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Desde 1995

Distrito Federal tem o menor número de mortes no trânsito já registrado

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Mariana Damaceno

O Distrito Federal tem a menor taxa de mortes no trânsito desde que começou o registro de estatísticas, em 1995. Foram 241 acidentes fatais 2017, 122 a menos que em 2016.

Para o diretor-geral do Departamento de Trânsito (Detran-DF), Silvain Fonseca, a marca é possível graças à atuação integrada de vários órgãos de governo, não necessariamente ligados a trânsito.

O trabalho, segundo ele, se resume a três preocupações principais: campanhas educativas, fiscalização e ações de engenharia de trânsito. “Hoje, esses três pontos estão em ação o ano todo”, garante.

Todo o planejamento para que as metodologias sejam postas em prática deve-se à contribuição de órgãos como a Secretaria de Saúde, a Polícia Civil e outras forças de segurança.

Com a ajuda da Polícia Civil, por exemplo, o Detran consegue estatísticas relacionadas a características dos acidentes, locais com maior frequência e perfis dos envolvidos. “Isso vai nos dando um norte para as campanhas, para a fiscalização; nos mostra, por exemplo, um lugar com alto índice de acidente que tem algum problema de engenharia.”

Os dados não se referem apenas a motoristas, mas a ciclistas, pedestres e motociclistas. O cuidado possibilitou que as campanhas fossem direcionadas a todos os públicos. “O Detran passou a trabalhar a questão do álcool não somente com o condutor, mas com o pedestre e com o ciclista. Se você ingerir álcool, deve se afastar das vias”, exemplifica o diretor-geral da autarquia.

Informações importantes também chegam pela Secretaria de Saúde, que acaba tendo a rede afetada diretamente com os acidentes de trânsito.

A qualidade dos atendimentos prestados pelos servidores do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também é determinante para a marca, de acordo com o Detran.

Investimento em educação no trânsito dentro da sala de aula

Para difundir a ideia de que o trânsito é para todos, o Detran também investe em capacitação de professores da rede pública.

O curso é a distância e foi criado em agosto. Desde então, mais de 550 docentes da educação infantil e do 4º ao 7º ano se matricularam.

“Repassamos o conceito de mobilidade, que não é referente só a carro, mas também a pedestre, a transporte coletivo”, detalha o diretor de Educação de Trânsito, Álvaro Sebastião Teixeira Ribeiro.

No caso das turmas com professores do 4º ao 7º ano, são abordados temas que façam os estudantes compreender melhor a locomoção pela cidade e conhecer os seus direitos e deveres na via.

Para profissionais que lidam com alunos mais novos, a capacitação ajuda a utilizar em sala de aula jogos criados pelo Detran em parceria com a Secretaria de Educação. São seis tipos de brincadeiras que, em 2018, serão distribuídos prioritariamente entre as escolas com professores que se matricularam no curso.

Além disso, a Diretoria de Educação de Trânsito promoveu 28 palestras em várias regiões do DF e atendeu mais de 2 mil professores em 2017.

“A gente precisa de multiplicadores. Trabalhamos para que o trânsito faça parte da vida das pessoas desde cedo e para que o aluno crie a cultura de respeito ao próximo; não se preocupe apenas com a fiscalização, mas faça tudo certo por uma questão de respeito”, resume Silvain Fonseca.

Soluções de engenharia como forma de evitar acidentes

Depois de avaliar que grande parte das batidas entre carros e motocicletas ocorriam nos semáforos, porque o motorista, muitas vezes, não enxerga o motociclista, o Detran criou bolsões.

Trata-se de uma faixa para motocicletas na área de retenção próximo aos semáforos. Tem cerca de 1,5 metro de comprimento e garante que quem está pilotando fique à frente e saia antes dos demais.

Apesar de a motocicleta representar apenas 11% da frota do DF, ela está envolvida em um terço dos acidentes. Outra estatística preocupante é que, a cada 10 motociclistas parados, quatro são inabilitados, segundo o departamento.

O órgão de trânsito também investe em tecnologias de monitoramento perto de escolas e reforça fiscalizações de parceiros, como o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal.

Em outra parceria com a Polícia Civil, o Detran passou a monitorar pessoas com o direito de dirigir suspenso, mas que continuam circulando. Cerca de 1,5 mil condutores têm seus itinerários monitorados.

“Elas deixam um rastro de infrações e acabam sendo abordadas, encaminhadas à delegacia e autuadas”, explica Silvain Fonseca. A suspensão ocorre, principalmente, por dirigir sob o efeito de álcool. “Alguns, inclusive, mataram no trânsito”, alerta.

Cidades Limpas revitalizou mais de 4 mil sinalizações horizontais e verticais

Em um ano do programa Cidades Limpas, também foram revitalizadas mais de 4 mil sinalizações horizontais e verticais. “Garantir a segurança dos pedestres e condutores e assegurar a melhor fluidez das vias públicas estão entre nossas metas”, enfatiza Marcos Dantas, secretário das Cidades, pasta coordenadora da força-tarefa.

Ainda houve, nas 29 edições do programa, a pintura de 1,1 milhão de metros lineares de meios-fios e a operação tapa-buracos, com 2 mil toneladas de massa asfáltica na recuperação de pistas do DF. Quase 250 carcaças de carros foram recolhidas das ruas.

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Até 9 de junho

Inscrições abertas para o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

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Ao Vivo de Brasília
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2025
Foto/Imagem: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Na edição comemorativa de 60 anos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emílio Salles Gomes, a mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país volta a ser realizada em setembro, com formato ampliado: serão nove dias de programação, com a inclusão de um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília.

O anúncio das novidades para o 58º Festival de Brasília foi feito nesta terça-feira (6), durante coletiva de imprensa no hall do Cine Brasília, ocasião que também marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens nacionais para a seleção oficial do evento. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do Festival até 9 de junho.

A edição de 60 anos celebra a resiliência do festival, que se mantém como referência nacional, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e presidente do evento, Claudio Abrantes. “Nem a ditadura nem a pandemia conseguiram parar o Festival”, destacou, ao lembrar que as edições de 1972, 1973 e 1974 não foram realizadas por conta do regime militar.

Uma das principais mudanças nesta edição é o retorno ao mês de setembro. “É o período em que o Festival sempre aconteceu, com ipês floridos e sem chuvas. Do ponto de vista técnico, temos certeza de que o evento retoma o protagonismo que nunca deveria ter perdido entre os grandes festivais do país”, afirmou Abrantes.

Para Sara Rocha, coordenadora-geral do Festival, essa retomada só foi possível graças ao edital trianual que garantiu orçamento para as edições de 2024, 2025 e 2026: “O retorno a setembro é fundamental para o posicionamento estratégico do Festival no calendário nacional, e foi viabilizado pelo trabalho continuado ao longo desses três anos”.

Neste ano, o evento terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana. Com isso, haverá mais exibições, oficinas e atividades culturais em diversas regiões do Distrito Federal, além das sessões no Cine Brasília.

Desde o ano passado, o Banco de Brasília (BRB) é o patrocinador master do Festival, o que também possibilitou a ampliação de formato e estrutura. “Foi o maior investimento já feito pelo banco no Festival, com foco na valorização das produções cinematográficas”, afirmou o gerente de patrocínios do BRB, João Eduardo Silveira.

Mostra Brasília

A Mostra Brasília também será ampliada, com mais dias de competição, maior número de filmes e aumento no valor dos prêmios. Serão exibidos dez curtas e cinco longas no decorrer de cinco dias. O valor total dos prêmios passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil. O edital específico será lançado ainda nesta semana, mas as inscrições já estão abertas no site oficial do Festival.

Além das exibições e mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília contará com a sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com a presença de players nacionais e internacionais do setor audiovisual. Também será realizada, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional do Audiovisual – fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, com participação do público.

A programação completa do Festival será divulgada em 20 de agosto.

Cine Brasília

A estrutura do Cine Brasília será novamente ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates. O anexo previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, que deve consolidar essa expansão de forma permanente, está em fase de viabilização. O edital para a construção será lançado nas próximas semanas.

“Essa área externa já é muito utilizada, mas agora é hora de consolidar esse espaço com salas menores de cinema e uma cinemateca que abrigue acervos de grandes nomes do cinema brasiliense, como o homenageado da sala, Vladimir Carvalho”, reforçou Claudio Abrantes. Ele também anunciou o lançamento de licitação para aquisição de um projetor 4K para o Cine Brasília.

Mostra 60 Anos do Festival

Como parte das comemorações pelos 60 anos do Festival, o Cine Brasília realiza, desta terça (6) até domingo (11), sempre às 18h, a mostra especial 1 Filme por Década, com entrada franca.

A seleção reúne seis filmes emblemáticos premiados com o Troféu Candango de Melhor Filme. Veja abaixo.

  • Todas as Mulheres do Mundo(1966), de Domingos de Oliveira
  • Nunca Fomos tão Felizes (1984), de Murilo Salles
  • Que Bom te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat
  • Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis
  • É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert
  • Temporada (2018), de André Novais de Oliveira
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Transporte público

Mulheres com medida protetiva no DF terão acesso ao Passe Livre

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Ao Vivo de Brasília
Passe Livre mulher medida protetiva DF
Foto/Imagem: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Mulheres com medida protetiva e em situação de acolhimento terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal. O anúncio foi feito pelo governador Ibaneis Rocha durante a inauguração do Centro de Referência da Mulher Brasileira, no Recanto das Emas. A medida tem como objetivo facilitar o acesso delas aos serviços da Secretaria da Mulher e a esses centros, especialmente em momentos de vulnerabilidade.

“Determinei que todas as mulheres cadastradas com medidas protetivas, que precisarem do acolhimento da Secretaria da Mulher e das casas da Mulher Brasileira, terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal”, afirmou o governador. “É uma forma de garantir que essas mulheres possam acessar os serviços em um momento que pode ser de reconstrução de suas vidas.”

Além do Passe Livre, a iniciativa prevê o fortalecimento da articulação entre os serviços oferecidos, ampliando a proteção e a autonomia de quem está em situação de violência.

Ibaneis também destacou o papel da bancada federal na viabilização de recursos para obras de acolhimento às mulheres. Segundo ele, parte das verbas para as novas unidades veio de emendas parlamentares, complementadas por orçamento do próprio Governo do Distrito Federal (GDF).

“Não deixamos nenhuma obra parar. Quando os recursos federais não foram suficientes, colocamos dinheiro do nosso orçamento, porque sabemos da importância desses espaços de acolhimento e encaminhamento para as mulheres”, disse o governador, ao agradecer o apoio de senadores e deputados. “O ideal é termos uma Casa da Mulher Brasileira em cada uma das 35 regiões administrativas do DF. Lugares como Sol Nascente e Ceilândia ainda sofrem com altos índices de violência. Precisamos estar mais próximos dessas mulheres”, defendeu Ibaneis.

O modelo atual das casas, segundo o governador, segue um conceito mais descentralizado e acessível. “A proposta é que as unidades estejam próximas de onde as mulheres vivem, para que o acolhimento ocorra no momento em que elas mais precisam, com acesso a psicólogas, orientação jurídica, benefícios como o aluguel social e encaminhamento para o mercado de trabalho.”

Segundo a vice-governadora Celina Leão, a medida é essencial para que os direitos das mulheres possam ser exercidos de forma plena. “Essa determinação do governador Ibaneis é fundamental para garantir que as mulheres possam acessar serviços públicos que são essenciais, especialmente, em momentos de dor e vulnerabilidade. É mais um passo que damos para proteger as nossas mulheres, que precisam contar com o apoio do poder público para saírem de situações de violência”, afirmou Celina.

“Trata-se de uma medida do governador Ibaneis Rocha de grande importância para o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica, garantindo a elas o acesso ao transporte público coletivo em todas as linhas de ônibus e metrô do DF, de forma que possam se deslocar mais facilmente para acessar os serviços públicos de saúde, segurança e assistência que precisarem buscar”, afirma o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves.

De acordo com a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, a medida vai garantir o acesso continuado aos tratamentos ofertados pelas unidades do Distrito Federal: “O atendimento psicossocial oferecido nas nossas unidades não acontece em um dia, ele tem uma sequência ao longo das semanas. Muitas mulheres falavam que não tinham dinheiro para pagar a passagem para dar andamento, porque o tratamento é de no mínimo 12 encontros, então era uma demanda que a gente estava identificando que prejudicava nos atendimentos. Elas começavam participando e depois acabavam abandonando por essa questão. Essa nova medida vem para solucionar esse problema”.

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