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Intolerância

Confundido com motorista do Uber, homem é agredido por taxistas

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Taxistas que atuam no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, agrediram um motorista que fazia transporte pirata no terminal na manhã desta sexta-feira (5), segundo a Polícia Militar. O homem foi confundido com um motorista do Uber, aplicativo de transporte executivo em fase de regulamentação no Distrito Federal.



A briga aconteceu por volta das 10h40. Até as 11h10, a corporação não sabia informar quantos taxistas participaram da agressão. Dois PMs faziam o monitoramento de trânsito no local e conseguiram prender um dos supostos agressores. O motorista preso e o homem agredido foram encaminhados à 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul).

Na ocorrência, um dos policiais militares afirma que precisou algemar os dois envolvidos, para que não houvesse risco de novas agressões, “até que os seus ânimos fossem acalmados”. O PM descreve o caso como “briga generalizada”.

O taxista, de 30 anos, não deu declarações à Polícia Civil. O suposto motorista pirata, que tem 21 anos e mora em Padre Bernardo, no Entorno, afirmou que foi cercado e agredido no momento em que embarcaria um passageiro para sair do aeroporto. A ocorrência foi registrada por lesão corporal e ameaça.

Outros casos
Em 2015, a disputa entre motoristas do Uber e taxistas do DF gerou três episódios de violência. Em julho, funcionário de uma agência de viagens foi ao aeroporto JK buscar o cantor e deputado Sérgio Reis (PRB-SP) e acabou confundido com um condutor ligado ao aplicativo. O motorista afirmou que estava parado aguardando o artista quando foi cercado por seis ou sete condutores de táxi, que deram início ao empurra-empurra.

Em agosto, menos de um mês depois, os taxistas que operam no terminal voltaram a hostilizar um veículo do Uber. Desta vez, a agressão foi contra os passageiros, que foram obrigados a desembarcar e retirar as malas do carro.

“Se não descer nós vamos quebrar o carro. É melhor você descer. Olha a manifestação, quantos carros tem. Pode descer, senão vai quebrar o carro”, diz alguém durante a gravação. No mesmo dia, um ato reuniu cerca de 2 mil taxistas no centro de Brasília.

Em outubro, um motorista do Uber foi agredido com um cassetete pelos “concorrentes” e levou oito pontos na cabeça. Em uma das imagens feitas durante a confusão, ele aparece com a camisa branca encharcada de sangue. A vítima foi socorrida pela Polícia Militar e registrou ocorrência por lesão corporal, ameaça e dano.

Nos três casos, o governo do DF e o Sindicato dos Taxistas disseram condenar o uso de violência e reforçaram a necessidade de uma regulamentação clara sobre os aplicativos de táxi executivo, como o Uber.

O Palácio do Buriti enviou uma proposta à Câmara Legislativa em 13 de novembro, mas até hoje o tema não avançou entre os deputados. Até julho, o governo pretende chamar audiências públicas para conciliar interesses nas novas regras.

Atualizado em 05/02/2016 – 15:51.

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