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Obrigatório desde 2001

Rede pública do DF é a única no País com teste do pezinho ampliado

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O Distrito Federal é a única unidade da Federação a oferecer a triagem neonatal (teste do pezinho) de forma ampliada na rede pública de saúde. Enquanto no País — e na rede privada local — o procedimento detecta seis tipos de doença, como é recomendado pelo Ministério da Saúde, o exame em Brasília pode encontrar até 30 enfermidades.

A ampliação foi garantida em lei, publicada em 2008, válida para hospitais públicos do DF. “Significa que crianças nascidas em nossas unidades têm chance de receber o tratamento precocemente, o que evita sequelas neurológicas e até óbito”, explica a coordenadora do Programa de Triagem Neonatal do DF, Juliana de Vasconcellos Thomas.

Segundo a especialista, quando a enfermidade é descoberta antes de apresentar sintomas, a criança leva uma vida normal. Na rede pública do DF, a cobertura do teste do pezinho é de 100%.

Todos os hospitais públicos e unidades básicas de saúde estão habilitados a fazer a coleta do sangue de crianças entre o segundo e o quinto dia de vida. “Os bebês que ainda não receberam alta fazem a coleta na maternidade. Os que saem antes do segundo dia de vida, podem ser levados a qualquer unidade, sem necessidade de encaminhamento médico ou agendamento”, esclarece.

Primeira alteração não indica necessariamente doença

A rede pública de saúde faz uma média de 5 mil testes por mês. Desse total, pelo menos 0,3% apresenta alguma alteração. “Quando acontece, a Secretaria de Saúde entra em contato com a família e solicita uma segunda coleta, para confirmar ou descartar a doença”, diz a chefe da Unidade de Genética do Hospital de Apoio, Maria Teresa Rosa.

Ela explica que uma alteração no primeiro teste pode não indicar necessariamente uma doença. “Pode acontecer por causa de prematuridade, baixo peso ou ainda uso de alimentação auxiliar, além do leite materno”, enumera Maria Teresa.

“Caso dê positivo no segundo exame, a criança é encaminhada para consulta na unidade de genética, onde são solicitados exames confirmatórios. Uma vez confirmada, é iniciado o tratamento com equipe de saúde multidisciplinar”, detalha a médica.

Entre as doenças mais encontradas está a deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), enzima presente nas células do corpo que auxilia na produção de substâncias que as protegem de fatores oxidantes. A doença só pode ser diagnosticada no teste do pezinho ampliado. O não tratamento pode acarretar sequelas neurológicas.

Porém, quando descoberto, o mal não impede um desenvolvimento saudável da criança. Que o diga o mecânico Josélio Barros, cujos dois filhos foram diagnosticados com a ausência da G6PD. “Descobrimos no teste do pezinho e logo iniciamos o tratamento”, lembra.

A cada consulta, segundo descreve, a médica vai instruindo o que as crianças podem comer ou não. “Assim, os dois vivem normalmente. Como seguimos certinho, eles não têm sintomas”, diz o pai de Alice, de 1 ano e 6 meses, e de Samuel, de 4 anos.

O tratamento para a doença inclui restrição à proteína e inclusão de uma fórmula metabólica especial durante toda a vida. “O objetivo é evitar as complicações da doença e as sequelas neurológicas. Caso não seja tratada, a criança pode ter microcefalia, convulsões, atraso de desenvolvimento e retardo mental”, explica Maria Teresa Rosa.

Teste do pezinho é obrigatório desde 2001

A G6PD é uma das 30 doenças diagnosticadas pela rede pública local. O teste ampliado é possível no DF graças a uma tecnologia chamada espectrometria de massas, feita em um aparelho que permite analisar amostras de sangue de 1,2 mil crianças de uma única vez e diagnosticar 23 exames.

O diagnóstico de mais sete doenças é feito em outros tipos de aparelhos, de última geração, chegados à secretaria no início deste ano.

Em sua versão mais simples, o teste do pezinho foi introduzido no Brasil na década de 1970 para identificar a fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito. Ambas, se não tratadas a tempo, podem levar à deficiência mental.

Desde 1992, o teste se tornou obrigatório em todo o País, e, em 2001, o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Triagem Neonatal.

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Salários de até R$ 6 mil

Semana começa com 717 oportunidades de emprego no Distrito Federal

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Ao Vivo de Brasília
Vagas de emprego DF
Foto/Imagem: Freepik

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem 717 vagas de emprego nesta segunda-feira (5). Há oportunidades para quem tem ou não experiência, em diferentes áreas e com salários de até R$ 6 mil.

O posto que oferece a maior remuneração é o de Diretor de Finanças, para trabalhar em Taguatinga Norte. Há uma vaga para pessoas com ensino superior completo para o cargo de Analista Contábil.

Já o cargo com maior número de vagas abertas é o de Ajudante de Obras, no Itapoã. São 110 oportunidades para candidatos que tenham o ensino fundamental completo. Não é preciso ter experiência. O salário é de R$ 1.518, mais benefícios.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Formalizando a união

Abertas as inscrições para a 2ª edição do Casamento Comunitário 2025

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Ao Vivo de Brasília
Casamento Comunitário 2025
Foto/Imagem: Jhonatan Vieira/Sejus-DF

Promovido pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), o Casamento Comunitário 2025 chega à sua 2ª edição com data marcada: 29 de junho. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas em vários equipamentos públicos do DF e também durante as edições do GDF + Perto do Cidadão. Ao longo do ano, estão previstas mais três edições do programa, com expectativa de beneficiar cerca de 400 casais em situação de vulnerabilidade — oferecendo a oportunidade de oficializar a união de forma gratuita, digna e inesquecível.

Na primeira edição do Casamento Comunitário 2025, realizada no início do ano, 101 casais disseram “sim” ao amor. Com mais três celebrações previstas — em 29 de junho, 31 de agosto e 7 de dezembro — o programa deve alcançar mais 300 casais até o fim do ano. Desde sua criação pelo Decreto nº 41.971/2021, o Casamento Comunitário já realizou o sonho de mais de 541 casais em 11 edições.

Para Anailton dos Santos, 28, e Tamiris Rodrigues, 35, que participaram da edição anterior, a iniciativa foi transformadora. “A cerimônia foi linda e mudou nossas vidas. Desde então, só conquistamos coisas boas”, contou Anailton. Tamiris reforça: “O casamento fortaleceu nossa relação. Sem o programa, não seria possível. Um casamento assim custaria pelo menos R$ 10 mil”.

O programa vai além da cerimônia: todas as taxas cartoriais são totalmente cobertas, e os noivos recebem gratuitamente vestidos, ternos, maquiagem profissional e até transporte até o local do evento.

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou a importância de oficializar a união: “Embora a união estável seja reconhecida legalmente, o casamento proporciona benefícios exclusivos em determinados processos jurídicos. Além de oferecer gratuidade, nosso objetivo é tornar esse momento inesquecível para as famílias participantes”, afirmou.

Como participar

Entre os requisitos, é necessário ter idade mínima de 18 anos e atender às condições legais para o casamento, conforme o Código Civil (art. 1.521). Para se inscrever, os interessados devem comparecer a um dos locais definidos, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30, munidos da documentação exigida. A entrega de documentos por terceiros não será permitida.

Locais de inscrição

* Praça dos Direitos da Ceilândia: QNN 13, Ceilândia Norte;
* Agência Na Hora: Setor Cultural Norte;
* Praça dos Direitos do Itapoã: Quadra 203, Del Lago II;
* Estação Cidadania do Recanto das Emas: Quadra 113, Lote 9;
* Edições do GDF + Perto do Cidadão: sextas-feiras, das 9h às 16h, e sábados, das 9h às 12h.

Documentação Necessária

Todos os casais devem apresentar:

* Comprovante de residência no Distrito Federal;
* Documentos pessoais: original e cópia do RG ou CNH, CPF e certidão de nascimento;
* Formulário de inscrição preenchido.

Documentos adicionais

* Divorciados: cópia do formal de partilha, contendo petição inicial, sentença e trânsito em julgado.
* Viúvos: cópia da certidão de óbito, certidão de casamento e formal de partilha com petição inicial, sentença e trânsito em julgado.

Declaração de Hipossuficiência

Todos os participantes devem entregar uma cópia da declaração de hipossuficiência de renda, conforme o modelo disponível no Anexo I do Edital.

Regras para testemunhas

As testemunhas também precisam apresentar:

* RG e CPF;
* Certidão de casamento (se casadas);
* Certidão de casamento com averbação de divórcio (se divorciadas).

Atenção: as testemunhas que comparecerem ao cartório não podem ser as mesmas que estarão presentes no dia da cerimônia.

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