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Intolerância religiosa

Grupo de vândalos destrói estátua de Orixá na Prainha do Lago Paranoá

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Representantes de religiões de matrizes africanas do Distrito Federal denunciaram mais um ataque de intolerância contra símbolos sagrados. Um grupo de três pessoas tentou arrancar o cajado da estátua de Oxalá na Praça dos Orixás, na Prainha do Lago Paranoá. O ato de vandalismo aconteceu dias antes de uma das mais importantes comemorações dos praticantes. Um morador de rua impediu que a peça fosse completamente destruída.



Segundo o coordenador do Fórum Permanente das Religiões de Matrizes Africanas de Brasília e Entorno (Foafro), o ógan Luiz Alves, os religiosos souberam do ataque nesta segunda (28). “Ontem fomos à Prainha para acompanhar a montagem das estruturas para a virada. Quando chegamos, eu, o Pai Rafael e o Ogan Wilson fomos parados por moradores de rua que nos contaram a história”, contou.

O morador de rua relatou à Luiz Alves que, na semana passada, um carro branco com três pessoas parou no local. Dois homens desceram do veículo, cerraram a mão da estátua da entidade e tentaram arrancar o cajado, também chamado de Opaxorô. A testemunha correu em direção ao grupo pedindo que não fizessem aquilo. “Segundo o morador nos falou, eles correram para dentro do carro e arrancaram. Quase o atropelaram. Foi quando ele conseguiu ver a mulher”, relatou Luiz Alves.

O morador de rua amarrou a estátua para que o cajado e a mão da entidade não caíssem no chão. Após tomar conhecimento do ataque, Luiz e as outras autoridades presentes resolveram inspecionar todas as estátuas e também acharam um tijolo largado próximo à representação de Iemanjá, e uma marca nas vestes da entidade. “Essas pessoas (os moradores de rua) nos ajudam. Eles vivem no local e acabam protegendo as estátuas. Estamos em débito com eles. A vigilância é pouca. Eles evitaram que algo pior acontecesse”, disse.

Atualizado em 30/12/2015 – 10:03.

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