Curta nossa página

#ficaespanhol

CLDF debate obrigatoriedade da língua espanhola na rede pública

Publicado

Foto/Imagem: Rinaldo Morelli/CLDF
Denise Caputo

Até o final de 2016, as escolas públicas de todo o Brasil eram obrigadas a oferecerem o ensino da língua espanhola a seus alunos, conforme previsto na Lei nº 11.161/2005. Essa norma, contudo, foi revogada pela Lei nº 13.415/2017, que reformulou os currículos escolares do País. Agora professores, bacharéis dos cursos de Letras e estudantes do Distrito Federal lutam para garantir a obrigatoriedade do ensino de espanhol na rede pública local por meio de legislação distrital – a exemplo do que tem acontecido em outros estados. O assunto foi debatido nesta segunda-feira (25) em audiência pública no plenário da Câmara Legislativa.

À frente da discussão na Casa, o deputado Professor Reginaldo Veras (PDT) defendeu a oferta obrigatória do idioma nas escolas, mas apresentou as limitações do Legislativo no que diz respeito à regulamentação da matéria. A iniciativa de projeto de lei sobre o assunto, conforme explicou, deve ser do Executivo. O parlamentar se comprometeu a elaborar minuta de proposta a ser entregue ao chefe da Casa Civil do DF, Eumar Roberto Novacki, e ao secretário de Educação, Rafael Parente. Caso o governo não concorde em protocolar texto sobre o assunto na CLDF, Veras prometeu apresentar proposta de emenda à Lei Orgânica. “O PL é mais interessante porque é mais fácil de ser aprovado. Ele só precisa de maioria simples. Já a PELO precisa de, no mínimo, 16 votos”, apontou.

A professora Leila Bragança, da Associação dos Professores de Espanhol do DF, afirmou que a revogação da lei federal que tornava obrigatória a oferta de espanhol nas escolas gerou muita preocupação sobre o futuro do ensino do idioma. Ela citou o caso de estados como Paraíba e Rondônia, que contornaram o problema com leis locais, e cobrou um instrumento legal para assegurar o mesmo no DF. “Os alunos da rede pública têm de estar ‘par a par’ com os da rede privada, em condições de igualdade. Língua espanhola cai no vestibular e no Enem”, disse.

A professora destacou, ainda, a importância do aprendizado de espanhol como forma de “abrir horizontes”.  “A língua deve ser divulgada, conhecida e estudada. E não é só estudar gramática, é conhecer outras culturas”, defendeu Leila Bragança.

Professora do curso de licenciatura em Letras-Espanhol da Universidade de Brasília (UnB), Sabrina Lima também lamentou a revogação da Lei nº 11.161/2005: “Trouxe muita tristeza. Formamos pessoas para atuarem no ensino público, acreditamos na educação pública, e não se pode falar em igualdade de condições se as escolas particulares oferecem esse e outros idiomas e as escolas públicas não. O estudo de línguas estrangeiras abre universos, cria perspectivas e pode mudar vidas”.

A coordenadora da licenciatura em Letras do IFB, Marcela Fernandes, disse que o estudo de espanhol foi um “divisor de águas” em sua vida: “Por meio dele, conquistei tudo o que tenho”. Ela classificou a revogação da lei federal como um “retrocesso”: “Quem mais perde é a população menos privilegiada”. Além disso, a docente questionou o que acontecerá com os futuros professores ao concluírem os cursos de licenciatura.

Já a professora Patrícia Melo destacou que há 400 milhões de falantes de espanhol no mundo e que essa é a língua oficial de 21 países. “É surreal estarmos discutindo um direito que já tínhamos adquirido”, reclamou.

Fronteiras

A deputada Júlia Lucy (Novo) lembrou que o Brasil é o único país da América do Sul não fala espanhol: “Nunca fez sentido não estudarmos o idioma”. Ela acrescentou que cada língua estrangeira estudada é “mais um instrumento de trabalho, especialmente para as pessoas que estão na rede pública”.

A assessora técnica do Escritório de Educação da Embaixada da Espanha no Brasil, Maria Isabel Sanchez, também defendeu o espanhol no ensino básico. “O Brasil está inserido numa área que fala espanhol. O idioma aproxima as várias culturas e amplia as possibilidades nos setores econômicos, intelectuais e científicos”, afirmou.

Por sua vez, Henrique Oliveira, estudante de licenciatura em Letras-Espanhol, chamou atenção para o fato de o trânsito de pessoas entre os países vizinhos ser mais fácil, e isso poder ser potencializado a partir do conhecimento da língua. “Podemos capacitar pesquisadores, técnicos e tecnólogos para irem até esses países para intercâmbio em várias áreas”, sugeriu. E completou: “A língua pode ser mais um veículo para o sustento e o crescimento de nossa unidade federativa”.

Múltiplos idiomas

Representando a Coordenação de Línguas Estrangeiras da Secretaria de Educação do DF, Juscelino da Silva Sant’Ana não negou a possibilidade de o Distrito Federal contar com um instrumento legal para garantir o ensino de espanhol na educação básica. Contudo, ele afirmou que, as políticas na área enfatizam a pluralidade linguística: “Queremos contemplar várias línguas, não só o espanhol ou o inglês”. O gestou mencionou que os centros interescolares de línguas (CILs), por exemplo, chegam a oferecer seis idiomas: inglês, francês, espanhol, japonês, alemão e mandarim – o último ainda em experimentação.

Formalizando a união

Abertas as inscrições para a 2ª edição do Casamento Comunitário 2025

Publicado

Por

Ao Vivo de Brasília
Casamento Comunitário 2025
Foto/Imagem: Jhonatan Vieira/Sejus-DF

Promovido pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), o Casamento Comunitário 2025 chega à sua 2ª edição com data marcada: 29 de junho. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas em vários equipamentos públicos do DF e também durante as edições do GDF + Perto do Cidadão. Ao longo do ano, estão previstas mais três edições do programa, com expectativa de beneficiar cerca de 400 casais em situação de vulnerabilidade — oferecendo a oportunidade de oficializar a união de forma gratuita, digna e inesquecível.

Na primeira edição do Casamento Comunitário 2025, realizada no início do ano, 101 casais disseram “sim” ao amor. Com mais três celebrações previstas — em 29 de junho, 31 de agosto e 7 de dezembro — o programa deve alcançar mais 300 casais até o fim do ano. Desde sua criação pelo Decreto nº 41.971/2021, o Casamento Comunitário já realizou o sonho de mais de 541 casais em 11 edições.

Para Anailton dos Santos, 28, e Tamiris Rodrigues, 35, que participaram da edição anterior, a iniciativa foi transformadora. “A cerimônia foi linda e mudou nossas vidas. Desde então, só conquistamos coisas boas”, contou Anailton. Tamiris reforça: “O casamento fortaleceu nossa relação. Sem o programa, não seria possível. Um casamento assim custaria pelo menos R$ 10 mil”.

O programa vai além da cerimônia: todas as taxas cartoriais são totalmente cobertas, e os noivos recebem gratuitamente vestidos, ternos, maquiagem profissional e até transporte até o local do evento.

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou a importância de oficializar a união: “Embora a união estável seja reconhecida legalmente, o casamento proporciona benefícios exclusivos em determinados processos jurídicos. Além de oferecer gratuidade, nosso objetivo é tornar esse momento inesquecível para as famílias participantes”, afirmou.

Como participar

Entre os requisitos, é necessário ter idade mínima de 18 anos e atender às condições legais para o casamento, conforme o Código Civil (art. 1.521). Para se inscrever, os interessados devem comparecer a um dos locais definidos, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30, munidos da documentação exigida. A entrega de documentos por terceiros não será permitida.

Locais de inscrição

* Praça dos Direitos da Ceilândia: QNN 13, Ceilândia Norte;
* Agência Na Hora: Setor Cultural Norte;
* Praça dos Direitos do Itapoã: Quadra 203, Del Lago II;
* Estação Cidadania do Recanto das Emas: Quadra 113, Lote 9;
* Edições do GDF + Perto do Cidadão: sextas-feiras, das 9h às 16h, e sábados, das 9h às 12h.

Documentação Necessária

Todos os casais devem apresentar:

* Comprovante de residência no Distrito Federal;
* Documentos pessoais: original e cópia do RG ou CNH, CPF e certidão de nascimento;
* Formulário de inscrição preenchido.

Documentos adicionais

* Divorciados: cópia do formal de partilha, contendo petição inicial, sentença e trânsito em julgado.
* Viúvos: cópia da certidão de óbito, certidão de casamento e formal de partilha com petição inicial, sentença e trânsito em julgado.

Declaração de Hipossuficiência

Todos os participantes devem entregar uma cópia da declaração de hipossuficiência de renda, conforme o modelo disponível no Anexo I do Edital.

Regras para testemunhas

As testemunhas também precisam apresentar:

* RG e CPF;
* Certidão de casamento (se casadas);
* Certidão de casamento com averbação de divórcio (se divorciadas).

Atenção: as testemunhas que comparecerem ao cartório não podem ser as mesmas que estarão presentes no dia da cerimônia.

CONTINUAR LENDO

Exercício 2025

Atenção, cidadão! Maio tem vencimento de parcelas do IPVA e início do IPTU

Publicado

Por

Ao Vivo de Brasília
IPTU 2025 DF
Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Contribuintes do Distrito Federal precisam ficar atentos. Maio é o primeiro mês com vencimento de parcelas tanto do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) quanto do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU).

O IPVA começou a ser pago antes – as primeiras parcelas, ou a cota única para quem optou pelo pagamento à vista, venceram em fevereiro. O valor podia ser parcelado em até seis vezes, ou seja, até julho. As datas de vencimento das parcelas variam conforme o número final da placa do veículo. Em maio, o período de pagamento vai do dia 26 ao dia 30.

Calendario-IPVA-2025

Arte: Seec-DF

Neste ano, cerca de 1,068 milhão de contribuintes receberam o boleto do IPVA. O imposto deve ser pago por proprietários de veículos que não possuem isenção. Os valores arrecadados são investidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em áreas como educação, saúde, segurança e infraestrutura.

Já o IPTU 2025 começa a ser pago em maio. As datas de vencimento são definidas de acordo com o número final (dígito verificador) da inscrição do imóvel no Cadastro Imobiliário do Distrito Federal (CIDF). A cota única e as primeiras parcelas vencem entre os dias 12 e 16.

Aqueles que optarem pelo pagamento à vista recebem 10% de desconto  desde que o imóvel não tenha débitos. Assim como o IPVA, o parcelamento também pode ser feito em seis vezes, contanto que a parcela não seja inferior a R$ 20. Para os que optarem por pagar em seis vezes, a parcela final vence em outubro.

IPTU TLP 2025 DF

Arte: Divulgação/Seec-DF

CONTINUAR LENDO
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais Lidas da Semana

© 2015-2025 AVB - AO VIVO DE BRASÍLIA - SIA Trecho 5, Ed. Via Import Center, Sala 425, Brasília - DF. Todos os Direitos Reservados. CNPJ 28.568.221/0001-80 - Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços de notícias de agências nacionais e internacionais, assessorias de imprensa e colaboradores independentes. #GenuinamenteBrasiliense