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Balanço da Saúde

Distrito Federal inicia o ano com cobertura de 63,73% de Saúde da Família

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Mariana Damaceno e Samira Pádua

Brasília começou 2018 com cobertura de 63,73% de Estratégia Saúde da Família. O número é mais que o dobro registrado em fevereiro de 2017 (30,23%), quando foi alterada a Política de Atenção Primária à Saúde no Distrito Federal.

Das 166 unidades básicas de saúde (UBS) convencionais, 143 já atuam exclusivamente no novo modelo.

“Promovemos a capacitação de um grande número de profissionais em saúde da família, reorganizamos as equipes e aperfeiçoamos os processos de trabalho”, disse o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, em balanço apresentado no fim do ano.

De acordo com ele, a expectativa é que em junho deste ano a cobertura chegue a 70%. “Nomeamos mais médicos de família e realocamos os profissionais que decidiram não aderir à mudança. Na atenção primária está a chave da organização da rede de saúde.”

Os servidores foram capacitados sobre temas gerais da estratégia e assistiram a módulos com conteúdo relacionado à saúde da criança e da mulher e a doenças como diabetes e hipertensão. Atuam dentro da nova metodologia 506 equipes — em fevereiro de 2017, eram 240.

A Estratégia da Saúde da Família é baseada em equipes multiprofissionais, que trabalham em unidades básicas de saúde e são responsáveis pela população de uma área geográfica delimitada.

O grupo proporciona atenção integral ao paciente, com fortalecimento do vínculo, foco na pessoa e alta resolutividade.

Reorganização da rede a partir da atenção primária

A partir do fortalecimento da atenção primária, a Secretaria de Saúde já reorganiza o acesso às urgências e emergências.

“A reestruturação permitirá que os hospitais e prontos-socorros cumpram a vocação de atender a urgências, emergências e casos mais graves, evitando que a demora no atendimento possa causar danos aos pacientes”, explicou Humberto Fonseca, ao analisar que o processo é indispensável, mas não é fácil nem imediato.

Também está sendo estruturada a rede de atenção secundária, com um conjunto de equipamentos que complementará o atendimento nas unidades básicas de saúde. Em dezembro, o governo inaugurou o Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão, um dos espaços que passou a integrar a rede.

4,3 mil servidores ingressaram na Saúde desde 2015

Desde 2015, 4,3 mil profissionais aprovados em concurso tomaram posse na Secretaria de Saúde. Só em 2017, foram 1.476, a maior parte técnicos em saúde (891), como em enfermagem.

Isso possibilitou, por exemplo, abrir leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) que estavam fechados por falta de pessoal e fortalecer o atendimento das unidades de internação.

O cadastro de reserva de médicos aprovados no concurso de 2014 foi zerado, e, com a ampliação da carga horária dos profissionais e com essas nomeações, a pasta de Saúde avalia que tem conseguido suprir a carência de servidores.

Estruturação do Instituto Hospital de Base do Distrito Federal

Outro importante passo no último ano foi a estruturação do Instituto Hospital de Base do Distrito Federal, aprovada na Câmara Legislativa em junho. A sanção da lei pelo governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, ocorreu no mês seguinte.

Dados da Secretaria de Saúde apontam que cerca de 85% dos servidores do Hospital de Base resolveram permanecer na unidade, que passará a ser um serviço social autônomo, gerido pelo instituto, conforme a Lei nº 5.899, de 2017.

Os servidores tiveram de julho até 28 de dezembro para responder ao formulário de manifestação de interesse para serem ou não remanejados.

Pagamento de dívidas e economia em licitações

Avanços nos processos de contratação na administração direta também foram possíveis com a elaboração de manuais voltados ao tema na Secretaria de Saúde.

“Esperamos melhorar a qualidade e o controle das nossas compras e diminuir a burocracia nos pagamentos, melhorando os fluxos e atraindo os fornecedores, que são importantes parceiros da saúde”, destacou o secretário Humberto Fonseca.

Além disso, mudanças no entendimento do Ministério da Saúde em relação à utilização dos blocos de financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) permitiram, de acordo com Fonseca, o pagamento de mais de R$ 150 milhões em dívidas da gestão anterior.

Para o secretário, o não cumprimento dessas obrigações dificultava os processos licitatórios.

Quanto às licitações, os números mostram economia de mais de R$ 300 milhões em 2017.

Houve, ainda, a compra e a distribuição de 6 mil equipamentos para atenção primária e contratações em áreas que havia algum tempo não eram feitas, a exemplo de telefonia, internet, home care, órteses e próteses, lavanderia e vigilância.

Fila para mamografia está zerada

Chegou ao fim a fila para mamografia na rede pública do DF, e a espera pela radioterapia reduziu: passou de mais de mil para menos de 300 pessoas.

No começo de 2017, o governo de Brasília firmou contrato para formalizar a participação do Hospital Universitário de Brasília na Rede de Atenção à Saúde do Distrito Federal.

Em novembro, a unidade recebeu um acelerador linear, usado para o tratamento de radioterapia em pacientes com câncer. O equipamento de última geração foi doado pelo Ministério da Saúde.

As obras para instalação de mais um acelerador linear no DF, desta vez no Hospital Regional de Taguatinga, devem ser iniciadas neste ano.

Também para ampliar o acesso à saúde de pacientes com câncer no Distrito Federal, o governo de Brasília entregou à Caixa Econômica Federal o projeto de implementação do Hospital de Especialidades Cirúrgicas e Centro Oncológico de Brasília.

Hospital da Criança tem obras avançadas

O último ano também foi marcado por avanços nas obras do Bloco 2 do Hospital da Criança de Brasília José Alencar, que no fim de novembro estavam 91% executadas.

Com 21 mil metros quadrados, o Bloco 2 terá em dois pavimentos:

  • 202 leitos — 164 para internação e 38 para unidade de terapia intensiva (UTI) e cuidados intermediários
  • 67 consultórios ambulatoriais
  • Centro cirúrgico
  • Centro de diagnóstico especializado
  • Centro de ensino e pesquisa
  • Laboratórios de análises clínicas e hematologia
  • Unidade administrativa
  • Área de apoio
  • Serviços de hemodiálise, hemoterapia e quimioterapia

Acordos de gestão para modernizar o atendimento na saúde

Para descentralizar a administração e modernizar o atendimento na saúde pública, representantes da secretaria assinaram um acordo de gestão regional.

“Com esse modelo, teremos descentralização administrativa, com compartilhamento de responsabilidades e gestão baseada em resultados, em linha com a mais atual tendência de administração da saúde pública. Foram pactuados 66 indicadores, que serão acompanhados pela nossa equipe de planejamento”, destacou Fonseca.

Outras ações de destaque ressaltadas pelo secretário de Saúde são:

  • Abertura do primeiro Ambulatório Trans do DF
  • Inauguração do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão
  • Encontro com secretários de Saúde de regiões do Entorno do DF
  • Parcerias firmadas com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para melhoria da gestão pública na saúde
  • Inauguração da farmácia de alto custo do Gama
  • Inauguração do primeiro posto de vacinação de Águas Claras
  • Nomeações de novos servidores para a Fundação Hemocentro de Brasília
  • Fortalecimento de ações de voluntariado
  • Ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, febre chikungunya e zika vírus
  • Mostra de Experiências Inovadoras do SUS
  • A entrega, em dezembro, de 23 novas ambulâncias para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a nomeação de clínicos para completar as escalas das unidades avançadas, seguros de veículos e novas bases para o serviço

“Teremos, para 2018, além da consolidação do que iniciamos em 2017, projetos importantes, como a estruturação da atenção secundária, a mudança do modelo obstétrico, com os centros de parto normal, projetos na área de eficiência energética”, elenca Humberto Fonseca.

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Maio Laranja

Sejus-DF intensifica combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes

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Ao Vivo de Brasília
Maio Laranja Sejus-DF
Foto/Imagem: Jhonatan Vieira/Sejus-DF

Com um esforço contínuo na promoção de políticas públicas de proteção, a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) realiza, ao longo de maio, uma série de ações da campanha Maio Laranja, dedicada ao combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. As atividades são conduzidas pela Subsecretaria de Políticas para Crianças e Adolescentes (Subpca), e abrangem escolas, espaços públicos e equipamentos da rede de proteção social do DF.

Um dos principais eventos da programação é o encontro “Proteger é nosso dever: Cuidar, nossa missão”, que será realizado no dia 22, às 18h30, no Cine Brasília, com a expectativa de reunir mais de 600 pessoas, entre autoridades, conselheiros tutelares, profissionais da rede e representantes da sociedade civil. Na ocasião, será exibido o premiado longa-metragem “Manas”, da cineasta Marianna Brennand. O filme aborda de forma sensível e impactante a realidade de meninas em situação de vulnerabilidade social no agreste pernambucano, com foco em temas como violência, sororidade e resistência. Após a sessão, haverá um cine-debate com a presença da diretora e mediação da secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.

A campanha Maio Laranja também prevê a realização ao longo do mês de palestras educativas, promovidas pelo Centro Integrado 18 de Maio – unidade referência no atendimento às vítimas de violência sexual infantojuvenil, vinculada à Sejus. As atividades acontecerão em 12 escolas de diversas regiões administrativas do DF, com o objetivo de orientar estudantes, professores e famílias sobre os sinais da violência e os caminhos de denúncia e acolhimento.

Mobilização nas ruas reforça a conscientização

No dia 15 de maio, será realizado o Dia D de combate ao abuso sexual infantojuvenil, com ações intensificadas em todo o DF, incluindo blitze educativas em pontos estratégicos e no posto da PRF em Santa Maria, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF). Por todo o mês de maio, outras abordagens também estão previstas nas ruas para reforçar a divulgação dos canais de denúncia e dos serviços oferecidos pela Sejus.

“A violência sexual contra crianças e adolescentes é uma das formas mais cruéis de violação de direitos, e precisamos enfrentá-la com firmeza e empatia. O Maio Laranja é um momento de intensificarmos esse combate, mas esse é um trabalho que realizamos o ano inteiro. Proteger a infância é responsabilidade de todos”, afirma a secretária Marcela Passamani.

Proteção integral como política permanente

A atuação da Sejus em defesa dos direitos da infância vai além da campanha Maio Laranja. O Centro Integrado 18 de Maio, localizado na Asa Sul, na SQS 307, é um dos pilares dessa política. No local, crianças e adolescentes vítimas de violência sexual recebem atendimento humanizado, com escuta especializada, apoio psicológico, social e orientação jurídica, sempre com foco na redução de danos e na proteção integral.

Outro instrumento essencial é o Cisdeca – Canal de Comunicação e Apoio ao Sistema de Garantia de Direitos –, que atua como elo entre os conselhos tutelares, o Ministério Público, o Judiciário e os serviços públicos. O contato pode ser feito em qualquer dia e horário pelo telefone 125, de forma gratuita.

A Sejus também investe na capacitação permanente de conselheiros tutelares e demais profissionais da rede, garantindo preparo técnico e suporte institucional para atuar em situações de risco. Atualmente, o DF conta com 44 conselhos tutelares, cuja gestão administrativa é de responsabilidade da Secretaria.

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Até 9 de junho

Inscrições abertas para o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

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Ao Vivo de Brasília
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2025
Foto/Imagem: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Na edição comemorativa de 60 anos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emílio Salles Gomes, a mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país volta a ser realizada em setembro, com formato ampliado: serão nove dias de programação, com a inclusão de um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília.

O anúncio das novidades para o 58º Festival de Brasília foi feito nesta terça-feira (6), durante coletiva de imprensa no hall do Cine Brasília, ocasião que também marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens nacionais para a seleção oficial do evento. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do Festival até 9 de junho.

A edição de 60 anos celebra a resiliência do festival, que se mantém como referência nacional, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e presidente do evento, Claudio Abrantes. “Nem a ditadura nem a pandemia conseguiram parar o Festival”, destacou, ao lembrar que as edições de 1972, 1973 e 1974 não foram realizadas por conta do regime militar.

Uma das principais mudanças nesta edição é o retorno ao mês de setembro. “É o período em que o Festival sempre aconteceu, com ipês floridos e sem chuvas. Do ponto de vista técnico, temos certeza de que o evento retoma o protagonismo que nunca deveria ter perdido entre os grandes festivais do país”, afirmou Abrantes.

Para Sara Rocha, coordenadora-geral do Festival, essa retomada só foi possível graças ao edital trianual que garantiu orçamento para as edições de 2024, 2025 e 2026: “O retorno a setembro é fundamental para o posicionamento estratégico do Festival no calendário nacional, e foi viabilizado pelo trabalho continuado ao longo desses três anos”.

Neste ano, o evento terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana. Com isso, haverá mais exibições, oficinas e atividades culturais em diversas regiões do Distrito Federal, além das sessões no Cine Brasília.

Desde o ano passado, o Banco de Brasília (BRB) é o patrocinador master do Festival, o que também possibilitou a ampliação de formato e estrutura. “Foi o maior investimento já feito pelo banco no Festival, com foco na valorização das produções cinematográficas”, afirmou o gerente de patrocínios do BRB, João Eduardo Silveira.

Mostra Brasília

A Mostra Brasília também será ampliada, com mais dias de competição, maior número de filmes e aumento no valor dos prêmios. Serão exibidos dez curtas e cinco longas no decorrer de cinco dias. O valor total dos prêmios passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil. O edital específico será lançado ainda nesta semana, mas as inscrições já estão abertas no site oficial do Festival.

Além das exibições e mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília contará com a sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com a presença de players nacionais e internacionais do setor audiovisual. Também será realizada, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional do Audiovisual – fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, com participação do público.

A programação completa do Festival será divulgada em 20 de agosto.

Cine Brasília

A estrutura do Cine Brasília será novamente ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates. O anexo previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, que deve consolidar essa expansão de forma permanente, está em fase de viabilização. O edital para a construção será lançado nas próximas semanas.

“Essa área externa já é muito utilizada, mas agora é hora de consolidar esse espaço com salas menores de cinema e uma cinemateca que abrigue acervos de grandes nomes do cinema brasiliense, como o homenageado da sala, Vladimir Carvalho”, reforçou Claudio Abrantes. Ele também anunciou o lançamento de licitação para aquisição de um projetor 4K para o Cine Brasília.

Mostra 60 Anos do Festival

Como parte das comemorações pelos 60 anos do Festival, o Cine Brasília realiza, desta terça (6) até domingo (11), sempre às 18h, a mostra especial 1 Filme por Década, com entrada franca.

A seleção reúne seis filmes emblemáticos premiados com o Troféu Candango de Melhor Filme. Veja abaixo.

  • Todas as Mulheres do Mundo(1966), de Domingos de Oliveira
  • Nunca Fomos tão Felizes (1984), de Murilo Salles
  • Que Bom te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat
  • Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis
  • É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert
  • Temporada (2018), de André Novais de Oliveira
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