Erasmo Tokarski
Autoestima e vaidade na terceira idade: o que é preciso saber
Quando se pronuncia a palavra “vaidade”, é bastante comum associá-la a imagem de jovens ou mulheres preocupadas exclusivamente com a aparência. Mas, engana-se quem acredita que o autocuidado se restringe apenas a este público. Cada vez mais, homens e mulheres estão em busca de uma melhor aparência. A imagem dos idosos, por exemplo, já não pode mais ser atribuída a pacientes acamados e sem vida social. Além de viverem mais, o público maduro atual preza por viver melhor e com qualidade de vida.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é todo indivíduo com 60 anos ou mais. Em 2018, a Projeção da População divulgada pelo IBGE revelou que, no Brasil, mais de 28 milhões de pessoas estão nessa faixa etária. E a tendência é de crescimento: dados do Ministério da Saúde do mesmo ano estimam que, em 2030, o número de idosos ultrapassará o total de crianças entre zero e 14 anos.
Não à toa que esse público ganhou evidência na sociedade. A cada dia, surgem mais serviços especializados para eles. Academias, restaurantes, cinemas, áreas de lazer, entre outras atividades têm foco na terceira idade. Até mesmo os serviços de estética já desenvolvem tecnologias para este público. Pudera! Com toda a disposição para viver e serem notados, é natural também que os idosos cuidem mais da aparência.
Para o dermatologista, especialista em pele há mais de 30 anos, Erasmo Tokarski, atualmente as pessoas, de forma geral, procuram por tratamentos preventivos, já pensando na longevidade e em uma forma de chegar bem na maior idade. Segundo o profissional isso se dá porque além do aspecto visual, houve a compreensão que é importante se sentir-se bem com a imagem refletida no espelho nas mais diferentes fases da vida.
“A boa aparência e estética são preocupações de todas as idades e não somente no público maduro. O que percebemos ao longo dos anos é uma consciência maior com a saúde de forma geral. De um tempo para cá, pessoas saudáveis e preocupadas com o visual é a imagem real da maioria dos idosos. Estar em dia com a vaidade está diretamente ligado com o nosso bem-estar. É comprovado que cuidar do corpo e da mente traz benefícios para a saúde do idoso, ajuda na interação social e previne a depressão”, destaca.
Para Tokarski, na terceira idade, a preocupação com a pele vai muito além do que realçar a beleza. Por ser o maior órgão do corpo humano, a pele é uma camada de proteção contra agentes de natureza. O profissional defende que alguns procedimentos estéticos ultrapassam a barreira da vaidade e fazem parte da saúde do corpo. Como por exemplo esse cuidado regular com a pele a fim de não deixá-la frágil.
“Atualmente existe uma série de procedimentos que podem auxiliar na saúde dos pacientes, como por exemplo, a toxina botulínica (popularmente conhecida como botox), que já vem sendo utilizada com frequência no tratamento de enxaqueca, doenças neurológicas, e até mesmo nas sequelas posteriores ao AVC”, pontua.
“O lifting com fios de PDO (compostos de polidioxanona) é um método de suspensão dos tecidos da face e corpo e pode colaborar para a melhora do campo de visão do paciente. A aplicação corrige a redondeza do rosto, levanta a pele já encolhida nas bochechas, maxilares, pescoço e também produz um excelente elevador de sobrancelha”, explica o profissional que ainda ressalta que existem outros inúmeros procedimentos que podem ajudar.
Segundo o Tokarski é essencial que o paciente maduro tenha ajuda profissional para entender as mudanças que ocorrem na pele, no cabelo, nas unhas e em outras partes do corpo com o avançar dos anos. Para ele a ação do tempo é inevitável, mas é possível fazer a transição sem grandes complicações e com foco na saúde. O médico enfatiza que, ainda que os sinais da idade sejam inevitáveis é possível atenuá-los com cuidados preventivos sem que haja necessidade de intervenções estéticas mais invasivas.
“Atualmente é possível se manter bem cuidado do nascimento até os 90 anos de idade. A saúde integrativa é um caminho e trabalha bastante nesse sentido, pois ela observa a pessoa como um todo e mescla práticas convencionais com base na alta tecnologia e medicalização, quanto complementares e tradicionais. É um processo que envolve mudanças no estilo de vida, na alimentação, na prática de atividade física e no equilíbrio emocional e mental do ser. A idade chega para todos, mas é importante que se aprenda a envelhecer feliz e com qualidade de vida”, finaliza.
Xô, Aedes!
Distrito Federal tem queda de 81% no número de casos de dengue
O engajamento da população e as iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, têm dado resultado. No ano passado, nesta mesma época, foram 1.354 novos casos em uma semana. Agora, foram 256, uma queda de 81%.
“Esse levantamento mostra o resultado das ações, seja do governo, seja da população. É uma situação do momento, então pode haver mudanças. O importante é mantermos o foco e a união para juntos mantermos a dengue sob controle”, afirma a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.
O mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde mostra que, até o fim da Semana Epidemiológica 48, o DF somava 283.841 casos suspeitos de dengue ao longo de todo o ano, frente a 283.685 da semana epidemiológica 47, um acréscimo de 256. Já em 2023, a SE 48 somava 31.997 casos suspeitos, uma diferença maior que a apresentada frente ao término da SE 47 de 2023, com 30.643, à época, um acréscimo de 1.345 em uma semana.
O maior registro de números absolutos em 2024 ocorre por conta do “pico” dos casos de dengue ocorrido no início do ano. No entanto, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, reforça que o cenário atual é melhor que o vivido no fim de 2023, quando houve uma aceleração de infecções por dengue. “No mesmo período do ano passado, o número de casos era muito superior ao que se tem observado até o momento”, explica.
Visando à prevenção da dengue, a Secretaria de Saúde ampliou as ferramentas para monitoramento, como o uso de novas tecnologias digitais para análise de dados, por exemplo. A pasta também ampliou a força de trabalho envolvida nas ações diárias de combate à dengue, além de ter adotado novas estratégias, como as ovitrampas.
Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde. Além das inspeções de rotina, foram instaladas até o momento 2.175 armadilhas ovitrampas, tendo sido removidos 1.390.606 ovos do Aedes aegypti. Foram instaladas, ainda, 1.278 estações disseminadoras de larvicida.
Outros órgãos do GDF, como as administrações regionais e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), atuam em ações de limpeza, por exemplo. Já a Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria de Saúde, se destaca pelas ações realizadas ao longo do ano com a comunidade escolar.
Estoque crítico
A negativo: FHB oferece senhas preferenciais para doadores de sangue
A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) está distribuindo senhas preferenciais para doadores de sangue A negativo até 11 de dezembro. A medida prioriza o atendimento a esse grupo em um momento crítico, em que os estoques operam com apenas 66% do nível considerado ideal.
“A senha preferencial é uma estratégia que utilizamos quando os estoques de determinada tipagem atingem níveis críticos, como é o caso, agora, do A negativo. Precisamos restabelecê-lo a níveis considerados seguros, a fim de manter o atendimento regular aos hospitais”, explica a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro de Brasília, Kelly Barbi.
A queda no volume de doações foi intensificada pelos diversos feriados do mês de novembro. “Com a proximidade das festas de fim de ano e das férias escolares, convidamos a população a doar sangue, realizar esse gesto solidário e altruísta para com os pacientes do DF que necessitam de transfusões para manter ou recuperar a saúde. Há um aumento histórico de transfusões nesse período, motivo pelo qual fazemos esse apelo junto à população”, completa Kelly.
O Hemocentro de Brasília é responsável por abastecer toda a rede de saúde pública do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas.
Como funciona a senha preferencial
A senha preferencial para doadores A negativo será concedida mediante comprovação do grupo sanguíneo, seja com o cadastro no Hemocentro ou por meio de um exame de tipagem sanguínea. A medida otimiza o atendimento e prioriza as necessidades emergenciais, garantindo que o Hemocentro possa atender à alta demanda desses pacientes.
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente deve consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.
Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para a dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.
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