Prevenção
CEB classifica barragem do Paranoá como de baixo risco
O presidente da Companhia Energética de Brasília (CEB), Edson Garcia, afirmou nesta segunda-feira (4) que a barragem do Paranoá apresenta baixo risco de rompimento. Um relatório sobre a situação da barragem foi apresentado pela Companhia aos deputados distritais, durante reunião na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
O presidente da Câmara Legislativa, deputado Rafael Prudente (MDB), informou que nos próximos dias o presidente da Caesb, Fernando Leite, também será ouvido para apresentar a situação das barragens controladas pela empresa. Segundo Prudente, os esclarecimentos são importantes para tranquilizar a população do DF, especialmente após a tragédia recente em Brumadinho (MG).
De acordo com o relatório apresentado pela CEB, a barragem do Paranoá foi classificada como Risco B, considerada de baixo risco, e com monitoramento e manutenção sendo realizados regularmente. Mesmo assim, a CEB, em parceria com órgãos do GDF, pretende adotar algumas medidas para reforçar a segurança, após vistoria recente.
As medidas anunciadas são a recuperação e impermeabilização da pista de rolamento, recuperação do sistema de drenagem, redução da velocidade na via para 40 km, a proibição do tráfego de caminhões a partir de março e o reforço da proteção lateral da barragem, entre outros pontos.
O vice-governador do DF, Paco Britto, acompanhou a reunião e destacou o compromisso do governo com a transparência da situação das barragens. O último Plano de Segurança da Barragem foi elaborado em junho de 2017 e só deveria ser refeito em 2024, de acordo com a legislação. Mas o GDF decidiu antecipar o prazo e elaborar um novo Plano ainda em 2019.
O diretor da CEB Geração, Eduardo Roriz, responsável pelo monitoramento da barragem, disse que a Companhia fez uma vistoria detalhada com a Defesa Civil e outros órgãos. Os resultados deste trabalho foram apresentados na reunião pela diretora técnica, Priscila Parisi. Segundo ela, semanalmente é feita uma revisão in loco da barragem e até o momento não há problema que comprometa sua segurança.
A barragem foi construída no final da década de 50 para geração de energia para a então futura capital. A pequena central elétrica da barragem produzi 30 MW de energia, o que representa 1,5% de tudo que é consumido no DF. O reservatório da barragem tem 40 quilômetros quadrados e um volume de 500 milhões de metros cúbicos.
Questionado pelos deputados presentes, o diretor da CEB explicou que a proibição de circulação de ônibus chegou a ser avaliada, mas acabou sendo descartada, pelo menos por enquanto, por causa do lado social. Edson Garcia também informou que a companhia tem desenvolvido projetos de energia alternativa e atuado de forma conjunta com a Caesb e outros órgãos do GDF.
Em relação à possibilidade de privatização da empresa, Garcia disse que o novo governo ainda analisa a situação, mas que até o momento está mantido um leilão das participações da CEB em empresas geradoras de energia, iniciado no governo anterior. O leilão está previsto para março e as ações estão avaliadas em R$ 675 milhões.
Atualizado em 04/02/2019 – 20:30.
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