Combate ao mosquito
Governo cria sala de situação para enfrentar o Aedes aegypti em Brasília

Para enfrentar o Aedes aegypti — transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya —, foi criado um espaço para reunir representantes de órgãos do governo local com ações contra o mosquito, como a Secretaria de Saúde, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil. A sala de situação começou a funcionar no quartel do Comando-Geral do Corpo de Bombeiros Militar, próximo ao Palácio do Buriti, em 29 de dezembro e parte do Decreto nº 8.612, de 21 de dezembro de 2015, do governo federal. O objetivo é que 100% dos municípios brasileiros tenham um recinto como esse ainda neste ano. Brasília é uma das primeiras capitais a montar o local de combate.
A sala tem a função de abrigar a coordenação da força-tarefa de combate ao mosquito, identificar o início dos focos e informar o governo federal sobre os casos de doenças transmitidas pelo inseto. Também são feitos balanços e reuniões semanais com os representantes dos órgãos. Além disso, eles avaliam as ações da semana anterior e discutir as da semana seguinte.
Para o representante do Corpo de Bombeiros na sala de situação, major Omar Oliveira, o DF ganhou tempo ao criar a sala antes dos períodos críticos de contaminação. “É bom porque a gente começou cedo. Quando chegar o período de abril e de maio [principais meses de casos de dengue], já estaremos adaptados ao formato do grupo e do combate.”
Ações
Desde 21 de dezembro, mais de 12 mil imóveis foram visitados em Planaltina, em atividades que fazem parte do Plano de Ação para o Enfrentamento das Doenças Transmitidas pelo Aedes aegypti. Os trabalhos da força-tarefa dão prioridade a áreas consideradas de risco, como a Estância Mestre D’Armas, visitada pela equipe na manhã dessa quarta-feira (6).
Em 2015, a Secretaria de Saúde registrou 12.957 casos suspeitos de dengue, dos quais 12.198 (94%) são residentes do Distrito Federal e 759 (6%) de outras Unidades Federativas, segundo o último informativo epidemiológico da pasta, divulgado nessa quarta-feira (6). Planaltina é a região administrativa com o maior número de casos de dengue registrados no DF. Segundo a Secretaria de Saúde, foram 2.202 incidências em 2015 — redução de 7,7% em relação a 2014, quando houve 2.386 registros. Quem quiser informar sobre foco do Aedes aegypti deve entrar em contato com o Núcleo de Vigilância Ambiental, pelo telefone 3388-3909.
As ações incluem inspeção de imóveis, orientação da população, tratamento de focos do mosquito e limpeza de telhados de paradas de ônibus. “Pedimos que os moradores que estiverem em casa abram os portões para que possamos entrar e fazer a remoção de possíveis focos e orientar as pessoas [quanto às ações de prevenção]”, reforça o coordenador dos militares do Exército nas atividades, capitão João Augusto da Silva.
Na região, a força-tarefa faz os trabalhos até sexta-feira (8). Equipes da Vigilância Ambiental continuarão com ações pontuais de rotina, que, no momento, ocorrem em todas as regiões administrativas. Na próxima semana, o trabalho concentrado seguirá para a Asa Norte e os Lagos Norte e Sul.
A força-tarefa é composta por 120 militares do Exército, 50 da Marinha, cem bombeiros militares, além de agentes da Defesa Civil, da Vigilância Ambiental do Distrito Federal (da Secretaria de Saúde), de servidores da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap).
Plano
Divulgado em dezembro de 2015, o Plano de Ação para o Enfrentamento às Doenças Transmitidas peloAedes aegypti estipula diretrizes para garantir o controle epidemiológico de três doenças transmitidas pelo mosquito: dengue, chikungunya e zika vírus. O inseto também é vetor da febre amarela, mas a enfermidade não ocorre em áreas urbanas do Brasil. As ações começaram por Sobradinho II, em 14 de dezembro de 2015.
Zika vírus
Em 2015, foram registrados pela Secretaria de Saúde 14 casos suspeitos de febre pelo zika vírus, sendo dois confirmados, cinco descartados e sete inconclusivos. Os dois confirmados foram em moradores do DF que se contaminaram no Nordeste.

Segunda, 17 de fevereiro
Semana começa com 374 oportunidades de emprego no Distrito Federal

As agências do trabalhador do DF abrem a semana, nesta segunda-feira (17), com 374 vagas disponíveis para quem procura um emprego. Há oportunidades para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência. Algumas são exclusivas para pessoas com deficiência. Os salários chegam a R$ 4 mil.
O posto que oferece maior remuneração é o de mecânico de auto em geral, em Águas Claras. Há uma vaga aberta para candidatos que tenham iniciado o ensino fundamental. Não há exigência de experiência.
Já o cargo que oferece o maior número de vagas é o de ajudante de carga e descarga de mercadoria, no Riacho Fundo II. São 40 oportunidades para pessoas com ensino fundamental completo, mas sem necessidade de experiência. O salário é de R$ 1.518.
Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.
Empregadores que desejam ofertar vagas ou utilizar o espaço das agências do trabalhador para entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo aplicativo Sine Fácil. Também é possível solicitar atendimento pelo e-mail [email protected]. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).
Saúde mental
DF terá cinco novos Caps para reforçar atendimento psicossocial

A rede de Centros de Atenção Psicossocial (Caps) será ampliada no DF. Em parceria com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), a Secretaria de Saúde (SES-DF) prevê a construção de cinco novas unidades para reforçar o atendimento em saúde mental.
“A expansão da Rede de Atenção Psicossocial é parte dos investimentos do Governo do Distrito Federal (GDF) para reforçar o atendimento de saúde mental para a população”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. Há investimentos na contratação de novos servidores e, em 2025, foi criada a Subsecretaria de Saúde Mental, especializada no tema.
Dos cinco novos Caps, dois serão destinados ao público infantojuvenil (Capsi), no Recanto das Emas e em Ceilândia, e outros dois ao tratamento em tempo integral de distúrbios causados pelo abuso de álcool e outras drogas (Caps III AD), no Guará e em Taguatinga. A quinta unidade deve ser implementada no Gama, acolhendo pessoas a partir de 18 anos que sofrem com transtornos mentais agudos ou crônicos.
Os Caps são destinados ao atendimento de pessoas com sofrimento mental grave, incluindo aquele decorrente do uso de álcool e outras drogas, seja em situações de crise, seja nos processos de reabilitação psicossocial. As unidades funcionam em regime de porta aberta, isto é, sem necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento médico. A assistência é realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar, composta por psiquiatras, clínicos, pediatras, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, equipe de enfermagem e farmacêuticos, a depender da modalidade do centro.
A demanda por atendimento em saúde mental no DF tem crescido. Em 2023, foram registrados 281,5 mil atendimentos. De janeiro a outubro de 2024, o número subiu para 303,5 mil. Para acompanhar essa necessidade, a carga horária de 39 profissionais dos Caps foi ampliada de 20 horas para 40 horas semanais, adicionando quase 800 horas de serviço.
Expansão
Atualmente, a obra do Caps Infantojuvenil (Capsi) no Recanto das Emas está na fase inicial. No Gama, onde funcionará o Caps III, a empresa já foi contratada e deve começar a trabalhar em breve. Ambas as unidades funcionarão 24 horas e têm previsão de entrega para outubro de 2025.
Outros três projetos avançam em diferentes etapas: em Ceilândia e Taguatinga, os projetos e orçamentos estão finalizados e seguem para o planejamento da licitação e publicação do edital. Já no Guará, os projetos estão em fase de desenvolvimento, seguidos pela definição do orçamento e, depois, pelo processo licitatório.
Segundo a Novacap, a ampliação da rede fortalecerá o atendimento público em saúde mental. “Temos um compromisso sólido com essa expansão, garantindo qualidade e cumprimento dos prazos. A construção dessas unidades é essencial para oferecer um suporte mais eficiente à população”, afirmou o presidente da companhia, Fernando Leite.
Rede de atenção
A Atenção Primária à Saúde (APS) também desempenha um papel fundamental, com 176 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) oferecendo suporte psicossocial. Além disso, a SES-DF disponibiliza Práticas Integrativas em Saúde (PIS), como acupuntura, meditação, musicoterapia e yoga.
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