Tecnologia 100% brasileira
Doses de vacina com IFA nacional serão entregues em outubro, diz Fiocruz
A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, afirmou que a produção do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) pela instituição começará neste mês. Segundo Nísia, a expectativa é que as primeiras doses da vacina feitas com tecnologia 100% nacional sejam entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) em outubro.
“O início da produção ocorrerá já neste mês de maio, o processo passa por muitas etapas de produção de lotes e de controle de qualidade até podermos entregar ao Programa Nacional de Imunizações as vacinas produzidas em Bio-Manguinhos, na Fiocruz”, afirmou Nísia.
Na última sexta-feira (30), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a Fiocruz a produzir no Brasil o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da vacina de Oxford/AstraZeneca. Hoje, a produção de imunizantes no Brasil depende da importação de IFAs, sobretudo da China.
Nísia ressaltou a importância da avaliação realizada pela Anvisa e afirmou que o cronograma de produção será alinhado em reuniões entre a Fiocruz e a agência ao longo de maio. “São vários lotes e vários processos de controle de qualidade, é uma vacina com uma tecnologia nova. Tudo isso interfere nesse cronograma”, explicou.
Em relação ao cronograma, a presidente da Fiocruz afirmou que os prazos estão sendo reduzidos. “O cronograma inicial que tínhamos era de 15 milhões de entregas por mês. No mês de abril, chegamos a mais de 19 milhões de vacinas entregues. O início foi difícil, mas fizemos um acordo de antecipação do IFA para compensar”, explicou.
Segundo Nísia, a Fiocruz conta com IFA necessário para a produção de doses até junho. Estão previstas as entregas de mais seis carregamentos de insumos importados da China, que permitirão a produção que completa os 100 milhões e 400 mil doses do acordo inicial.
“O IFA nacional nos dará autonomia para fazer as entregas, e o nosso compromisso é com a produção adicional de 100 milhões de doses já com a IFA do país”, disse.
Decisão da Anvisa
A decisão da Anvisa de autorizar a produção do IFA nacional pela Fiocruz teve como base uma inspeção técnica na fábrica da instituição, em Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro. A agência atestou que foram verificadas boas práticas de fabricação da linha de produção e concluiu que Bio-Manguinhos cumpre os requisitos das condições técnico-operacionais para iniciar a fabricação de lotes.
Segundo a Fiocruz, as adaptações no Complexo Tecnológico de Vacinas (CTV) de Bio-Manguinhos e a aquisição de novos equipamentos para a produção foram realizadas no prazo de seis meses.
Os próximos passos envolvem a produção pela Fiocruz de lotes em escala comercial da vacina com IFA produzido por Bio-Manguinhos. Após os testes, os resultados devem ser submetidos pela Fundação à análise da Anvisa antes de poder iniciar a produção que será destinada ao PNI.
Segurança da vacina
Segundo Nísia, a Fiocruz tem acompanhado as investigações de casos suspeitos de efeitos colaterais associados à vacina de Oxfor/AstraZeneca junto à Organização Mundial da Saúde (OMS), à Anvisa e à Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
“Os eventos registrados e apontados na Europa foram considerados extremamente raros e ainda está sendo elucidada a possível relação com a vacina. São eventos extremamente raros, na taxa de 4 para 1 milhão de vacinados. A vacina já foi aplicada em mais de 300 milhões de pessoas, em 170 países”, afirmou.
Nísia destacou a segurança da vacina e a eficácia do imunizante. “Países como a Escócia e o Reino Unido têm demonstrado a efetividade da vacina. Após a vacinação, no caso da Escócia, houve uma redução de 94% das internações por Covid-19. É uma vacina que salva vidas. Por isso enfatizamos a importância da sua incorporação ao nosso Programa Nacional de Imunizações”, afirmou.

Caderneta atualizada
Saúde nas Escolas busca ampliar vacinação entre crianças e adolescentes

Para promover a saúde e prevenir doenças, escolas públicas de todo o país se mobilizaram, nesta segunda quinzena de abril, para atualizar a caderneta de vacinação dos estudantes atendidos pelo Programa Saúde nas Escolas (PSE). A ação envolve mais de 27 milhões de alunos de cerca de 110 mil escolas em 5.544 municípios. No Distrito Federal, mais de 365 mil estudantes de 9 a 14 anos da rede pública foram beneficiados, e a campanha de intensificação na capital federal seguirá até novembro.
A diretora de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante, da Secretaria de Educação (SEEDF), Larisse Cavalcante, destaca que a adesão ao Programa Saúde na Escola para o ciclo 2025/2026 foi a maior da história do DF, com um aumento de 25% em relação ao biênio anterior. “A expectativa é fortalecer o planejamento conjunto entre a UBS [Unidade Básica de Saúde] e a unidade escolar de cada território, com o objetivo de ampliar a cobertura vacinal. Dessa forma, as escolas estarão engajadas em desenvolver a temática da vacinação como um conteúdo transversal a várias disciplinas, contribuindo para o combate à desinformação e a orientação sobre sua importância”, afirma.
Dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) mostram que, entre 10 e 22 de março — período em que a vacinação foi antecipada —, foram aplicadas 1.764 doses de vacinas nas escolas. Desse total, 1.313 doses (74,4%) foram administradas em crianças e adolescentes de até 18 anos. Ao todo, 1.191 pessoas foram vacinadas, sendo 852 delas crianças e adolescentes nessa faixa etária. A estratégia de vacinação escolar não possui meta definida.
“A vacinação nas escolas ocorre de maneira articulada entre equipes de saúde e educação, seguindo etapas que envolvem planejamento, mobilização familiar, execução e monitoramento dos resultados”, explica a coordenadora de Atenção Primária à Saúde da SES-DF, Sandra Araújo. Segundo ela, esta ação desempenha um papel fundamental na ampliação da cobertura vacinal entre crianças e adolescentes, por isso, a mobilização das famílias e o acompanhamento sistemático das ações fortalecem o vínculo entre os serviços públicos e a comunidade escolar, com o intuito de promover a conscientização coletiva sobre a importância da imunização.
Como funciona?
O trabalho de vacinação nas escolas segue um fluxo organizado. Primeiro, são identificadas as escolas prioritárias, selecionadas com base em critérios como a cobertura vacinal da região, o tamanho da instituição, a vulnerabilidade social e a adesão ao Programa Saúde na Escola. Em seguida, ocorre a articulação prévia com as escolas: as equipes das unidades básicas de saúde (UBSs) entram em contato com a direção para alinhar datas, espaço físico e o fluxo de atendimento.
Após essa etapa, é feito o agendamento das ações de vacinação, que acontecem em ciclos ao longo do ano, com foco na atualização da caderneta vacinal e na aplicação de doses de campanhas específicas, como as de HPV, meningite e gripe. As famílias também são mobilizadas, com o apoio das escolas, que reforçam a importância da vacinação e orientam sobre o envio da caderneta e do termo de autorização assinado. Na fase de execução, as equipes da UBS se deslocam até as escolas com os insumos, vacinas e equipamentos de segurança.
Após a vacinação, os dados são registrados nos sistemas oficiais. Por fim, é feito o monitoramento dos resultados, e, caso haja alta recusa ou ausência significativa, as equipes podem retornar em outra data ou convocar os estudantes para vacinação nas UBSs.
Programa Saúde nas Escolas
O programa, que já existe há 18 anos, visa estreitar os laços entre as unidades de saúde e de educação por meio de ações educativas, como campanhas de vacinação, escovação dentária, atividades de combate à dengue, palestras e outras atividades, sempre com uma linguagem adequada à faixa etária dos alunos. As ações são promovidas pelas secretarias de Educação e de Saúde, contribuindo para a formação integral e para a ampliação do acesso aos serviços de saúde pública.
Até o momento, o Distrito Federal possui 632 colégios inscritos no Programa Saúde na Escola, uma iniciativa conjunta dos ministérios da Educação e da Saúde para a promoção e prevenção em saúde.
Conta de luz mais cara
Aneel anuncia bandeira tarifária amarela para o mês de maio de 2025

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária para maio de 2025 será amarela. Isso significa que os consumidores de energia elétrica terão custo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. O anúncio ocorreu devido a redução das chuvas em razão da transição do período chuvoso para o período seco do ano. As previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ficaram abaixo da média.
Desde dezembro de 2024, a bandeira tarifária permanecia verde, refletindo as condições favoráveis de geração de energia no País. Com o fim do período chuvoso, a previsão de geração de energia proveniente de hidroelétrica piorou, o que nos próximos meses poderá demandar maior acionamento de usinas termelétricas, que possuem energia mais cara.
Implementado pela Aneel em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias é uma ferramenta essencial de transparência, permitindo que os consumidores acompanhem, mês a mês, as condições de geração de energia no País.
Com o acionamento da bandeira amarela em maio de 2025, a Aneel reforça que é crucial manter bons hábitos de consumo para evitar desperdícios e contribuir para a sustentabilidade do setor elétrico.
Saiba mais sobre as bandeiras tarifárias
Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.
Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos de R$ 1,885 (bandeira amarela), R$ 4,463 (bandeira vermelha patamar 1) e R$ 7,877 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. De setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, vigorou uma bandeira de escassez hídrica de R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.
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