Entrada franca
Museu Correios recebe a Mostra Novo Cinema Indiano, de 20 a 30 de outubro

O Museu Correios apresenta a Mostra Novo Cinema Indiano, de 20 a 30 de outubro de 2016. A programação, inédita no Brasil, apresenta 10 filmes em 15 sessões, com curadoria de Carina Bini e Shankar Mohan e patrocínio dos Correios, realização do Governo Federal e Ministério da Cultura por meio da Lei de Incentivo à Cultura.
A Índia está entre os cinco maiores polos produtores e consumidores de cinema do mundo. Dados no Ministério da Informação e Difusão indiano apontam que até o final de 2016 terão sido realizados quase 2 mil filmes no país. Anualmente, as bilheterias somam algo em torno de US$ 2,25 bilhões. Apenas uma fração desses filmes é exibida internacionalmente. E parte dessa recente produção cinematográfica da Índia poderá ser conferida em Brasília entre 20 e 30 de outubro, de graça, no Museu Correios, dentro da Mostra Novo Cinema Indiano.
A programação contará com 10 filmes lançados a partir de 2013, todos inéditos no Brasil, com foco no “Novo Cinema” indiano, como tem sido chamado o estilo praticado nos longas-metragens produzidos por jovens realizadores que buscam narrativas menos convencionais dentro da cinematografia do país. São filmes ao mesmo tempo reflexivos e de apelo popular, que transitam entre os festivais internacionais de cinema de autor e o grande público, estabelecendo um verdadeiro contraponto ao estereótipo associado à indústria de Bollywood.
Esses filmes apresentam um retrato contemporâneo da Índia, nação multifacetada de estrutura social complexa que tenta alinhar tradição e modernidade. E o cinema é um forte elemento que compõe esse espectro social e cultural, visto que os indianos consomem seus próprios filmes há décadas. O cinema indiano leva para suas salas de cinema (estimadas em 13 mil distribuídas em seu território) as histórias, desejos e aflições de seu povo, construindo um imaginário de forte influência para os padrões sociais do país.
As produções presentes na Mostra Novo Cinema Indiano foram realizadas em sete regiões da Índia, consequentemente, são filmes falados em sete de suas 18 línguas oficiais. Representados na programação estão desde longas-metragens feitos na remota região de Assam, nordeste do país, onde se fala a língua Bodo, até filmes dos estados de Tamil Nadu e Kerala, na região sul, a responsável por 50% da produção de filmes indianos.
Entre os destaques da mostra estão filmes como O julgamento, de Chaitanya Tamhane, drama que questiona o sistema judiciário indiano e foi premiado no Festival de Veneza; Ilha de Munroe, dirigido por Manu, que aborda o conflito de gerações na Índia dos dias de hoje (prêmio para melhor diretor estreante no John Abraham Award); Projetista, de Kaushik Ganguly, que traz a história de um homem e sua luta pela sobrevivência de um cinema de rua na Índia voltado para exibição de filmes em película; Ovo do corvo, assinado por M. Manikandan, que narra as aventuras de dois meninos que sonham em conseguir dinheiro para comprar uma pizza (premiado como Melhor Filme Infantil e Melhor Ator no Indian National Awards); e Armadilha, com direção de Jayraj, uma adaptação de texto de Anton Chekhov que mostra o protagonista recomeçando sua vida após a morte dos pais (vencedor do Urso de Cristal em Berlim 2016).
Em 20 de outubro, a sessão de abertura da mostra (com o filme Armadilha), será antecedida, a partir das 19h, de coquetel temático oferecido pela Embaixada da Índia, além de um concerto de música clássica indiana, às 20h, com os músicos André Luiz Oliveira (sitar) e Marcelo Mahavana (tabla). No dia 29, às 16h, será realizada a palestra “O cinema e a mitologia indiana”, com Jonas Masetti, do Instituto Vishva Vidya (Rio de Janeiro) e, às 19h, apresentação de dança clássica indiana com Iara Ananda, da Escola Natyalaya (SP).
A curadoria da mostra é uma parceria entra a brasileira Carina Bini e o indiano Shankar Mohan. Desde 1997, Carina passa temporadas na Índia estudando o cinema e a cultura do país. Diretora geral do Festival Internacional Cinema e Transcendência, ela produziu mostras como a BHAVA: Universo do Cinema Indiano (CCBB Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo – 2011 e 2012), maior mostra de cinema indiano já realizada no Brasil, e a Mostra Cem Anos do Cinema Indiano (2014), para o Museu Correios Brasília.
Sobre a seleção de filmes, Carina comenta: “Quando observamos o cinema indiano indo além de Bollywood, percebemos a diversidade de histórias e a pluralidade de maneiras como elas são contadas, vindas das várias Índias que existem naquele subcontinente tão rico culturalmente”.
Formado em cinema, Shankar Mohan trabalhou na área por quase 40 anos. Recentemente, aposentou-se como Chefe e Diretor do Departamento de Cinema do Governo da Índia. Antes disso, dirigiu o Festival Internacional de Cinema da Índia, em Goa (festival de cinema oficial do país) e foi diretor do Instituto Satyajit Ray Film & TV, em Calcutá. Atualmente, ele ensina, escreve e discursa sobre cinema, além de viajar para outros festivais internacionais. “Cada filme desta mostra foi selecionado baseado em sua capacidade de representar e iluminar seus diretores, atores, tradições culturais e as preocupações sociais que estão atualmente moldando o curso do cinema indiano. E a cada ano, o cenário em constante mudança no contexto indiano traz diferentes gêneros de filmes e cineastas”, afirma Mohan. “Esperamos sinceramente que vocês desfrutem desta seleção de filmes realizados nos últimos anos, que reflete a rica e diversa tapeçaria de uma terra distante – e de seu povo – chamada Índia!”
Mostra Novo Cinema Indiano
Sessão de abertura: 20 de outubro (quinta-feira), às 19h30
Programação: De 20 a 30 de outubro de 2016, de terça a domingo
Local: auditório do Museu Correios (SCS – Setor Comercial Sul, Quadra 4, Bloco A, nº 256, Ed. Apolo) – Informações: (61) 2141-9276.
Consulte a classificação indicativa de cada filme
Acesso para pessoas com necessidades especiais
Entrada franca
Programação
20 de outubro (quinta-feira), às 20h: concerto de música clássica indiana com André Luiz Oliveira (sitar) e Marcelo Mahavana (tabla)
Às 20h30: sessão de abertura: O julgamento (Court)
Direção: Chaitanya Tamhane. 2014, 116 min, 12 anos
21 de outubro (sexta-feira), às 19h30
Armadilha (Ottaal)
Direção: Jayraj. 2015, 81 min, 12 anos
22 de outubro (sábado), às 16h30
Geragalu
Direção: Nikhil Manjoo. 205, 90 min, livre
22 de outubro (sábado), às 19h
Ilha de Munroe (MundroThuruth)
Direção: Manu. 2015, 92 min, 12 anos
23 de outubro (domingo), às 16h
Ovo do corvo (Kaaka Muttai)
Direção: M. Manikandan. 2014, 109 min, livre
23 de outubro (domingo), às 18h30
O fabricante de caixão (The coffin maker)
Direção: Veena Bakshi. 2013, 123 min, livre
25 de outubro (terça-feira), às 19h30
Sohra Bridge
Direção: Bappaditya. 2016, 104 min, 12 anos
26 de outubro (quarta-feira), às 19h30
O julgamento (Court)
Direção: Chaitanya Tamhane. 2014, 116 min, 12 anos
27 de outubro (quinta-feira), às 14h
Sessão Escola: Ovo do corvo (Kaaka Muttai)
Direção: M. Manikandan. 2014, 109 min, livre
27 de outubro (quinta-feira), às 19h30
Ilha de Munroe (MundroThuruth)
Direção: Manu. 2015, 92 min, 12 anos
28 de outubro (sexta-feira), às 19h30
Punhalada no coração (Katyar Kaljat Ghusali)
Direção: Subodh Bhave. 2015, 161 mim, livre
29 de outubro (sábado), às 14h
Ovo do corvo (Kaaka Muttai)
Direção: M. Manikandan. 2014, 109 min, livre
Às 16h: palestra “O cinema e a mitologia indiana”, com Jonas Masetti (Instituto Vishva Vidya-RJ)
Às 19h: apresentação de dança clássica indiana com Iara Ananda (Escola Natyalaya-SP)
Às 20h30
Armadilha (Ottaal)
Direção: Jayraj. 2015, 81 min, 12 anos
30 de outubro (domingo), às 16h
A menina e a coruja (Dau Huduni Methai)
Direção: Manju Bohra. 2015, 78 min, livre
30 de outubro (domingo), às 18h30
Projetista (Cinemawala)
Direção: Kaushik Ganguly. 2016, 105 min, livre
Filmes
O julgamento (Court)
Direção: Chaitanya Tamhane. 2014, 116 min, 12 anos. Região/Língua: Maharashtra/Marathi
O filme examina o sistema judiciário indiano através do julgamento de um cantor popular envelhecendo em sessões num tribunal em Mumbai.
Chaitanya Tamhane é um roteirista e diretor iniciante que despontou no cenário indiano.
Entre os 15 prêmios do filme, destacam-se: Festival de Veneza 2014, premiado com Fipresci Award; vencedor do prêmio Grand Prix no Auteur Film Festival 2014; Prêmio de Melhor Filme e Melhor Diretor no Mumbai Festival 2014; Melhor Filme e Melhor Diretor no Singapore International Film Festival 2014; Prêmio New Talent no Hong Kong Asian Film Festival. Foi o indicado da Índia para concorrer a uma vaga ao Oscar de melhor filme internacional em 2016. O filme está sendo distribuído internacionalmente pela Memento Filmes – França.
Projetista (Cinemawala)
Direção: Kaushik Ganguly. 2015, 105 min, livre. Região/Língua: Bangala/Bengali
Um projetista de filmes aposentado se esforça para evitar que seu cinema seja demolido. O tema do filme é um tributo às salas individuais de cinema com projeção em película que estão rapidamente se tornando raras na Índia, ultrapassadas pelo avanço da tecnologia digital.
Kaushik Ganguly é diretor, roteirista e ator do Cinema de Bengali. Ele é conhecido por abordar temas de sexualidade, como relacionamentos lésbico e transexuais. Ganhou o prêmio de melhor diretor no 44º Festival Internacional de Cinema da Índia.
Trajetória do filme: Seleção oficial para o Festival Internacional de Cinema da Índia; participou de vários festivais do país.
Ilha de Munroe (MundroThuruth)
Direção: Manu. 2015, 92 min, 12 anos. Região/Língua: Kerala/Malayalam
Adolescente rebelde, mas amoroso, Keshu e seu pai chegam à casa de seus ancestrais na Ilha de Munroe, onde o avô vive com Kathu, a empregada. O pai quer levar Keshu para um tratamento psicológico adequado, mas o avô, que está convencido de que seu filho está sempre errado, não suporta a ideia. Apesar das advertências graves, ele quer que seu neto fique na ilha e literalmente planejar seu futuro. O pai volta e o avô, que anseia desesperadamente por um herdeiro verdadeiro e capaz, tenta desenvolver uma intimidade genuína com Keshu, dando-lhe mais espaço livre. Mas, o espaço que ele pode se dar ao luxo de lhe dar prova ser muito pequeno, quando Keshu simplesmente define liberdade a limites extremos e insuportáveis.
O diretor Manu sempre atua no meio cinematográfico desde os tempos de escola. Ao completar a faculdade de Filosofia na Universidade de Kerala, voltou-se para o jornalismo, trabalhando como editor, colunista e crítico de filmes em diferentes jornais. Finalmente voltou para o cinema como roteirista e assistente de documentários e filmes para TV.
Trajetória do filme: participou da seleção oficial do IFFK (International Filme Festival of Kerala – 2016) e do Jio Mami (Mumbai International Film Festival), um dos festivais mais prestigiados do país. Recebeu o prêmio nacional de melhor filme no prestigiado Aravindam Memorial Award, e ainda o prêmio John Abraham Award, como melhor diretor estreante e melhor filme na língua malayalam.
Geragalu
Direção: Nikhil Manjoo. 2015, 90 min, livre. Região/Língua: Karnataka/Kannada
O filme narra a história do artista clássico Yakshagana – cujo enorme sucesso, prêmios e nomeações lhe subiram à cabeça. A vida de Gaffur Khan não é totalmente um mar de rosas. Ele não consegue digerir seu sucesso e, em vez disso, torna-se um incômodo para a família e a sociedade. No fim das contas, é seu próprio neto que vem como um instrumento em sua vida e traz mudanças. Aqui, Gaffur Khan e seu neto, mostram que a vida só pode ser compreendida para trás e vivida para a frente.
Nikhil Manjoo estudou Psicologia, mas encontrou sua paixão na direção, inicialmente na atividade teatral e produção para TV, depois no cinema. Ganhou vários prêmios e medalhas de ouro em festivais nacionais e internacionais. É ator de cinema, recebeu várias premiações importantes no país.
Trajetória do filme: participou da seleção oficial do 46º IFFI (International Filme Festival of India), um dos mais importantes festivais do país.
Ovo do corvo (Kaaka Muttai)
Direção: M. Manikandan. 2014, 109 min, livre. Região/Língua: Tamil Nadu/Tamil
Quando uma pizzaria é aberta em um antigo parquinho, dois meninos pobres são consumidos pelo desejo de saborear este novo prato sofisticado. Percebendo que uma pizza custa mais do que a renda mensal de sua família, eles começam a planejar maneiras de ganhar mais dinheiro – começando inadvertidamente uma aventura que irá envolver toda a cidade.
M. Manikandan é um cineasta indiano, escritor e diretor que trabalha em Tamil. Ele começou a carreira como assistente de fotografia. Fez sua estreia na direção com o curta-metragem Vento (2010), depois em longa-metragem com Kaaka Muttai, que ganhou o Prêmio Nacional de Cinema de Melhor Filme Infantil em 2015.
Trajetória do filme: National Film Award 2015: Melhor Filme Infantil e Melhor Ator Mirim; Filmfare Award para Melhor filme na língua Tamil; Seleção Oficial do Festival de Toronto – 2015. Distribuição Internacional da Fox Films India.
O fabricante de caixão (The coffin maker)
Direção: Veena Bakshi. 2013, 123 min, livre. Região/Língua: Goa/ Konkani-Inglês
Filmado numa pequena aldeia de Goa, o filme conta a história de Anton Gomes, que vem de uma família de carpinteiros tradicionais que passam a fabricar caixões quando as circunstâncias difíceis os deixam sem emprego e dinheiro. Anton passa a ficar pessimista e desiludido. Até que um dia, a morte desafia sua vida. A história se passa no interior de Goa, mostrando com autenticidade uma sociedade que preserva suas tradições.
Veena Bakshi começou sua carreira como assistente de famosos publicitários. Depois abriu sua própria agência, realizando – como produtora ou diretora – mais de 300 filmes publicitários. O fabricante de caixões é seu primeiro longa-metragem.
Trajetória do filme: National Film Award 2013 para Melhor Filme da Língua Inglesa.
Sohra Bridge
Direção: Bappaditya. 2015, 104 min, 12 anos. Região/Língua: Bangala/ Bengoli
O filme narra a história de uma jovem mulher em viagem pelo nordeste da Índia à procura do pai. Logo, ela se vê em um complexo labirinto da memória e imaginação. O filme evoca uma realidade mágica, onde o real abre caminho para o surreal, do massacre à poesia, da memória para o imaginário e vice-versa.
Bandopadhyay (1970-2015) foi um cineasta e poeta indiano. Seu filme Kantatar ganhou o Prêmio NETPAC no Festival de Cinemas da Ásia e na França. Muitos de seus filmes foram apresentados em vários festivais internacionais de cinema.
Trajetória do filme: participou da seleção oficial do 46º IFFI (International Filme Festival of India), um dos mais importantes festivais do país.
Armadilha (Ottaal)
Direção: Jayaraj. 2015, 81 min, 12 anos. Região/Língua: Kerala/Malayalam
O filme é uma adaptação de uma das obras atemporais de Anton Chekhov, Vanka. Kuttappayi, um jovem rapaz, encontra-se triste e desesperado quando começa a escrever uma carta para o avô em um lugar sombrio e escuro. As recordações de Kuttappayi nos levam aos locais pitorescos de Kuttanad, onde Kuttappayi e seu avô, Valiyappachayi, estão chegando com seus patos. A aldeia é muito agradável, mas o motivo que o leva até lá é a morte de seus queridos pais. Com esperança e liberdade, ele está prestes a começar sua nova vida entre o carteiro da aldeia sem cartas, o cão sem nome, o rapaz rico, Tintu e muitos outros.
Jayaraj Rajasekharan Nair é um cineasta indiano aclamado pela crítica. Tendo uma pós-graduação em Eletrônica e Telecomunicações, o interesse em filmes levou sua vida em uma nova direção e, em 1986, ele finalmente conhece seu mentor, um dos cineastas mais famosos da Índia, Bharathan. Impressionado com o interesse do rapaz de 26 anos, ele fez de Jayaraj seu assistente de direção no filme Chilambu. Sua colaboração continuaria em mais seis filmes, incluindo Vaishali, em 1988. Dois anos mais tarde, Jayaraj faria sua estreia na direção com Vidyarambham. Ele ganhou o Urso de Cristal em Berlim 2016 pelo filmeArmadilha. É o único diretor a ganhar tanto o Pavão Dourado e o Corvo Dourado no Festival Internacional de Cinema da Índia e no Festival Internacional de Cinema de Kerala, respectivamente. Ao longo dos anos, ele produziu 37 filmes em várias línguas indianas, incluindo Malayalam, Hindi, Tamil e Telugu. Seu filme Adbutham entrou no Livro Limca of Records por concluir a filmagem em duas horas e 14 minutos, o filme mais rápido com o recurso de uma única câmera. Seu filme The train, de 2011, também é recordista por ser um filme onde a conversa de todos os seus personagens são via telefone.
Trajetória do filme: Urso de Cristal de melhor filme no Festival de Berlim 2016; Kerala State Film Award – Melhor Filme; National Filme Award – Melhor Roteiro; National Filme Award – Melhor Filme Ambiental.
Punhalada no coração (Katyar Kaljat Ghusali)
Direção: Subodh Bhave. 2015, 161 min, livre. Região/Língua: Maharashtra/Marathi
Por que a garganta está localizada equidistante entre o cérebro e o coração? O que levou a Providência a colocar a voz entre o intelecto e a emoção? Este musical tenta explorar exatamente o tema do ego, através da história do cantor Sadashiv e seus dois gurus – Panditji e Khasaheb.
Subodh Bhave tem uma longa carreira com filmes e seriados para a TV, para o cinema, filmes comerciais, teatro e documentários. Ganhou sete prêmios e 15 indicações.
Trajetória do filme: participou da seleção oficial do 46º IFFI (International Filme Festival of India), um dos mais importantes festivais do país. Distribuição Nacional com bilheteria de 5,9 milhões de dólares.
A menina e a coruja (Dau Huduni Methai)
Direção: Manju Bohra. 2015, 78 min, livre. Região/Língua: Assam/Bodo
Fatalidades e insurgências têm crescido a um número alarmante na região nordeste da Índia ao longo dos últimos 35 anos. Perto de 40 mil pessoas perderam suas vidas em distúrbios de violência comunal e de organizações militantes. E é neste contexto que o filme relata os efeitos da insurgência e contra-insurgência em pessoas comuns através da perspectiva de Raimali, uma jovem vítima de estupro. Quando ela encontra-se em uma casa abandonada, recorda como separatistas marcaram sua vida, a de seu namorado e de suas famílias, contrastando sua natureza intrusiva com o folclore indígena e a imutabilidade da paisagem Assamese.
Nascida em Assam, no nordeste da Índia, Manju Borah explora em seus filmes a cultura de sua região e seu impacto na sociedade. O primeiro longa-metragem da diretora, Baibhab (“O golpe”, em Verso), foi lançado em 1999. O filme ganhou a Menção Especial no 47º Festival Nacional de Cinema, 2000, e foi nomeado o melhor filme na Ásia no 6º Dhaka International Film Festival, 2000. Ela também foi a ganhadora do prêmio Gollapudi Srinivas de Melhor Diretora Estreante em 1999. Seu filme mais recente é Dau Huduni methai (A menina e a coruja), selecionado para o Montreal World Film Festival de 2015. Foi ganhadora do Prêmio Mulheres de Excelência pela FICCI pela excepcional contribuição na área de Filmes & Empreendedorismo no ano de 2009.
Trajetória do filme: participou da seleção oficial do 46º IFFI (International Filme Festival of India), um dos mais importantes festivais do país. Seleção Oficial do Festival de Montreal 2015.

Até 9 de junho
Inscrições abertas para o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Na edição comemorativa de 60 anos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emílio Salles Gomes, a mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país volta a ser realizada em setembro, com formato ampliado: serão nove dias de programação, com a inclusão de um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília.
O anúncio das novidades para o 58º Festival de Brasília foi feito nesta terça-feira (6), durante coletiva de imprensa no hall do Cine Brasília, ocasião que também marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens nacionais para a seleção oficial do evento. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do Festival até 9 de junho.
A edição de 60 anos celebra a resiliência do festival, que se mantém como referência nacional, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e presidente do evento, Claudio Abrantes. “Nem a ditadura nem a pandemia conseguiram parar o Festival”, destacou, ao lembrar que as edições de 1972, 1973 e 1974 não foram realizadas por conta do regime militar.
Uma das principais mudanças nesta edição é o retorno ao mês de setembro. “É o período em que o Festival sempre aconteceu, com ipês floridos e sem chuvas. Do ponto de vista técnico, temos certeza de que o evento retoma o protagonismo que nunca deveria ter perdido entre os grandes festivais do país”, afirmou Abrantes.
Para Sara Rocha, coordenadora-geral do Festival, essa retomada só foi possível graças ao edital trianual que garantiu orçamento para as edições de 2024, 2025 e 2026: “O retorno a setembro é fundamental para o posicionamento estratégico do Festival no calendário nacional, e foi viabilizado pelo trabalho continuado ao longo desses três anos”.
Neste ano, o evento terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana. Com isso, haverá mais exibições, oficinas e atividades culturais em diversas regiões do Distrito Federal, além das sessões no Cine Brasília.
Desde o ano passado, o Banco de Brasília (BRB) é o patrocinador master do Festival, o que também possibilitou a ampliação de formato e estrutura. “Foi o maior investimento já feito pelo banco no Festival, com foco na valorização das produções cinematográficas”, afirmou o gerente de patrocínios do BRB, João Eduardo Silveira.
Mostra Brasília
A Mostra Brasília também será ampliada, com mais dias de competição, maior número de filmes e aumento no valor dos prêmios. Serão exibidos dez curtas e cinco longas no decorrer de cinco dias. O valor total dos prêmios passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil. O edital específico será lançado ainda nesta semana, mas as inscrições já estão abertas no site oficial do Festival.
Além das exibições e mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília contará com a sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com a presença de players nacionais e internacionais do setor audiovisual. Também será realizada, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional do Audiovisual – fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, com participação do público.
A programação completa do Festival será divulgada em 20 de agosto.
Cine Brasília
A estrutura do Cine Brasília será novamente ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates. O anexo previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, que deve consolidar essa expansão de forma permanente, está em fase de viabilização. O edital para a construção será lançado nas próximas semanas.
“Essa área externa já é muito utilizada, mas agora é hora de consolidar esse espaço com salas menores de cinema e uma cinemateca que abrigue acervos de grandes nomes do cinema brasiliense, como o homenageado da sala, Vladimir Carvalho”, reforçou Claudio Abrantes. Ele também anunciou o lançamento de licitação para aquisição de um projetor 4K para o Cine Brasília.
Mostra 60 Anos do Festival
Como parte das comemorações pelos 60 anos do Festival, o Cine Brasília realiza, desta terça (6) até domingo (11), sempre às 18h, a mostra especial 1 Filme por Década, com entrada franca.
A seleção reúne seis filmes emblemáticos premiados com o Troféu Candango de Melhor Filme. Veja abaixo.
- Todas as Mulheres do Mundo(1966), de Domingos de Oliveira
- Nunca Fomos tão Felizes (1984), de Murilo Salles
- Que Bom te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat
- Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis
- É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert
- Temporada (2018), de André Novais de Oliveira
Transporte público
Mulheres com medida protetiva no DF terão acesso ao Passe Livre

Mulheres com medida protetiva e em situação de acolhimento terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal. O anúncio foi feito pelo governador Ibaneis Rocha durante a inauguração do Centro de Referência da Mulher Brasileira, no Recanto das Emas. A medida tem como objetivo facilitar o acesso delas aos serviços da Secretaria da Mulher e a esses centros, especialmente em momentos de vulnerabilidade.
“Determinei que todas as mulheres cadastradas com medidas protetivas, que precisarem do acolhimento da Secretaria da Mulher e das casas da Mulher Brasileira, terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal”, afirmou o governador. “É uma forma de garantir que essas mulheres possam acessar os serviços em um momento que pode ser de reconstrução de suas vidas.”
Além do Passe Livre, a iniciativa prevê o fortalecimento da articulação entre os serviços oferecidos, ampliando a proteção e a autonomia de quem está em situação de violência.
Ibaneis também destacou o papel da bancada federal na viabilização de recursos para obras de acolhimento às mulheres. Segundo ele, parte das verbas para as novas unidades veio de emendas parlamentares, complementadas por orçamento do próprio Governo do Distrito Federal (GDF).
“Não deixamos nenhuma obra parar. Quando os recursos federais não foram suficientes, colocamos dinheiro do nosso orçamento, porque sabemos da importância desses espaços de acolhimento e encaminhamento para as mulheres”, disse o governador, ao agradecer o apoio de senadores e deputados. “O ideal é termos uma Casa da Mulher Brasileira em cada uma das 35 regiões administrativas do DF. Lugares como Sol Nascente e Ceilândia ainda sofrem com altos índices de violência. Precisamos estar mais próximos dessas mulheres”, defendeu Ibaneis.
O modelo atual das casas, segundo o governador, segue um conceito mais descentralizado e acessível. “A proposta é que as unidades estejam próximas de onde as mulheres vivem, para que o acolhimento ocorra no momento em que elas mais precisam, com acesso a psicólogas, orientação jurídica, benefícios como o aluguel social e encaminhamento para o mercado de trabalho.”
Segundo a vice-governadora Celina Leão, a medida é essencial para que os direitos das mulheres possam ser exercidos de forma plena. “Essa determinação do governador Ibaneis é fundamental para garantir que as mulheres possam acessar serviços públicos que são essenciais, especialmente, em momentos de dor e vulnerabilidade. É mais um passo que damos para proteger as nossas mulheres, que precisam contar com o apoio do poder público para saírem de situações de violência”, afirmou Celina.
“Trata-se de uma medida do governador Ibaneis Rocha de grande importância para o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica, garantindo a elas o acesso ao transporte público coletivo em todas as linhas de ônibus e metrô do DF, de forma que possam se deslocar mais facilmente para acessar os serviços públicos de saúde, segurança e assistência que precisarem buscar”, afirma o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves.
De acordo com a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, a medida vai garantir o acesso continuado aos tratamentos ofertados pelas unidades do Distrito Federal: “O atendimento psicossocial oferecido nas nossas unidades não acontece em um dia, ele tem uma sequência ao longo das semanas. Muitas mulheres falavam que não tinham dinheiro para pagar a passagem para dar andamento, porque o tratamento é de no mínimo 12 encontros, então era uma demanda que a gente estava identificando que prejudicava nos atendimentos. Elas começavam participando e depois acabavam abandonando por essa questão. Essa nova medida vem para solucionar esse problema”.
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