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Saúde disponibiliza 1,67 milhão de preservativos para o Carnaval

Publicado

Foto/Imagem: Creative Commons
Agência Saúde-DF

Os foliões do Distrito Federal terão à disposição 1,67 milhão de preservativos oferecidos pela Secretaria de Saúde, 300 mil a mais que o repassado mensalmente pelo governo federal para a capital. Desse total, cerca de 100 mil camisinhas são direcionadas para os blocos de rua, enquanto as 1,57 milhão restantes vão ser disponibilizadas nas unidades de saúde.

“Dos blocos que estão na ativa, nenhum entrou em contato ainda. Temos muitos preservativos disponíveis. Recomendamos que eles nos comuniquem, para pegar o material e fazer a distribuição”, alerta o médico Sérgio d’Ávila, da Gerência de Doenças Sexualmente Transmissíveis.

Blocos de rua, administrações regionais e entidades interessadas em distribuir os preservativos durante o Carnaval devem entrar em contato pelo e-mail [email protected].

Até o momento, cerca de 25 mil camisinhas do total oferecido já foram doadas pela Secretaria de Saúde neste mês, para entidades e organizações não governamentais (ONGs) do DF ligadas a práticas de prevenção e controle de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).

“O Carnaval é um período sensível a situações de risco de transmissão de doenças. Uma das possibilidades de evitar ser infectado é o preservativo, que é o método mais eficaz de proteger contra a maior parte das DSTs”, explica d’Ávila.

O médico destaca que não basta ter feito o teste de HIV e sífilis, por exemplo. Caso tenha passado por uma situação de risco, é preciso procurar imediatamente uma unidade de saúde para fazer a profilaxia por medicamentos (chamada PEP). Se utilizada até 72 horas após a situação, durante 28 dias, impede que a pessoa seja infectada pelo HIV.

Mas ele enfatiza que essa medida previne o HIV, mas não evita a sífilis, hepatite ou outra infecção de transmissão sexual. “Por isso é importante ter uma camisinha quando surgir a oportunidade de relação sexual”, ressalta.

Os preservativos estarão disponíveis ao longo de todo o mês de fevereiro, para cobrir os períodos pré e pós carnaval.

Dados – Conforme dados do Ministério da Saúde, em 2017, com a vigilância das ocorrências de Aids e de portadores de HIV, foram notificados cerca de 800 casos novos no DF. Os números apontam para um predomínio em homens, com mais de 60% dos casos relacionados à transmissão por relação sexual com outros homens.

Já a sífilis apresenta dados mais expressivos. Foram mais de 1.3 mil casos novos em 2017, também com predomínio em homens, porém com seus efeitos mais visíveis entre as mulheres, pois também ocorreu aumento de detecção de sífilis em gestantes e sífilis congênita, com mais de 230 casos novos notificados, respectivamente.

Tal como o HIV/Aids, o crescimento da sífilis entre os jovens de 15 a 19 anos demonstra a necessidade de ampliar a prevenção nestes segmentos.

Atualizado em 14/03/2021 – 14:21.

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