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Viva Brasília

Número de homicídios diminui em 2016, diz Secretaria de Segurança

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O número de homicídios no Distrito Federal em março deste ano caiu 22,6% em comparação com o mesmo período de 2015. Foram 41 registros, 12 a menos que no ano passado. O índice do terceiro mês de 2016 também foi o menor desde janeiro, quando houve 78 ocorrências. Em fevereiro, foram 48. Os dados referentes ao balanço do programa Viva Brasília — Nosso Pacto pela Vida foram divulgados nesta terça-feira (12) durante coletiva das forças de segurança pública.

Se levado em conta o ano retrasado, quando ainda não existia o Viva Brasília, a queda é ainda mais expressiva e alcança a marca de 38%. Em março de 2014, foram registados 64 homicídios contra 53 em 2015 e 41 em 2016.

As tentativas de homicídio caíram 2,3% nos três primeiros meses do ano, e o número de crimes contra o patrimônio, como furtos de veículos, teve redução de 21,7% quando comparado a março do ano passado.

Balanço
No acumulado do ano, os roubos em comércio caíram 0,7%. Apesar de o aumento ser de 5,7% em relação a março do ano passado, este é o terceiro mês consecutivo de 2016 em que há redução em números absolutos — 324 em janeiro, 252 em fevereiro e 242 em março.

Nesse caso, se comparados os meses de março desde 2014, houve redução de mais de 50%. No ano retrasado, foram 488 roubos em comércio no Distrito Federal contra 229 em 2015 e 242 em 2016. “Do ponto de vista técnico e estatístico, o número manteve-se estável”, explicou a secretária da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar Araújo.

O mesmo ocorreu com roubos em veículos: 750 em 2014 e 466 nos dois anos seguintes. “Estamos trabalhando desde outubro com lupa em cima de alguns tipos de crime contra o patrimônio e conseguimos evitar o crescimento de parte deles”, detalhou a secretária. Segundo ela, um dos principais desafios da pasta agora é conter os roubos a pedestres, que representam mais de 70% dos crimes contra o patrimônio.

Segundo Márcia, os roubos a pedestres são crimes migratórios e, por isso, é difícil contê-los. “Não existe lugar ou hora marcada”, esclareceu. Por isso, estão sendo reforçadas as abordagens policiais com militares a cavalo, em moto ou a pé. Além disso, a pasta articula ações com as forças de segurança do Entorno. “Temos percebido a participação de pessoas desempregadas, menores de idade e não residentes no DF. Vamos diagnosticar esses aspectos para traçar o planejamento.” A expectativa é que, no fim do próximo trimestre, as medidas adotadas resultem na estabilização dessa natureza de crime. Em março de 2016, foram 3.733 casos, contra 3.011 no mesmo período de 2015.

Com 266 registros no acumulado do ano, os roubos a residência também aumentaram quando comparados a 2015 (177). A prática representa 2,03% do total de crimes contra o patrimônio. Além disso, tiveram acréscimo os números de roubos a coletivo — 158 em março de 2015 e 236 no mesmo mês deste ano.

Trânsito
Foram registradas em março deste ano 26 mortes no trânsito, 7% a menos que no mesmo período do ano passado. Se consideradas apenas as vias urbanas, a queda é de 42%. A diminuição no índice, segundo o diretor-geral do Departamento de Trânsito (Detran-DF), Jayme Amorim de Souza, deve-se a medidas educativas e a operações.

Só em março deste ano, o Detran fez 41 cursos e palestras em instituições públicas e privadas, com público total de 14.308 pessoas. Para receber as capacitações, os estabelecimentos entram em contato com o departamento e solicitam a visita. Ainda ocorreram 132 blitze, e 510 condutores foram autuados por alcoolemia, sendo que 165 acabaram conduzidos à delegacia.

Grandes eventos
A Polícia Militar atuou no mês de março em cinco grandes manifestações, que reuniram 170 mil pessoas, além de jogos de futebol e desocupações de áreas públicas. Foram atendidas 21.811 ocorrências e apreendidas 148 armas de fogo. “Esse é um dado de extrema relevância, uma vez que mais de 70% dos homicídios no DF são praticados com armas de fogo”, detalhou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcos Antônio Nunes de Oliveira.

Também estiveram na apresentação do balanço o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Hamilton Santos Esteves Junior; o diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba; o subsecretário do Sistema Penitenciário da pasta da Segurança Pública, Anderson Espíndola; o subsecretário da Defesa Civil, coronel Sérgio Bezerra, e a diretora-executiva da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso, Vera Lúcia Santana Araújo.

Acesse a íntegra da apresentação.

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Maio Laranja

Sejus-DF intensifica combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes

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Maio Laranja Sejus-DF
Foto/Imagem: Jhonatan Vieira/Sejus-DF

Com um esforço contínuo na promoção de políticas públicas de proteção, a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) realiza, ao longo de maio, uma série de ações da campanha Maio Laranja, dedicada ao combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. As atividades são conduzidas pela Subsecretaria de Políticas para Crianças e Adolescentes (Subpca), e abrangem escolas, espaços públicos e equipamentos da rede de proteção social do DF.

Um dos principais eventos da programação é o encontro “Proteger é nosso dever: Cuidar, nossa missão”, que será realizado no dia 22, às 18h30, no Cine Brasília, com a expectativa de reunir mais de 600 pessoas, entre autoridades, conselheiros tutelares, profissionais da rede e representantes da sociedade civil. Na ocasião, será exibido o premiado longa-metragem “Manas”, da cineasta Marianna Brennand. O filme aborda de forma sensível e impactante a realidade de meninas em situação de vulnerabilidade social no agreste pernambucano, com foco em temas como violência, sororidade e resistência. Após a sessão, haverá um cine-debate com a presença da diretora e mediação da secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.

A campanha Maio Laranja também prevê a realização ao longo do mês de palestras educativas, promovidas pelo Centro Integrado 18 de Maio – unidade referência no atendimento às vítimas de violência sexual infantojuvenil, vinculada à Sejus. As atividades acontecerão em 12 escolas de diversas regiões administrativas do DF, com o objetivo de orientar estudantes, professores e famílias sobre os sinais da violência e os caminhos de denúncia e acolhimento.

Mobilização nas ruas reforça a conscientização

No dia 15 de maio, será realizado o Dia D de combate ao abuso sexual infantojuvenil, com ações intensificadas em todo o DF, incluindo blitze educativas em pontos estratégicos e no posto da PRF em Santa Maria, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF). Por todo o mês de maio, outras abordagens também estão previstas nas ruas para reforçar a divulgação dos canais de denúncia e dos serviços oferecidos pela Sejus.

“A violência sexual contra crianças e adolescentes é uma das formas mais cruéis de violação de direitos, e precisamos enfrentá-la com firmeza e empatia. O Maio Laranja é um momento de intensificarmos esse combate, mas esse é um trabalho que realizamos o ano inteiro. Proteger a infância é responsabilidade de todos”, afirma a secretária Marcela Passamani.

Proteção integral como política permanente

A atuação da Sejus em defesa dos direitos da infância vai além da campanha Maio Laranja. O Centro Integrado 18 de Maio, localizado na Asa Sul, na SQS 307, é um dos pilares dessa política. No local, crianças e adolescentes vítimas de violência sexual recebem atendimento humanizado, com escuta especializada, apoio psicológico, social e orientação jurídica, sempre com foco na redução de danos e na proteção integral.

Outro instrumento essencial é o Cisdeca – Canal de Comunicação e Apoio ao Sistema de Garantia de Direitos –, que atua como elo entre os conselhos tutelares, o Ministério Público, o Judiciário e os serviços públicos. O contato pode ser feito em qualquer dia e horário pelo telefone 125, de forma gratuita.

A Sejus também investe na capacitação permanente de conselheiros tutelares e demais profissionais da rede, garantindo preparo técnico e suporte institucional para atuar em situações de risco. Atualmente, o DF conta com 44 conselhos tutelares, cuja gestão administrativa é de responsabilidade da Secretaria.

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Até 9 de junho

Inscrições abertas para o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

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Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2025
Foto/Imagem: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Na edição comemorativa de 60 anos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emílio Salles Gomes, a mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país volta a ser realizada em setembro, com formato ampliado: serão nove dias de programação, com a inclusão de um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília.

O anúncio das novidades para o 58º Festival de Brasília foi feito nesta terça-feira (6), durante coletiva de imprensa no hall do Cine Brasília, ocasião que também marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens nacionais para a seleção oficial do evento. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do Festival até 9 de junho.

A edição de 60 anos celebra a resiliência do festival, que se mantém como referência nacional, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e presidente do evento, Claudio Abrantes. “Nem a ditadura nem a pandemia conseguiram parar o Festival”, destacou, ao lembrar que as edições de 1972, 1973 e 1974 não foram realizadas por conta do regime militar.

Uma das principais mudanças nesta edição é o retorno ao mês de setembro. “É o período em que o Festival sempre aconteceu, com ipês floridos e sem chuvas. Do ponto de vista técnico, temos certeza de que o evento retoma o protagonismo que nunca deveria ter perdido entre os grandes festivais do país”, afirmou Abrantes.

Para Sara Rocha, coordenadora-geral do Festival, essa retomada só foi possível graças ao edital trianual que garantiu orçamento para as edições de 2024, 2025 e 2026: “O retorno a setembro é fundamental para o posicionamento estratégico do Festival no calendário nacional, e foi viabilizado pelo trabalho continuado ao longo desses três anos”.

Neste ano, o evento terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana. Com isso, haverá mais exibições, oficinas e atividades culturais em diversas regiões do Distrito Federal, além das sessões no Cine Brasília.

Desde o ano passado, o Banco de Brasília (BRB) é o patrocinador master do Festival, o que também possibilitou a ampliação de formato e estrutura. “Foi o maior investimento já feito pelo banco no Festival, com foco na valorização das produções cinematográficas”, afirmou o gerente de patrocínios do BRB, João Eduardo Silveira.

Mostra Brasília

A Mostra Brasília também será ampliada, com mais dias de competição, maior número de filmes e aumento no valor dos prêmios. Serão exibidos dez curtas e cinco longas no decorrer de cinco dias. O valor total dos prêmios passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil. O edital específico será lançado ainda nesta semana, mas as inscrições já estão abertas no site oficial do Festival.

Além das exibições e mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília contará com a sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com a presença de players nacionais e internacionais do setor audiovisual. Também será realizada, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional do Audiovisual – fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, com participação do público.

A programação completa do Festival será divulgada em 20 de agosto.

Cine Brasília

A estrutura do Cine Brasília será novamente ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates. O anexo previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, que deve consolidar essa expansão de forma permanente, está em fase de viabilização. O edital para a construção será lançado nas próximas semanas.

“Essa área externa já é muito utilizada, mas agora é hora de consolidar esse espaço com salas menores de cinema e uma cinemateca que abrigue acervos de grandes nomes do cinema brasiliense, como o homenageado da sala, Vladimir Carvalho”, reforçou Claudio Abrantes. Ele também anunciou o lançamento de licitação para aquisição de um projetor 4K para o Cine Brasília.

Mostra 60 Anos do Festival

Como parte das comemorações pelos 60 anos do Festival, o Cine Brasília realiza, desta terça (6) até domingo (11), sempre às 18h, a mostra especial 1 Filme por Década, com entrada franca.

A seleção reúne seis filmes emblemáticos premiados com o Troféu Candango de Melhor Filme. Veja abaixo.

  • Todas as Mulheres do Mundo(1966), de Domingos de Oliveira
  • Nunca Fomos tão Felizes (1984), de Murilo Salles
  • Que Bom te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat
  • Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis
  • É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert
  • Temporada (2018), de André Novais de Oliveira
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