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Dia do Atletismo

Atividades físicas podem desencadear tendinites em regiões do corpo

Publicado

Foto/Imagem: Getty Images


Nesta sexta-feira (9), é comemorado o Dia do Atletismo. Buscando homenagear um dos esportes mais antigos da humanidade, a data faz referência à prática que reúne diferentes modalidades envolvendo corrida, lançamentos e saltos. O preparo corporal dos atletas neste meio exige bastante dedicação, treinos e foco. Ainda assim, sabe-se que muitos são acometidos por patologias desencadeadas a partir da execução dos exercícios.



O problema mais comum para os amantes das atividades físicas – incluindo, principalmente, os atletas – é a famosa tendinite, conhecida por causar a inflamação de um tendão. Esforços prolongados costumam ser o motivo dessa dor e, por incrível que pareça, ela pode comprometer diferentes regiões corporais. Juntamente com o atletismo, esportes como o futebol, natação, tênis e artes marciais são campeões para o desenvolvimento da irritação.

Márcio Silveira, médico ortopedista da clínica Salus Ortopedia e especialista em Joelho e em Trauma Esportivo, explica que ombros, cotovelos, joelhos, quadril e tornozelo são mais acometidos pela tendinite. “Inicialmente, o problema provoca dor de forma leve. É possível até que apareça apenas no momento da atividade, mas pode se desenvolver gradualmente até impedir os movimentos do corpo. A dor ao toque também é muito frequente nesses casos. Quando esses sintomas são ignorados e os exercícios são continuados, é possível sobrecarregar o tendão ao ponto de rompê-lo”, alerta.

O médico também informa quatro fatores responsáveis por causar o excesso de esforço desta estrutura, gerando, posteriormente, a sua ruptura quando não tratada corretamente. Confira:

1. Fraqueza ou desequilíbrio da musculatura envolvida

“Não adianta apenas gostar de realizar o esporte. É preciso fortalecer os músculos envolvidos. Quando não há constância no trabalho muscular, é gerado o desequilíbrio. A falta de alongamento também é um fator que influencia bastante”, chama a atenção.

2. Carga excessiva de treino

De acordo com o especialista, a atividade física em exagero traz o problema da inflamação do tendão por ser feita em uma alta demanda. “Nesse caso, há uma negação do indivíduo com a dor. Muitos podem confundir com os incômodos musculares com resultados positivos do seu desempenho, entretanto, pode ser um sinal de alerta”, complementa.

3. Material inadequado

A movimentação incorreta da raquete de tênis, o uso de calçados inadequados ou velhos em corridas e/ou em partidas de futebol e, inclusive, a falta de proteção nas artes marciais podem desenvolver o problema. Para evitar que isso ocorra, é fundamental ter o acompanhamento de um profissional para avaliar se os equipamentos utilizados estão sendo aplicados da melhor forma possível para o corpo.

4. Baixo condicionamento físico

“É preciso estar atento a capacidade do seu corpo. Quando alguém decide iniciar uma atividade física, ou até mesmo retornar a sua rotina de exercícios, é preciso ser paciente com os seus próprios limites. Este processo deve ser cuidadoso e com acompanhamentos multidisciplinares”, pontua o médico.

Todos esses problemas citados, de acordo com o Dr. Silveira, podem ser evitados com as devidas precauções. A primordial é o cuidado na hora de voltar e/ou iniciar uma atividade. Além disso, é imprescindível não ignorar as dores. “Dores musculares e fadiga são comuns, mas melhoram após o descanso. O que se torna persistente, entretanto, não pode ser deixado de lado, achando que é normal, principalmente quando é próximo das articulações”, explica.

Tratamentos

Ao identificar a tendinite, o melhor a se fazer é iniciar imediatamente o tratamento contra a inflamação, visto que, desta maneira, é possível curar o tendão com mais facilidade. O tempo de recuperação também diminui, o que possibilita o retorno do atleta e/ou esportista a voltar às suas atividades.

Inicialmente, deve-se avaliar se houve o aumento da carga do exercício. É importante também aferir se a execução está correta. Caso haja dor, é preciso parar a atividade por duas semanas para, neste período, fazer compressas geladas duas ou três vezes ao dia. Ao retornar para a atividade, é preciso verificar se de fato houve a melhora no local dolorido e, somente depois disso, será possível aumentar a carga.

“É importante sempre lembrar que, ao aumentar a potência da prática física, é fundamental trabalhar com o fortalecimento dos grupos musculares envolvidos”, lembra o Dr. Silveira.

Pode-se também realizar tratamento com medicação e fisioterapia. Caso não haja, de forma alguma, uma melhora, outros procedimentos são colocados em prática, como ortotripsia, infiltrações e imobilizações. “Nos casos em que há insistência do incômodo, o ortopedista deve ser consultado para que haja a investigação do problema com intuito de descartar possíveis rupturas. Em alguns casos, a cirurgia se torna uma opção viável para eliminar a patologia”, complementa.

Atualizado em 09/10/2020 – 09:13.

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