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Combate à Grilagem de Terras

Governo recupera 21,6 milhões de m² de área pública em dois anos e meio

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O governo de Brasília desobstruiu, desde 2015, 21,6 milhões de metros quadrados de área ocupada irregularmente. O dado foi apresentado na manhã desta terça-feira (6), na abertura do 2º Seminário de Combate à Grilagem de Terras Públicas no Distrito Federal, no auditório Planalto do Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

De acordo com a Agência de Fiscalização (Agefis), em 2015, antes da adoção de medidas específicas de combate ao problema, a desobstrução de área pública no DF chegou a 1,5 milhão de metros quadrados (a meta era 1,2 milhão). No ano seguinte, já com as ações iniciadas, o número alcançou 10,1 milhões. Em 2017, só nos primeiros cinco meses, ultrapassou os 10 milhões de metros quadrados.

“Esse debate é importante e deve ser feito com muita franqueza por todos os órgãos envolvidos – Ministério Público, Justiça, governo, sociedade civil. Todos temos responsabilidade e não podemos deixar de ter um olhar social para as questões relacionadas ao combate da grilagem”, discursou o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, durante o evento.

A diretora-presidente da Agência de Fiscalização, Bruna Pinheiro, reforçou a importância de debater o tema. “O fato de ter um parcelamento irregular do solo bagunça qualquer cidade, tira a qualidade de vida dos moradores. Cidade não é só casa. É hospital, é escola, é transporte, é delegacia. A gente precisa desses serviços. E quando há grilagem, a população não tem acesso a isso, porque não foi planejado.”

O chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, também participou do seminário. “Quando a gente trabalha no sentido de impedir que a cidade continue com essas práticas, isso tem um sentido muito claro: fazer com que as gerações futuras possam desfrutar de um ambiente melhor para viver”.

Parque Ezechias Heringer e ações na orla do Lago Paranoá

O Parque Ecológico Ezechias Heringer, no Guará, com mais de 5 milhões de metros quadrados de área pública devolvida, foi um dos destaques apresentados por Bruna Pinheiro durante a abertura.

As ações na orla do Lago Paranoá, iniciadas em agosto de 2015, também foram lembradas. De acordo com a Agefis, lá já foram desobstruídos 614.168,17 metros quadrados, em 310 lotes. “Até o fim de 2017, vamos entregar 100% da orla do Lago Paranoá desobstruída para uso de toda a população”, prometeu Bruna.

Em discurso, o governador de Brasília ressaltou a busca por colocar o interesse público acima do interesse individual. Como exemplos de ações nesse sentido estão as desobstruções ocorridas no Sol Nascente e em Vicente Pires para que obras de infraestrutura pudessem ser executadas.

“Fizemos intervenções em uma área pobre, em uma área de classe média e em uma área onde moram os mais ricos e os mais poderosos dessa cidade. A única coisa que regeu a decisão do governo de Brasília nessas três áreas [Sol Nascente, Vicente Pires e orla do Lago], como tem regido nas diversas ações, foi o interesse público”, reforçou Rollemberg.

Ele também ressaltou que a grilagem compromete, por exemplo, a qualidade de vida das gerações futuras, de pontos de vista como o abastecimento de água e o trânsito.

As ações, completou Rollemberg, integram os três pilares da política de gestão do território e de habitação: o combate à grilagem e à ocupação irregular do solo; a regularização fundiária; e a oferta de unidades habitacionais. Desde 2015, aproximadamente 27 mil escrituras foram entregues.

Medidas para coibir a cultura de invasão de terras no DF

Em 29 de março de 2016, no 1º Seminário de Combate à Grilagem de Terras Públicas no DF, o Comitê de Governança do Território do DF anunciou cinco medidas que servem de ferramenta para coibir a cultura de invasão de terras na capital do País. O colegiado foi criado em 2015 e tem a participação de vários órgãos do governo local.

As medidas são:

  • mapa de combate à grilagem
  • matriz chamada Marit para classificar os locais e definir a ordem das operações
  • aplicativo de celular para denunciar em tempo real ações de grileiros
  • monitoramento por satélite com atualização a cada 15 dias
  • ações de pronta resposta, com desobstruções em construções irregulares logo no momento do parcelamento da terra

Por meio do aplicativo, por exemplo, em 2016 foram recebidas 693 denúncias. Apenas no ano passado e nos primeiros cinco meses deste, foram desobstruídos 8.252.885 metros quadrados de área pública invadida graças às ações de pronta resposta.

O 2º Seminário de Combate à Grilagem de Terras Públicas no Distrito Federal ocorre até as 17h30 de hoje.  Entre as atividades, a responsabilização criminal da grilagem de terras públicas será abordada em mesa formada por representantes do Superior Tribunal de Justiça, do Ministério Público do DF e Territórios, da Procuradoria-Geral do DF e da Polícia Civil. As inscrições estão encerradas.

Veja a apresentação do governo na abertura do 2º Seminário de Combate à Grilagem de Terras Públicas no DF.

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Salários de até R$ 6 mil

Semana começa com 717 oportunidades de emprego no Distrito Federal

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Vagas de emprego DF
Foto/Imagem: Freepik

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem 717 vagas de emprego nesta segunda-feira (5). Há oportunidades para quem tem ou não experiência, em diferentes áreas e com salários de até R$ 6 mil.

O posto que oferece a maior remuneração é o de Diretor de Finanças, para trabalhar em Taguatinga Norte. Há uma vaga para pessoas com ensino superior completo para o cargo de Analista Contábil.

Já o cargo com maior número de vagas abertas é o de Ajudante de Obras, no Itapoã. São 110 oportunidades para candidatos que tenham o ensino fundamental completo. Não é preciso ter experiência. O salário é de R$ 1.518, mais benefícios.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Formalizando a união

Abertas as inscrições para a 2ª edição do Casamento Comunitário 2025

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Casamento Comunitário 2025
Foto/Imagem: Jhonatan Vieira/Sejus-DF

Promovido pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), o Casamento Comunitário 2025 chega à sua 2ª edição com data marcada: 29 de junho. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas em vários equipamentos públicos do DF e também durante as edições do GDF + Perto do Cidadão. Ao longo do ano, estão previstas mais três edições do programa, com expectativa de beneficiar cerca de 400 casais em situação de vulnerabilidade — oferecendo a oportunidade de oficializar a união de forma gratuita, digna e inesquecível.

Na primeira edição do Casamento Comunitário 2025, realizada no início do ano, 101 casais disseram “sim” ao amor. Com mais três celebrações previstas — em 29 de junho, 31 de agosto e 7 de dezembro — o programa deve alcançar mais 300 casais até o fim do ano. Desde sua criação pelo Decreto nº 41.971/2021, o Casamento Comunitário já realizou o sonho de mais de 541 casais em 11 edições.

Para Anailton dos Santos, 28, e Tamiris Rodrigues, 35, que participaram da edição anterior, a iniciativa foi transformadora. “A cerimônia foi linda e mudou nossas vidas. Desde então, só conquistamos coisas boas”, contou Anailton. Tamiris reforça: “O casamento fortaleceu nossa relação. Sem o programa, não seria possível. Um casamento assim custaria pelo menos R$ 10 mil”.

O programa vai além da cerimônia: todas as taxas cartoriais são totalmente cobertas, e os noivos recebem gratuitamente vestidos, ternos, maquiagem profissional e até transporte até o local do evento.

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou a importância de oficializar a união: “Embora a união estável seja reconhecida legalmente, o casamento proporciona benefícios exclusivos em determinados processos jurídicos. Além de oferecer gratuidade, nosso objetivo é tornar esse momento inesquecível para as famílias participantes”, afirmou.

Como participar

Entre os requisitos, é necessário ter idade mínima de 18 anos e atender às condições legais para o casamento, conforme o Código Civil (art. 1.521). Para se inscrever, os interessados devem comparecer a um dos locais definidos, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30, munidos da documentação exigida. A entrega de documentos por terceiros não será permitida.

Locais de inscrição

* Praça dos Direitos da Ceilândia: QNN 13, Ceilândia Norte;
* Agência Na Hora: Setor Cultural Norte;
* Praça dos Direitos do Itapoã: Quadra 203, Del Lago II;
* Estação Cidadania do Recanto das Emas: Quadra 113, Lote 9;
* Edições do GDF + Perto do Cidadão: sextas-feiras, das 9h às 16h, e sábados, das 9h às 12h.

Documentação Necessária

Todos os casais devem apresentar:

* Comprovante de residência no Distrito Federal;
* Documentos pessoais: original e cópia do RG ou CNH, CPF e certidão de nascimento;
* Formulário de inscrição preenchido.

Documentos adicionais

* Divorciados: cópia do formal de partilha, contendo petição inicial, sentença e trânsito em julgado.
* Viúvos: cópia da certidão de óbito, certidão de casamento e formal de partilha com petição inicial, sentença e trânsito em julgado.

Declaração de Hipossuficiência

Todos os participantes devem entregar uma cópia da declaração de hipossuficiência de renda, conforme o modelo disponível no Anexo I do Edital.

Regras para testemunhas

As testemunhas também precisam apresentar:

* RG e CPF;
* Certidão de casamento (se casadas);
* Certidão de casamento com averbação de divórcio (se divorciadas).

Atenção: as testemunhas que comparecerem ao cartório não podem ser as mesmas que estarão presentes no dia da cerimônia.

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