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Refis reduz em 70 mil a quantidade de processos na Vara de Execução Fiscal

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Em um ano de grave crise financeira, o Programa de Incentivo à Regularização Fiscal mostrou-se fundamental para o governo de Brasília manter compromissos em dia, além de permitir que quase 100 mil contribuintes tirassem o nome da dívida ativa. Para a Justiça, o Refis fez diminuir em cerca de 70 mil a quantidade de processos que tramitam na Vara de Execução Fiscal do Distrito Federal só na primeira fase, de 16 de março a 30 de junho.

Para a juíza titular da vara, Soníria Rocha Campos, além de desafogar a Justiça, o mais importante no Refis é que ele deu oportunidade para cidadãos voltarem à legalidade. “É a possibilidade de negociar o débito, mediante uma ação de cidadania, em que os contribuintes são plenamente informados das condições para a regularização fiscal. Há uma ação conjunta, especialmente do Executivo e do Judiciário”.

Embora considere o Refis uma importante ferramenta para a promoção e o fortalecimento da justiça fiscal, a magistrada entende que o programa deve ser uma exceção. “A sua finalidade é possibilitar melhores condições de pagamento. No entanto, as parcelas não devem ser intermináveis, e o devedor não deve recorrer ao Refis o tempo todo, para não estimular a inadimplência ou desestimular os que pagam em dia”, salienta.

A Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) também teve papel central para a boa aceitação do Refis, ao selecionar grandes devedores e ingressar com ações de execução fiscal, inclusive pedindo penhoras de bens. A estratégia rendeu, em apenas dois processos, a restituição aos cofres públicos de quase R$ 100 milhões. “Mediante um trabalho de inteligência, reconhecemos grandes grupos de devedores. Adotamos a estratégia de incomodá-los e isso teve um efeito pedagógico fantástico, pois eles viram que era mais vantajoso aderir ao Refis do que pagar a dívida sem descontos”, explicou a procuradora-chefe da Procuradoria Fiscal da PGDF, Luciana Marques.

Descontos
Até sexta-feira (18), contribuintes interessados em acertar as contas com o governo poderão parcelar as dívidas tributárias em até 120 vezes ou ganhar descontos à vista de até 99% sobre juros e multas. O mais recente levantamento da Secretaria de Fazenda aponta que, nesta terceira fase do programa, houve 7.064 pagamentos à vista, um total de R$ 18 milhões arrecadados. Em relação aos parcelamentos, ocorreram 5.601 negociações que totalizam R$ 71,5 milhões. Destes, já foram pagos R$ 1,7 milhão referentes à primeira parcela.

De 16 de março a 30 de junho, mais de 95 mil contribuintes e empresas renegociaram R$ 1.097.649.041 em débitos com o governo de Brasília, sendo R$ 209 milhões do montante pagos à vista. Os recursos provenientes do Refis são usados para pagar prestadores de serviço, salários do funcionalismo e demais despesas da máquina pública.

Os interessados em aderir ao Refis podem efetuar o acordo pelo portal da Secretaria da Fazenda, nas agências da Receita do DF e nos postos do Na Hora Cidadão.

Impostos que podem ser negociados

  • Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)
  • Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
  • Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS)
  • Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)
  • Simples Candango
  • Imposto de Transmissão de Bens Imóveis Inter vivos (ITBI)
  • Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD)
  • Multas acessórias da Secretaria de Fazenda

Não entram na negociação

  • Tributos federais
  • Imposto de Renda
  • Parcelamentos de dívidas da União
  • Pagamentos de impostos inscritos na dívida ativa da União
  • Impostos do estado de Goiás
  • Financiamentos imobiliários e bancários
  • Taxas não tributárias
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Abatimento no IPTU ou IPVA 2025

Prazo para indicações do Nota Legal é prorrogado até sexta-feira (24)

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Nota Legal
Foto/Imagem: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Os contribuintes do Distrito Federal ganharam mais tempo para indicar os créditos do programa Nota Legal. O prazo, que inicialmente terminaria nesta segunda-feira (20), foi prorrogado até sexta (24), após relatos de congestionamento no sistema no último dia para as indicações. A Secretaria de Economia (Seec-DF) reforça que o sistema segue monitorado para evitar novos congestionamentos e garantir o atendimento aos contribuintes.

A medida tem como objetivo garantir que todos os participantes do programa tenham a oportunidade de utilizar seus créditos. “Identificamos um volume elevado de acessos no sistema ontem, o que acabou dificultando as indicações”, afirmou o secretário de Economia, Ney Ferraz. “Com a prorrogação, queremos assegurar que nenhum contribuinte seja prejudicado.”

Indicações

Os créditos do Nota Legal podem ser utilizados para abatimento no IPTU ou no IPVA de 2025. Para fazer a indicação, basta acessar o site oficial do programa e seguir as instruções.

Segundo o secretário-executivo de Fazenda, Anderson Roepke, até o momento, 268.309 contribuintes já fizeram a indicação. “A gente espera com esse prazo ter um crescimento no número de indicações, mas já temos mais de R$ 56,1 milhões indicados para abatimento em IPVA e outros R$ 26 milhões indicados para abatimento no IPTU”, detalhou.

O Nota Legal é um dos principais programas de incentivo fiscal do DF, oferecendo benefícios a consumidores que exigem a nota fiscal em suas compras. Mais informações e suporte podem ser obtidos diretamente no portal do programa ou nos canais de atendimento da Seec-DF.

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Ainda dá tempo

Nota Legal: prazo para indicar créditos termina nesta segunda (20)

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indicação créditos Nota Legal 2024
Foto/Imagem: Tony Oliveira/Agência Brasília

Os contribuintes do Distrito Federal têm até esta segunda-feira, 20 de janeiro, para indicarem os créditos do programa Nota Legal para abaterem os impostos de IPVA e IPTU relativos ao ano de 2025.

Em 2025, a indicação de créditos do programa Nota Legal começaram mais cedo. Segundo a coordenadora de Cadastro, Escrituração e Documentos Fiscais Digitais da Secretaria de Economia (Seec-DF), Giovanna da Cruz Botelho, o principal motivo para a antecipação da data – antes a indicação dos créditos era entre os dias 4 e 31 de janeiro – foi garantir que os boletos dos impostos pudessem ser emitidos com o desconto do programa.

“Era uma demanda dos próprios contribuintes, que reclamavam que o boleto chegava e não estava com o valor do abatimento. Com esse prazo, conseguimos fazer o casamento dos dados, gerar os boletos com os valores corretos e evitar divergência”, comenta. “Havia casos de pessoas que faziam o pagamento do boleto com o valor errado. Agora isso não vai mais acontecer”, complementa.

“Nesta época do ano, ajuda muito abater os créditos no IPVA e no IPTU. É uma ajuda que vem em bom momento. Além disso, ao pedir o CPF na nota, o contribuinte automaticamente está agindo como fiscal e colaborando para que esse tributo seja revertido para a própria população, para colocar em prática os direitos fundamentais. E, para ele, ainda há o bônus de conseguir esse crédito”, analisa a coordenadora.

Para fazer a indicação, o contribuinte deve acessar o Portal do Nota Legal, consultar o saldo de créditos e indicar o veículo ou o imóvel para abatimento do imposto. Para quem ainda não possui cadastro no Nota Legal, basta acessar o mesmo site e realizar a inscrição.

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