95% de chance de cura
Outubro Rosa: veja algumas sugestões para facilitar o autoexame da mama

Cibele Moreira
O mês de combate ao câncer de mama traz para o debate a importância do autocuidado e da atenção a mudanças que podem ocorrer no próprio corpo. Estar informada sobre os sintomas e saber o que fazer para evitar a doença são fundamentais para a saúde da mulher.
Segundo o mastologista do Hospital Regional de Sobradinho, Farid Buitrago, na maioria das vezes, o câncer é descoberto pela própria paciente. “Muitas percebem o nódulo no seio com o próprio toque ou com a mudança da textura da pele mamária”, pontua.
O ideal é que o autoexame seja feito na semana depois da menstruação – quando o corpo está menos inchado. Para aquelas que não menstruam, a recomendação é escolher um dia fixo no mês para fazê-lo.
A orientação é que se observe as mamas sempre que se sentir confortável (no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano). Não existe uma técnica específica para seguir, mas há algumas sugestões que podem facilitar o autoexame como:
Em pé: de frente para o espelho, observar o bico dos seios, a superfície e o contorno das mamas. Em seguida, levantar os braços e verificar se há alguma alteração.
Deitada: apalpar a mama esquerda com a mão direita com movimentos circulares suaves, apertando levemente com a ponta dos dedos. O mesmo se faz com o outro lado.
No banho: com a pele molhada ou ensaboada, elevar o braço direito e apalpar a mama suavemente com a mão esquerda estendendo até a axila. O mesmo se faz com o outro lado.
Caso identifique qualquer alteração, deve-se procurar um posto de saúde para que um médico ginecologista faça um exame clínico das mamas e encaminhe — quando for necessário — para estudos mais detalhados, como a mamografia.
O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio dos seguintes sinais e sintomas:
- Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher;
- Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
- Alterações no bico do peito (mamilo);
- Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço;
- Saída de líquido anormal das mamas;
Farid Buitrago explica que, mesmo que apareça qualquer sinal de alerta da doença, não significa que há um tumor maligno na mama. A confirmação do câncer só é feita pela biopsia (quando é retirada uma amostra do nódulo ou do tecido mamário).
Fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama
Há alguns fatores de risco nos quais é preciso prestar mais atenção, como: obesidade e sobrepeso, sedentarismo, primeira menstruação antes dos 12 anos e parar de menstruar após os 30.
Histórico familiar de câncer de mama ou no ovário também são preocupantes para aparição da doença, principalmente em parentes de primeiro grau.
De acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), é esperado, neste ano, 960 novos casos do tumor no Distrito Federal. A faixa etária em que há maior incidência é dos 50 aos 69 anos. No entanto, mulheres mais jovens também estão suscetíveis.
Farid Buitrago esclarece que dá para evitar a doença. “Existem diversos fatores que ajudam a prevenir, como fazer atividade física, ter uma alimentação saudável e fazer os exames periodicamente.” De acordo com ele, quando o câncer é descoberto no início, há 95% de chances de cura.
Câncer de mama em homens
Homens também podem ter câncer de mama, mas o número é bem mais baixo quando comparado ao de pacientes femininas. “Para cem mulheres com a doença, há um homem”, explica Buitrago.
No caso dos homens, o nódulo aparece atrás no bico do peito. O procedimento quando há uma suspeita é o mesmo que o da mulher. Com mamografia e biopsia para confirmação. “O exame é igual, mas no caso da mamografia o incomodo é maior”, pontua o mastologia.
Ações em prol do Outubro Rosa
Até 31 de outubro, a Estação Central do Metrô (Rodoviária do Plano Piloto) promove a campanha solidária Corte e Compartilhe. A ideia é incentivar passageiros a doarem mechas de cabelo para transformá-las em perucas que serão utilizadas por pacientes com câncer de mama da Rede Feminina do Hospital de Base.
O objetivo é resgatar a autoestima de mulheres que perdem os cabelos no tratamento da doença. A ação será executada por profissionais do Instituto Helio, e os cortes serão feitos gratuitamente por alunos da instituição até esta terça-feira (17) e de 23 a 31 de outubro, das 9 às 17 horas.
Raiany Rodrigues da Silva, de 25 anos, aprovou a iniciativa. “Essas ações dão um estímulo para a paciente lutar contra a doença. Mostra que ela não está sozinha, que tem gente apoiando”, relata.
Aos 41 anos, Claudiana Pimenta aproveitou a ação para doar a mecha que estava guardada em casa. “Eu sempre quis doar, uma amiga da minha irmã tem câncer e eu vejo o quanto esse tipo de movimento é importante.”
Mãe de três filhos, ela conta que não descuida da saúde em nenhum momento. “Faço o exame preventivo periodicamente. Não dá para relaxar, é preciso ter uma vida saudável, se cuidar”, ressalta.
Qualquer pessoa pode participar do corte solidário no metrô. A única regra é que a parte do cabelo a ser doada tenha extensão mínima de 10 centímetros de comprimento. Cabelos pintados ou com qualquer outro tipo de química também poderão ser doados.
No dia 24, um profissional da área de oncologia estará na Estação Central, a partir das 15h30, para conversar com a população e tirar dúvidas sobre a doença.
Já a sede e as agências da CEB Distribuição — subsidiária da Companhia Energética de Brasília (CEB) — vão receber doações de uso pessoal para pacientes com câncer. A ação vai até 27 de outubro.
Entre os itens sugeridos para a campanha Outubro Rosa estão: lenços, batons, esmaltes, material de higiene pessoal (sabonete, creme dental, xampu, condicionador, toalhas de banho), roupas, sapatos e outros objetos para bazar.

Até 9 de junho
Inscrições abertas para o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Na edição comemorativa de 60 anos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emílio Salles Gomes, a mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país volta a ser realizada em setembro, com formato ampliado: serão nove dias de programação, com a inclusão de um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília.
O anúncio das novidades para o 58º Festival de Brasília foi feito nesta terça-feira (6), durante coletiva de imprensa no hall do Cine Brasília, ocasião que também marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens nacionais para a seleção oficial do evento. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do Festival até 9 de junho.
A edição de 60 anos celebra a resiliência do festival, que se mantém como referência nacional, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e presidente do evento, Claudio Abrantes. “Nem a ditadura nem a pandemia conseguiram parar o Festival”, destacou, ao lembrar que as edições de 1972, 1973 e 1974 não foram realizadas por conta do regime militar.
Uma das principais mudanças nesta edição é o retorno ao mês de setembro. “É o período em que o Festival sempre aconteceu, com ipês floridos e sem chuvas. Do ponto de vista técnico, temos certeza de que o evento retoma o protagonismo que nunca deveria ter perdido entre os grandes festivais do país”, afirmou Abrantes.
Para Sara Rocha, coordenadora-geral do Festival, essa retomada só foi possível graças ao edital trianual que garantiu orçamento para as edições de 2024, 2025 e 2026: “O retorno a setembro é fundamental para o posicionamento estratégico do Festival no calendário nacional, e foi viabilizado pelo trabalho continuado ao longo desses três anos”.
Neste ano, o evento terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana. Com isso, haverá mais exibições, oficinas e atividades culturais em diversas regiões do Distrito Federal, além das sessões no Cine Brasília.
Desde o ano passado, o Banco de Brasília (BRB) é o patrocinador master do Festival, o que também possibilitou a ampliação de formato e estrutura. “Foi o maior investimento já feito pelo banco no Festival, com foco na valorização das produções cinematográficas”, afirmou o gerente de patrocínios do BRB, João Eduardo Silveira.
Mostra Brasília
A Mostra Brasília também será ampliada, com mais dias de competição, maior número de filmes e aumento no valor dos prêmios. Serão exibidos dez curtas e cinco longas no decorrer de cinco dias. O valor total dos prêmios passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil. O edital específico será lançado ainda nesta semana, mas as inscrições já estão abertas no site oficial do Festival.
Além das exibições e mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília contará com a sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com a presença de players nacionais e internacionais do setor audiovisual. Também será realizada, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional do Audiovisual – fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, com participação do público.
A programação completa do Festival será divulgada em 20 de agosto.
Cine Brasília
A estrutura do Cine Brasília será novamente ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates. O anexo previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, que deve consolidar essa expansão de forma permanente, está em fase de viabilização. O edital para a construção será lançado nas próximas semanas.
“Essa área externa já é muito utilizada, mas agora é hora de consolidar esse espaço com salas menores de cinema e uma cinemateca que abrigue acervos de grandes nomes do cinema brasiliense, como o homenageado da sala, Vladimir Carvalho”, reforçou Claudio Abrantes. Ele também anunciou o lançamento de licitação para aquisição de um projetor 4K para o Cine Brasília.
Mostra 60 Anos do Festival
Como parte das comemorações pelos 60 anos do Festival, o Cine Brasília realiza, desta terça (6) até domingo (11), sempre às 18h, a mostra especial 1 Filme por Década, com entrada franca.
A seleção reúne seis filmes emblemáticos premiados com o Troféu Candango de Melhor Filme. Veja abaixo.
- Todas as Mulheres do Mundo(1966), de Domingos de Oliveira
- Nunca Fomos tão Felizes (1984), de Murilo Salles
- Que Bom te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat
- Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis
- É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert
- Temporada (2018), de André Novais de Oliveira
Transporte público
Mulheres com medida protetiva no DF terão acesso ao Passe Livre

Mulheres com medida protetiva e em situação de acolhimento terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal. O anúncio foi feito pelo governador Ibaneis Rocha durante a inauguração do Centro de Referência da Mulher Brasileira, no Recanto das Emas. A medida tem como objetivo facilitar o acesso delas aos serviços da Secretaria da Mulher e a esses centros, especialmente em momentos de vulnerabilidade.
“Determinei que todas as mulheres cadastradas com medidas protetivas, que precisarem do acolhimento da Secretaria da Mulher e das casas da Mulher Brasileira, terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal”, afirmou o governador. “É uma forma de garantir que essas mulheres possam acessar os serviços em um momento que pode ser de reconstrução de suas vidas.”
Além do Passe Livre, a iniciativa prevê o fortalecimento da articulação entre os serviços oferecidos, ampliando a proteção e a autonomia de quem está em situação de violência.
Ibaneis também destacou o papel da bancada federal na viabilização de recursos para obras de acolhimento às mulheres. Segundo ele, parte das verbas para as novas unidades veio de emendas parlamentares, complementadas por orçamento do próprio Governo do Distrito Federal (GDF).
“Não deixamos nenhuma obra parar. Quando os recursos federais não foram suficientes, colocamos dinheiro do nosso orçamento, porque sabemos da importância desses espaços de acolhimento e encaminhamento para as mulheres”, disse o governador, ao agradecer o apoio de senadores e deputados. “O ideal é termos uma Casa da Mulher Brasileira em cada uma das 35 regiões administrativas do DF. Lugares como Sol Nascente e Ceilândia ainda sofrem com altos índices de violência. Precisamos estar mais próximos dessas mulheres”, defendeu Ibaneis.
O modelo atual das casas, segundo o governador, segue um conceito mais descentralizado e acessível. “A proposta é que as unidades estejam próximas de onde as mulheres vivem, para que o acolhimento ocorra no momento em que elas mais precisam, com acesso a psicólogas, orientação jurídica, benefícios como o aluguel social e encaminhamento para o mercado de trabalho.”
Segundo a vice-governadora Celina Leão, a medida é essencial para que os direitos das mulheres possam ser exercidos de forma plena. “Essa determinação do governador Ibaneis é fundamental para garantir que as mulheres possam acessar serviços públicos que são essenciais, especialmente, em momentos de dor e vulnerabilidade. É mais um passo que damos para proteger as nossas mulheres, que precisam contar com o apoio do poder público para saírem de situações de violência”, afirmou Celina.
“Trata-se de uma medida do governador Ibaneis Rocha de grande importância para o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica, garantindo a elas o acesso ao transporte público coletivo em todas as linhas de ônibus e metrô do DF, de forma que possam se deslocar mais facilmente para acessar os serviços públicos de saúde, segurança e assistência que precisarem buscar”, afirma o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves.
De acordo com a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, a medida vai garantir o acesso continuado aos tratamentos ofertados pelas unidades do Distrito Federal: “O atendimento psicossocial oferecido nas nossas unidades não acontece em um dia, ele tem uma sequência ao longo das semanas. Muitas mulheres falavam que não tinham dinheiro para pagar a passagem para dar andamento, porque o tratamento é de no mínimo 12 encontros, então era uma demanda que a gente estava identificando que prejudicava nos atendimentos. Elas começavam participando e depois acabavam abandonando por essa questão. Essa nova medida vem para solucionar esse problema”.
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