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Mapa do Caminho das Águas guiará planejamento hídrico para os próximos 4 anos

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Com a responsabilidade de evitar que a crise hídrica chegue ao Distrito Federal e de receber o evento internacional mais importante sobre a água — o Fórum Mundial da Água, em 2018—, o governo preparou um conjunto de ações para lidar com essa questão ambiental.



Iniciativa da Secretaria do Meio Ambiente, com contribuições de setores do governo, o Mapa do Caminho das Águas traça o roteiro de aperfeiçoamento da gestão dos recursos hídricos para os próximos quatro anos.

“O mapa é um roteiro, uma forma de sistematizar as ações estratégicas e os projetos que vão favorecer a gestão da água para que tenhamos o recurso em quantidade e qualidade nos próximos anos”, explica o subsecretário de Água e Clima da pasta, Sérgio Ribeiro.

Na Estação Ecológica de Águas Emendadas, em Planaltina-DF, nasce a Bacia do Tocantins-Araguaia — que escoa no Oceano Atlântico pela Ilha de Marajó (PA) — e a Bacia Platina — que encontra o mesmo oceano pelo Rio da Plata. O fenômeno é raro, segundo o subsecretário: a mesma vereda (tipo de vegetação do Cerrado) de seis quilômetros, repleta de buritis, produz água para as duas bacias, banhando o DF e oito estados, além do Paraguai, da Argentina e do Uruguai.

Estratégia
Para gerenciar bem o potencial hídrico, as estratégicas delineadas no mapa contemplam, entre outras vertentes, a melhoria da qualidade da água, a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologia nos recursos hídricos, o apoio à implementação dos planos das Bacia Hidrográficas do Paranoá, do Rio Preto (nasce na Lagoa Feia, em Formosa, Goiás) e do Rio Maranhão (banha o DF, Goiás e Tocantins); a proteção e a recuperação do meio ambiente em áreas de nascente; e as políticas de estímulo à economia de água pela população.

Classificado como prioridade pelo governador Rodrigo Rollemberg e pelo secretário do Meio Ambiente, André Lima, o zoneamento ecológico-econômico (ZEE) também está no roteiro. Primeiro do País a ter como ponto de partida o cuidado com os recursos hídricos, o ZEE analisa os riscos e os potenciais socioambientais de cada região do Distrito Federal para que a implantação de novos empreendimentos industriais, habitacionais ou agropecuários provoquem baixo impacto ambiental. “Precisamos refletir sobre o tipo de desenvolvimento que temos aqui, com especulação imobiliária e expansão desenfreada”, alerta Ribeiro.

Agenda
Além de racionalizar o uso da água no dia a dia, a população pode participar da agenda de debates sobre a questão hídrica. Até domingo (28), a Semana da Água oferece programação variada sobre o tema. Já em novembro, Brasília receberá o 21º Fórum Brasileiro de Recursos Hídricos.

Em 2016, durante a Conferência Distrital das Águas, a sociedade poderá expor pontos de vista, demandas e o que pensa das políticas públicas voltadas aos recursos hídricos.

Em 2017, será a vez do Encontro Nacional de Comitês de Bacia e, em 2018, o mais importante evento global sobre o tema: a 8ª edição do Fórum Mundial da Água.

“Consideramos a conferência distrital uma grande preparação para o Fórum Mundial da Água”, analisa Sérgio Ribeiro. “Queremos ouvir a população para chegar a 2018 com um discurso do conjunto da sociedade de Brasília e não somente do governo.”

Atualizado em 30/03/2015 – 10:12.

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