Deputados cobram de secretário melhorias no atendimento à saúde
A ampliação e a melhoria no atendimento das unidades de saúde do DF, com a criação de mais leitos de UTIs e a solução para a falta de medicamentos, foram algumas das principais propostas debatidas na manhã desta terça-feira (14), em audiência pública da Comissão de Fiscalização, Governança, Controle e Transparência da Câmara Legislativa. Durante o encontro, a Secretaria de Saúde apresentou o relatório de sua execução orçamentária no segundo quadrimestre de 2014, conforme prevê a Lei Orgânica do DF.
Os deputados Joe Valle (PDT), presidente daquela comissão, e Rafael Prudente (PMDB), membro, ouviram do secretário de Saúde, João Batista de Sousa, as medidas que estão sendo adotadas pelo atual governo para melhoria do atendimento aos usuários do sistema. “Estamos trabalhando para a normalização, nos próximos períodos a serem avaliados, do abastecimento de medicamentos em toda a rede, com um planejamento mais eficaz na compra e nas licitações”, garantiu o secretário, ao ser questionado por Prudente, sobre ações para a correção do problema. João Batista disse ainda que a carência mensal de medicamentos na rede pública caiu de 300 para cerca de 70 itens.
UTIs
“Nos próximos dias devemos anunciar ações para a construção de mais leitos para UTIs”, anunciou Sousa, reconhecendo a crise de carência de leitos, sobretudo na região de Ceilândia. O secretário informou também que o “grande número” ainda registrado de contratos emergenciais se justifica pela urgência das ações, mas garantiu que todas as licitações regulares estão sendo adotadas.
“Existe uma desconfiança muito grande entre as pessoas que utilizam os serviços públicos de saúde. Isso a gente constata todos os dias, quando ouve, principalmente, a população carente. As medidas a serem adotadas precisam ter eficácia o mais rápido possível”, cobrou o deputado Joe Valle, apoiado por Prudente. O secretário de Saúde reconheceu a necessidade de a população ser melhor atendida. Ele lamentou, contudo, o fato de mais de 81% dos recursos destinados à saúde serem aplicados no pagamento de pessoal.
Ao expor em detalhes o relatório dos gastos da saúde no DF no segundo quadrimestre de 2014, a subsecretária de Planejamento, Leila Gottems, destacou que se registrou mais uma vez aumento da demanda. Apenas no período em pauta, ocorreram 2,6 milhões de consultas médicas, o que dá uma média de 38,64 consultas por minuto.
Atualizado em 14/04/2015 – 16:22.
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