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Prevenção contra incêndios florestais é prioridade no DF

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“Investir em prevenção.” A frase do subsecretário de Áreas Protegidas, Cerrado e Direito dos Animais, da Secretaria do Meio Ambiente, Romulo Mello, resume bem o principal objetivo do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais deste ano. Os cerca de 15 órgãos envolvidos no planejamento começaram a trabalhar para que, em 2015, as queimadas sejam menos intensas que em 2014 — quando o Comando do Grupamento de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros do DF registrou 3.837 ocorrências de incêndios florestais, ou 7.414,47 hectares de área queimada — o equivalente a sete campos de futebol. O número foi menor do que em 2013, que contabilizou 4.132 casos referentes a 7.924,65 hectares.

O Jardim Botânico de Brasília é uma das instituições participantes do plano, por ser constantemente afetada por queimadas. Por isso, tem uma brigada voluntária, formada por 14 funcionários e treinada para realizar o primeiro combate em caso de incêndios. “Nós temos áreas frágeis, como campo de murundus, matas de galeria, veredas, cerradão [ver glossário], locais que não se recuperam com tanta facilidade. Temos que ficar preparados para conter qualquer possível fogo até que chegue o socorro dos bombeiros”, explicou o gerente de Prevenção e Combate a Incêndio do Jardim Botânico, Rogério Cruz, ao reforçar que o grupo também responsável por fazer rondas para preservar os 5 mil hectares de estação ecológica e área de visitação do local.

O Corpo de Bombeiros terá a responsabilidade de treinar as brigadas que forem solicitadas. Por enquanto, o Jardim Botânico já se manifestou. Além de, no início de abril, ter começado uma série de oficinas com comunidades rurais, onde há grande incidência de queimadas. A primeira capacitação foi em Sobradinho, na Associação dos Produtores do Lago Oeste.

Os moradores aprenderam a confeccionar os próprios abafadores, com materiais cedidos pelo Corpo de Bombeiros. As ferramentas, construídas com borracha e caule de reflorestamento de eucalipto, ajudarão em combates a incêndio. A ação faz parte da operação Verde Vivo, lançada pela corporação em 16 de março.

O Ibram, por sua vez, trabalha em estudo para fazer os aceiros necessários, mais perto da época de seca, que, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, INMET, costuma começar em maio. O instituto ainda capacitará equipes do Corpo de Bombeiros para que elas tenham conhecimento das áreas dos parques pertencentes ao Ibram.

Enquanto isso, o CBMDF faz levantamento estratégico em outras áreas, como a Floresta Nacional, o Parque Nacional de Brasília e a Chapada Imperial. A ideia é que, com o auxílio de um GPS, os bombeiros listem todas as saídas, pontos para captação de água e outras características importantes dos locais.

Tecnologia
O Jardim Botânico também testa, há cerca de quatro meses, o aplicativo DF 100 Fogo, que será usado pelos membros do plano de prevenção como auxílio ao combate de incêndios florestais. A ferramenta, que está sendo aprimorada e, a princípio, atende apenas à plataforma android, possibilitará que a comunidade informe, em tempo real, sobre as queimadas, com o local e uma foto com a proporção do fogo.

A previsão da instituição é a de que o aplicativo, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (SP) e o Instituto Brasileiro de Informações em Ciência e Tecnologia, seja lançado no fim de maio. Na data, organizações de proteção ambiental e visitantes do Jardim Botânico poderão acompanhar um sarau e palestras sobre o perigo da queima de restos de podas — a principal causa de incêndios na área, já que o fogo colocado em lugares vizinhos acaba se alastrando e atingindo o local. “A chama geralmente vem das residências ou da DF-001 (rodovia que circula todo o Distrito Federal) e se não for controlada pode acabar chegando ao Jardim Botânico”, avisou Rogério Cruz.

Educação ambiental
Para Romulo Mello, é imprescindível a participação de toda a comunidade nas ações de prevenção contidas no plano. “O importante é que a sociedade se sinta responsável pelo processo e evite o incêndio florestal. Você pode ajudar com atitudes como deixar de queimar restos de vegetação; os agricultores precisam fazer seus aceiros, as queimadas controladas, e ficar atentos para que isso não se transforme em algo maior.”

O planejamento ainda conta com um programa específico de educação ambiental, que também reúne ações de todos os órgãos incluídos no Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais — o Fogo Apagou. A iniciativa, que tem as primeiras atividades previstas para maio, terá palestras em escolas de áreas de risco, distribuição de fôlderes para o público rural sobre queimada controlada e destinação do lixo, confecção de cartilhas sobre prejuízos e prevenção.

Antecedência
Para atingir a meta de diminuir as ocorrências de incêndio florestal, investindo em prevenção, o grupo envolvido no plano começou as reuniões mais cedo este ano, cerca de três meses antes do habitual. “Passamos a nos reunir em fevereiro, mas discutimos o assunto desde o início de 2015. É entendimento do secretário do Meio Ambiente, André Lima, que nós tenhamos mais medidas de prevenção do que medidas de combate”, explicou Romulo Mello, ao destacar que essa também é a primeira vez que o plano é sistematizado. Segundo o subsecretário, cada órgão definiu representantes para compor a equipe e definir ações específicas tanto de prevenção quanto de combate.

O Plano
O Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais foi instituído pelo Decreto nº 14.431, de 11 de junho de 1996, agora revisado e atualizado pelo Instituto Brasília Ambiental. O documento reúne instituições do governo federal e distrital, além da sociedade civil.

A coordenação do planejamento é competência da Secretaria do Meio Ambiente, que, segundo o subsecretário de Áreas Protegidas, Cerrado e Direito dos Animais, marcará reuniões mensais para avaliar o andamento das ações descritas: “Nós vamos monitorar para ver se o que as instituições relacionaram no plano está ocorrendo”.

Participam órgãos executores de apoio direto ou eventual. São colaboradores do planejamento a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; a Subsecretaria da Defesa Civil; a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb); a Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde; o Batalhão da Polícia Militar Ambiental; o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet); a Reserva Ecológica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater); as administrações regionais; o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR); a Fazenda Água Limpa, da Universidade de Brasília; o Parque Nacional de Brasília; a Estação Ecológica de Águas Emendadas; o Departamento de Estradas e Rodagens do Distrito Federal; e a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil.

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Falta de luz

Neoenergia: fornecimento no DF é o melhor entre capitais brasileiras

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A média de tempo em que o consumidor do Distrito Federal ficou sem energia reduziu em 43% nos últimos quatro anos, período em que a distribuição de energia da capital federal foi concedida à Neoenergia. O levantamento, realizado a partir de dados publicados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), mostra que a redução do indicador conhecido como DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) posicionou o DF como a capital que possui o restabelecimento de energia mais rápido do país.

Em 2024, quem mora no Brasil passou em média 10,24h sem energia por ano. No DF, o brasiliense ficou em média 5,04h sem energia por ano, ou seja, metade da média brasileira e o 4° melhor tempo do Brasil. Isso significa que o consumidor da capital teve energia sem interrupção por 99,94% das horas do ano. Essa posição coloca o DF como a única capital do país entre as 5 regiões que possuem o fornecimento de energia mais rápido do Brasil. Os outros locais mais bem colocados estão situados no interior de São Paulo.

Antes da concessão, em 2021, o DF ocupava a 13ª posição, entre as 29 empresas de distribuição de energia do setor no Brasil, que possuem mais de 400 mil clientes. Em 2024, a posição da capital federal passou a ser a 4ª. Essa melhoria significativa está ligada aos investimentos em tecnologia, modernização, expansão de redes e geração de novos empregos promovidos pela Neoenergia, empresa responsável pela distribuição de energia no DF.

Desde que assumiu a concessão da CEB Distribuição (CEB-D), a Neoenergia investiu mais de R$ 1 bilhão em quatro anos e anunciou que aportará mais 1,3 bilhão até 2029. Esse valor investido em quatro anos representa o equivalente a 15 anos de aportes feitos pela CEB anteriormente. Além dos investimentos robustos, destaca-se o modelo de gestão adotado pelo grupo. Importante destacar que a CEB Ipes ainda é a responsável pela iluminação pública de todo o DF.

“Possuir um dos melhores níveis de qualidade do país é um sinal de que os investimentos realizados pela Neoenergia estão trazendo os resultados esperados e nos dá a confiança de que estamos contribuindo para o desenvolvimento da nossa capital”, explica Antonio Queiroz, diretor Técnico da Neoenergia Brasília.

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Auxílio mensal de R$ 150

Novos beneficiários do DF Social têm até 26/03 para abrir conta no BRB

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A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) selecionou 2.264 novas famílias beneficiárias do programa DF Social para abrirem a conta no Banco de Brasília (BRB) e terem acesso ao auxílio mensal de R$ 150. Para garantir o recebimento do próximo pagamento, é necessário que o cidadão tenha a conta social (não se trata de uma conta bancária comum) aberta até as 18h do dia 26 deste mês.

Quem que não fizer o procedimento no prazo estabelecido terá que aguardar nova rodada de contemplação. ‌A abertura da conta social deve ser efetuada pelo aplicativo BRB Mobile.

“Para saber se foi contemplado, o cidadão deve fazer a consulta no site do programa e confirmar se está entre os beneficiários”, orienta a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra.

“Não é preciso se cadastrar ou solicitar inclusão no Cras [Centro de Referência de Assistência Social] para fazer parte do DF Social; é preciso ter o Cadastro Único”, prossegue a gestora. “Os contemplados são selecionados automaticamente por esses cadastros e de acordo com critérios do programa.”

No site GDF Social, o cidadão deve acessar o “Consulta DF Social”, informar CPF e data de nascimento do responsável familiar, conforme declarado no Cadastro Único. Após esse procedimento, aparece mensagem na tela informando se a pessoa se encontra ou não na lista de contemplados.

A concessão do benefício do DF Social ocorre mediante disponibilidade orçamentária.

As famílias que deixam de atender aos critérios saem da lista para dar lugar a novos contemplados. Mensalmente, 70 mil famílias em vulnerabilidade social no DF são beneficiadas pela iniciativa do Governo do Distrito Federal (GDF).

O DF Social é o programa de transferência de renda do GDF que concede o valor de R$ 150 mensais a famílias de baixa renda residentes no DF. Têm direito ao benefício os grupos com renda per capita de até meio salário mínimo inscritos no Cadastro Único.

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