Contra fraudes
Toda a frota de ônibus do DF terá biometria facial até fevereiro de 2018
Neste mês, mais 700 ônibus do DF terão o sistema de biometria facial instalado nas catracas. Até fevereiro de 2018, o recurso, que evita fraudes no transporte público, estará presente em 100% da frota das concessionárias que operam na cidade — de cerca de 2,7 mil ônibus.
O cronograma foi anunciado na manhã desta terça-feira (21) pelo governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, e o secretário de Mobilidade, Fábio Damasceno, em entrevista coletiva no Palácio do Buriti. Ainda no primeiro trimestre de 2018, a biometria facial começará a ser instalada nas catracas do metrô.
A eficiência do equipamento foi demonstrada durante o lançamento do sistema. Cinco ônibus com a biometria facial foram expostos na área externa da sede do governo local. O próprio governador passou pela catraca de um deles para testar a identificação por meio de imagens.
“Esperamos muito por este momento, pois o uso correto dos benefícios garantidos por lei vai ser assegurado pela instalação da biometria facial nos ônibus do transporte coletivo do DF”, disse o chefe do Executivo local.
De acordo com o secretário de Mobilidade, cerca de 300 veículos estão com a biometria facial em funcionamento já a partir desta terça (21). Os testes do sistema começaram em maio, em dez veículos da Linha 110, que faz o trajeto da Rodoviária – Universidade de Brasília (UnB).
“A experiência mostrou que funcionou bem. Tivemos mais de 2 mil bloqueios em dez ônibus”, avaliou Damasceno.
Além de coibir fraudes e garantir o benefício a quem realmente precisa, ele destacou ainda que burlar o sistema resulta em prejuízos à população:
“Reduzir fraudes é reduzir o custo do subsídio [valor que o governo paga no transporte público]. Esperamos que essa diminuição [do custo] seja de 15 a 20%. Esse dinheiro poderá ir para outras áreas, como segurança, para o bem-estar da população.”
Os custos dos equipamentos são arcados pelas próprias concessionárias. A biometria facial no transporte público do DF faz parte do Bilhete Único, lançado em setembro — que integra o Programa de Mobilidade Urbana do DF, o Circula Brasília.
Entenda como funciona a biometria facial nos ônibus
Acima dos validadores, onde os passageiros passam o cartão, são instaladas câmeras que captam imagens de quem passa pela catraca. Por meio de um software, elas são comparadas com as fotos cadastradas no sistema.
Quando o programa detecta automaticamente divergências — ou seja, alerta que as imagens não coincidem —, um analista do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) avalia se há um caso de fraude.
Se confirmada a irregularidade, o benefício é suspenso, e abre-se um processo administrativo em que o usuário tem direito ao contraditório e ampla defesa. De acordo com a secretaria, se ainda assim os esclarecimentos forem insatisfatórios, o cartão é bloqueado.
Atualizado em 21/11/2017 – 11:57.
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