Descaso
Metade dos tomógrafos da rede pública de saúde está quebrada

Pacientes que precisam de uma tomografia computadorizada podem contar com apenas metade das máquinas que pertencem à rede pública. Nesta sexta-feira (8), 6 dos 12 tomógrafos do governo estão quebrados. Na maior unidade do DF, o Hospital de Base, os dois aparelhos estão parados há mais de três meses, desde o início de outubro. A capital passou 2015 sem um contrato regular de manutenção dos equipamentos.
Em Taguatinga, Santa Maria, Gama e Samambaia, os tomógrafos dos hospitais regionais também estão inoperantes. A pasta afirma que cada aparelho é capaz de realizar até 60 exames por dia. Com seis deles fora do ar, a rede pública do DF deixa de examinar 360 pacientes por dia, ou 10,8 mil por mês.
Em nota, a Secretaria de Saúde disse que contratou manutenções isoladas para os seis tomógrafos que não estão funcionando, mas ainda “aguarda propostas das empresas” para firmar os contratos de manutenção continuada.
Os contratos permanentes são mais baratos e incluem a revisão periódica das máquinas, que pode identificar falhas ou peças fora da validade antes que o aparelho pare de funcionar. Em 2015, o secretário Fábio Gondim afirmou que as empresas “se recusavam” a firmar esse tipo de acordo até que as dívidas dos contratos anteriores fossem quitadas.
Em outubro, o reparo nos tubos de um tomógrafo do Hospital de Base custou R$ 400 mil, mas a peça quebrou duas semanas depois. A garantia foi acionada e o item foi devolvido. No fim de dezembro, técnicos fizeram outra substituição de peça e descobriram que o componente instalado estava com defeito.
Entre idas e vindas, as duas máquinas do Base estão inoperantes desde outubro. Como as empresas não fabricam esses equipamentos no Brasil, todas as peças precisam ser importadas, o que prolonga os prazos para a manutenção.
O exame de tomografia serve para identificar lesões menores ou anomalias que não podem ser vistas em uma radiografia comum. Ele é mais barato e mais rápido que uma ressonância magnética e ajuda a identificar fraturas, derrames, tumores e problemas em “tecidos moles”.
Faturas pendentes
No início de dezembro, quando apenas três máquinas estavam quebradas, a fila de espera por uma tomografia já chegava a 9.068 pacientes. O dado foi divulgado quando a Secretaria de Saúde reconheceu as dívidas de R$ 2,7 milhões com GE, Philips e Siemens – as empresas fabricantes e responsáveis pela manutenção das máquinas.
Do valor devido às empresas, 88% (R$ 2,4 milhões) correspondem a faturas de 2014, deixadas em aberto pelo ex-governador Agnelo Queiroz. O valor corresponde a 0,0004% dos R$ 6 bilhões investidos na Saúde do DF em 2015, mas só foi garantido às empresas após repasses do governo federal.
A promessa de pagamento às três empresas foi feita no dia 9 de dezembro, com a publicação da dívida em Diário Oficial. Vinte dias depois, apenas a fatura de R$ 1,72 milhões com a Siemens tinha sido quitada. A Secretaria de Saúde dizia “aguardar a conclusão de trâmites burocráticos” para concluir os pagamentos.
Em outubro, o GDF dizia não ter prazo para quitar as dívidas, que precisariam ser inscritas em um cronograma e pagas a partir de julho de 2016. Com a repercussão negativa, o governo voltou atrás e buscou recursos junto à União para regularizar as faturas.
Exceção
Para quitar as faturas relacionadas aos tomógrafos, o GDF teve que abrir uma exceção no cronograma estabelecido anteriormente para as pendências da gestão passada. Em setembro, o GDF publicou decreto informando que só pagaria as dívidas do governo Agnelo a partir de julho de 2016.
“As empresas pequenas acabaram engolindo, mas Philips e GE são multinacionais, não precisam se sujeitar a esse tipo de acordo. O GDF, que é capaz de quebrar a ordem de pagamento para anunciar ‘gestão’, não é capaz de quebrar ordem para resolver a assistência à Saúde”, afirmou ao G1 o promotor de Defesa da Saúde do Ministério Público do DF, Jairo Bisol, em entrevista em novembro. Ele classificou a falta de contratos como “irresponsabilidade”.
Em setembro, a Câmara Legislativa remanejou R$ 352 milhões de emendas parlamentares para reforçar o cofre da Saúde, que tinha déficit alegado de R$ 950 milhões para fechar o ano de 2015. Nenhum centavo foi empregado na quitação de dívidas com as fabricantes de tomógrafos.
Questionado pelo G1, o GDF informou que o repasse da Câmara valeria apenas para este ano. Como essas dívidas tinham sido adiadas, o dinheiro foi empregado “em compra de medicamentos, insumos e materiais, pagamento de salários, horas extras e médicos residentes, pagamento de vigilantes e limpeza em geral e, ainda, com serviços assistenciais e complementares”, segundo o governo.

Auxílio mensal de R$ 150
Novos beneficiários do DF Social têm até 26/03 para abrir conta no BRB

A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) selecionou 2.264 novas famílias beneficiárias do programa DF Social para abrirem a conta no Banco de Brasília (BRB) e terem acesso ao auxílio mensal de R$ 150. Para garantir o recebimento do próximo pagamento, é necessário que o cidadão tenha a conta social (não se trata de uma conta bancária comum) aberta até as 18h do dia 26 deste mês.
Quem que não fizer o procedimento no prazo estabelecido terá que aguardar nova rodada de contemplação. A abertura da conta social deve ser efetuada pelo aplicativo BRB Mobile.
“Para saber se foi contemplado, o cidadão deve fazer a consulta no site do programa e confirmar se está entre os beneficiários”, orienta a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra.
“Não é preciso se cadastrar ou solicitar inclusão no Cras [Centro de Referência de Assistência Social] para fazer parte do DF Social; é preciso ter o Cadastro Único”, prossegue a gestora. “Os contemplados são selecionados automaticamente por esses cadastros e de acordo com critérios do programa.”
No site GDF Social, o cidadão deve acessar o “Consulta DF Social”, informar CPF e data de nascimento do responsável familiar, conforme declarado no Cadastro Único. Após esse procedimento, aparece mensagem na tela informando se a pessoa se encontra ou não na lista de contemplados.
A concessão do benefício do DF Social ocorre mediante disponibilidade orçamentária.
As famílias que deixam de atender aos critérios saem da lista para dar lugar a novos contemplados. Mensalmente, 70 mil famílias em vulnerabilidade social no DF são beneficiadas pela iniciativa do Governo do Distrito Federal (GDF).
O DF Social é o programa de transferência de renda do GDF que concede o valor de R$ 150 mensais a famílias de baixa renda residentes no DF. Têm direito ao benefício os grupos com renda per capita de até meio salário mínimo inscritos no Cadastro Único.
Segunda, 17 de março
Semana começa com 702 oportunidades de emprego no Distrito Federal

As agências do trabalhador do DF disponibilizam, nesta segunda-feira, 17 de março, 702 vagas de emprego para quem busca uma colocação no mercado. Os salários variam entre R$ 1,5 mil e R$ 3 mil, além de benefícios, com oportunidades que exigem diferentes níveis de escolaridade e experiência.
Do total de vagas, três são exclusivas para pessoas com deficiência na área de recepcionista de hospital, além de uma oportunidade de estágio para a função recepcionista atendente.
Dentre as oportunidades que não exigem escolaridade ou experiência comprovada, destacam-se as vagas para carpinteiro, com cinco postos disponíveis para atuação no Sol Nascente, com salários a partir de R$ 2.285. Também estão abertas 10 vagas para o cargo de vendedor pracista, para atuação na Asa Sul.
Além disso, há mais três vagas disponíveis para funções sem requisitos específicos. Uma delas é para empregado doméstico nos serviços gerais, com salário de R$ 1,6 mil. Outra vaga é para empregado doméstico diarista, com remuneração de R$ 170 por dia, para atuação no Sudoeste. Por fim, há uma vaga para pedreiro em Brazlândia, com salário a partir de R$ 2,2 mil.
Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.
Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail [email protected]. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).
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