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Dia Mundial sem Tabaco

31 de maio alerta para o consumo do narguilé e cigarro eletrônico

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Brasília é a segunda capital do Brasil com maior proporção de fumantes, ficando atrás apenas de Campo Grande (MS), onde 14,5% da população acima de 18 anos se diz fumante. Por aqui, são 11,8%, de acordo com a edição 2021 da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico. Os dados são levantados pelo Ministério da Saúde. A notícia alerta para a importância do combate ao tabagismo, uma questão lembrada pelas Nações Unidas neste 31 de maio, Dia Mundial sem Tabaco.

Os números no Distrito Federal apontam a redução do consumo de cigarros industrializados, mas há indícios de aumento das outras formas de uso da nicotina. “Esse dado de 11,8% é o das pessoas que assumem que fumam. Mas não há essa percepção de serem fumantes por parte de muitos dos que usam as novas formas de consumo da nicotina, como os cigarros eletrônicos e o narguilé. Pelo contrário, muitos pensam se tratar de uma forma de deixar de fumar”, alerta a médica pneumologista Nancilene Melo, da Secretaria de Saúde.

Em nove meses, a Vigilância Sanitária do Distrito Federal apreendeu mais de 3 mil cigarros eletrônicos. A comercialização dos produtos é proibida no Brasil, mas o seu uso não. No mesmo período, de setembro de 2021 a maio de 2022, um total de 105 estabelecimentos foram autuados por descumprirem a legislação e 60 foram interditados parcialmente ou totalmente.

Referência técnica distrital (RTD) de tabagismo, Nancilene ressalta o crescimento dessas novas formas de fumar entre os jovens. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada pelo IBGE em 2019, revelou que 50,6% dos estudantes de 13 a 17 anos já haviam experimentado narguilé, 30,8% tinham usado cigarro eletrônico e 27,3% fumaram pelo menos uma vez os cigarros tradicionais.

“Estamos vendo acontecer agora a mesma estratégia de marketing que era utilizada no passado, quando o cigarro era relacionado a sucesso, empoderamento, e sendo oferecidas opções com menos nicotina, dando a ideia de menos efeitos deletérios”, alerta. A médica diz que muitos desses usuários pensam não se tratar sequer do hábito de fumar. “Dizem que não são fumantes, e sim que são vapers”, reforça. A nova gíria é atribuída a quem inala vapor.

A respeito do cigarro eletrônico, Nancilene Melo alerta que, apesar de ser uma tecnologia nova, já foram identificadas mais de 80 substâncias danosas inaladas, incluindo o sal de nicotina, que apresenta absorção mais rápida e com potencial quatro vezes maior de causar dependência química frente à nicotina da folha do tabaco.

“De fato, não há o alcatrão, mas tem outras substâncias cancerígenas, aditivos da indústria alimentícia, além de substâncias com potencial explosivo”, acrescenta. Ela acentua que o risco é maior ainda para os adolescentes, que iniciam a exposição a essas substâncias precocemente, podendo evoluir cedo com danos em órgãos como o pulmão e coração, além de interferir na maturação de neurônios.

Já o narguilé causa a falsa impressão de ser mais seguro por utilizar água. “A água não é filtro. Se água fosse filtro, a gente não precisaria filtrá-la para beber. Na realidade, o narguilé é um grande espaçador e facilita a absorção de substâncias pelo pulmão”, compara Nancilene Melo. Quem usa o narguilé acaba exposto a substâncias como benzeno, arsênico e chumbo contidos no tabaco, além de outras existentes no carvão utilizado. O volume de vapor, na verdade aerossóis, de uma rodada de cerca de 1h é equivalente ao de 100 cigarros tradicionais, diz a especialista. A rodada é a reunião dos usuários utilizando um mesmo aparelho.

Outro problema é que, muitas vezes, é difícil determinar a composição exata dos produtos ali contidos. Em ações de fiscalização, já foram encontrados, por exemplo, narguilés com bebidas alcóolicas e leite no lugar da água. Por fim, há possibilidade de transmissão de doenças infectocontagiosas como tuberculose, gripes e Covid-19. O compartilhamento do bocal também pode transmitir doenças como hepatite e herpes labial.

Tratamento

Atualmente, na rede pública do DF, são 40 unidades de saúde habilitadas para realizar o tratamento gratuito das pessoas que necessitam de apoio no abandono do tabagismo. Só em 2021, mesmo com a pandemia, 875 usuários foram atendidos, porém apenas 385 fizeram o tratamento completo e 283 pessoas deixaram de fumar (32%).

Os interessados devem se dirigir às Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou aos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) cadastrados mais próximo do trabalho ou domicílio, onde serão acolhidos e receberão as orientações necessárias.

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Beleza do Olhar

Conheça o método que está redefinindo o transplante de sobrancelhas

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Ao Vivo de Brasília
Beleza do Olhar - Dra. Talita Cruvinel Marra
Foto/Imagem: Arquivo pessoal

Durante muito tempo, o transplante de sobrancelhas foi cercado de estigmas: resultados artificiais, desenhos sem proporção e cicatrizes visíveis afastaram pacientes que buscavam soluções definitivas para falhas na região. Mas esse cenário começou a mudar silenciosamente nos últimos anos — e uma das protagonistas dessa transformação atende em Brasília: Dra. Talita Cruvinel, médica especialista em tricologia e transplantes capilares.

Referência em transplante de sobrancelhas, barba e couro cabeludo, Dra. Talita desenvolveu um protocolo próprio e exclusivo: o método Beleza do Olhar — uma abordagem que une ciência, arte, precisão cirúrgica e bom senso estético para transformar o olhar de seus pacientes de forma natural, harmônica e sofisticada.

De procedimento técnico à expressão de identidade

O método Beleza do Olhar parte de uma premissa simples, mas profunda: a sobrancelha não é um detalhe — é uma assinatura visual. “Elas moldam o olhar, equilibram as expressões e carregam histórias. Corrigir uma falha ou redefinir um arco é, muitas vezes, devolver identidade e confiança a alguém”, explica a Dra. Talita.

Utilizando a técnica FUE (Follicular Unit Excision), que permite a extração individualizada de folículos sem cicatriz linear, o procedimento é realizado em centro cirúrgico, com sedação endovenosa monitorada por anestesista e acompanhamento rigoroso da equipe durante todo o processo.

Dentre os diferenciais do método, está a personalização absoluta do design: cada implante segue a curvatura, angulação e direção natural do fio, respeitando as proporções faciais de cada paciente. A versão Long Hair, aplicada nos casos indicados, permite até a visualização antecipada do resultado final.

Dra. Talita Cruvinel

Arquivo pessoal

Alta demanda e sofisticação clínica

Cada detalhe é pensado para proporcionar não apenas segurança, mas também conforto e previsibilidade. “Não é sobre simplesmente preencher uma sobrancelha — é sobre devolver presença, simetria e leveza ao olhar, com a naturalidade de quem nunca perdeu um fio sequer”, reforça Dra. Talita.

A recuperação é rápida, e os resultados começam a aparecer nos primeiros meses, tornando-se visíveis e duradouros em até 12 meses. Por se tratar de fios vivos, implantados de forma precisa, o crescimento segue o comportamento fisiológico da região.

O atendimento de Dra. Talita atrai pacientes de todo o Brasil e do exterior. Multilíngue, com vivência internacional e sólida formação em medicina e nutrição, ela alia conhecimento técnico a uma escuta refinada e empática — marca registrada de sua atuação em Brasília.

Sob medida para quem exige excelência

O transplante de sobrancelhas, antes subestimado, hoje figura entre os procedimentos estéticos mais requisitados — especialmente por mulheres e homens que buscam um resultado definitivo, elegante e discreto. Para esse público, o protocolo Beleza do Olhar oferece o que há de mais moderno em medicina estética: ciência com sensibilidade, beleza com propósito, técnica com verdade.

Agendamentos para avaliação podem ser feitos via WhatsApp – (61) 99603.4846 -, ou diretamente no consultório da Dra. Talita Cruvinel, em Brasília.

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Dia de combate à hipertensão

Pressão alta: a doença silenciosa que mata 388 brasileiros por dia

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Ao Vivo de Brasília
Pressão alta - Hipertensão arterial
Foto/Imagem: Freepik

Apesar de comum, a hipertensão arterial – ou pressão alta – é uma doença silenciosa e traiçoeira. Entre 2006 e 2016, mais de 489 mil mortes foram registradas no Brasil em decorrência da condição, segundo dados do Ministério da Saúde. Sem apresentar sintomas claros na maioria dos casos, a doença pode evoluir e se tornar um fator de risco para infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC), insuficiência cardíaca e comprometimento dos rins.

No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão (26 de abril), o cardiologista Luciano Drager, do Hospital Sírio-Libanês, reforça a importância da conscientização e prevenção contínua. “A pressão alta pode não causar sintomas por muito tempo, e quando se manifesta, muitas vezes já está em um estágio avançado. Por isso, é fundamental aferir a pressão regularmente, manter uma alimentação com baixo teor de sal e praticar atividade física com frequência, de preferência sob a supervisão de um profissional de saúde”, orienta o especialista.

A hipertensão é caracterizada pela elevação persistente dos níveis de pressão arterial. Em adultos, ela é diagnosticada quando os valores estão iguais ou superiores a 140 mmHg na pressão sistólica (a chamada pressão máxima) e 90 mmHg na diastólica (a pressão mínima).

A pressão sistólica representa a força com que o coração bombeia o sangue; já a diastólica, a pressão nas artérias quando o coração relaxa entre os batimentos.2 “Quando a pressão está alta, o coração precisa trabalhar mais do que o normal para garantir que o sangue circule adequadamente pelo corpo”, explica Luciano.

Conheça a seguir os principais mitos sobre a hipertensão:

1. Apenas idosos podem desenvolver hipertensão

Essa ideia é equivocada e pode atrasar o diagnóstico. A hipertensão costuma aparecer entre os 30 e 50 anos, mas pode surgir em qualquer idade — até na infância. Antes dos 30, é chamada de hipertensão de início precoce e pode estar ligada a outras doenças, como obstrução das artérias dos rins ou apneia do sono, exigindo investigação. Estresse, ansiedade, depressão, insônia, consumo excessivo de sal e obesidade também elevam a pressão, o que explica o aumento de casos entre jovens.

2. A hipertensão é facilmente percebida pelos pacientes

A hipertensão é, na maioria das vezes, assintomática — por isso é conhecida como uma “doença silenciosa”. Um dos mitos mais comuns é que dor de cabeça seria um sintoma da pressão alta. Na verdade, é o contrário: a dor de cabeça pode contribuir para o aumento da pressão, e não ser causada por ela. Sinais de alerta que exigem atenção imediata incluem dor súbita no peito e fraqueza ou formigamento em um dos lados do corpo. Esses podem indicar infarto ou derrame, complicações graves da hipertensão.

3. O diagnóstico da hipertensão é feito apenas pela aferição da pressão em consultório

A aferição feita no consultório é o ponto de partida, mas nem sempre confiável. Algumas pessoas apresentam pressão alta apenas em ambientes médicos — é a chamada hipertensão do avental branco. Por isso, exames complementares são importantes, como a MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial), que mede a pressão por 24h, e a MRPA (Monitorização Residencial da Pressão Arterial), feita em casa, com orientação médica e equipamento calibrado.

4. A hipertensão não tem influência hereditária

A genética tem forte influência na hipertensão. Quem tem pai e mãe com hipertensão corre maior risco de desenvolver a doença. Embora não existam testes genéticos amplamente usados, o histórico familiar é um importante sinal de alerta. Nesses casos, é essencial monitorar a pressão, manter uma alimentação saudável e praticar atividade física para prevenir ou controlar o problema.

5. Alimentação saudável e exercícios são suficientes para controlar a hipertensão

Mudanças no estilo de vida — como praticar exercícios, reduzir o sal, perder peso e moderar o álcool — ajudam a controlar a pressão, especialmente nos casos leves. Ainda assim, muitos pacientes precisarão de medicamentos, mesmo com hábitos saudáveis. Exercícios aeróbicos e a redução do consumo de sal e álcool estão entre as principais medidas de prevenção. Combinadas ao tratamento médico, essas ações tornam o controle da pressão mais eficaz.

O monitoramento regular da pressão, além da adoção de um estilo de vida equilibrado, são fundamentais para prevenir complicações da hipertensão arterial. Também é essencial buscar acompanhamento médico para diagnóstico e tratamento precoces, mesmo na ausência de sintomas — já que se trata de uma doença silenciosa. “O diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento no momento certo e evitar problemas como infarto e AVC. Com orientação adequada, é possível controlar a pressão e manter uma boa qualidade de vida”, conclui o cardiologista.

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