas nos exames de rotina. “Quanto mais cedo o diagnóstico for realizado, mais eficaz é o tratamento e menores serão as sequelas”, finaliza a especialista.
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