Obras para captar água do Paranoá começam no 2º semestre
A Caesb pretende iniciar no segundo semestre as obras de um sistema de captação de água do Lago Paranoá para reforçar o abastecimento em várias regiões do Distrito Federal. A construção tem custo estimado de R$ 480 milhões e vai ficar próxima à barragem do Paranoá, junto ao Parque Urbano Dom Bosco.
De acordo com a companhia, o sistema vai fornecer água adicional para moradores do Paranoá, São Sebastião, Sobradinho e é vista como “crucial” para a consolidação de programas habitacionais e de áreas em processo de regularização em Sobradinho II, no Jardim Botânico e no Setor Habitacional Tororó, locais que segundo a Caesb têm pouca disponibilidade hídrica. O excedente deve abastecer ainda Planaltina, Brasília e Lago Norte.
O sistema vai ter elevatórias, reservatórios e tubulações de distribuição até Sobradinho e São Sebastião. A previsão é que as obras tenham início no segundo semestre de 2015, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Para a empresa, a posição central do Lago Paranoá permite que os custos de distribuição sejam mantidos baixos. A boa qualidade da água também facilita e barateia o tratamento.
A Caesb produz 247 milhões de metros cúbicos de água por ano (um metro cúbico equivale a mil litros). A quantidade é suficiente hoje para atender a população do DF, diz a companhia.
O Sistema Produtor Paranoá já tem licença ambiental concedida e vai abranger a captação de água e a construção de diversas estações elevatórias, reservatórios e tubulações de distribuição. Na primeira etapa, a adutora terá capacidade para produzir até 2,1 m³ de água tratada por segundo, e, na segunda etapa, 2,8 m³ por segundo. Para a Caesb, a posição central do Lago Paranoá permite que os custos de distribuição sejam mantidos baixos.
Demanda em crescimento
O pesquisador da Embrapa Cerrados e presidente do Comitê de Bacias do Lago Paranoá, Jorge Werneck, afirmou ao G1 que a população do DF cresce a uma média de 60 mil habitantes por ano, e por isso se torna necessário ter mais pontos de abastecimentos na capital.
“A capacidade de fornecimento de água da Caesb realmente se aproxima muito da demanda de água da população. Precisamos realmente de novos mananciais e novas fontes de abastecimento”, diz.
Para o pesquisador, o lago vai precisar de um acompanhamento rigoroso para que a qualidade da água seja mantida, assim como o nível da água. “Como é uma bacia muito ocupada e ainda em processo de urbanização, quaisquer obras, ações da bacia, possíveis fontes de poluição, derramamento de óleo, temos que acompanhar muito mais de perto”, diz.
“Os braços do Lago Paranoá já sofreram muito com o assoreamento do Riacho Fundo e do Bananal. Hoje, o Torto vem sofrendo um bocado, inclusive com a obra da descida do Colorado, uma obra aberta, em pleno período de chuva. A gente percebe uma carga absurda de sedimentos chegando ao braço do Bananal, e isso acaba aumentando o risco de futuros conflitos, porque o sedimento se deposita, boa parte dele, numa área de volume útil do reservatório, e isso realmente é bastante indesejável.”
Imagens de satélite de novembro de 2014 mostram que o Lago Paranoá já perdeu 17% de superfície desde quando o rio foi represado, no início da década de 1960, em razão do assoreamento. Para a companhia, a redução na espessura da lâmina d’água ocorre principalmente nas extremidades, enquanto a captação de água é feita na parte central, mais profunda.
Corumbá
Embora a produção anual de 247 milhões de m³ de água por ano seja suficiente para atender a atual demanda no DF, a Caesb afirma que, para atender o aumento no consumo na capital federal nos próximos 30 anos, investe na ampliação do Bananal e na construção do Sistema Produtor de Água Corumbá.
O sistema, que já custou R$ 262 milhões à Caesb, vai captar água bruta do reservatório da barragem Corumbá IV, em Luziânia, em Goiás. A expectativa é que o aumento no fornecimento de água seja de 30% e que, na primeira etapa, produza 2,8 m³ de água por segundo, dos quais 1,6 m³ vão para o território goiano, e 1,2 m³ para o DF.
A construção, que teve inicio em julho de 2013, é realizada em parceria entre a Caesb, que investiu R$ 262 milhões, e a Saneago, de Goiás. O sistema vai levar água potável até Santa Maria eGama, no DF, e Novo Gama, Valparaíso de Goiás, Cidade Ocidental e Luziânia, na parte sul do Entorno. O trecho de 15 km foi financiado pelo GDF e os outros 13 km por Goiás. O excedente gerado vai abastecer Taguatinga, Ceilândia, Águas Claras e Vicente Pires.
Segundo a Caesb, a adutora de água bruta está com 65% das obras concluídas e a Estação de Tratamento de Água (ETA), com 15%. Os demais componentes ainda serão licitados e, segundo a companhia, a expectativa é que o sistema entre em funcionamento no segundo semestre de 2017.
O DF tem cinco sistemas principais de produção de água: o Rio Descoberto é o principal deles, com 60% do total da produção. Os sistema do Torto e Santa Maria, cuja captação é realizada em lagos protegidos pelo Parque Nacional; Planaltina e Sobradinho, com diversas captações, principalmente o Piripau; Brazlândia, com captações nos córregos Barrocão e Capão da Onça; e o sistema de São Sebastião, abastecido exclusivamente por poços, são os demais fornecedores de água do DF.
Inscrições até 8 de dezembro
IGESDF abre novos processos seletivos com salários de até R$ 12 mil
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) abriu dois novos processos seletivos. As vagas são para Médico Nefrologista e Enfermeiro Administrativo. A carga horária varia de 24 a 40 horas semanais e a remuneração vai de R$ 5.187,841 a R$ 12.744,02, conforme o cargo e o nível de escolaridade. As inscrições podem ser feitas até o dia 08 de dezembro.
Para se inscrever, os interessados devem ter o diploma do curso, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Os benefícios das vagas são o auxílio-transporte, clube de benefícios com descontos em estabelecimentos parceiros, abono semestral e folga de aniversário. Para mais informações sobre o processo seletivo e detalhes sobre como se inscrever, acesse o site oficial do IGESDF. Veja abaixo os requisitos específicos para as vagas.
Enfermeiro Administrativo – Educação Permanente
É necessário ter diploma do curso de Enfermagem, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) ou Declaração de Conclusão de Curso, devidamente assinado e carimbado. Pós-graduação completa em áreas da educação, tais como: Docência em Enfermagem, Educação em Saúde, entre outras, comprovada por meio de certificado reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) registro ativo no Conselho Regional de Enfermagem – COREN/DF, como enfermeiro; experiência mínima de 6 meses como enfermeiro na área assistencial; experiência mínima de 06 meses na área de educação em saúde com docência, preceptoria, educação continuada ou educação permanente em instituições hospitalares. Curso de nível intermediário em Pacote Office, comprovado por meio de certificado. É desejável residência completa na área da saúde comprovada por meio de diploma ou Pós-graduação completa na área da saúde comprovada por meio de certificado reconhecido pelo MEC; experiência mínima de 06 meses em atividades de Simulação realística na área da saúde; curso de Metodologia Ativas. Conforme o edital N°161/2024.
Médico Nefrologista
É necessário ter o diploma de conclusão do curso de Medicina, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), ou declaração de conclusão de curso de no máximo 06 meses da conclusão de grau. Residência (Com RQE) ou Título de Especialista em Nefrologia, experiência mínima de 6 meses como Médico Nefrologista. Registro no Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal – CRM/DF comprovado por meio da Carteira Profissional, Declaração ou Protocolo que contenha o número do registro. É desejável conhecimento em Sistema de Gestão e prontuário eletrônico como: MV. Trackcare, entre outros. Conforme o edital N°162/2024.
As inscrições são feitas exclusivamente pelo site oficial do instituto. O IgesDF é a instituição responsável pela administração do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), das 13 Unidades de Pronto Atendimento do Distrito Federal (UPAs) e mais recentemente do Hospital Cidade do Sol (HSol).
Placas final 9 e 0
CRLV digital: prazo para licenciar veículos termina no dia 31 de dezembro
De acordo com o calendário divulgado pelo Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), os proprietários de veículos com placas final 9 e 0 têm até 31 de dezembro para efetuarem a renovação do licenciamento. A partir de 1° de janeiro de 2025, para a circulação desses veículos será exigido o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV-e) 2024, em formato digital.
O Detran-DF deu início à exigência do CRLV-e 2024 em 1° de outubro para veículos com placas final 1 e 2 e em 1° novembro para os de final 3, 4 e 5. Nesse domingo (1°), o documento também passou a ser obrigatório para a circulação dos veículos com placas terminadas em 6, 7 e 8.
Segundo dados do Detran-DF, até agora 1.178.961 veículos estão licenciados na capital federal, o que corresponde a 56,6% da frota em circulação, estimada em 2.080.949 veículos. O diretor-geral do órgão, Takane do Nascimento, destaca a importância da regularização.
“O Código de Trânsito exige que o veículo esteja devidamente licenciado para circular nas vias e o Detran tem oferecido ao proprietário facilidades que possibilitam a obtenção do documento digital de forma rápida, por meio do aplicativo e do Portal de Serviços”, afirma.
Para obter o documento, o proprietário deverá pagar o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), a taxa de Licenciamento e, se houver, as multas pendentes. Após a quitação dos débitos, o proprietário deverá emitir o CRLV-e 2024 por meio do Portal de Serviços ou pelo aplicativo Detran-DF Digital. O documento também pode ser obtido no aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT), do Governo Federal.
Desde 2021, o certificado de licenciamento é emitido apenas no formato digital. O CRLV-e pode ser apresentado na versão digital, por meio dos aplicativos oficiais, ou na versão impressa em papel A4 branco comum.
Fiscalização
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), transitar com veículo não licenciado é considerado infração gravíssima e resulta em sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), recolhimento do veículo e multa de R$ 293,47. De janeiro a novembro deste ano, os órgãos de fiscalização de trânsito do DF apontaram 63.368 infrações por condução de veículo não registrado ou licenciado.
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