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Cai ou não?

Câmara debate tarifa de ônibus em reunião polêmica

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Zildenor Ferreira Dourado

Muita polêmica marcou a instalação nesta quinta-feira (5) do Grupo de Trabalho (GT) da Câmara Legislativa, criado por ato do presidente Joe Valle (PDT) para discutir uma proposta de solução para a crise provocada pelo reajuste das tarifas de ônibus e do metrô em até 25%. Os debates acalorados envolveram deputados distritais, representantes dos usuários, do empresariado e o secretário de Mobilidade do GDF, Fábio Damasceno, que defendeu a posição oficial do governo.

Na próxima quarta-feira (11), às 11h, o GT se reunirá novamente para apresentação de um esboço das propostas que serão debatidas pelos deputados distritais na sessão extraordinária convocada para o dia 12 de janeiro, às 15h.

Entre as questões mais debatidas destacaram-se a crescente diferença entre as tarifas pagas pelos usuários e a chamada tarifa técnica, bancada pelo governo, as fraudes no uso do cartão do passe livre, a falta de transparência sobre os custos do sistema, como também uma possível revisão da política de concessão de gratuidade, sobretudo envolvendo estudantes da rede privada.

Ao abrir a reunião, o presidente Joe Valle destacou a necessidade de o Legislativo garantir um debate amplo da questão a fim de se buscar um acordo com o GDF. “Precisamos de uma solução definitiva para acabar com o pagamento de subsídios de 600 milhões por ano, pois do jeito que está até mesmo com o reajuste atual não teremos recursos para bancar o sistema”, alertou o parlamentar.

Um dos dois coordenadores do Grupo de Trabalho, deputado Wasny de Roure (PT), criticou duramente o governo atual por não ter feito “um estudo profundo”, logo após assumir em 2015, a fim de reduzir os custos do sistema com o pagamento dos subsídios. “De 130 milhões em 2013 o custo passou para R$ 640 milhões em 2016. Há algo a ser explicado à sociedade, pois o governo não fez o dever de casa”, advertiu o distrital petista.

O deputado Cláudio Abrantes (Rede), também coordenador do GT, condenou “a forma açodada” como o governo decidiu pelo aumento das tarifas, sem discutir o problema com os representantes da sociedade e também com os deputados distritais. Lembrou ainda que a CPI dos Transportes apontou sugestões para melhorar a eficiência do sistema e apontou falhas nos processos de auditoria.

O presidente da Associação Comercial do DF, Cléber Pires, disse que os empresários do DF receberam “uma fatura nova para pagar logo no começo do ano”, embora ainda enfrentem muitos problemas como o número crescente de empresas que fecham em virtude da crise. Afirmou que com as tarifas cobradas agora os empresários terão que recorrer a demissões para reduzir seus custos.

Entre os estudantes o clima era de revolta. Vários deles, como Guilherme Camargo, anunciaram que vão intensificar a mobilização nos próximos dias para a reversão do reajuste e enfatizaram que também vão lutar contra qualquer redução das gratuidades para estudantes de escolas privadas e também de cursinhos.

O deputado Professor Israel Batista (PV) fez um discurso emocionado em defesa dos projetos que apresentou para garantir passe livre aos estudantes. “Não vou aceitar qualquer retirada de direitos. O custo do passe livre para os estudantes só representa 0,6 % do orçamento do DF”, protestou, enfatizando que muitas famílias já gastam muito mantendo seus filhos em escolas particulares e cursinhos.

Representante do governo no debate, o secretário de Mobilidade, Fábio Damasceno, fez uma longa explanação para justificar as dificuldades orçamentárias do governo em bancar a diferença entre os custos da tarifa usuário e da tarifa técnica e assegurou que o governo não tinha como adiar a concessão do reajuste.

Ele defendeu ainda que o governo atual vem atuando firme no combate às fraudes no sistema, como a comercialização de cartões de passe livre para estudantes, mas admitiu “problemas” com a implantação da integração entre as linhas. Ele anunciou que o “novo bilhete único” trará benefícios à população.

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Salários de até R$ 6 mil

Semana começa com 717 oportunidades de emprego no Distrito Federal

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Vagas de emprego DF
Foto/Imagem: Freepik

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem 717 vagas de emprego nesta segunda-feira (5). Há oportunidades para quem tem ou não experiência, em diferentes áreas e com salários de até R$ 6 mil.

O posto que oferece a maior remuneração é o de Diretor de Finanças, para trabalhar em Taguatinga Norte. Há uma vaga para pessoas com ensino superior completo para o cargo de Analista Contábil.

Já o cargo com maior número de vagas abertas é o de Ajudante de Obras, no Itapoã. São 110 oportunidades para candidatos que tenham o ensino fundamental completo. Não é preciso ter experiência. O salário é de R$ 1.518, mais benefícios.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Formalizando a união

Abertas as inscrições para a 2ª edição do Casamento Comunitário 2025

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Casamento Comunitário 2025
Foto/Imagem: Jhonatan Vieira/Sejus-DF

Promovido pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), o Casamento Comunitário 2025 chega à sua 2ª edição com data marcada: 29 de junho. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas em vários equipamentos públicos do DF e também durante as edições do GDF + Perto do Cidadão. Ao longo do ano, estão previstas mais três edições do programa, com expectativa de beneficiar cerca de 400 casais em situação de vulnerabilidade — oferecendo a oportunidade de oficializar a união de forma gratuita, digna e inesquecível.

Na primeira edição do Casamento Comunitário 2025, realizada no início do ano, 101 casais disseram “sim” ao amor. Com mais três celebrações previstas — em 29 de junho, 31 de agosto e 7 de dezembro — o programa deve alcançar mais 300 casais até o fim do ano. Desde sua criação pelo Decreto nº 41.971/2021, o Casamento Comunitário já realizou o sonho de mais de 541 casais em 11 edições.

Para Anailton dos Santos, 28, e Tamiris Rodrigues, 35, que participaram da edição anterior, a iniciativa foi transformadora. “A cerimônia foi linda e mudou nossas vidas. Desde então, só conquistamos coisas boas”, contou Anailton. Tamiris reforça: “O casamento fortaleceu nossa relação. Sem o programa, não seria possível. Um casamento assim custaria pelo menos R$ 10 mil”.

O programa vai além da cerimônia: todas as taxas cartoriais são totalmente cobertas, e os noivos recebem gratuitamente vestidos, ternos, maquiagem profissional e até transporte até o local do evento.

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou a importância de oficializar a união: “Embora a união estável seja reconhecida legalmente, o casamento proporciona benefícios exclusivos em determinados processos jurídicos. Além de oferecer gratuidade, nosso objetivo é tornar esse momento inesquecível para as famílias participantes”, afirmou.

Como participar

Entre os requisitos, é necessário ter idade mínima de 18 anos e atender às condições legais para o casamento, conforme o Código Civil (art. 1.521). Para se inscrever, os interessados devem comparecer a um dos locais definidos, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30, munidos da documentação exigida. A entrega de documentos por terceiros não será permitida.

Locais de inscrição

* Praça dos Direitos da Ceilândia: QNN 13, Ceilândia Norte;
* Agência Na Hora: Setor Cultural Norte;
* Praça dos Direitos do Itapoã: Quadra 203, Del Lago II;
* Estação Cidadania do Recanto das Emas: Quadra 113, Lote 9;
* Edições do GDF + Perto do Cidadão: sextas-feiras, das 9h às 16h, e sábados, das 9h às 12h.

Documentação Necessária

Todos os casais devem apresentar:

* Comprovante de residência no Distrito Federal;
* Documentos pessoais: original e cópia do RG ou CNH, CPF e certidão de nascimento;
* Formulário de inscrição preenchido.

Documentos adicionais

* Divorciados: cópia do formal de partilha, contendo petição inicial, sentença e trânsito em julgado.
* Viúvos: cópia da certidão de óbito, certidão de casamento e formal de partilha com petição inicial, sentença e trânsito em julgado.

Declaração de Hipossuficiência

Todos os participantes devem entregar uma cópia da declaração de hipossuficiência de renda, conforme o modelo disponível no Anexo I do Edital.

Regras para testemunhas

As testemunhas também precisam apresentar:

* RG e CPF;
* Certidão de casamento (se casadas);
* Certidão de casamento com averbação de divórcio (se divorciadas).

Atenção: as testemunhas que comparecerem ao cartório não podem ser as mesmas que estarão presentes no dia da cerimônia.

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