Guerra ao mosquito
Sete regiões administrativas do DF recebem força-tarefa contra o Aedes aegypti

Nesta semana, as regiões administrativas de Brazlândia, do Gama, do Lago Norte, do Lago Sul, de Planaltina, do Plano Piloto e de Sobradinho II recebem atividades do Plano de Ação para o Enfrentamento das Doenças Transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O grupo é formado por militares do Exército Brasileiro, bombeiros e agentes da Vigilância Ambiental, da Secretaria de Saúde, entre outros, como da Defesa Civil e do Serviço de Limpeza Urbana (SLU).
A equipe se dividirá da seguinte forma: de segunda (18) a quarta-feira (20), estará no Gama e em Planaltina; de segunda a sexta-feira (22), em Brazlândia e em Sobradinho II; e de quinta (14) a sexta-feira, no Lago Norte, no Lago Sul e na Asa Norte.
Os entulhos em locais públicos serão retirados. Nas visitas a residências, os moradores receberão orientações sobre o acumulo de lixo e a água parada. Desde o início da força-tarefa, em dezembro, nove regiões administrativas foram visitadas — Águas Claras, Brazlândia, Lago Norte, Lago Sul, Planaltina, Plano Piloto, São Sebastião, Sobradinho II e Varjão.
Até o momento, foram recolhidas 22.882 toneladas de lixo e entulho, 24.500 imóveis foram visitados e 660 localidades foram identificadas como possíveis focos do mosquito. Os materiais foram coletados e encaminhados para a comprovação laboratorial.
Boletim
De acordo com o primeiro boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde com dados de 2016, o Distrito Federal registrou 38 casos suspeitos de dengue até o dia 11 de janeiro, com 36 confirmados. Desses, 31 são residentes de Brasília e cinco de outras unidades da federação.
Em relação ao mesmo período do passado, quando houve 94 casos notificados e 59 confirmados, houve redução de 64,89% e de 47,46%, respectivamente. Das regiões administrativas com mais casos neste ano, Brazlândia (13) e Planaltina (5) lideram a lista.
Também até o dia 11 de janeiro, foram notificados cinco casos suspeitos de febre causada pelo zika vírus. Desses, quatro pessoas são residentes de Brasília e um de Santo Antônio do Descoberto (GO). Dois foram confirmados, um em cada cidade.
Para pessoas com suspeita de febre chikungunya, foram registradas duas ocorrências no primeiro boletim de 2016, mas nenhuma foi confirmada.

Auxílio mensal de R$ 150
Novos beneficiários do DF Social têm até 25/02 para abrir conta no BRB

A Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes-DF) selecionou 815 novas famílias beneficiárias do programa DF Social para abrirem a conta no Banco de Brasília (BRB) e terem acesso ao auxílio mensal de R$ 150. Para garantir o recebimento do próximo pagamento, é necessário que o cidadão tenha a conta social (não se trata de uma conta bancária comum) aberta até as 18h do dia 25 de fevereiro. Aqueles que não fizerem o procedimento no prazo estabelecido terão que aguardar nova rodada de contemplação.
A abertura da conta social deve ser realizada pelo aplicativo BRB Mobile. Basta seguir o passo a passo deste link.
Para saber se foi contemplado, o cidadão deve fazer a consulta no site GDF Social. No portal, em “Consulta DF Social”, é necessário informar CPF e data de nascimento do responsável financeiro, conforme declarado no Cadastro Único. Após esse procedimento, aparecerá mensagem na tela informando se a pessoa está ou não na lista de contemplados.
“O DF Social é um dos benefícios deste GDF que contribui para o combate à pobreza das famílias que mais precisam. Por isso, é fundamental que o cidadão acesse o site, verifique se foi contemplado e abra sua conta social para receber o valor já a partir de março”, explica a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra.
O DF Social é o programa de transferência de renda do Governo do Distrito Federal (GDF) que concede R$ 150 mensais às famílias de baixa renda residentes no Distrito Federal. Têm direito ao benefício os grupos com renda per capita de até meio salário mínimo inscritos no Cadastro Único. Para participar do programa, não é necessário solicitar a inclusão nas unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras). A seleção ocorre automaticamente, conforme priorização dos públicos descritos em lei e disponibilidade orçamentária.
Especialistas alertam
Consumo de chás sem orientação pode ser prejudicial à saúde

O consumo de chás é uma prática milenar, iniciada na China e disseminada por diversos países, inclusive no Brasil. Por aqui, os “chazinhos” são tradicionalmente indicados para tratar diversas condições de saúde e aliviar o estresse. Porém, o uso excessivo ou sem orientação de um profissional de saúde pode ter efeitos adversos, incluindo toxicidade para o organismo, como alerta a nutricionista da Gerência de Apoio à Saúde da Família (Gasf) da Secretaria de Saúde (SES-DF), Alana Siqueira. “O consumo indiscriminado de chás pode trazer sérios riscos à saúde, como agravamento de ansiedade, toxicidade, estresse, alterações na pressão arterial, impacto na fertilidade, gastrite, entre outros problemas”, explica.
De acordo com o farmacêutico da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Santa Maria, Felipe Melo, embora sejam naturais, os chás possuem contraindicações e podem interferir na eficácia de certos medicamentos. “Algumas plantas medicinais bastante conhecidas como o boldo e a erva de São João, por exemplo, podem prejudicar o efeito de anti-hipertensivos, antimicrobianos e sedativos. Isso porque o boldo pode aumentar o risco de hipotensão – pressão baixa – se consumido com o anti-hipertensivo. Já o chá de erva de São João, pode influenciar no metabolismo de antibióticos e de sedativos, podendo causar intoxicação”, alerta.
Para ele, o melhor é ter cautela e sempre perguntar ao profissional de saúde se o consumo de chás é seguro associado ao remédio receitado.
Intoxicação e danos ao fígado
O fígado é o principal órgão afetado pelo uso indiscriminado de infusões com plantas medicinais. A médica gastrohepatologista Daniela Carvalho, do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), explica que o consumo inadequado de chás pode desencadear reações hepáticas graves. “Os efeitos variam de inflamação e colestase – redução do fluxo biliar – a necrose hepática. Em casos mais severos, pode ser necessário um transplante de fígado”, diz.
Entre os sintomas indicativos de hepatotoxicidade estão dor abdominal, urina escura e icterícia – amarelamento da pele e dos olhos. “Esses sinais não devem ser ignorados e precisam de atenção médica imediata”, orienta a especialista.
Apesar dos inúmeros benefícios associados ao chá verde, a médica ressalta que seu consumo exagerado pode levar ao desenvolvimento de hepatite. “O chá verde, especialmente em altas doses ou em forma de cápsulas, tem sido relacionado a casos de hepatotoxicidade, como inflamação hepática do tipo hepatocelular”, explica. Segundo Daniela, a ingestão de ervas medicinais sem a devida orientação é uma das principais causas de lesão hepática induzida por substâncias.
Orientações
Na Farmácia Viva do Centro de Referência em Práticas Integrativas em Saúde (Cerpis) de Planaltina, os farmacêuticos orientam pacientes com prescrição para o uso de plantas medicinais. “Durante o atendimento, verificamos se o paciente conhece o fármaco e o motivo da prescrição. Após entender a necessidade, fornecemos a planta medicinal”, explica a farmacêutica e fitoterapeuta, Isabele Aguiar, que atua na chefia da Farmácia Viva.
Algumas plantas medicinais como capim-santo, erva-cidreira e manjericão são disponibilizadas sob demanda espontânea, necessitando que o usuário as solicite na Farmácia Viva. Por lá, a comunidade tem orientação em saúde sobre os métodos de preparo de chás e as quantidades seguras de consumo.
“Aqui, também fazemos medicamentos fitoterápicos e temos o atendimento direto para a comunidade, com orientação e disponibilização das plantas “in natura” para as preparações caseiras de infusão, decocção ou a maceração – diferentes formas de utilizar as plantas”, conclui.
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