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Prejuízo chega a R$ 75 milhões

Tribunal de Contas aponta irregularidades na compra de próteses na rede pública

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O Tribunal de Contas do Distrito Federal apontou uma série de irregularidades na compra e distribuição de órteses e próteses para a rede pública de saúde da capital. Segundo a Corte, a auditoria apontou possível fraude, conluio de empresas, compras sem necessidade, inexistência de controle na distribuição dos materiais e armazenamento precário, entre outros.

De acordo com o presidente do tribunal, conselheiro Renato Rainha, o suposto prejuízo chega a R$ 75 milhões. “Ou ocorreu uma ineficiência assustadora ou uma má fé declarada.”

A auditoria aconteceu entre 2013 e 2015 e foi realizada na Farmácia Central do DF e em cinco hospitais públicos que efetuam cirurgias e outros procedimentos médicos com o uso dos equipamentos.

O tribunal informou que encaminhou o resultado da auditoria para o Ministério Público e para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Rainha disse que os órgãos podem investigar as quatro empresas suspeitas de se beneficiar das ilegalidades. Caso seja constatada a participação em ilegalidades, as companhias podem ser impedidas de firmar contrato com o poder público.

Gestores responsabilizados pela suposta fraude podem responder por improbidade administrativa. Eles também podem ter as contas julgadas irregulares, pagar multas e serem impedidos de exercer a função.

A Secretaria de Saúde informou que houve um “superdimensionamento da operação”, por isso houve uma aquisição maior do que a capacidade de utilização do material. A pasta diz que determinou o cancelamento da nota de empenha para pagamento da empresa.

“O empenho da referida contratação permanece cancelado à espera da resolução jurídica. A pasta negocia com a empresa a possibilidade de redução do quantitativo de OPMEs [sigla para os equipamentos], devolução ou troca do material caso haja risco de perda da validade”, diz a secretaria.

A pasta diz que apenas 10% da quantidade de material prevista no projeto básico, que se refere ao primeiro lote, foi entregue nas unidades hospitalares. Segundo o governo, foi iniciada “a apuração de responsabilidades junto à Corregedoria da Saúde”.

A secretaria disse que criou um grupo de especialistas para gerir os equipamentos e que está sendo preparada portaria para rastrear as peças “da Farmácia Central até a implantação no paciente”.

Falhas
O Tribunal de Contas disse que um dos principais problemas encontrados ocorreu na distribuição das próteses. O presidente Renato Rainha disse não descartar um esquema de comércio ilegal dos equipamentos.

Não havia registro sobre o destino dos objetos após a saída das farmácias dos hospitais, nem o caminho que as peças percorriam dentro dos centros médicos.
Também não era possível rastrear se as peças foram encaminhadas aos centros cirúrgicos ou se foram apropriadas ilegalmente, por exemplo. A auditoria mostrou que não era possível saber que médicos utilizaram as próteses, em quais procedimentos e em quais pacientes.

O tribunal também identificou compras de próteses em excesso, de péssima qualidade e sem necessidade. Um dos exemplos é a aquisição de 1.060 pinças cirúrgicas. O recomendado era que o estoque tivesse 12 unidades – que duraria seis meses. A quantidade encontrada garante fornecimento de peças até 2059.

Médicos da Secretária de Saúde consultados pelo tribunal consideraram alguns produtos comprados “obsoletos e sem qualidade” e indicaram risco de as peças se quebrarem dentro dos pacientes. Segundo os profissionais, algumas próteses não poderiam ser utilizadas por estarem incompletas e alguns modelos seriam de difícil implantação.

Licitação
A auditoria apontou pouca competição entre as empresas concorrentes nos certames. Em geral, os primeiros lances ganhavam os pregões eletrônicos por falta de outras propostas competitivas, diz o tribunal.

As companhias fornecedoras também venceram lotes diferentes por valores muito semelhantes, o que sugere uma combinação de preços. No pregão de 2013, as quatro empresas ganharam lotes com preços entre R$ 3,422 milhões e R$ 3,539 milhões. Segundo a Corte, foi identificado que algumas companhias participaram do processo apenas nos lotes em que venceram a concorrência.

Outra irregularidade apontada foi que houve casos em que a empresa vencedora perdia o prazo de envio de documentos ou não cumpria outra etapa da licitação. Desse modo, a segunda colocada acabava ganhando o lote e aplicava um preço maior.

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Se beber, não dirija!

Maio Amarelo 2025: Detran-DF intensifica fiscalização para evitar acidentes no trânsito

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Embriaguez ao volante - Maio Amarelo
Foto/Imagem: Freepik

Durante o mês de maio, em apoio ao movimento Maio Amarelo, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) irá intensificar as ações de fiscalização e policiamento nas vias urbanas do DF. Ao todo, estão previstas 605 atividades em pontos estratégicos do Distrito Federal, incluindo 250 patrulhamentos, 250 pontos de demonstração e 105 blitzes.

O objetivo é coibir infrações e reduzir os sinistros de trânsito, promovendo mais segurança nas vias. A ampliação da presença de viaturas e agentes em locais e horários de grande circulação contribui para aumentar a percepção de fiscalização por parte da população, desestimulando comportamentos de risco e, consequentemente, diminuindo a ocorrência de acidentes.

Além do combate à embriaguez ao volante, as ações buscam conscientizar os condutores sobre outras infrações recorrentes, como o uso de celular enquanto dirige, o desrespeito à faixa de pedestres e o excesso de velocidade.

Segundo o diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Detran-DF, Glauber Peixoto, a intensificação das ações durante o Maio Amarelo é fundamental para reforçar a presença do Detran-DF nas ruas e lembrar a todos sobre a importância de adotar comportamentos seguros no trânsito: “Nosso objetivo vai além da fiscalização, queremos salvar vidas e promover uma cultura de responsabilidade e respeito entre condutores e pedestres. Para isso, serão empregados 400 agentes de trânsito com atuação prevista em todas as regiões administrativas”, destacou o diretor.

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A partir de 11 de maio

Funcionamento do Metrô-DF será ampliado até 21h30 aos domingos

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Metrô-DF
Foto/Imagem: Tony Oliveira/Agência Brasília

O governador Ibaneis Rocha anunciou a ampliação do horário de funcionamento da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) aos domingos. A partir de 11 de maio, a população poderá usufruir do transporte público das 7h às 21h30 nestes dias, enquanto atualmente o horário era das 7h às 19h.

Aumentar o horário de funcionamento das 19h para as 21h30 é uma sensibilidade do Governo do Distrito Federal (GDF) com a população e os trabalhadores, explica o governador Ibaneis Rocha: “Em conversa com o Handerson Cabral [presidente do Metrô-DF], alteramos esse horário para que os trens do metrô, a partir deste domingo das mães, passem a circular até 21h30, atendendo essa proposta das pessoas que precisam utilizar o transporte público [até mais tarde] também aos domingos”.

Com a determinação do governador, o novo horário de funcionamento do Metrô-DF passa a ser o seguinte:

– De segunda a sábado: das 5h30 às 23h30
– Aos domingos: das 7h às 21h30
– Feriados: das 7h às 19h

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