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Veterinários desenvolvem técnicas para aumentar a produção de peixes no DF

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Médicos-veterinários da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural desenvolvem técnicas para aumentar a produção local de peixes de água doce e melhorar geneticamente as espécies a fim de garantir a qualidade da carne. Os 427 piscicultores de Brasília produzem anualmente cerca de mil toneladas de peixes de água doce em cativeiro. O consumo local, no entanto, alcança 15 mil toneladas. O que falta vem de outras unidades da Federação — só no Entorno, a produção é de 4 mil toneladas ao ano.

A piscicultura no Distrito Federal é praticada, em geral, em pequenas propriedades de no máximo 2 hectares, e essa atividade costuma ser complementar — não a principal do produtor. Por isso, o foco do Núcleo de Tecnologia em Piscicultura e Pecuária da secretaria é desenvolver formas de criação que ocupem menos espaço. Assim, está sendo testada uma alternativa que leva em conta as seis fases de crescimento da tilápia, espécie mais consumida no DF. “Em um espaço de 250 metros quadrados, construímos seis tanques circulares de ferro e cimento que, se bem utilizados, garantem produção de pelo menos 1 tonelada de peixes por mês”, explica o veterinário do núcleo Ângelo Costa.

De acordo com dados da secretaria, são reservados, normalmente, mil metros quadrados para a criação dos peixes nas pequenas propriedades do DF. “O que precisamos fazer é organizar a cadeia produtiva para ter peixe durante o ano inteiro e, dessa maneira, garantir remunerações melhores aos produtores”, afirma Costa. A média de peixes por criador é de 2 toneladas ao ano, e essa produção costuma se concentrar nos meses de outubro a abril.

O núcleo de tecnologia funciona na Granja do Ipê, no Park Way, e tem 20 viveiros (reservatórios de água). Neles, os técnicos da pasta também estimulam a reprodução de espécies como lambari, carpa, cachara, pirarucu, pirarara, pirapitinga, piau e dourado. Além disso, os alevinos de tilápia (filhotes de peixes) são fornecidos a produtores do DF a preço abaixo do mercado. Só são vendidos os filhotes machos porque as fêmeas, por conta do sistema reprodutor, demoram mais a crescer e a engordar.

Água reaproveitada
Os técnicos testam ainda na propriedade da Secretaria de Agricultura formas de reaproveitar a água dos tanques, visto que parte dela precisa ser renovada diariamente. “Essa água é fortificada com nitrogênio e fósforo e, por isso, funciona como adubo para pequenas hortas”, diz o médico-veterinário Ângelo Costa. O único tratamento que o líquido precisa para ser usado dessa forma é a filtragem das fezes dos peixes, que podem entupir o sistema de irrigação.

Outras ações
Ao longo dos últimos anos, a secretaria conseguiu estimular a produção com algumas medidas. Uma delas foi a criação da Associação dos Aquicultores e Pescadores Artesanais do DF e Entorno (Hajapeixe), que passou a administrar o mercado de peixes da Centrais de Abastecimento do DF (Ceasa). Hoje são 194 associados, sendo 40% de Brasília, que vendem a produção diretamente para o consumidor e recebem assistência técnica. “O reflexo dessa parceria está no produto, que tem mais qualidade técnica, sanitária e econômica”, avalia o presidente da Hajapeixe, Francisco Pereira Baia. A entidade engloba produtores da Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno, que abrange, além de Brasília, 18 municípios de Goiás e três de Minas Gerais. O mercado funciona de quarta-feira a sábado, das 8 às 17 horas.

Durante todo o ano, produtores participam de cursos ministrados na Granja do Ipê. As inscrições e a divulgação da lista das disciplinas ocorrem sempre em janeiro. Em 2015, interessados aprenderam sobre cultivo de peixes em viveiros escavados, nutrição e alimentação, qualidade da água e outros assuntos.

Mais informações sobre o Núcleo de Tecnologia em Piscicultura e Pecuária: 3380-3112 e 3380-3559.

Paula Oliveira, da Agência Brasília

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A partir de 11 de maio

Funcionamento do Metrô-DF será ampliado até 21h30 aos domingos

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Metrô-DF
Foto/Imagem: Tony Oliveira/Agência Brasília

O governador Ibaneis Rocha anunciou a ampliação do horário de funcionamento da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) aos domingos. A partir de 11 de maio, a população poderá usufruir do transporte público das 7h às 21h30 nestes dias, enquanto atualmente o horário era das 7h às 19h.

Aumentar o horário de funcionamento das 19h para as 21h30 é uma sensibilidade do Governo do Distrito Federal (GDF) com a população e os trabalhadores, explica o governador Ibaneis Rocha: “Em conversa com o Handerson Cabral [presidente do Metrô-DF], alteramos esse horário para que os trens do metrô, a partir deste domingo das mães, passem a circular até 21h30, atendendo essa proposta das pessoas que precisam utilizar o transporte público [até mais tarde] também aos domingos”.

Com a determinação do governador, o novo horário de funcionamento do Metrô-DF passa a ser o seguinte:

– De segunda a sábado: das 5h30 às 23h30
– Aos domingos: das 7h às 21h30
– Feriados: das 7h às 19h

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Inscrições até 04 de maio

IGESDF abre novo processo seletivo para enfermeiros; confira os cargos

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Processo seletivo IGESDF
Foto/Imagem: Divulgação/IGESDF

Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) responsável pela gestão do Hospital de Base (HBDF), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Hospital Cidade do Sol (HSol) e pelas 13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) abriu inscrições para processo seletivo de cadastro reserva em dois cargos: Técnico em Enfermagem – UTI Pediátrica e Enfermeiro Administrativo – Educação Permanente. As oportunidades são destinadas a profissionais com formação específica e experiência comprovada na área.

Para a função de Técnico em Enfermagem – UTI Pediátrica, a carga horária mínima semanal é de 36 horas, com remuneração bruta de R$ 2.818,34. Entre os benefícios oferecidos estão auxílio transporte, alimentação (conforme Acordo Coletivo de Trabalho), clube de benefícios, abono semestral e folga no aniversário.

Já para a vaga de Enfermeiro Administrativo – Educação Permanente, a carga horária mínima é de 40 horas semanais, e a remuneração bruta é de R$ 5.187,84. Os benefícios são os mesmos ofertados para ambas as funções.

Requisitos

Entre as exigências para Técnico em Enfermagem estão diploma reconhecido pelo MEC, registro no COREN/DF, experiência mínima de seis meses em UTI Pediátrica e Unidade de Cuidados Paliativos, além de cursos específicos para cuidados de pacientes pediátricos críticos e paliativos.

Para a vaga de Enfermeiro Administrativo, é necessário possuir diploma de Enfermagem, pós-graduação em área da saúde, registro no COREN/DF e experiência de seis meses na área assistencial e na educação em saúde. Requisitos desejáveis incluem residência na área de saúde, experiência em simulação realística e atuação em Pediatria ou Oncologia.

Inscrições

As inscrições para ambos os cargos serão realizadas no período de 28 de abril de 2025 até 04 de maio de 2025. Os interessados devem acessar os editais e realizar a inscrição no site oficial do processo seletivo do IGESDF.

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