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Casirivimab e imdevimab

Roche pede à Anvisa uso emergencial de coquetel contra a Covid-19

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Foto/Imagem: Shutterstock


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu pedido de uso emergencial de um medicamento contra a Covid-19 da farmacêutica Roche.

Trata-se de um “coquetel de anticorpos” de aplicação intravenosa contendo casirivimab e imdevimab, dois remédios experimentais desenvolvidos pela empresa de biotecnologia americana Regeneron Pharmaceuticals e produzidos em parceria com a gigante francesa.

O medicamento já recebeu a chancela emergencial da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, após apresentar bons resultados em pacientes com sintomas leves e moderados da Covid-19.

“Em um ensaio clínico de pacientes com Covid-19, casirivimab e imdevimab, administrados juntos, mostraram reduzir a hospitalização relacionada à Covid-19 ou as visitas de emergência em pacientes com alto risco de progressão da doença em 28 dias após o tratamento, quando comparados ao placebo. A segurança e eficácia desta terapia experimental para uso no tratamento de Covid-19 continuam a ser avaliadas”, diz o comunicado da FDA.

No Brasil, a Anvisa utilizará o relatório da FDA como referência, mas tem processo próprio para aprovação do medicamento. O processo pode levar até 30 dias após a Anvisa sanar todas as dúvidas técnicas com a Roche.

Atualizado em 03/04/2021 – 05:11.

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No Brasil

Censo: quase 16,4 milhões de pessoas moram em favelas ou comunidades

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Ao Vivo de Brasília
favela brasileira
Foto/Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Brasil tem 16,390 milhões de pessoas que moram em favelas ou comunidades urbanas. Isso representa 8,1% do total de 203 milhões de habitantes no país, ou seja, de cada 100 pessoas, oito vivem nesses locais. Os dados fazem parte de um suplemento do Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa apontou que há 12.348 favelas em 656 municípios Brasil afora.

Os pesquisadores do IBGE consideram favelas e comunidades urbanas localidades com características como insegurança jurídica da posse, ausência ou oferta precária ou incompleta de serviços públicos, padrões urbanísticos fora da ordem vigente e ocupação de áreas com restrição ou de risco ambiental.

Até o Censo anterior, de 2010, o instituto adotava a expressão “aglomerados subnormais” para se referir às favelas. Em 2010, o IBGE tinha identificado 11,4 milhões de pessoas em 6.329 aglomerados subnormais, o que equivalia a 6% da população.

Os pesquisadores advertem que é preciso cuidado ao fazer a comparação entre 2010 e 2022, pois nesse intervalo de tempo aconteceram melhorias tecnológicas e metodológicas na identificação dos recortes territoriais.

A analista do IBGE Letícia de Carvalho Giannella explica que os avanços técnicos resultaram no mapeamento de áreas não identificadas anteriormente e no ajuste de limites. Dessa forma, ressalta ela, “a comparação entre o resultado das duas pesquisas apresenta limitações e não deve ser realizada de forma direta”.

“Quando a gente olha a variação de população, o aumento de território, sem essa crítica, o que pode parecer como um simples crescimento demográfico pode ser fruto, na realidade, de uma melhoria do mapeamento, das condições de classificações dessas áreas”, completa.

Distribuição

O IBGE detalhou que 43,4% dos moradores de favelas estão na região Sudeste. São 7,1 milhões. No Nordeste estão 28,3% (4,6 milhões); no Norte, 20% (3,3 milhões); no Sul, 5,9% (968 mil); e no Centro-Oeste, 2,4% (392 mil).

O estado de São Paulo tem a maior população de residentes em favelas, 3,6 milhões, seguido por Rio de Janeiro (2,1 milhão) e Pará (1,5 milhão). Os três estados juntos respondem por 44,7% do total de habitantes de comunidades do país. A maior favela é a Rocinha, no Rio de Janeiro, com 72.021 moradores.

Em proporção, o Amazonas tem a maior parcela de pessoas morando em favelas (34,7%). Isso equivale dizer que praticamente um em cada três moradores do estado vive em alguma comunidade.

O Amapá aparece na sequência com proporção de 24,4%. Pará (18,8%), Espírito Santo (15,6%), Rio de Janeiro (13,3%), Pernambuco (12%), Bahia (9,7%), Ceará (8,5%), Acre (8,3%) e São Paulo (8,2%) completam a lista de estados em que a proporção é maior que a média nacional (8,1%).

O Mato Grosso do Sul tinha a menor parcela de pessoas vivendo em favelas (0,6%), seguido por Goiás (1,3%) e Santa Catarina (1,4%).

Fenômeno urbano

O Censo observou que nas 26 grandes concentrações urbanas do país – espécie de região metropolitana que tenha mais de 750 mil habitantes – viviam 83,6 milhões de pessoas. Dessas, 13,6 milhões residiam em favelas, ou seja, 16,2%, o dobro da proporção de todo o país (8,1%).

O IBGE destaca também que os moradores das 26 grandes concentrações urbanas eram 41,2% do total da população brasileira, enquanto os moradores de favelas dessas regiões específicas somavam 82,6% do total de residentes em comunidades Brasil afora.

De acordo com a analista Letícia Giannella, a comparação é uma demonstração de que as favelas são um fenômeno marcadamente urbano. “É um indicativo que mostra a concentração dessas áreas e dessas populações nas regiões mais urbanizadas”, pontua.

As grandes concentrações urbanas com maior proporção de habitantes morando em comunidades eram Belém (57,1%), Manaus (55,8%), Salvador (34,9%), São Luís (33,2%), Recife (26,9%) e Vitória (22,5%). A concentração do Rio de Janeiro figurava na 11ª posição (14,8%); e a de São Paulo na 13ª (14,3%).

Já as grandes concentrações urbanas com os percentuais mais baixos eram Campo Grande (0,9%), São José dos Campos/SP (1%), Goiânia (1,5%) e Sorocaba/SP (1,8%).

Domicílios

O Censo 2022 identificou que 72,5% das favelas brasileiras tinham até 500 domicílios, enquanto 15,6% possuíam de 501 a 999, e 11,9% tinham mais de 1 mil domicílios.

Ao todo, o IBGE contou 6,56 milhões de domicílios nas favelas brasileiras, o que representava 7,2% do total de lares do país. Desses, 5,56 milhões foram classificados como domicílios particulares permanentes ocupados (DPPO), onde moram 99,8% da população de favelas.

A pesquisa mostra que o número médio de moradores dos domicílios em favelas era de 2,9 pessoas, levemente acima da média do total da população brasileira, 2,8. Em 2010, a média nas favelas era 3,5 pessoas; e a do país como um todo, 3,3.

Os recenseadores identificaram que 96,1% dos domicílios em favelas são casas, incluindo as de vila ou em condomínios. No total da população brasileira, a proporção é de 84,8%.

O IBGE coletou informações sobre as condições dos lares em favelas. Em relação ao abastecimento, identificou que 89,3% dos domicílios particulares permanentes ocupados tinham ligação com rede geral de distribuição. No total do país, esse percentual é menor, 87,4%.

Os pesquisadores fazem a ressalva de que o total do país inclui áreas rurais, que podem dispor de formas próprias de abastecimento de água, esgotamento e coleta de lixo, fazendo com que números relativos a características dos domicílios das favelas sejam melhores que o do total nacional.

Em relação ao esgotamento, 61,5% dos domicílios nas favelas tinham ligação com rede geral ou pluvial e fossa séptica ou filtro ligada à rede. No total do país, o percentual é de 65% nessas condições. Praticamente todos os lares em favelas (99%) tinham banheiro de uso exclusivo.

Enquanto no total do país 83,1% dos lares possuem coleta de lixo no domicílio, nas favelas o percentual cai para 76%. Para outros 20,7%, a destinação do lixo é via depósito em caçambas.

Estabelecimentos

As favelas brasileiras possuíam 958 mil estabelecimentos em 2022. A grande maioria, 616,6 mil, era classificada como “outras finalidades”, o que inclui atividades como comércio e serviço. Havia 50,9 mil estabelecimentos religiosos; 7,9 mil de ensino;  2,8 mil de saúde e 995 agropecuários. Cerca de 280 mil estavam em construção ou reforma.

Atualizado em 08/11/2024 – 12:44.

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Em expansão

Como o mercado de skincare contribui para o setor de beleza e higiene pessoal

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Foto/Imagem: Freepik

O setor de beleza e higiene pessoal no Brasil continua em expansão, com uma previsão de crescimento médio de 7,2% ao ano até 2027, segundo dados da Redirection International. Esse ritmo deve elevar o mercado a um faturamento de cerca de US$ 40 bilhões até o fim do período.

Em 2022, o país movimentou aproximadamente US$ 26,9 bilhões nesse segmento, consolidando-se na quarta posição do ranking global, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria da Higiene Pessoal (Abihpec).

Entre as áreas que impulsionam esse crescimento, a de skincare vem ganhando destaque, atraindo cada vez mais consumidores e reforçando a importância do autocuidado e da saúde cutânea.

Afinal, a pandemia de Covid-19 intensificou o interesse pelo assunto, quando a necessidade de autoatenção e o tempo em casa aumentaram. Nas redes sociais, em especial no TikTok, surgiram diversas tendências que influenciam as escolhas de produtos para esses momentos.

Tendências de skincare

Entre as variações de rotina em alta nas redes sociais, destaca-se o Skinminimalism, uma proposta simplificada e eficiente com menos cosméticos e etapas. Assim, reduz o acúmulo de itens desnecessários, diminuindo os danos ao meio ambiente e os gastos, ao mesmo tempo em que proporciona os cuidados essenciais para uma pele saudável.

Ainda, a Vegan beauty é outra moda, impulsionada por consumidores mais atentos à composição dos produtos e ao impacto ambiental de suas escolhas. Então, busca aqueles livres de ingredientes de origem animal, assim como embalagens sustentáveis.

Portanto, muitas marcas têm investido em certificações para reafirmar o compromisso com práticas éticas, o que impulsiona a confiança dos clientes e aumenta o apelo por itens veganos dentro do segmento de skincare. Assim, também amplia o leque de clientes, aumentando a venda.

Ademais, a preferência por produtos multifuncionais, que economizam tempo e dinheiro, também está em alta, pois combinam diferentes benefícios em uma única fórmula.

Um exemplo famoso é o protetor solar com cor. Além de oferecer proteção contra os raios UVA e UVB, ele atua como uma leve base que uniformiza o tom da pele, disfarçando pequenas imperfeições e manchas.

Esse tipo é ideal para quem tem um estilo de vida mais dinâmico e deseja manter uma rotina de skincare rápida. A tendência também dialoga com o conceito de Skinminimalism, ao permitir um cuidado mais prático, sem abdicar do cuidado.

Além dele, o cleansing oil também é muito valorizado, especialmente por sua capacidade de limpar profundamente e hidratar ao mesmo tempo. A água micelar também está em alta, uma vez que remove a maquiagem, limpa e tonifica a pele.

Desse modo, formam uma base prática e acessível que vem se popularizando, especialmente com a influência digital e o aumento da variedade de produtos no mercado.

Nesse sentido, de acordo com uma pesquisa da Kantar em 2023, as brasileiras gastam, em média, R$ 237 por ano em itens de beleza e skincare, reforçando o papel desses cosméticos na economia e no consumo feminino.

Com um mercado que representa 4% do PIB nacional, conforme pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o setor promete ser um dos principais alavancadores do segmento de beleza e higiene pessoal no país, que segue entre os maiores do mundo.

Atualizado em 07/11/2024 – 10:09.

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