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Câmara em Movimento

Deputados distritais recebem reivindicações de moradores do Paranoá

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Marco Túlio Alencar

A população do Paranoá apresentou aos deputados distritais, na tarde desta quinta-feira (19), as suas principais reivindicações, dentro do projeto “Câmara em Movimento”, quando o Legislativo do DF deixa a sua sede e vai ao encontro da comunidade. Na sessão itinerante, realizada numa quadra coberta na região central da cidade, foram tratados temas diversos – desde a regularização de polos de produção e de comercialização, a necessidade de mais escolas, creches, melhorias no hospital até a construção de posto policial.

O presidente da CLDF, deputado Joe Valle (PDT), chamou a atenção para a necessidade de um maior detalhamento dos projetos, incluindo os valores relativos às demandas. “As reivindicações são feitas ao GDF. A Câmara Legislativa faz a mediação junto ao Executivo. E os projetos detalhados são imprescindíveis para que os parlamentares possam apresentar as emendas ao orçamento e, a partir daí, acompanhar a sua execução”, explicou.

A primeira demanda dos moradores foi a regularização do Polo de Plantas. Fábio Júlio Batista Alves observou que a cidade possui uma área agricultável de 53 mil hectares, mas o local onde os produtos são comercializados, inclusive para outros estados, ainda carece de regularização. Também foi solicitada a construção do “Galpão do Produtor Rural”, onde seria instalada uma feira semanal que atualmente ocupa um trecho da principal avenida da cidade.

A necessidade da construção e reforma de postos de saúde na área rural foi exposta por Pedro Oliveira Silva. “Temos apenas cinco unidades para atender a esta que é a segunda maior região rural do Distrito Federal”, apontou. Também foram pedidas reformas nas escolas e no Centro de Referência de Atendimento em Assistência Social (CRAS).

João Gomes Pereira, conhecido como João do Violão, solicitou a compra de insumos e a reforma do Hospital do Paranoá. Os líderes comunitários reivindicaram ainda a ampliação do Programa de Atenção Integral ao Adolescente (Praia), a construção do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), bem como de creches, inclusive na área rural, além de um posto policial no Paranoá Parque.

Apoio – Depois de ouvir as lideranças comunitárias, os deputados distritais fizeram pronunciamentos apoiando as demandas previamente definidas pela população, durante oficina preparatória que aconteceu no Paranoá no dia 30 de setembro passado.

Ao final do relato dos moradores, o deputado Ricardo Vale (PT) concluiu que o Paranoá “é uma cidade que precisa de tudo e uma das que mais sofre com o abandono do poder público”. Ele reforçou o papel do Legislativo: “Os recursos destinados pelos deputados são muitos, mas a execução é do governo. Nosso papel é fiscalizar e cobrar”.

Raimundo Ribeiro (PPS) também reafirmou “o verdadeiro papel da Câmara Legislativa”. O parlamentar esclareceu: “Há uma confusão sobre quem realiza a obra, que é o governo. Nós, como fiscalizadores, a todo momento, fazemos denúncias. Mas, chegamos a um nível de desgoverno, que falta até água”.

O relator do orçamento do Distrito Federal para 2018, deputado Agaciel Maia (PR), observou que cada deputado terá direito a apresentar emendas ao projeto que somarão R$ 19 milhões, “no total serão quase meio bilhão de reais”.

O deputado Lira (PHS), que destacou a sua afinidade com aquela região, lembrou que destinou, no ano passado, recursos para a duplicação da BR 250, solicitação lembrada por meio de faixa levada pelos moradores. “Estamos chegando ao final do ano e nada foi feito”, desabafou, salientando que tem mantido “cobranças constantes” para que a obra seja realizada. Por sua vez, Wasny de Roure (PT) registrou apoio à luta dos produtores pela regularização do Polo de Plantas e contou sobre reunião com o Conselho de Saúde do Paranoá. “Podemos ajudar no processo político de mobilização e reivindicação”, acrescentou.

A deputada Luzia de Paula (PSB) externou seu compromisso com os produtores do Polo de Plantas e, especialmente, com a construção de creches “para permitir que os pais possam trabalhar com tranquilidade, deixando seus filhos em lugar seguro”. Para Celina Leão (PPS), o fato de conhecer as reivindicações da comunidade, por meio do Câmara em Movimento, “facilita o trabalho dos deputados distritais”. Na avaliação da parlamentar, “não é preciso inventar nada”, apenas seguir o que a população está apontando.

Já o deputado Rafael Prudente (PMDB) demonstrou preocupação com a falta de atenção do GDF à duplicação da BR 250. Ele fez um apelo aos seus colegas, convocando-os a se unir em torno da realização da obra, que atenderia os moradores do Paranoá e do Itapoã. E defendeu a construção de escola no conjunto habitacional Paranoá Parque.

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Até 9 de junho

Inscrições abertas para o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

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Ao Vivo de Brasília
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2025
Foto/Imagem: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Na edição comemorativa de 60 anos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emílio Salles Gomes, a mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país volta a ser realizada em setembro, com formato ampliado: serão nove dias de programação, com a inclusão de um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília.

O anúncio das novidades para o 58º Festival de Brasília foi feito nesta terça-feira (6), durante coletiva de imprensa no hall do Cine Brasília, ocasião que também marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens nacionais para a seleção oficial do evento. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do Festival até 9 de junho.

A edição de 60 anos celebra a resiliência do festival, que se mantém como referência nacional, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e presidente do evento, Claudio Abrantes. “Nem a ditadura nem a pandemia conseguiram parar o Festival”, destacou, ao lembrar que as edições de 1972, 1973 e 1974 não foram realizadas por conta do regime militar.

Uma das principais mudanças nesta edição é o retorno ao mês de setembro. “É o período em que o Festival sempre aconteceu, com ipês floridos e sem chuvas. Do ponto de vista técnico, temos certeza de que o evento retoma o protagonismo que nunca deveria ter perdido entre os grandes festivais do país”, afirmou Abrantes.

Para Sara Rocha, coordenadora-geral do Festival, essa retomada só foi possível graças ao edital trianual que garantiu orçamento para as edições de 2024, 2025 e 2026: “O retorno a setembro é fundamental para o posicionamento estratégico do Festival no calendário nacional, e foi viabilizado pelo trabalho continuado ao longo desses três anos”.

Neste ano, o evento terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana. Com isso, haverá mais exibições, oficinas e atividades culturais em diversas regiões do Distrito Federal, além das sessões no Cine Brasília.

Desde o ano passado, o Banco de Brasília (BRB) é o patrocinador master do Festival, o que também possibilitou a ampliação de formato e estrutura. “Foi o maior investimento já feito pelo banco no Festival, com foco na valorização das produções cinematográficas”, afirmou o gerente de patrocínios do BRB, João Eduardo Silveira.

Mostra Brasília

A Mostra Brasília também será ampliada, com mais dias de competição, maior número de filmes e aumento no valor dos prêmios. Serão exibidos dez curtas e cinco longas no decorrer de cinco dias. O valor total dos prêmios passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil. O edital específico será lançado ainda nesta semana, mas as inscrições já estão abertas no site oficial do Festival.

Além das exibições e mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília contará com a sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com a presença de players nacionais e internacionais do setor audiovisual. Também será realizada, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional do Audiovisual – fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, com participação do público.

A programação completa do Festival será divulgada em 20 de agosto.

Cine Brasília

A estrutura do Cine Brasília será novamente ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates. O anexo previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, que deve consolidar essa expansão de forma permanente, está em fase de viabilização. O edital para a construção será lançado nas próximas semanas.

“Essa área externa já é muito utilizada, mas agora é hora de consolidar esse espaço com salas menores de cinema e uma cinemateca que abrigue acervos de grandes nomes do cinema brasiliense, como o homenageado da sala, Vladimir Carvalho”, reforçou Claudio Abrantes. Ele também anunciou o lançamento de licitação para aquisição de um projetor 4K para o Cine Brasília.

Mostra 60 Anos do Festival

Como parte das comemorações pelos 60 anos do Festival, o Cine Brasília realiza, desta terça (6) até domingo (11), sempre às 18h, a mostra especial 1 Filme por Década, com entrada franca.

A seleção reúne seis filmes emblemáticos premiados com o Troféu Candango de Melhor Filme. Veja abaixo.

  • Todas as Mulheres do Mundo(1966), de Domingos de Oliveira
  • Nunca Fomos tão Felizes (1984), de Murilo Salles
  • Que Bom te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat
  • Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis
  • É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert
  • Temporada (2018), de André Novais de Oliveira
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Transporte público

Mulheres com medida protetiva no DF terão acesso ao Passe Livre

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Ao Vivo de Brasília
Passe Livre mulher medida protetiva DF
Foto/Imagem: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Mulheres com medida protetiva e em situação de acolhimento terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal. O anúncio foi feito pelo governador Ibaneis Rocha durante a inauguração do Centro de Referência da Mulher Brasileira, no Recanto das Emas. A medida tem como objetivo facilitar o acesso delas aos serviços da Secretaria da Mulher e a esses centros, especialmente em momentos de vulnerabilidade.

“Determinei que todas as mulheres cadastradas com medidas protetivas, que precisarem do acolhimento da Secretaria da Mulher e das casas da Mulher Brasileira, terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal”, afirmou o governador. “É uma forma de garantir que essas mulheres possam acessar os serviços em um momento que pode ser de reconstrução de suas vidas.”

Além do Passe Livre, a iniciativa prevê o fortalecimento da articulação entre os serviços oferecidos, ampliando a proteção e a autonomia de quem está em situação de violência.

Ibaneis também destacou o papel da bancada federal na viabilização de recursos para obras de acolhimento às mulheres. Segundo ele, parte das verbas para as novas unidades veio de emendas parlamentares, complementadas por orçamento do próprio Governo do Distrito Federal (GDF).

“Não deixamos nenhuma obra parar. Quando os recursos federais não foram suficientes, colocamos dinheiro do nosso orçamento, porque sabemos da importância desses espaços de acolhimento e encaminhamento para as mulheres”, disse o governador, ao agradecer o apoio de senadores e deputados. “O ideal é termos uma Casa da Mulher Brasileira em cada uma das 35 regiões administrativas do DF. Lugares como Sol Nascente e Ceilândia ainda sofrem com altos índices de violência. Precisamos estar mais próximos dessas mulheres”, defendeu Ibaneis.

O modelo atual das casas, segundo o governador, segue um conceito mais descentralizado e acessível. “A proposta é que as unidades estejam próximas de onde as mulheres vivem, para que o acolhimento ocorra no momento em que elas mais precisam, com acesso a psicólogas, orientação jurídica, benefícios como o aluguel social e encaminhamento para o mercado de trabalho.”

Segundo a vice-governadora Celina Leão, a medida é essencial para que os direitos das mulheres possam ser exercidos de forma plena. “Essa determinação do governador Ibaneis é fundamental para garantir que as mulheres possam acessar serviços públicos que são essenciais, especialmente, em momentos de dor e vulnerabilidade. É mais um passo que damos para proteger as nossas mulheres, que precisam contar com o apoio do poder público para saírem de situações de violência”, afirmou Celina.

“Trata-se de uma medida do governador Ibaneis Rocha de grande importância para o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica, garantindo a elas o acesso ao transporte público coletivo em todas as linhas de ônibus e metrô do DF, de forma que possam se deslocar mais facilmente para acessar os serviços públicos de saúde, segurança e assistência que precisarem buscar”, afirma o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves.

De acordo com a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, a medida vai garantir o acesso continuado aos tratamentos ofertados pelas unidades do Distrito Federal: “O atendimento psicossocial oferecido nas nossas unidades não acontece em um dia, ele tem uma sequência ao longo das semanas. Muitas mulheres falavam que não tinham dinheiro para pagar a passagem para dar andamento, porque o tratamento é de no mínimo 12 encontros, então era uma demanda que a gente estava identificando que prejudicava nos atendimentos. Elas começavam participando e depois acabavam abandonando por essa questão. Essa nova medida vem para solucionar esse problema”.

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