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Reabilitação

Governo de Brasília oferece tratamento gratuito para dependentes químicos

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O talento de Leandro Bruno Carvalho para a informática sempre lhe rendeu bons empregos. Ainda jovem, montou o próprio negócio, morou em bairros nobres e teve regalias de um típico morador de classe média alta. Mas o uso de cocaína, merla e crack causou efeito devastador. Ele perdeu não só o controle para gerenciar a empresa, mas também encerrou um casamento sólido e passou a viver de pequenos furtos em supermercados para sustentar a dependência.

Após perder 25 quilos, ficar com os dentes apodrecidos e praticamente sem abrigo, decidiu aceitar ajuda, aos 32 anos. Por meio do Centro de Atendimento Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAP-AD) do Guará, foi encaminhado para uma casa terapêutica conveniada com o governo de Brasília, em outubro de 2014. O tratamento durou nove meses. Sóbrio, ele se dedica a ensinar informática na própria casa de recuperação — a Salve a Si, na Cidade Ocidental (GO).

A história de Leandro serve de inspiração para familiares de usuários de entorpecentes em busca de ajuda. O governo de Brasília oferece tratamento gratuito em cinco casas de recuperação conveniadas com capacidade total de 152 pacientes. O dependente de álcool ou outra droga pode ser encaminhado para as instituições por meio de algum dos nove CAP-AD espalhados pelo DF.

O tratamento é voluntário. Nas casas, o paciente recebe cinco refeições diárias, acompanhamento psicológico, psiquiátrico e assistência social, além da oportunidade de aprender algum ofício, como carpintaria, serralheria e informática. No ano passado, 1.678 homens e mulheres foram atendidos nessas comunidades graças ao convênio.

Redução de danos
Em 2015, o Executivo destinou R$ 1,8 milhão para a ressocialização de homens e mulheres dependentes de crack, de cocaína, de maconha, de álcool e de outros entorpecentes.

De acordo com Joana Mello, subsecretária para Políticas de Justiça e Cidadania e Prevenção ao Uso de Drogas, da Secretaria de Justiça e Cidadania, o envolvimento do poder público contribui para redução de gastos em áreas como a Saúde e a Segurança, pois haverá dispêndio menor com medicamentos e internações.

Tratar a dependência química também ajuda na diminuição de furtos e roubos, uma vez que muitos usuários passam a cometer delitos para sustentar a doença. “Investir nas parcerias com essas comunidades terapêuticas é uma forma de reduzir danos, pois elas desenvolvem um trabalho importante de reinserção do paciente à sociedade”, destacou Joana, também presidente do Conselho de Políticas sobre Drogas do DF (Conen).

Para Henrique França — conselheiro deliberativo da Federação Brasileira das Casas Terapêuticas e fundador da Salve a Si, na Cidade Ocidental — mais do que inserir o dependente químico num processo de desintoxicação, é preciso fazer com que o paciente se sinta útil para trabalhar quando voltar ao convívio social: “Por isso, temos cursos de panificação, informática, serralheria, mestre de obras, para que ele possa ter condições de transformar a vida e trabalhar com dignidade”.

Fiscalização
Desde os primeiros meses do governo, Rodrigo Rollemberg demonstrou que o tratamento a usuários de substâncias ilícitas e de álcool seria prioridade. Em fevereiro de 2015, quitou três mensalidades atrasadas deixadas pela gestão anterior.

Para melhorar a qualidade do atendimento aos dependentes químicos, a Secretaria de Justiça e Cidadania intensificou as inspeções às casas. “É importante destacar o compromisso dos responsáveis por essas entidades, pois sempre que identificamos algum problema, eles se empenham em resolvê-los imediatamente”, afirmou Joana.

O telefone do Conen está disponível para quem quiser tirar dúvidas e receber orientações: 2104-1830 e 2104-1831.

Casas terapêuticas

  • Ceilândia
    Renovando a Vida
    Núcleo Rural Alexandre Gusmão, Gleba 3, Ceilândia (DF)
  • Ceilândia Norte
    ABBA PAI
    CNR1, Conjunto 1, Núcleo Rural Monjolinho, Ceilândia Norte (DF)
  • Cidade Ocidental (GO)
    Salve a Si
    Fazenda Lages, Estrada do Córrego Lages, Sítio Gleba nº 9, Cidade Ocidental (GO)
  • Planaltina (GO)
    Associação Beneficente Caverna de Adulão
    Núcleo Rural Córrego do Atoleiro, Chácara 11, Planaltina (GO)
  • Vicente Pires
    Instituto Crescer, Nova Vida
    Rua 10, Chácara 118, Vicente Pires (DF)

Relação dos CAP-AD

  • CAP-AD Rodoviária
    Antigo Prédio do Touring. Setor Cultural Sul, Zona Cívico-Administrativa-
  • CAP-AD Guará
    QE 23 Área Especial s/n, subsolo do Centro de Saúde nº 2, Guará II
  • CAP-AD Ceilândia
    QNN 1, Conjunto A, Lotes 45/47, Avenida Leste
  • CAP-AD Santa Maria
    QR 312, Conjunto H, Casa 12
  • CAP-AD Sobradinho
    AR 17, Chácara 14, Sobradinho II
  • CAP-AD Samambaia
    QS 107, Conjunto 8 Lotes 3, 4 e 5, Samambaia DF
  • CAP-AD Itapuã
    Complexo Administrativo do Itapuã, Quadra 378, Conjunto A, Área Especial 4
  • CAP-AD Taguatinga
    QNF Área Especial 24, Setor F, Norte
  • CAP-AD Brasília
    Quadra 714/715 Norte, Bloco C, Lojas 1, 2 e 3, Asa Norte

Mais informações:
Conselho de Políticas sobre Drogas do DF (Conen): (61) 2104-1830 e 2104-1831.

Atualizado em 18/01/2016 – 11:22.

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600 agentes e 200 escrivães

GDF reforça combate ao crime organizado com a nomeação de 800 novos policiais civis

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Ao Vivo de Brasília
PCDF
Foto/Imagem: Divulgação/Sinpol-DF

O Governo do Distrito Federal (GDF) formalizou a nomeação de 600 agentes e 200 escrivães para a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), aprovados no concurso de 2019, além de 250 policiais penais nesta terça (5), em uma cerimônia solene.

Realizado no auditório do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, o evento reuniu diversas autoridades, incluindo o governador Ibaneis Rocha (MDB), a vice-governadora Celina Leão (PP), o presidente da Câmara Legislativa do DF, Wellington Luiz (MDB), a deputada Doutora Jane (MDB), o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, o diretor-geral da PCDF, José Werick de Carvalho, e o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha.

Em seu discurso, o governador justificou as nomeações para a Segurança Pública do DF em razão do enfrentamento às organizações criminosas, especialmente pelo trabalho desempenhado pelos policiais civis da capital da República.

“Nas cidades que foram tomadas pelo crime organizado não se vive mais com qualidade de vida nenhuma. As facções se espalharam por vários estados da nossa federação, fazendo com que as pessoas fiquem reféns dentro dos seus lares, coisa que, graças ao trabalho dos nossos policiais, temos conseguido controlar aqui no DF”, afirmou o governador.

O chefe do Executivo anunciou ainda que uma nova convocação para os demais policiais civis e penais aprovados no último concurso será feita em 2025, com o objetivo de preencher ainda mais vagas para a segurança pública na capital.

“Nesse governo já temos cinco mil contratações na área da polícia. Ainda é pouco, queremos mais, mas precisamos organizar a casa para poder fazer cada vez mais nomeações e atender a população do DF como ela merece”, ressaltou Rocha.

Perguntado sobre o restabelecimento da simetria salarial entre policiais civis e federais, Sandro Avelar afirmou que o governo está empenhado na pauta. “Há um esforço técnico em andamento. A área econômica do governo está atuando intensamente para viabilizar essa equalização salarial ao longo dos próximos anos de mandato”, explicou o secretário.

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), Enoque Venancio de Freitas, também esteve presente e destacou a relevância dessa conquista para a categoria. Segundo Enoque, a nomeação dos 800 novos policiais civis representa um avanço importante para a segurança pública no DF.

“Vemos esse movimento como um primeiro passo para a valorização da nossa carreira e seguimos confiantes de que o governador Ibaneis Rocha honrará sua promessa de campanha, trazendo a reestruturação salarial que garantirá a merecida simetria com a Polícia Federal”, completou Enoque.

Atualizado em 05/11/2024 – 18:43.

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No DF, é ação o ano inteiro

Profissionais da Atenção Primária à Saúde se unem no combate à dengue

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Ao Vivo de Brasília
Dengue mosquito Aedes aegypti
Foto/Imagem: Freepik

A Atenção Primária à Saúde (APS) intensificou as ações de combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, no Distrito Federal. Atividades educativas para prevenir a proliferação do mosquito e reconhecer os sintomas da dengue passaram a ocorrer em escolas e estabelecimentos comerciais, além de terem sido incorporadas à rotina dos atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas visitas domiciliares.

“Intensificar essas ações neste momento terá um impacto significativo na redução do número de focos do Aedes aegypti e, assim, no número de casos da doença. Com o esforço conjunto, vamos fazer a diferença e proteger a saúde de todos”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. A gestora ressalta a existência do “Plano de Contingência para Respostas às Emergências em Saúde Pública por Dengue, Chikungunya e Zika”, com ações previstas para 2024 e 2025, conforme a evolução dos números da doença.

Neste momento, o foco é educativo. Ao longo do mês de outubro, profissionais da APS receberam material informativo para ser distribuído em ações junto à população, como cartazes e cartilhas. “A educação em saúde é uma ferramenta essencial nesse processo, e os profissionais da Atenção Primária à Saúde têm um papel fundamental, orientando a população e incentivando a mobilização comunitária”, explica a gerente de Apoio à Saúde da Família, Simone Lacerda.

Vigilância epidemiológica

Apesar de o Distrito Federal ter registrado, em 2024, uma elevação de 873,5% no número de casos prováveis de dengue comparado a 2023, com 275.911 ocorrências, o momento atual mostra um cenário mais tranquilo. Agora, a cada semana, são cerca de 200 pacientes com suspeita da doença, mantendo a tendência de poucos números para o mês de outubro.

Porém, é necessário estar atento. “Neste momento, a nossa incidência de casos está dentro do esperado para esse período do ano. É diferente, por exemplo, do que nós vivemos ano passado, quando nesta época nós já estávamos acima do esperado”, explica o chefe da Assessoria da Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS), Victor Bertollo.

Ainda assim, a Secretaria de Saúde mantém a vigilância epidemiológica dos números, com novos boletins emitidos semanalmente. Mais ações de combate à dengue vão ocorrer para prevenir a doença. A pasta também realiza a vacinação de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, conforme indicado pelo Ministério da Saúde.

Atualizado em 05/11/2024 – 11:52.

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