Codeplan divulga pesquisa relacionada aos indígenas no Distrito Federal

De forma a traçar um perfil dos índios que vivem na capital do País e em 12 cidades goianas, foi feita a pesquisa inédita intitulada População indígena: um primeiro olhar sobre o fenômeno do índio urbano na área metropolitana de Brasília. Os dados foram apresentados na manhã desta quarta-feira (22), na sede da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). A divulgação faz parte da programação do Abril Indígena, série de eventos promovida pelo governo de Brasília para marcar a passagem do Dia do Índio — 19 de abril.
“Há uma situação de perpetuação dessas fragilidades e vulnerabilidades sociais. O analfabetismo passa de geração para geração. Há também as populações que saem das terras indígenas para as cidades e ficam fragilizadas. Além de perder a identidade como índio, estão em situação de analfabetismo, de emprego de baixa remuneração. Essa é a grande preocupação que o estudo levanta”, destacou o diretor de Estudos e Políticas Sociais da Codeplan, Flávio Gonçalves.
De 2.570.160 habitantes, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o DF tem 6.128 indígenas. A maior parte (97%) está concentrada em área urbana. Do total, as três regiões administrativas com maior população indígena são Ceilândia (13%), Planaltina (8,6%) e Samambaia (8,5%).
Dos municípios do estado vizinho — pertencentes à periferia metropolitana de Brasília, de acordo com a Codeplan —, o maior índice está na Cidade Ocidental, com três indígenas a cada mil habitantes. Os menores valores são encontrados em Cocalzinho de Goiás (0,86), Cristalina (1,18) e Padre Bernardo (1,37).
De acordo com o sexo, Cocalzinho de Goiás (GO), Planaltina (GO) e Alexânia (GO) lideram a participação masculina, com 60%, 52,4% e 51,3%, respectivamente. O ranking feminino traz Santo Antônio do Descoberto (GO) com 59%, Valparaíso de Goiás (GO) com 58,5% e Cidade Ocidental (GO) com 57,1%. No Distrito Federal, a população indígena é composta majoritariamente por mulheres, 55,3%.
Quanto à faixa etária, o DF tem as maiores proporções nas faixas de 25 a 39 anos (29,3%) e de 40 a 59 anos (27,8%). Os dados da pesquisa também mostram que, apesar das semelhanças entre as pirâmides da periferia metropolitana de Brasília e do Distrito Federal, nas faixas de até 9 anos e de 60 anos e mais, os dados se opõem: no primeiro grupo, há mais crianças até 9 anos (10,4%) e menos idosos (9,2%) do que no DF.
Sobre a origem da população indígena residente no DF, 40,2% vêm do Nordeste, 28,2% do Centro-Oeste, 17,3% do Norte e 14,2% do Sudeste, sem registros de migrantes indígenas vindos do Sul do País. Dos que vieram do Centro-Oeste, 78% nasceram no Distrito Federal, 12,7% vêm de Mato Grosso e 9,3% de Goiás.
Dados do Censo de 2010 sobre a língua usada por índios maiores de 5 anos no DF mostram que 96,9% não falavam língua indígena no domicílio. No quesito moradia, dos domicílios particulares com pelo menos um morador indígena, o maior percentual refere-se aos imóveis próprios (56,8%), seguido dos alugados (33,8%) e dos cedidos (8,2%). Outras formas de ocupação aparecem com 1,2%.
Cultura e escolaridade
Quanto à escolaridade, a proporção de pessoas de 15 anos ou acima dessa idade não alfabetizadas é superior ao de outros grupos étnicos: 5,3%. A população negra soma 4,3% de analfabetos, enquanto a não negra tem a menor taxa, 2,4%.
“Chama muita a atenção o analfabetismo entre os povos indígenas aqui no DF. Não é razoável que tenhamos esses dados na capital da República, que ostenta o selo da ausência do analfabetismo. Seguramente, essa é, para nós, uma das tarefas prioritárias a partir desse trabalho”, explicou a secretária-adjunta de Igualdade Racial da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Vera Araújo.
Rendimento e trabalho
Mais da metade da população indígena (55%) declarou receber, individualmente, mais de um a três salários mínimos mensais; 24,8% estão na faixa que compreende renda de até um salário mínimo e 4,7% têm rendimento superior a cinco salários mínimos. No mercado de trabalho, a participação indígena variou de 2% a 2,7% no setor público e de 3,1% a 4,8% no setor privado entre os anos de 2008 e 2012.
Também esteve presente na divulgação do estudo o chefe do Núcleo de Diversidade Cultural da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Osvaldo Xukuru. Militante do movimento indígena há mais de 45 anos, o diretor do Memorial dos Povos Indígenas, Álvaro Tukano, demonstrou satisfação com o tratamento dado aos índios pelo governo de Brasília. “Essa é uma grande diferença no Brasil”, concluiu.
Veja a íntegra do estudo e a programação completa do Abril Indígena.

A partir de 11 de maio
Funcionamento do Metrô-DF será ampliado até 21h30 aos domingos

O governador Ibaneis Rocha anunciou a ampliação do horário de funcionamento da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) aos domingos. A partir de 11 de maio, a população poderá usufruir do transporte público das 7h às 21h30 nestes dias, enquanto atualmente o horário era das 7h às 19h.
Aumentar o horário de funcionamento das 19h para as 21h30 é uma sensibilidade do Governo do Distrito Federal (GDF) com a população e os trabalhadores, explica o governador Ibaneis Rocha: “Em conversa com o Handerson Cabral [presidente do Metrô-DF], alteramos esse horário para que os trens do metrô, a partir deste domingo das mães, passem a circular até 21h30, atendendo essa proposta das pessoas que precisam utilizar o transporte público [até mais tarde] também aos domingos”.
Com a determinação do governador, o novo horário de funcionamento do Metrô-DF passa a ser o seguinte:
– De segunda a sábado: das 5h30 às 23h30
– Aos domingos: das 7h às 21h30
– Feriados: das 7h às 19h
Inscrições até 04 de maio
IGESDF abre novo processo seletivo para enfermeiros; confira os cargos

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) responsável pela gestão do Hospital de Base (HBDF), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Hospital Cidade do Sol (HSol) e pelas 13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) abriu inscrições para processo seletivo de cadastro reserva em dois cargos: Técnico em Enfermagem – UTI Pediátrica e Enfermeiro Administrativo – Educação Permanente. As oportunidades são destinadas a profissionais com formação específica e experiência comprovada na área.
Para a função de Técnico em Enfermagem – UTI Pediátrica, a carga horária mínima semanal é de 36 horas, com remuneração bruta de R$ 2.818,34. Entre os benefícios oferecidos estão auxílio transporte, alimentação (conforme Acordo Coletivo de Trabalho), clube de benefícios, abono semestral e folga no aniversário.
Já para a vaga de Enfermeiro Administrativo – Educação Permanente, a carga horária mínima é de 40 horas semanais, e a remuneração bruta é de R$ 5.187,84. Os benefícios são os mesmos ofertados para ambas as funções.
Requisitos
Entre as exigências para Técnico em Enfermagem estão diploma reconhecido pelo MEC, registro no COREN/DF, experiência mínima de seis meses em UTI Pediátrica e Unidade de Cuidados Paliativos, além de cursos específicos para cuidados de pacientes pediátricos críticos e paliativos.
Para a vaga de Enfermeiro Administrativo, é necessário possuir diploma de Enfermagem, pós-graduação em área da saúde, registro no COREN/DF e experiência de seis meses na área assistencial e na educação em saúde. Requisitos desejáveis incluem residência na área de saúde, experiência em simulação realística e atuação em Pediatria ou Oncologia.
Inscrições
As inscrições para ambos os cargos serão realizadas no período de 28 de abril de 2025 até 04 de maio de 2025. Os interessados devem acessar os editais e realizar a inscrição no site oficial do processo seletivo do IGESDF.
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