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Filipe Colombini

Seu filho não quer ir para a escola? Especialista explica o que fazer

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Evasão escolar pós-pandemia - Equipe AT
Foto/Imagem: Freepik


Segundo dados do Censo Escolar da Educação Básica, realizado pelo Inep (Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais Anísio Teixeira), mais de um milhão de alunos, entre 4 e 17 anos, não estão frequentando a escola.

Para além de problemas estruturais e socioeconômicos, o psicólogo Filipe Colombini, CEO e fundador da Equipe AT, ressalta que a evasão escolar aumentou bruscamente no pós-pandemia, devido a uma dificuldade de parte dos alunos de se adequarem ao dia a dia das escolas.

“Notamos um aumento de 50% de casos de evasão escolar que recebemos aqui na Equipe AT, um índice que, no âmbito de alunos de escolas particulares, é bastante significativo”, afirma Colombini. “O movimento acontece em virtude da quebra de rotina que ocorreu durante a pandemia, que é sempre muito prejudicial para crianças e jovens, somada com todo o contexto vivido pelos alunos, como a adaptação escolar via online e o uso excessivo de telas”, explica o especialista. “Só que no retorno ao presencial, muitos alunos ficaram pelo caminho, e não conseguiram voltar”, alerta Colombini.

Da parte dos filhos, a esquiva em ir para a escola é muitas vezes reflexo do estresse pós-traumático vivido pela pandemia, e, ainda, uma reação à perda de entes queridos e à dificuldade de se ressocializar, lidar com as demandas do mundo real e acompanhar o conteúdo das matérias.

“Quando vai para a escola, esse estudante não consegue se sentir parte do grupo e nem apto para dar conta do conteúdo das matérias, preferindo ficar em casa jogando games e engajado em comunidades de amigos virtuais”, conta Colombini.

Conforme o especialista, o apelo às telas e aos jogos pelo celular é muito forte para esses jovens, que, com a ausência de regras e rotina, passam a não dormir e nem se alimentar corretamente. “É comum a criança ou jovem trocar o dia pela noite, indo dormir enquanto todos estão acordando”, conta.

Além do impacto na vida estudantil, o especialista ressalta que o problema tem sido motivo de muitos conflitos nas famílias, gerando constantes brigas de pais e mães com seus filhos. “A recusa a frequentar a escola é algo que deixa os pais apreensivos e aflitos, e o clima e as relações familiares sofrem muito com isso”, diz o CEO da Equipe AT.

O especialista afirma que quando se deparam com um quadro de esquiva escolar dentro de casa, os pais costumam se sentir reféns da situação, sem conseguir lidar com o problema.

O psicólogo ressalta ainda que, quando a situação se instala, a modalidade de terapia chamada acompanhamento terapêutico (AT), ou terapia fora do consultório, pode ser extremamente positiva para tratar esses casos e ajudar as crianças e adolescentes a se reinserirem no mundo real, e a lidarem com as demandas rotineiras e com o contato olho no olho, que se perdeu durante a pandemia. Isto porque, como explica Colombini, o grande diferencial do AT é que o paciente é atendido em seu ambiente natural, no seu dia a dia, em sua casa, por exemplo, permitindo uma intervenção psicológica mais próxima e intensiva, o que possibilita uma reabilitação mais assertiva. “Uma criança ou jovem que reluta em ir à escola, normalmente, também se recusa a ir a um consultório de psicologia ou psiquiátrico, por isso, o AT é altamente recomendável para esses casos”, afirma.

O psicólogo lembra, ainda, que os pais também podem procurar a ajuda de ATs para a orientação parental. “Desta forma, terão suporte para para enfrentar o problema de forma contundente, porém, de forma a minimizar os conflitos e restaurar vínculos com a criança, reforçando a escuta, o acolhimento e a empatia, fundamentais para uma educação saudável e para uma boa relação entre pais e filhos”, conclui.

Filipe Colombini

Psicólogo, fundador e CEO da Equipe AT, empresa com foco em Acompanhamento Terapêutico (AT) e atendimento fora do consultório, que atua em São Paulo (SP) desde 2012. Especialista em orientação parental e atendimento de crianças, jovens e adultos. Especialista em Clínica Analítico-Comportamental. Mestre em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Professor do Curso de Acompanhamento Terapêutico do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas – Instituto de Psiquiatria Hospital das Clínicas (GREA-IPq-HCFMUSP). Professor e Coordenador Acadêmico do Aprimoramento em AT da Equipe AT. Formação em Psicoterapia Baseada em Evidências, Acompanhamento Terapêutico, Terapia Infantil, Desenvolvimento Atípico e Abuso de Substâncias.

Sociedade Brasileira de Dermatologia

SBD faz alerta sobre os perigos do bronzeamento artificial

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Bronzeamento artificial
Foto/Imagem: Freepik

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) voltou a chamar a atenção do Poder Executivo e pede que sejam vetados, os projetos de lei criados em alguns municípios brasileiros, que autoriza o uso de câmaras de bronzeamento para fins estéticos, o que é extremamente preocupante e vai na contramão das políticas de saúde pública.

A SBD alerta que o câncer de pele é o tipo mais comum no mundo, com destaque para o carcinoma basocelular, carcinoma de células escamosas e melanoma. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que anualmente surgem 220.490 novos casos de câncer de pele não melanoma e 8.980 de melanoma cutâneo.

O principal fator de risco para todas as formas de câncer de pele é a radiação ultravioleta (UV), que provoca danos cumulativos no DNA, especialmente em casos de exposição intensa e intermitente durante a infância e adolescência. A radiação UV é reconhecida como um agente cancerígeno, assim como o tabaco é associado a cânceres como o de pulmão. Devido a esses riscos, o Brasil, seguindo o exemplo de países como a Austrália e o Irã, foi pioneiro ao proibir o uso de câmeras de bronzeamento artificial em todo o território nacional em 2009, por meio da Resolução nº 56 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

É fundamental destacar que, embora o câncer de pele seja detectável precocemente, a pele, por ser o maior órgão do corpo e estar diretamente visível, facilita o autoexame e a identificação de sinais de alerta, como feridas que não cicatrizam ou pintas que mudam de aparência. Com isso, a SBD tem promovido há 25 anos a campanha Dezembro Laranja, que visa o combate ao câncer de pele e a conscientização sobre a importância da prevenção. A campanha, realizada anualmente no primeiro sábado de dezembro, conta com mais de 100 serviços médicos credenciados no Brasil e já realizou cerca de 19 mil atendimentos em 2023.

“A SBD continuará empenhada na luta pela proibição das câmeras de bronzeamento artificial e na promoção de ações de saúde pública que priorizem o bem-estar da população. Que sigamos sendo reconhecidos pelo protagonismo em banir câmaras de bronzeamento e por promover campanhas de saúde pública dignas de um Guinness, e não por retrocessos que, em prol de interesses estéticos e financeiros, comprometem a saúde da população”, diz o presidente da SBD, Dr. Carlos Barcaui.

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Boletim InfoGripe

Seis estados e o DF têm alta de síndrome respiratória grave em crianças

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Ao Vivo de Brasília
Síndrome Respiratória Aguda Grave SRAG
Foto/Imagem: Tony Winston/Agência Brasília

O Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (13), alerta para o aumento da incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), em níveis de moderado a alto, entre crianças e adolescentes de até 14 anos. Pará, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Sergipe foram os locais onde a alta mais teve impacto.

Em crianças de até dois anos, a síndrome está mais associada ao vírus sincicial respiratório (VSR). Já na faixa etária de 2 a 14 anos, geralmente está associado ao rinovírus.

Covid-19

Os casos de SRAG em idosos associados à covid-19 mantém uma incidência moderada no Mato Grosso e Tocantins, com tendência de crescimento em Tocantins. Nos outros estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, embora também haja aumento de ocorrências, a incidência permanece em níveis baixos.

A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, destaca que em locais com alta de casos, a orientação é usar máscara em ambientes fechados, com muita aglomeração de pessoas e em postos de saúde. Ela ainda enfatiza que a melhor forma de evitar hospitalizações e óbitos por covid-19 é a vacinação.

“Todas as pessoas dos grupos de risco devem estar em dia com a vacina. Idosos e pessoas imunocomprometidas precisam se vacinar a cada seis meses para não perderem a proteção. Já os demais grupos prioritários devem tomar a vacina uma vez por ano”, afirma.

O estudo mostra que 10 das 27 unidades federativas apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento em longo prazo em dez unidades da Federação: Amapá, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.

Entre as capitais, nove também apresentam sinal de aumento de SRAG na tendência de longo prazo: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Macapá, Palmas, Porto Velho e Rio Branco.

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