Desemprego cresce pelo 3º mês seguido no Distrito Federal e atinge 230 mil pessoas

Pelo terceiro mês consecutivo desde agosto, a taxa de desemprego no Distrito Federal aumentou. Passou de 14,6% em setembro para 15,1% em outubro. O número de desempregados para o último mês foi estimado em 230 mil pessoas — 5 mil a mais do que o registrado em setembro. O resultado decorre da saída de 15 mil pessoas do grupo da população economicamente ativa, simultaneamente à perda de 20 mil postos de trabalho.
Os jovens de 18 a 24 anos foram os mais atingidos: 28,3 % ficaram desempregados em outubro e 27,4%, em setembro. Na categoria gênero, as mulheres aparecem no último mês com 17% e os homens, com 13,5%.
Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego no DF divulgada na manhã desta quarta-feira (25). O levantamento é feito mensalmente pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), pela Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com a Fundação Sistema Estadual de Análises de Dados vinculada à Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de São Paulo.
Comparada a outras quatro localidades onde é feita a pesquisa, a capital federal tem a segunda maior taxa de pessoas sem emprego. Salvador está em primeiro lugar, com 19,4% em outubro; São Paulo, em terceiro, com 14,3%, seguido por Porto Alegre (10,1%) e Fortaleza (9,4%).
Setores
Em outubro, o nível de ocupação diminuiu 1,5% e a estimativa do número de ocupados ficou em 1,291 milhão de pessoas — 20 mil a menos do que em setembro. Os indicadores resultam de reduções na indústria de transformação (-12,5% ou menos 6 mil trabalhadores), na construção (-1,3% ou menos mil) e nos serviços (-1,4% ou menos 13 mil).
Já o comércio apresentou variação positiva (0,4% ou mais mil trabalhadores). “Temos essa sazonalidade de aumento pelas festas, quando o comércio fica mais aquecido. Mas, se observarmos outros anos, esperávamos um crescimento ainda maior”, explica o diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Bruno Cruz.
A pesquisa também mostra que o número de assalariados caiu 0,9% em outubro. Isso ocorreu devido ao desempenho negativo nos setores privado (-0,6% ou menos 4 mil pessoas) e público (-2,2% ou menos 6 mil). Na iniciativa privada, houve baixa no número de pessoas sem carteira de trabalho assinada (-3%, ou menos 3 mil) e permaneceu estável o daquelas com carteira. Também houve queda na quantidade de autônomos (-4,3%, ou menos 7 mil) e de empregados domésticos (-6,0% ou menos 5 mil). Entre os demais trabalhadores classificados, como donos de negócio familiar e profissionais liberais, houve variação positiva (0,9% ou mil pessoas).
Regiões administrativas
Quanto às taxas de desemprego nas regiões administrativas, no grupo que reúne as de renda mais alta, como Lagos Sul e Norte, o número passou de 7,2% em setembro para 7,4% em outubro. No das localidades de renda intermediária, a exemplo do Gama e de Taguatinga, o aumento foi de 11,9% para 12,5% no período. Já no terceiro grupo, das regiões de renda mais baixa, entre elas, Recanto das Emas e São Sebastião, a taxa de desemprego subiu de 17,7% para 18,2%.
Rendimento
Entre agosto e setembro, o rendimento médio real aumentou 0,5% para os ocupados — ficando em R$ 2.827 — e diminuiu 1,5% para os assalariados, passando a R$ 2.854. “Não são os salários que estão sendo reduzidos, mas sim outros postos de trabalho que estão sendo criados com salários menores”, explica a coordenadora da PED-Dieese, Adalgiza Lara Amaral. O rendimento médio dos autônomos elevou-se em 1,4%, alcançando R$ 1.822.
Também participaram da apresentação o presidente da Codeplan, Lucio Rennó, o técnico do Dieese Tiago Oliveira, e o coordenador de Qualificação Profissional, da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Gerson Vicente de Paula.
Acesse a íntegra da pesquisa.
Samira Pádua, da Agência Brasília

Segunda, 17 de fevereiro
Semana começa com 374 oportunidades de emprego no Distrito Federal

As agências do trabalhador do DF abrem a semana, nesta segunda-feira (17), com 374 vagas disponíveis para quem procura um emprego. Há oportunidades para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência. Algumas são exclusivas para pessoas com deficiência. Os salários chegam a R$ 4 mil.
O posto que oferece maior remuneração é o de mecânico de auto em geral, em Águas Claras. Há uma vaga aberta para candidatos que tenham iniciado o ensino fundamental. Não há exigência de experiência.
Já o cargo que oferece o maior número de vagas é o de ajudante de carga e descarga de mercadoria, no Riacho Fundo II. São 40 oportunidades para pessoas com ensino fundamental completo, mas sem necessidade de experiência. O salário é de R$ 1.518.
Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.
Empregadores que desejam ofertar vagas ou utilizar o espaço das agências do trabalhador para entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo aplicativo Sine Fácil. Também é possível solicitar atendimento pelo e-mail [email protected]. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).
Saúde mental
DF terá cinco novos Caps para reforçar atendimento psicossocial

A rede de Centros de Atenção Psicossocial (Caps) será ampliada no DF. Em parceria com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), a Secretaria de Saúde (SES-DF) prevê a construção de cinco novas unidades para reforçar o atendimento em saúde mental.
“A expansão da Rede de Atenção Psicossocial é parte dos investimentos do Governo do Distrito Federal (GDF) para reforçar o atendimento de saúde mental para a população”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. Há investimentos na contratação de novos servidores e, em 2025, foi criada a Subsecretaria de Saúde Mental, especializada no tema.
Dos cinco novos Caps, dois serão destinados ao público infantojuvenil (Capsi), no Recanto das Emas e em Ceilândia, e outros dois ao tratamento em tempo integral de distúrbios causados pelo abuso de álcool e outras drogas (Caps III AD), no Guará e em Taguatinga. A quinta unidade deve ser implementada no Gama, acolhendo pessoas a partir de 18 anos que sofrem com transtornos mentais agudos ou crônicos.
Os Caps são destinados ao atendimento de pessoas com sofrimento mental grave, incluindo aquele decorrente do uso de álcool e outras drogas, seja em situações de crise, seja nos processos de reabilitação psicossocial. As unidades funcionam em regime de porta aberta, isto é, sem necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento médico. A assistência é realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar, composta por psiquiatras, clínicos, pediatras, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, equipe de enfermagem e farmacêuticos, a depender da modalidade do centro.
A demanda por atendimento em saúde mental no DF tem crescido. Em 2023, foram registrados 281,5 mil atendimentos. De janeiro a outubro de 2024, o número subiu para 303,5 mil. Para acompanhar essa necessidade, a carga horária de 39 profissionais dos Caps foi ampliada de 20 horas para 40 horas semanais, adicionando quase 800 horas de serviço.
Expansão
Atualmente, a obra do Caps Infantojuvenil (Capsi) no Recanto das Emas está na fase inicial. No Gama, onde funcionará o Caps III, a empresa já foi contratada e deve começar a trabalhar em breve. Ambas as unidades funcionarão 24 horas e têm previsão de entrega para outubro de 2025.
Outros três projetos avançam em diferentes etapas: em Ceilândia e Taguatinga, os projetos e orçamentos estão finalizados e seguem para o planejamento da licitação e publicação do edital. Já no Guará, os projetos estão em fase de desenvolvimento, seguidos pela definição do orçamento e, depois, pelo processo licitatório.
Segundo a Novacap, a ampliação da rede fortalecerá o atendimento público em saúde mental. “Temos um compromisso sólido com essa expansão, garantindo qualidade e cumprimento dos prazos. A construção dessas unidades é essencial para oferecer um suporte mais eficiente à população”, afirmou o presidente da companhia, Fernando Leite.
Rede de atenção
A Atenção Primária à Saúde (APS) também desempenha um papel fundamental, com 176 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) oferecendo suporte psicossocial. Além disso, a SES-DF disponibiliza Práticas Integrativas em Saúde (PIS), como acupuntura, meditação, musicoterapia e yoga.
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