24 a mais que em 2015
Creches da rede pública receberão 136 alunos de até 5 anos em 2016

Cada um dos 39 centros educacionais da primeira infância da rede pública de ensino de Brasília passará a atender 136 crianças de até 5 anos — até 2015, eram 112 por unidade. Além disso, o ano letivo de 2016 começa em 11 de fevereiro com mais três creches (na Asa Sul, no Lago Norte e em Santa Maria). Serão 1.344 vagas a mais para alunos dessa faixa etária. O acréscimo foi autorizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, entidade federal que financia a construção das escolas.
“Constatamos que as unidades têm condições de receber esse aumento sem prejudicar o cuidado com os alunos, a segurança e o conforto nas instituições”, afirma o secretário de Educação, Esporte e Lazer, Júlio Gregório Filho. Dessa maneira, segundo o titular da pasta, o Estado consegue aproveitar melhor os espaços e os recursos públicos e humanos e, ao mesmo tempo, estender o atendimento principalmente a crianças de 4 e 5 anos, Meta 1 do Plano Distrital de Educação.
Vagas extras
As vagas extras nas unidades que já funcionam serão preenchidas por crianças inscritas nas coordenações regionais desde o início de 2015. Para as três creches que entram em atividade neste ano, a Secretaria de Educação abrirá inscrições no início de fevereiro.
No ano passado, foram inauguradas 13 unidades. Para 2016, está previsto o início das atividades em outras oito.
Os convênios que viabilizarão o funcionamento das três novas unidades foram assinados nessa segunda-feira (4), e as obras dos prédios estão concluídas. “Eles ficaram prontos em dezembro de 2015, mas como o ano letivo já estava no final e esses alunos precisam de um período de adaptação à escola, optamos por inaugurá-los em 2016”, explica o subsecretário de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação, Fábio Pereira de Sousa.
O governo de Brasília repassa à instituição conveniada R$ 588 por criança de 4 e 5 anos e R$ 686 para as de até 3 anos. Até o fim de 2015, o déficit de vagas no DF era de 2.721 para o primeiro grupo e de 21 mil para o segundo.
Critérios socioeconômicos para inscrição e classificação nos Centros de Educação da Primeira Infância
- Baixa renda: família participante de algum programa de assistência social;
- Medida protetiva: candidato em situação de vulnerabilidade social;
- Risco nutricional: criança em estado de vulnerabilidade nutricional — com declaração da Secretaria de Saúde;
- Mãe trabalhadora: aluno cuja mãe trabalha, formal ou informalmente.
Documentos necessários (original e cópia)
- Certidão de nascimento/documento de identidade da criança;
- Comprovante de residência ou do endereço do trabalho do pai/mãe ou responsável legal;
- CPF ou RG do pai, da mãe ou do responsável legal.

Auxílio mensal de R$ 150
Novos beneficiários do DF Social têm até 25/02 para abrir conta no BRB

A Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes-DF) selecionou 815 novas famílias beneficiárias do programa DF Social para abrirem a conta no Banco de Brasília (BRB) e terem acesso ao auxílio mensal de R$ 150. Para garantir o recebimento do próximo pagamento, é necessário que o cidadão tenha a conta social (não se trata de uma conta bancária comum) aberta até as 18h do dia 25 de fevereiro. Aqueles que não fizerem o procedimento no prazo estabelecido terão que aguardar nova rodada de contemplação.
A abertura da conta social deve ser realizada pelo aplicativo BRB Mobile. Basta seguir o passo a passo deste link.
Para saber se foi contemplado, o cidadão deve fazer a consulta no site GDF Social. No portal, em “Consulta DF Social”, é necessário informar CPF e data de nascimento do responsável financeiro, conforme declarado no Cadastro Único. Após esse procedimento, aparecerá mensagem na tela informando se a pessoa está ou não na lista de contemplados.
“O DF Social é um dos benefícios deste GDF que contribui para o combate à pobreza das famílias que mais precisam. Por isso, é fundamental que o cidadão acesse o site, verifique se foi contemplado e abra sua conta social para receber o valor já a partir de março”, explica a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra.
O DF Social é o programa de transferência de renda do Governo do Distrito Federal (GDF) que concede R$ 150 mensais às famílias de baixa renda residentes no Distrito Federal. Têm direito ao benefício os grupos com renda per capita de até meio salário mínimo inscritos no Cadastro Único. Para participar do programa, não é necessário solicitar a inclusão nas unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras). A seleção ocorre automaticamente, conforme priorização dos públicos descritos em lei e disponibilidade orçamentária.
Especialistas alertam
Consumo de chás sem orientação pode ser prejudicial à saúde

O consumo de chás é uma prática milenar, iniciada na China e disseminada por diversos países, inclusive no Brasil. Por aqui, os “chazinhos” são tradicionalmente indicados para tratar diversas condições de saúde e aliviar o estresse. Porém, o uso excessivo ou sem orientação de um profissional de saúde pode ter efeitos adversos, incluindo toxicidade para o organismo, como alerta a nutricionista da Gerência de Apoio à Saúde da Família (Gasf) da Secretaria de Saúde (SES-DF), Alana Siqueira. “O consumo indiscriminado de chás pode trazer sérios riscos à saúde, como agravamento de ansiedade, toxicidade, estresse, alterações na pressão arterial, impacto na fertilidade, gastrite, entre outros problemas”, explica.
De acordo com o farmacêutico da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Santa Maria, Felipe Melo, embora sejam naturais, os chás possuem contraindicações e podem interferir na eficácia de certos medicamentos. “Algumas plantas medicinais bastante conhecidas como o boldo e a erva de São João, por exemplo, podem prejudicar o efeito de anti-hipertensivos, antimicrobianos e sedativos. Isso porque o boldo pode aumentar o risco de hipotensão – pressão baixa – se consumido com o anti-hipertensivo. Já o chá de erva de São João, pode influenciar no metabolismo de antibióticos e de sedativos, podendo causar intoxicação”, alerta.
Para ele, o melhor é ter cautela e sempre perguntar ao profissional de saúde se o consumo de chás é seguro associado ao remédio receitado.
Intoxicação e danos ao fígado
O fígado é o principal órgão afetado pelo uso indiscriminado de infusões com plantas medicinais. A médica gastrohepatologista Daniela Carvalho, do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), explica que o consumo inadequado de chás pode desencadear reações hepáticas graves. “Os efeitos variam de inflamação e colestase – redução do fluxo biliar – a necrose hepática. Em casos mais severos, pode ser necessário um transplante de fígado”, diz.
Entre os sintomas indicativos de hepatotoxicidade estão dor abdominal, urina escura e icterícia – amarelamento da pele e dos olhos. “Esses sinais não devem ser ignorados e precisam de atenção médica imediata”, orienta a especialista.
Apesar dos inúmeros benefícios associados ao chá verde, a médica ressalta que seu consumo exagerado pode levar ao desenvolvimento de hepatite. “O chá verde, especialmente em altas doses ou em forma de cápsulas, tem sido relacionado a casos de hepatotoxicidade, como inflamação hepática do tipo hepatocelular”, explica. Segundo Daniela, a ingestão de ervas medicinais sem a devida orientação é uma das principais causas de lesão hepática induzida por substâncias.
Orientações
Na Farmácia Viva do Centro de Referência em Práticas Integrativas em Saúde (Cerpis) de Planaltina, os farmacêuticos orientam pacientes com prescrição para o uso de plantas medicinais. “Durante o atendimento, verificamos se o paciente conhece o fármaco e o motivo da prescrição. Após entender a necessidade, fornecemos a planta medicinal”, explica a farmacêutica e fitoterapeuta, Isabele Aguiar, que atua na chefia da Farmácia Viva.
Algumas plantas medicinais como capim-santo, erva-cidreira e manjericão são disponibilizadas sob demanda espontânea, necessitando que o usuário as solicite na Farmácia Viva. Por lá, a comunidade tem orientação em saúde sobre os métodos de preparo de chás e as quantidades seguras de consumo.
“Aqui, também fazemos medicamentos fitoterápicos e temos o atendimento direto para a comunidade, com orientação e disponibilização das plantas “in natura” para as preparações caseiras de infusão, decocção ou a maceração – diferentes formas de utilizar as plantas”, conclui.
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