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Emergência e orientações

Polícia Militar usa WhatsApp para estreitar vínculo com a comunidade

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Mariana Damaceno

No caminho, é difícil não os pararem para conversar. O grupo de cinco militares é responsável pelo policiamento comunitário do 28° batalhão, no Riacho Fundo. A rotina baseia-se em cativar a confiança da população com mais proximidade.

Para fortalecer o vínculo, a equipe representa um dos 10 batalhões com número de WhatsApp disponível para a comunidade. O atendimento, no caso do Riacho Fundo, não é para casos de emergência, mas para orientações.

Jordana Lopes, de 31 anos, está entre os 180 comerciantes que participam de grupo no aplicativo. Dona de lojas de materiais de construção, ela teve uma das unidades assaltada em julho, de madrugada. “Quando chegamos, a loja estava praticamente vazia, levaram tudo”, lembra.

O prejuízo, de cerca de R$ 20 mil, foi revertido depois que a proprietária do comércio informou sobre o furto no grupo. “Os policiais conseguiram recuperar tudo e prenderam o homem que estava com as coisas.”

Para ela, o grupo é muito útil e deixa a população com maior sensação de segurança. As respostas, ela conta, são rápidas e todos se sentem à vontade para denunciar qualquer atitude suspeita no local onde estão.

“A gente deixa de ser um agente distante de Estado e passa a ser a gente. Isso cria familiaridade e vínculo, porque eles sabem que estamos à disposição para atendê-los”, ressalta o coordenador da equipe de policiamento comunitário, tenente Georgio.

São feitas em média 25 visitas por dia. Eles ainda pedem para que a comunidade preencha ficha com informações como: horário com maior incidência de crime, se há medo de sair de casa ou se já foi vítima de alguma violência.

As informações, segundo o tenente Georgio, servem para que o batalhão trace as melhores estratégias de segurança para cada lugar.

Proximidade facilita o combate ao crime

No caso dos comércios, os policiais conseguiram perceber uma queda de 15,8% no número de roubos de janeiro a novembro de 2017, em comparação com o mesmo período do ano passado, no Riacho Fundo II.

Além do grupo de comerciantes, a dupla responsável pela área do Riacho Fundo II também utiliza a ferramenta para condomínios e quadras residenciais. No primeiro caso, os policiais trocam mensagens com os síndicos de cada local, que são cadastrados e assinam um termo de cooperação.

Para o sargento Rosse, um dos militares da equipe do Riacho Fundo II, os novos condomínios, verticais, são um desafio. “Eles reuniram gente de várias regiões, com realidades diferentes. As pessoas não sabem quem são seus vizinhos e ficam acuadas”, avalia. “Quando percebem que a polícia está presente no lugar onde moram, sentem-se mais seguras.”

Graças à parceria fechada com síndicos, os policiais podem entrar na área privada dos condomínios e chamar moradores para conversas, nas quais escutam demandas e orientam sobre o que fazer em caso de algum tipo de crime. São 15 minutos que Elias Roriz, de 53 anos, diz serem determinantes.

Roriz é síndico desde o início do ano no Condomínio 18 do Parque do Riacho. “Vim de São Paulo e nunca vi caso semelhante de proximidade da polícia com a comunidade. Para mim é inédito e muito bom para a população.”

As conversas por celular ajudam os policiais a traçar o planejamento para as visitas e reuniões que fazem na região. A parceria com a comunidade facilita projetos sociais como doação de brinquedos para crianças carentes e esporte para adolescentes.

“Em três dias, arrecadamos 273 brinquedos para doação”, conta Rosse, ao destacar que a iniciativa só foi possível graças à participação dos comerciantes locais.

Em Taguatinga, WhatsApp auxilia no serviço de emergência

No 2º Batalhão de Polícia Militar, em Taguatinga, a corporação começou a utilizar o WhatsApp em 2014, com o grupamento tático operacional. O trabalho teve início com um operador, que recebia as demandas 12 horas por dia e as passava às viaturas que estavam na rua.

O serviço foi ampliado e, atualmente, dois operadores se revezam em turnos de 12 horas cada um. Eles também gerenciam as informações do sistema de ocorrências e as câmeras de monitoramento espalhadas pela cidade.

Além do tempo de despacho, que caiu da média de 15 para dois minutos, segundo a estimativa do subcomandante do batalhão, capitão Servato, aumentou a apreensão de drogas e diminuíram os crimes como furtos e roubos. “Fomos percebendo que após esse contato mais direto com a população, pegamos bastante confiança.”

Batalhões que disponibilizam número de WhatsApp para a população

  • 2° Batalhão de Polícia Militar, em Taguatinga (61) 98301-1149
  • 28° Batalhão de Polícia Militar, no Riacho Fundo (61) 99969-2873
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Até 9 de junho

Inscrições abertas para o 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

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Ao Vivo de Brasília
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2025
Foto/Imagem: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Na edição comemorativa de 60 anos do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, criado em 1965 por Paulo Emílio Salles Gomes, a mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país volta a ser realizada em setembro, com formato ampliado: serão nove dias de programação, com a inclusão de um longa-metragem a mais na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília.

O anúncio das novidades para o 58º Festival de Brasília foi feito nesta terça-feira (6), durante coletiva de imprensa no hall do Cine Brasília, ocasião que também marcou a abertura das inscrições de curtas e longas-metragens nacionais para a seleção oficial do evento. Os interessados podem se inscrever pelo site oficial do Festival até 9 de junho.

A edição de 60 anos celebra a resiliência do festival, que se mantém como referência nacional, segundo o secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e presidente do evento, Claudio Abrantes. “Nem a ditadura nem a pandemia conseguiram parar o Festival”, destacou, ao lembrar que as edições de 1972, 1973 e 1974 não foram realizadas por conta do regime militar.

Uma das principais mudanças nesta edição é o retorno ao mês de setembro. “É o período em que o Festival sempre aconteceu, com ipês floridos e sem chuvas. Do ponto de vista técnico, temos certeza de que o evento retoma o protagonismo que nunca deveria ter perdido entre os grandes festivais do país”, afirmou Abrantes.

Para Sara Rocha, coordenadora-geral do Festival, essa retomada só foi possível graças ao edital trianual que garantiu orçamento para as edições de 2024, 2025 e 2026: “O retorno a setembro é fundamental para o posicionamento estratégico do Festival no calendário nacional, e foi viabilizado pelo trabalho continuado ao longo desses três anos”.

Neste ano, o evento terá nove dias de duração, abrangendo dois fins de semana. Com isso, haverá mais exibições, oficinas e atividades culturais em diversas regiões do Distrito Federal, além das sessões no Cine Brasília.

Desde o ano passado, o Banco de Brasília (BRB) é o patrocinador master do Festival, o que também possibilitou a ampliação de formato e estrutura. “Foi o maior investimento já feito pelo banco no Festival, com foco na valorização das produções cinematográficas”, afirmou o gerente de patrocínios do BRB, João Eduardo Silveira.

Mostra Brasília

A Mostra Brasília também será ampliada, com mais dias de competição, maior número de filmes e aumento no valor dos prêmios. Serão exibidos dez curtas e cinco longas no decorrer de cinco dias. O valor total dos prêmios passa de R$ 240 mil para R$ 298 mil. O edital específico será lançado ainda nesta semana, mas as inscrições já estão abertas no site oficial do Festival.

Além das exibições e mostras paralelas, o 58º Festival de Brasília contará com a sétima edição do Ambiente de Mercado, voltado para pitchings e rodadas de negócios, com a presença de players nacionais e internacionais do setor audiovisual. Também será realizada, pelo segundo ano consecutivo, a Conferência Nacional do Audiovisual – fórum de debates sobre políticas públicas para o setor, com participação do público.

A programação completa do Festival será divulgada em 20 de agosto.

Cine Brasília

A estrutura do Cine Brasília será novamente ampliada para a edição de 2025, com pelo menos uma nova sala para exibições paralelas, além de espaços para oficinas e debates. O anexo previsto no projeto original de Oscar Niemeyer, que deve consolidar essa expansão de forma permanente, está em fase de viabilização. O edital para a construção será lançado nas próximas semanas.

“Essa área externa já é muito utilizada, mas agora é hora de consolidar esse espaço com salas menores de cinema e uma cinemateca que abrigue acervos de grandes nomes do cinema brasiliense, como o homenageado da sala, Vladimir Carvalho”, reforçou Claudio Abrantes. Ele também anunciou o lançamento de licitação para aquisição de um projetor 4K para o Cine Brasília.

Mostra 60 Anos do Festival

Como parte das comemorações pelos 60 anos do Festival, o Cine Brasília realiza, desta terça (6) até domingo (11), sempre às 18h, a mostra especial 1 Filme por Década, com entrada franca.

A seleção reúne seis filmes emblemáticos premiados com o Troféu Candango de Melhor Filme. Veja abaixo.

  • Todas as Mulheres do Mundo(1966), de Domingos de Oliveira
  • Nunca Fomos tão Felizes (1984), de Murilo Salles
  • Que Bom te Ver Viva (1989), de Lúcia Murat
  • Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis
  • É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert
  • Temporada (2018), de André Novais de Oliveira
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Transporte público

Mulheres com medida protetiva no DF terão acesso ao Passe Livre

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Ao Vivo de Brasília
Passe Livre mulher medida protetiva DF
Foto/Imagem: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Mulheres com medida protetiva e em situação de acolhimento terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal. O anúncio foi feito pelo governador Ibaneis Rocha durante a inauguração do Centro de Referência da Mulher Brasileira, no Recanto das Emas. A medida tem como objetivo facilitar o acesso delas aos serviços da Secretaria da Mulher e a esses centros, especialmente em momentos de vulnerabilidade.

“Determinei que todas as mulheres cadastradas com medidas protetivas, que precisarem do acolhimento da Secretaria da Mulher e das casas da Mulher Brasileira, terão direito ao Passe Livre no transporte público do Distrito Federal”, afirmou o governador. “É uma forma de garantir que essas mulheres possam acessar os serviços em um momento que pode ser de reconstrução de suas vidas.”

Além do Passe Livre, a iniciativa prevê o fortalecimento da articulação entre os serviços oferecidos, ampliando a proteção e a autonomia de quem está em situação de violência.

Ibaneis também destacou o papel da bancada federal na viabilização de recursos para obras de acolhimento às mulheres. Segundo ele, parte das verbas para as novas unidades veio de emendas parlamentares, complementadas por orçamento do próprio Governo do Distrito Federal (GDF).

“Não deixamos nenhuma obra parar. Quando os recursos federais não foram suficientes, colocamos dinheiro do nosso orçamento, porque sabemos da importância desses espaços de acolhimento e encaminhamento para as mulheres”, disse o governador, ao agradecer o apoio de senadores e deputados. “O ideal é termos uma Casa da Mulher Brasileira em cada uma das 35 regiões administrativas do DF. Lugares como Sol Nascente e Ceilândia ainda sofrem com altos índices de violência. Precisamos estar mais próximos dessas mulheres”, defendeu Ibaneis.

O modelo atual das casas, segundo o governador, segue um conceito mais descentralizado e acessível. “A proposta é que as unidades estejam próximas de onde as mulheres vivem, para que o acolhimento ocorra no momento em que elas mais precisam, com acesso a psicólogas, orientação jurídica, benefícios como o aluguel social e encaminhamento para o mercado de trabalho.”

Segundo a vice-governadora Celina Leão, a medida é essencial para que os direitos das mulheres possam ser exercidos de forma plena. “Essa determinação do governador Ibaneis é fundamental para garantir que as mulheres possam acessar serviços públicos que são essenciais, especialmente, em momentos de dor e vulnerabilidade. É mais um passo que damos para proteger as nossas mulheres, que precisam contar com o apoio do poder público para saírem de situações de violência”, afirmou Celina.

“Trata-se de uma medida do governador Ibaneis Rocha de grande importância para o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica, garantindo a elas o acesso ao transporte público coletivo em todas as linhas de ônibus e metrô do DF, de forma que possam se deslocar mais facilmente para acessar os serviços públicos de saúde, segurança e assistência que precisarem buscar”, afirma o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves.

De acordo com a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, a medida vai garantir o acesso continuado aos tratamentos ofertados pelas unidades do Distrito Federal: “O atendimento psicossocial oferecido nas nossas unidades não acontece em um dia, ele tem uma sequência ao longo das semanas. Muitas mulheres falavam que não tinham dinheiro para pagar a passagem para dar andamento, porque o tratamento é de no mínimo 12 encontros, então era uma demanda que a gente estava identificando que prejudicava nos atendimentos. Elas começavam participando e depois acabavam abandonando por essa questão. Essa nova medida vem para solucionar esse problema”.

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