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Epidemia global

Obesidade pode trazer riscos ao coração, colesterol, pele etc

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No dia 11 de outubro, é comemorado o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. Porém, no Brasil, o cenário está longe de ser o ideal. De acordo com dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgadas pelo Ministério da Saúde, 18,9% da população brasileira é obesa. Entre os jovens, a obesidade aumentou 110% entre 2007 e 2017 e é considerada pela Organização Mundial de Saúde uma epidemia global.

A obesidade é o acúmulo excessivo de gordura corporal e, segundo o nutricionista Daniel Novais, o parâmetro usado para o diagnóstico é o Índice de Massa Corporal (IMC). “Nós calculamos o IMC dividindo o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado. Quando o resultado da conta é maior que 30, o paciente está obeso”, explica. Vale lembrar que, ao contrário do que muita gente pensa, a obesidade é considerada uma doença. Desde 2018, a American Medical Association declarou que trata-se de uma condição patológica.

Diversos outros males são consequência da obesidade, como diabetes, colesterol alto, infertilidade, dor lombar, infecções na pele, úlceras etc. A doença também aumenta a propensão de problemas cardíacos, independente de fatores de risco. “Mesmo não tendo diabetes ou pressão alta, a pessoa corre um maior risco somente pelo fato de ser obesa. Doenças cardiovasculares como hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e infarto agudo do miocárdio acontecem com mais frequência”, garante Dr. Bruno Jardim, cardiologista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor). “Muito disso se deve ao esforço a mais que o coração tem de fazer para bombear o sangue por conta do sobrepeso, sobrecarregando-o”, completa.

Correndo atrás do prejuízo

Apesar de muita gente achar que a obesidade é uma patologia apenas física, ela envolve também uma grande carga psicológica, já que o obeso não ingere uma quantidade excessiva de alimentos por fome, mas sim por impulso, compulsão e fatores emocionais. Sendo assim, obesidade não tem cura, mas sim tratamento. Tratamento este que deve ter acompanhamentos cardiológico e nutricional, entre outros. “Cada indivíduo é único e seu tratamento deve ser personalizado. Mas existem regras gerais para começar, como cortar alimentos ricos em açúcar, sódio, gorduras e bebidas alcoólicas. Por outro lado, deve se investir em legumes e vegetais”, aponta Daniel.

O nutricionista ainda garante que não só a qualidade importa, mas também a qualidade. “Não é preciso comer um pingo de comida, mas as porções devem ser adequadas para saciar”, explica. Além da alimentação, o exercício físico é um grande aliado. Porém, vale lembrar que o acompanhamento cardiológico é de suma importância no processo. “Sair do sedentarismo é ótimo, mas pode ser perigoso sem acompanhamento médico quando se trata de um obeso. A recomendação é sempre procurar um cardiologista de confiança e ir no ritmo que é melhor para você”, finaliza Dr. Bruno.

Instituto Nacional de Câncer

Atividades físicas ajudam na prevenção, tratamento e recuperação de câncer

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Tomossíntese mamografia câncer de mama
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O Instituto Nacional de Câncer (INCA), órgão vinculado ao Ministério da Saúde (MS), ressalta a importância das atividades físicas para prevenção e controle de câncer em comunicado divulgado na última semana. Alinhado à Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC), o Instituto destaca que os exercícios físicos são benéficos tanto para a saúde mental quanto coletiva, além de contribuírem para o bem-estar, a qualidade de vida, a socialização, a ampliação de autonomia e a participação social.

A prática regular de exercícios, segundo recomenda o INCA, pode levar à redução do risco de diversos tipos de câncer, como os de mama, próstata, endométrio, cólon e reto.

O estímulo à atividade física, no entanto, não deve partir apenas dos pacientes.

Para o coordenador de Prevenção e Vigilância do INCA, Fábio Carvalho, a inovação da divulgação é justamente enfatizar o que a literatura científica traz em relação ao potencial da atividade física para a saúde em geral, não só relacionada ao câncer. Com a divulgação, o documento ajuda a desmistificar o senso comum de que o repouso é a melhor estratégia para pacientes oncológicos.

“O que o posicionamento está destacando também é que existem políticas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS) que oferecem atividades físicas para a população brasileira”, observa. “Além disso, nas unidades de saúde, outros profissionais, como fisioterapeutas, nutricionistas e enfermeiros, podem aconselhar sobre o tema e apoiar as pessoas a adaptarem a atividade física à sua realidade, de acordo com o local onde moram e o ritmo de trabalho que possuem”.

Números

No Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde (MS) com base nos Registros de Câncer e no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/MS), houve 71.730 casos novos de câncer de próstata, 21.970 de cólon e reto e 18.020 de traqueia, brônquios e pulmões em homens em 2023. Entre as mulheres, foram 73.610 casos novos de câncer de mama, 23.660 de cólon e reto e 17.010 de colo do útero no mesmo período.

Os dados do ministério mostram ainda a quantidade de óbitos por localização primária do tumor em 2021. Em homens, o câncer de próstata registrou 16.300 mortes, o de traqueia, brônquios e pulmões, 15.987, e o de cólon e reto 10.662 . A situação se mantém semelhante entre as mulheres, com 18.139 mortes por conta do câncer de mama, 12.977 por câncer de traqueia, brônquios e pulmões e 10.598 por câncer de cólon e reto.

“Especificamente para as pessoas em tratamento de câncer, a atividade física tem potencial tanto de reduzir a mortalidade específica por alguns tipos de câncer, como também de contribuir no controle dos sintomas, como, por exemplo, a fadiga oncológica, sintoma comum para quem está em tratamento”, pontua Carvalho.

Segundo o coordenador, manter o corpo em movimento melhora igualmente a qualidade de sono e o estado psicossocial — conjunto de necessidades sociais, emocionais e de saúde mental — dos pacientes. “De forma geral, a atividade física contribui tanto na prevenção, para evitar que um caso de câncer surja, quanto para ajudar quem está em tratamento ou após ele”, acrescenta. No estudo Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, o INCA alertava para o surgimento de 704 mil casos novos de câncer no país por ano até 2025, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência da doença.

Adaptações

No posicionamento divulgado no início deste ano, o INCA enfatiza que a atividade física, quando adaptada às condições específicas de cada indivíduo, é segura e eficaz para pacientes em diferentes estágios de tratamento. “É absolutamente relevante que a equipe de saúde que já acompanha o caso esteja ciente de que a pessoa vai fazer atividade física, preferencialmente com acompanhamento de um profissional de educação física ou de um fisioterapeuta”, enfatiza Carvalho.

Para os pacientes mais vulneráveis economicamente, que não têm a possibilidade de serem acompanhados por equipes especializadas, o coordenador indica que simples ações no dia a dia podem ajudar.

“Se a pessoa não tiver acesso a esse profissional, ela pode ter opções fisicamente mais ativas no dia a dia. Por exemplo, caminhar um pouco mais, trocar o carro em trechos pequenos, como para ir à padaria ou ao mercado perto de casa, por ir andando. Tudo isso vai trazer benefícios”, recomenda Carvalho.

“Se for possível, a partir do estágio de tratamento e do acesso que a pessoa tiver, frequentar uma atividade física sistematizada, como uma academia ou mesmo uma corrida com supervisão, vai ser melhor ainda, mas isso não é condição para ter os benefícios da atividade física. Opções mais fisicamente ativas no dia a dia também ajudam bastante”, defende.

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Dr. Rafael Amorim

Ter pet pode melhorar a saúde cardiovascular, apontam estudos

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saúde cardiovascular pet
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Estudos divulgados em 2022 pela Harvard Heart Letter e pela revista Circulation, da American Heart Association, destacam que ter um pet não só oferece conforto emocional, mas também pode estar associado à saúde cardiovascular. Os dados sugerem impacto favorável em variáveis cardiovasculares como pressão arterial, frequência cardíaca e níveis de colesterol em pessoas que são tutores de pets.

Segundo o cardiologista Dr. Rafael Amorim, do Centro Especializado em Cardiologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a presença dos animais pode ter um impacto direto na redução dos hormônios do estresse, como o cortisol e adrenalina, e aumentar a produção de endorfinas, que promovem sensações de prazer e relaxamento.

“Os pets, especialmente cães e gatos, oferecem benefícios emocionais e físicos únicos ao seu tutor. Eles criam um ambiente de bem-estar, reduzem o estresse e incentivam hábitos mais saudáveis, como a prática de exercícios físicos”, diz.

Como os pets ajudam o coração

Segundo publicação na revista Harvard Heart Letter, acariciar um pet pode desencadear a liberação de ocitocina, hormonio responsável pela sensação de felicidade, amor, relaxamento e prazer, e que reduz a pressão arterial e diminui a frequência cardíaca, o que significa que a interação com animais de estimação pode estar associada à redução de fatores de risco cardiovascular.

Além disso, o toque e a presença de um animal ajudam a amortecer a resposta do corpo ao estresse, fator que desempenha um papel importante na saúde do coração.

Estudos também mostram que tutores de cães tendem a caminhar 20 minutos a mais por dia do que pessoas que não têm pets, o que favorece a saúde cardiovascular.

“A atividade física regular promovida pelo cuidado com um pet, como passeios diários, é essencial para manter uma boa saúde cardíaca, pois melhora a circulação, ajuda a controlar a pressão arterial, reduzindo os níveis de colesterol”, explica o cardiologista. Atividades lúdicas com animais também podem aumentar os níveis de energia e motivação para a prática de exercícios.

Redução do estresse e conexões sociais

Além do impacto fisiológico, a convivência com animais de estimação tem efeitos positivos na saúde mental, que estão diretamente ligados ao bem-estar cardiovascular. “Os animais promovem sensação de pertencimento e conexão, fundamentais para reduzir a ansiedade e o isolamento social. Ambos são fatores de risco para doenças cardíacas”, destaca o cardiologista.

Uma pesquisa publicada em revista científica da American Heart Association com mil participantes apontou que 95% dos tutores relataram alívio do estresse ao interagir com seus pets. Atividades simples, como ouvir o ronronar de um gato ou ser recebido de forma afetuosa por um cão, oferecem grande conforto. Além disso, os pets podem facilitar interações sociais, ampliando as redes de apoio.

Parceria para a humanização do atendimento

Reconhecendo os benefícios terapêuticos dos animais, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, desde março de 2024, promove visitas terapêuticas de cães em parceria com a ONG Patas Therapeutas.

Parte do Programa de Voluntariado, a iniciativa visa oferecer conforto emocional e humanizar o ambiente hospitalar, trazendo momentos de acolhimento para pacientes e familiares.

“As visitas dos cães terapeutas têm sido uma experiência enriquecedora tanto para os pacientes quanto para a equipe médica. Observamos melhorias no humor, redução dos níveis de estresse e até mesmo uma adesão mais positiva aos tratamentos”, conta o médico.

As visitas ocorrem mensalmente, seguindo critérios rigorosos de segurança, como autorização médica, a não presença de pacientes em isolamento ou com lesões cutâneas não protegidas, além da higienização do ambiente antes e após cada visita.

Riscos e cuidados

Apesar dos inúmeros benefícios, alguns cuidados são indispensáveis. O Dr. Rafael Amorim ressalta a importância da higiene e alerta sobre o impacto de dividir a cama com os pets: “O sono é fundamental para a saúde cardíaca. Dormir com o animal pode comprometer a qualidade do descanso e, por consequência, afetar o sistema cardiovascular. É importante que os animais tenham seu próprio espaço para dormir.” Além disso, é essencial manter as vacinas e vermifugações em dia para evitar zoonoses.

Indivíduos com alergias ou sistema imunológico fragilizado devem consultar um médico antes de adotar um animal. “Ter um pet é uma decisão que exige planejamento, considerando tanto os benefícios quanto as responsabilidades”, conclui o cardiologista.

Para o Dr. Rafael Amorim, incorporar um pet à rotina pode ser uma estratégia valiosa para melhorar a saúde do coração. “Ter um pet é um incentivo natural para adotar um estilo de vida mais saudável, seja por meio da atividade física, do conforto emocional ou da socialização. Mas é essencial equilibrar os cuidados com o animal e as próprias necessidades de saúde.”

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